Este livro contem histórias, contos e desafios feitos pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém

Histórias em Viagem

A diretora anuiu com a cabeça. - E que isto sirva de exemplo! – gritou a diretora enquanto saía do salão para contactar os pais de Asher. Asher olhou nos olhos dos amigos, que o envolveram num abraço de despedida. “Eu não quero ir embora” pensou enquanto se recordava dos bons momentos, com lágrimas nos olhos. Hiraeth, uma rapariga morena, muito amiga de Asher, veio juntar-se ao abraço também, imediatamente. Depois, o olhar de Asher cruzou-se com o de Jack e ele conseguiu ver uma expressão de “Desculpa” nos seus olhos cinzentos. Antes que eles se apercebessem, a diretora voltou e pediu a Asher que fosse fazer as suas malas já que os pais vinham a caminho. Aqueles quarenta minutos em que Asher esteve a arrumar os seus pertences e a esperar pelos pais, passaram mais depressa do que um piscar de olhos e, finalmente, uma mulher de cabelos negros apareceu no portão acompanhada de um homem moreno com barba. “Adeus” pensou Asher enquanto caminhava em direção aos pais. Mas de repente, o jovem começou a ouvir uma voz a gritar atrás dele. Asher virou-se e Hiraeth abraçou-o com toda a sua força. - O Jack confessou que os cigarros eram dele! – sussurrou-lhe ela ao ouvido. Mal ouviu estas palavras um sorriso apareceu no rosto de Asher. - A verdade descobre-se sempre! – disse Hiraeth – Certo? Asher concordou, mas depois outro pensamento invadiu-o. - Porque é que ele confessou? – perguntou Asher –Pensava que ele era o tipo de pessoa que não se importava de culpar os outros pelos seus erros. - Acho que ele também não esperava que tu aceitasses ajudá-lo visto que vocês nunca se deram bem. – disse a rapariga – Mas como decidiste ajudá-lo, ele sentiu-se mal por ficares com as culpas.

Certo dia, um filho de 20 anos colocou na cabeça que queria morar sozinho. Mas ele não pensou nos custos de viver sozinho como, por exemplo, pagar as contas, a renda da casa, os alimentos e mobiliar a casa. Esse filho pediu a opinião dos pais, mas a resposta que o pai lhe deu doeu-lhe até onde não se possa imaginar. O pai e a mãe disseram-lhe para ele esperar um pouco mais, mas a teimosia do filho era tão grande que nem ligou às suas opiniões. Passou uma semana à procura de casas, mas nenhuma lhe agradou. Algumas, o local não era agradável de se viver, outras eram caras demais. Mas o filho em vez de desistir encontrou um emprego na caixa no supermercado. Passaram-se várias semanas e ele notou que o emprego que tinha não o levava muito longe. Então, procurou outro emprego melhor. Encontrou um emprego como garçon num restaurante em que incrivelmente encontrou um amigo para a vida toda. Um outro empregado com quem se deu muito bem. No meio do trabalho, recebeu uma triste notícia. Foi avisado que o iriam despedir porque haviam encontrado outra pessoa mais capacitada. Ficou desesperado. Então, o seu grande amigo, depois de ver que ele já tinha desistido de conseguir emprego para comprar uma casa, convidou-o para trabalhar com o seu pai. Quando chegou ao local combinado, apercebeu-se logo que o trabalho era bastante diferente, para melhor do que os anteriores. Foi o melhor emprego de sempre. O esforço foi recompensado, ganhou bom dinheiro e pode, assim, comprar a casa para ir viver sozinho, como tanto desejava. Sentiu-se realizado e independente! Nunca se pode desistir dos sonhos.

