Ser Poeta

SER ADOLESCENTE Ser adolescente... É lidar com novas mudanças. É descobrir novos caminhos. É começar uma nova demanda. É dizer coisas sem aparente sentido… Falar sem esperar ser ouvido... Acordar o bicho adormecido, questionar o mundo ao redor. É fazer tudo pelos amigos. É ficarmos desiludidos. É tentar ser entendido. É querer ser aceite, numa sociedade tão distante... ter padrões para ser perfeito ...e falhar neste desfecho! 8º9ª

DIFERENTES MAS IGUAIS Somos todos diferentes, diferentes de nós próprios, e no fundo impróprios por a diferença não aceitar. Pela igualdade muitos estão a lutar, lentamente, a indiferença continua a mudar.&nbsp; Por maior que a igualdade seja, somos diferentes demais,&nbsp; mas as nossas diferenças tornam-nos iguais. Sonhamos e desenhamos com traços de ilusão, sobre o que uns são e outros não. Acordamos encarando um mundo tão diferente e uma sociedade demasiado intransigente. E mesmo assim, muita gente não consegue ver o que a sociedade faz a quem nos moldes não quer viver. E a essas pessoas é nosso dever mostrar, o que no mundo devemos mudar. 8º1ª

O papagaio, com ânsia, pelo ar vai a voar, a voar com um enorme arranque, com um medo enorme de cair... não se lembrava que estava preso por um cordel o nosso papagaio de papel. Rafael Rama, 7º5ª

VIDA O vento sopra a folha... Ela voa, voa e voa. voa até uma pequena rapariga que nada numa lagoa. A folha cai sobre a água, assustando a jovem moça, e a folha, presa atada,&nbsp; nas mãos curiosas, coitada, não sabe por onde ir... A menina, inocente, com pena ficou&nbsp; e ao fim de um tempo a folha libertou. A folha, como a vida, voa e nada, procura o&nbsp;caminho da felicidade desejada... Interrompe-se o trajeto, quando&nbsp;assim é agarrada pelas mãos do destino&nbsp; que a deixam magoada... 7º9ª

AMOR O amor traz o rumor,&nbsp; o pavor da separação,&nbsp;&nbsp; viver sem amor é viver na solidão. E neste castelo de dor onde habita o terror há uma janela de esperança num eterno amor... Amor, barco sozinho no mar&nbsp; à espera da tempestade&nbsp; para rumo lhe dar. E nesse rumo encontrar o destino da paixão. Amar sem saber como nem quando, nem onde, sem qualquer condição.

O amanhã é incerto, por isso mais vale amar&nbsp; sem nenhuma outra razão senão a razão de amar. Se pudesse escolher, seria o ar que respiras um abraço para te envolver... Teria a memória do teu sorriso de um amor imprevisto que em versos exprimo que consome parte de mim! 7º6ª

AUTORRETRATO &nbsp; Querem saber como sou? Pois então, ouçam o coração! O cabelo encaracolado ficou, O nariz chama a atenção! Os olhos são castanhos brilhantes, Os lábios finos dão amor, As pestanas piscam constantes, As orelhas são um primor! Afinal quem sou? Com silhueta definida, Na dança encontrou Uma paixão de vida.

Pernas ágeis e flexíveis A correr sou eficaz. Os gestos são imperdíveis Sou rapariga, não rapaz! Gosto de desenhar. Pintar é uma delícia. Vamos lá a adivinhar! &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Sou eu, a Patrícia! Patrícia Pernas, 7º3ª

A ciência desenha a onda; a poesia enche-a de água. Pascoaes, Teixeira

O MEU SONHO Uma vez eu tive um sonho, um sonho que não me deixava. Era um sonho inútil, um sonho que não me largava. Quando pensava nele até tremia. Bem pertinho do meu coração vibrava com ele, mas fazia-me cair no chão. Voava até ao céu com toda a minha ânsia porque era um sonho que eu tinha desde a minha infância. Desenhava-o num papel com toda a força do mundo, mas aquele sonho estava longe de se realizar, porque eu queria era acordar daquele sono profundo. Clara Braia, 7º4ª

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Escola Básica Roque Gameiro PORTUGUÊS

Agradecemos a todos os alunos a inspiração e dedicação que permitiram tornar possível este projeto … Um agradecimento especial à ilustradora Margarida Fernandes, do 8º1, que conseguiu captar a essência dos poemas através da cor e do belo traço.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Sejam felizes! As professoras Ana Paula Capela Sandra Ferreira

&nbsp;&nbsp;&nbsp;Depois da luta para extrair sentidos e sensações dos poemas de leitura obrigatória na disciplina de Português, aceitámos o desafio das professoras Ana Paula Capela e Sandra Ferreira, roubámos palavras de uns, formas de outros, juntámos o que sentíamos no momento e... eis que começou a brotar poesia. Dos inspirados poemas que cada turma criou, escolhemos estes que partilhamos … Voem connosco nesta viagem!

NUMA PEQUENA RUA Numa rua pequena, Ao amanhecer, Um pai ensinava o filho A um papagaio fazer. E naquela tarde com o vento a soprar, O pai ensinava o filho a fazer o papagaio voar. E tentou, e tentou, Mas não conseguiu. Tanto tentou Que quase desistiu… Mas no último segundo, Vem uma grande ventania E o papagaio vooooa, Que nem uma ave de rapina. Tiago Lopes , 7º1ª

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