Estavam numa loja de animais, bastante escondida nas ruas sem alma de Pequim, dois lindíssimos tucanos, Lola e Serafim. Bichinhos que, desde que se conseguem lembrar, se encontram separados à força por imóveis grades de aço. O desejo de liberdade era ensurdecedor, mas a vontade de estarem juntos era bem maior, após longos anos em que apenas viam gaiolas e paredes sépias, sem se poderem juntar. Num dia muito peculiar, chega à loja um indivíduo da máfia chinesa, que os queria comprar para, sem medo nem vergonha, os embalsamar e expor num dos seus hotéis luxuosos. Assim que pega nas duas gaiolas, tropeça na imundice de sementes e pó do chão e, não ajudado pelo seu peso acumulado numa vida de falcatruas, caem consigo as gaiolas com grande estouro e assim lhes são abertas as masmorras. Sem parar um segundo sequer para pensar, saltitam para fora das gaiolas e misturam-se no meio de mil rolas afugentadas pelo barulho. Bradando o chinês que os apanhem, os seus guarda-costas, aflitos, correm para o seu carro e arrancam atrás do bando. Ainda que não voassem por não o praticarem desde tenra idade,os tucanos saltaram para cima do carro, iludindo os capangas para se usarem da boleia. Já iam eles a caminho do cimo duma alva montanha, quando se lhes atravessa à frente um comboio que os impede de continuar. Viram, rodopiam, travam e aceleram, mas nada os impede de capotar. Numa rajada de adrenalina, olhando o perigo iminente nos olhos, magicamente se levantam a voar com todas as suas forças e fogem do acidente, voando sem rumo, mas sempre juntos.

-Finalmente!- exclamou Blair Pierce no momento em que se atirou para a cama após mais um longo e cansativo dia de escola.

Apesar de ter vivido em Bradford a sua vida toda ela nunca se sentiu realmente "em casa".

Pegou num dos seus livros de Harry Potter e começou a lê-lo pela milésima vez, ela sempre se sentia melhor quando pensava em como a sua vida seria se estivesse em Hogwarts. 

Blair achava um pouco ridículo o facto de que a única coisa que lhe dava conforto ser um universo que não existia.

Infelizmente, Hogwarts era apenas o seu sonho e ela tinha de lidar com o mundo real. Na escola não tinha amigos e era incapaz de se concentrar nas aulas porque estava sempre com a cabeça nas nuvens, o que significava que passava o tempo a ouvir reclamações de todos os professores e os seus pais não lhe facilitavam nada a vida, criticavam-na pelos motivos mais estúpidos, "Penteia-te melhor", "Não acredito que te esqueceste de colocar maquilhagem!", era revoltante.

com a cabeça nas nuvens, o que significava que passava o tempo a ouvir reclamações de todos os professores e os seus pais não lhe facilitavam nada a vida, criticavam-na pelos motivos mais estúpidos, "Penteia-te melhor", "Não acredito que te esqueceste de colocar maquilhagem!", era revoltante. Blair só se sentia em paz quando se trancava no quarto a ouvir música com o volume no máximo e um livro nas mãos. Enquanto lia imaginou-se no Yule Ball a dançar como Draco Malfoy, Blair pensou no quanto queria que aquilo fosse real e talvez até houvesse uma maneria de isso acontecer, ela já tinha ouvido falar em algo chamado "Shifting", uma forma de transferir a sua consciência para outra realidade,

Era uma vez um jovem de dezoito anos chamado Bruno que recebeu na casa dos seus pais uma carta que dizia, que dali a dez dias tinha de se apresentar em Lisboa nos comandos. Bruno, ao receber aquela carta, ficou muito feliz, pois, o seu pai, o Jacinto queria que o seu filho seguisse as suas pegadas, apesar de sua mãe, a Carlota ficar sempre muito abatida, pois o seu filho nunca tinha viajado para fora do país. Era a primeira vez que o fazia e era para defender o seu país numa guerra. Bruno começou a sentir-se mal por ir embora. A sua mãe andava a passar mal dos nervos. Ela tinha medo que o pior acontecesse, que o seu filho falecesse. Mas Bruno não deixou que o pensamento da sua mãe lhe estragasse a sua única oportunidade de fazer o que sempre esperou. Era a última noite que Bruno ia dormir em casa dos seus pais. Então, o seu pai decidiu dar-lhe uma palavrinha antes de ele ir dormir, dizendo-lhe: -O teu avô, que está lá em cima a olhar por nós, conseguiu fazer o que tu vais fazer, que é vencer na guerra. Bruno disse-lhe: - Eu vou conseguir e honrar a nossa família. Deixa comigo, pai! O verdadeiro dia da partida chegou. Bruno e os seus pais acordaram por volta das seis da manhã para o seu filho ir apanhar o comboio. Desde que entraram no carro até que chegaram à gare não se ouviu um pio. A sua mãe chorava e rezava para que tudo corresse bem e o pai conduzia o carro. Chegou o dramático momento da despedida, a sua mãe chorou abraçada a ele. O seu pai tentava conter-se, mas acabou por deixar cair aquela lágrima do canto do olho. Bruno acenava-lhes um adeus da janela do comboio. Passado um ano e alguns meses, os pais do Bruno receberam uma carta dele a dizer que dali a uma semana ele voltaria para casa são e salvo, ficando assim a sua mãe e o seu pai muito mais aliviados. Uma semana depois, o jovem chegou a casa o que fez a família feliz para sempre. Família reunida, família bem-sucedida.

Deixou as janelas abertas e afastou-se da casa, lentamente, como quem não deseja deixar nada para trás e quer recordar todos os pormenores para a eternidade e andou até ao café para se sentar e beber, não para misturar lágrimas e bebida mas para visitar a sua felicidade. - Uma garrafa de água com gás, se faz favor!- pediu enquanto se sentava num banco alto ao balcão.&nbsp; Quando lhe trouxeram o pedido ele perguntou. - O patrão está?&nbsp;

Responderam-lhe que estava lá em cima, tinha feito uma pausa para ir terminar de arranjar os aparelhos e treinar a voz para a noite. Ele agradeceu, pagou e subiu as escadas de metal em curva que o empregado lhe tinha indicado, mas que ele já adorava subir. Sentia-se uma criança ao ir entrar na sala das engenhocas porque lá havia de tudo, fios pendurados no teto, ferramentas penduradas nas paredes e óleo e tinta em baldes no chão por baixo da bancada. Em cima da bancada estava a sua brincadeira preferida, um afiador de facas que funcionava à manivela. A imagem era sempre a mesma, este cenário e no centro um homem forte, de cara esgotada e atenta, olhos muito abertos e óculos na ponta do nariz. Estava a trabalhar, sempre de bata branca, o médico da música, ou o nickname preferido dos amigos o Engenhocas. 

Acho que em todas as aldeias há um engenhocas, que está à frente do seu tempo.

Olha és só tu, meu velho! Eu a pensar que era uma moça bonita a subir as minhas escadas em busca do seu príncipe e saíste-me tu !- a ironia amiga do senhor Vítor era comum, tal como o facto de ter sido grande Casanova.

Há muito tempo, num planeta chamado Historieta, habitavam histórias. A cada história que um escritor inventasse, essa história ia ser transferida para esse planeta.

Então, quando eram transferidas para o planeta, a primeira coisa que tinham de fazer era construir a sua casa de palavras. Um dia, uma história chamada «A Viagem», foi transferida para esse planeta. Mas ela não era igual às outras. Ela, como o nome sugere, gostava muito de viajar. Então, em vez de fazer a sua «casa de palavras», começou por ir ao lago das vogais. No lago, estava a história do Patinho feio. - História do Patinho Feio! - exclamou a história da viagem. - Vem aqui!

Mariana manteve os olhos fechados durante todo o tiro. Quando finalmente os abriu, o seu coração já despedaçado partiu-se num milhão de bocadinhos. Olhou horrorizada o casal morto no chão. Viu que mesmo mortos eles eram perfeitos, que Simão era perfeito. A soluçar, atirou-se ao corpo do amado e abraçou-o e beijou-o desesperadamente. Foi o primeiro beijo que deu a Simão. O primeiro e o último… &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A polícia, que perseguia Simão e Mariana pela morte de Baltasar, chegara no exato momento do tiro e agora aproximava-se cautelosamente de Mariana. Esta ainda estava junto a Simão e com a pistola na mão. Ao sentir os polícias a aproximarem-se, Mariana levantou-se e apontou o revólver ao peito. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Nem mais um passo! - disse entre lágrimas - Aproximam-se mais e junto-me a eles no Céu! &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Menina, tenha calma. - disse um agente. - Diga-nos o que se passou aqui. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Simão… meu amor… porque é que tinhas de a amar… porquê? PORQUÊ?! - Mariana estava num total estado de alienação e soava completamente louca aos ouvidos dos polícias. - Agora só me resta ir para junto de ti… sim, para junto de ti, Simão, meu amor… &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Mariana fechou os olhos, esboçou um sorriso ao imaginar a vida que teria com Simão na sua morada celestial, e apertou o gatilho.&nbsp;

Ouviu-se um estrondo e Mariana caiu no chão. Uma dor enorme surgiu-lhe no braço direito. Olhou e viu um fio de sangue a escorrer-lhe pelo braço. Viu um agente da polícia chegar perto dela. Viu que ele lhe pôs um par de algemas. E nada mais viu, pois desmaiou. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Mariana acordou no dia seguinte no hospital.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Onde estou? &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Num hospital. - respondeu-lhe o polícia que a prendera. - Mas daqui vais para a cadeia. Mataste duas pessoas… &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Mariana virou a cara e duas lágrimas escorreram-lhe pelo rosto abaixo.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Mas conta-me lá, rapariga. O que se passou para que acontecesse aquilo? &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Simão entra em estado meditativo: “Neste momento, apercebo-me de que a minha vida chegou ao fim. A minha esposa do céu acabou de entrar no reino dos céus. Depois desta notícia, já não tenho algo que me motive a seguir em frente com a minha vida.” Simão empoleira-se na borda do barco com lágrimas nos olhos, pronto para se encontrar de novo com sua amada. Repentinamente, Mariana agarra-o pelo pulso e diz: - Por favor, Simão, não faça isso!&nbsp; - Já não há nada que me prenda na Terra… – justifica Simão. - Meu querido Simão, tem uma vida tão longa pela frente. Poderá sempre guardar no seu coração a recordação da sua querida Teresa, mas agora tem de seguir em frente e um dia irá reencontrá-la. Até esse dia, terá de reconstruir a sua vida. Talvez a Índia seja um bom começo. Nunca se esqueça de que esta sua amiga estará sempre ao seu lado para tudo! – refere Mariana, com lágrimas que insistem em escorrer pela face. Simão comovido, retorna ao interior do barco e abraça Mariana, agradecendo-lhe por nunca desistir dele:

Dias depois, Mariana e Simão já tinham tudo preparado para as crianças. Com o passar das horas, Simão começa a perder a sua paciência, pois o barulho que elas faziam era imenso, e pensa em desistir. Mariana apercebe-se que algo de errado se estava a passar, e vai falar com Simão para tentar perceber o que era:&nbsp; - Simão? Está tudo bem? Parece um pouco estranho… - Está tudo bem... - diz Simão inseguro.Mas depois corrige -&nbsp;Bem... na verdade não, não está tudo bem. Estas crianças fazem tanto barulho que até fico com dores de cabeça!&nbsp; - Simão, tente ser mais gracioso e paciente com elas! São apenas crianças, nós também já fomos assim. Não desista agora! É uma boa forma de agradecimento, pense nas famílias e no futuro destas lindas e doces crianças! - diz Mariana tentando acalmá-lo. Simão, após refletir sobre o assunto, apercebe-se de que estava a ser egoísta. Com o passar dos dias,&nbsp;ao observar Mariana, percebe a importância que esta tem na sua vida. Repara que ela tem um grande coração e que é muito bela. Através destes pensamentos, Simão finalmente admite que sente paixão e amor por Mariana!

Carolina Breu e Patrícia Franco, 11ºB

Tinha uma família grande, com muito barulho à mistura. Éramos felizes e não sabíamos, achávamos que os bens materiais eram o que constituía a nossa felicidade, mas estávamos longe da realidade. Só sabíamos reclamar por tudo e por nada. Até que um dia, na minha vida, apagou-se uma luz. Era algo que eu não esperava. A minha irmã ia estudar para longe. Ao início adorei a ideia, isso significava ficar com a atenção toda para mim.

Percebi que estava errada, pois a minha irmã era a minha melhor amiga, era a minha tudo. Durante os anos que esteve fora, fez-me muita falta. Nos dias que correm, aproveito todos os segundos com ela, dou-lhe o valor que ela merece, dou a volta ao mundo por ela; faço o possível e o impossível por ela, porque percebi que era ao lado dela que era feliz. Deem valor ao que têm e aproveitem todos os segundos possíveis com as pessoas especiais porque um dia isso pode acabar…

Era uma vez uma rapariga que era filha do dono de um dos melhores hotéis das Maldivas. Era muito gira e loura. Dava nas vistas. O João e seu pai foram de férias para estas ilhas paradisíacas, onde ficariam durante, pelo menos, um belo mês. Chegaram ao hotel e ficaram encantados com as condições, com o luxo e o bem-estar do hotel; também foram muito bem recebidos. Logo no primeiro dia, foram comer ao restaurante do hotel e, no corredor, o João viu a rapariga linda e ficou sem reacção. Foi um amor à primeira vista. O pai do João até lhe deu uma palmadinha para ele fechar a boca. A partir desse dia, o João ficou muito contente porque pensou que a rapariga que viu estava no mesmo hotel que ele. No terceiro dia, o João decidiu ir falar com ela. A rapariga era bonita, mas não era simpática e não lhe deu conversa. Ele ficou muito triste, nem jantou com tanta tristeza. Estava doente de paixão.

Passaram-se alguns dias e o João e o pai já conheciam bem as ilhas e a sua história cultural através de visitas guiadas. Contudo, da cabeça do João não saia aquela imagem de rapariga tão linda… Viu-a e foi falar de novo com ela. Ela ficou muito zangada e, em vez de conversar e sorrir, deu uma valente bofetada ao João que ficou de cara à banda. Que vergonha. O recepcionista avisou: - Não se meta com ela que é a filha do patrão, um homem riquíssimo. Ela reage assim porque pensa sempre que só a procuram por ser rica. - Ah! – respondeu o João, esfregando a bochecha dorida.

- Bip-bip bip-bip-bop! - disse o alien. - Ele disse “Olá! Eu sou o Mars e preciso da vossa ajuda!”.- informou a Mancini. - Quer dizer não tens cabeça para a escola, mas tens para aprender a falar com aliens!?- reclamou a Catarina. - Na Itália aprendemos a entender qualquer outro ser vivo.- respondeu a Mancini. - Bop-pib-bip-bop pob-pib bip-bop-pob.- afirmou ele.

- O Mars disse que está diferente dos outros aliens porque perdeu a sua “pedra da vida” que estava no seu coração e não sabe onde está. Temos de o ajudar!- avisou a Mancini.- Agora tenho&nbsp;de achar uma casa de banho. Mars apontou para uma casa de banho próxima e ela foi. - Bora lá procurá-la, desde que não cheguemos atrasadas à aula de geografia!- alarmei. - Não te preocupes com isso!- tranquilizou a Inês. A Mancini voltou e fomos à procura da pedra, perguntando ao alien os sítios onde ele tinha passado. - Acho que a encontrei!- gritou a Catarina. - Bip-Bop!-alertou Mars. - É essa!- retorquiu a Mancini.

&nbsp;A pedra era cinzenta, mas quando a coloquei no coração do Mars, ficou vermelha e ele estava muito feliz, saltitando e cantando por todo o lado. - Bop-pib bop-pob-bip?- questionou, agradecido. - Ele está agradecer-nos e está a perguntar como nos pode recompensar.- declarou a Mancini.-Agora tenho de ir à casa de banho! Já volto!

"Quando dei os primeiros passos para fora do ninho, foi assustador, senti-me só e desamparada. Tive dúvidas sobre o meu caminho e se seria o correto. Quis desistir, voltar para o ninho, voltar para o que era seguro. Até que, um sopro de coragem fez com que as minhas asas de abrissem e a vida à minha volta tornou a ser de mil e uma cores.

Percebi que o medo faz parte, mas que não nos pode fazer deixar de viver. Chorei e ri, caí e levantei-me, conheci as melhores pessoas e outras menos boas, cometi erros e pedi desculpa, descobri e cresci, e o mais importante, não desisti, saltei do ninho e voei. Esta minha viagem levou-me a muitos lugares, ensinou-me novas formas de ver o mundo e mostrou-me a importância que tem cada momento. Agora digo para não teres medo porque cada passo é uma nova aventura, cada rua é um novo amigo, cada palavra uma canção, cada bater de asa um sopro de coragem para os que te envolvem e esta viagem está somente a começar, por isso, abre as asas e não tenhas medo de voar."

Numa noite de luar, um marinheiro sentia os salpicos das ondas na sua face queimada pelo sol escaldante do dia que passara. De súbito, surge uma nuvem carregada que traz consigo uma agitação marítima. Aparece uma enorme onda que abala a embarcação provocando um terrível naufrágio. Na manhã seguinte, o marinheiro acorda numa ilha tropical e deserta, as areias brancas envolvem o corpo do náufrago adormecido. O esvoaçar de um bando de gaivotas desperta-o. Por entre os destroços, uma concha invulgar atrai a sua atenção. No seu interior encontra, desenhado, um mapa que o levaria a um possível tesouro. Após esta descoberta, toda a sua tristeza foi levada como a brisa do mar leva uma pequena folha. 

Depois de vários dias a caminhar e a procurar, finalmente encontra um baú enterrado no meio de uma clareira. Surge-lhe um grande sorriso no rosto que lhe traria motivação para o desenterrar. Ao abrir o baú, encontrou uma espada grande, brilhante e afiada que na sua lâmina tinha cravado um poema. Ao pegar na espada começa a ouvir uma melodiosa voz que cantava esse mesmo poema e que o fez arrepiar. Distraído e sem companhia naquela ilha deserta, o marinheiro decide passar os seus dias a escrever novos poemas sobre toda aquela aventura.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

&nbsp;&nbsp;- Tenho de sair daqui. - disse Simão após um longo silêncio. - Posso levar a carrinha? &nbsp;&nbsp;&nbsp;Mariana concordou de imediato e partiram os dois sem rumo definido.&nbsp; &nbsp;&nbsp;Simão encontrava-se nestes pensamentos quando o telemóvel tocou. Sobressaltou-se e pediu a Mariana que o atendesse, sem ver quem era o remetente da chamada. Mariana fitou o nome - Teresa - durante algum tempo, debatida entre o ciúme e a necessidade que tinha de ver Simão feliz. O seu amor por Simão acabou por ganhar e passou-lhe o telemóvel. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Simão? Estás aí? - disse Teresa, a medo. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Teresa! Meu amor! Onde estás? Esperei horas por ti… &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Simão… temos de falar…&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;- O que se passa? Teresa… o que me queres dizer? &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Esta pode ser a última vez… nem consigo dizer…&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;- A última vez o quê? Teresa, por amor de Deus! O que se passa? &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Meu amor… esta vai ser a última vez que vamos falar. O meu pai quer-me longe de ti e de tudo o que tenha a ver contigo. Mandou-me para Lisboa. Vou apanhar o primeiro voo para Chicago. Ele diz que é o melhor para mim…&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;Simão fica em silêncio, tentando processar a informação que acaba de receber. Mariana olha-o com preocupação e um pouco de esperança. Entretanto Simão voltou a si. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Simão?&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Estou aqui. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Eu vou-me embora de perto de ti, mas sabe que vou estar sempre no teu coração. E tu no meu. Quando nos encontrarmos outra vez verás que o nosso amor não desvaneceu. Isto digo-te e prometo-te. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Teresa… onde estás? &nbsp;&nbsp;&nbsp;

“Um Amor de Perdição no Século XXI”

Após este acontecimento, Simão fica furioso e revoltado e apanha o primeiro voo para Londres. Com sede de vingança e, fora de si, vai ao encontro de Tomás e confronta-o, acabando por espancá-lo violentamente até o rival ficar inconsciente. A polícia que patrulhava aquela zona encontra Tomás inconsciente e monta uma operação de perseguição ao criminoso. Simão consegue fugir e refugia-se na casa de Mariana, uma amiga de longa data. Teresa, que já não sabia de Simão há mais de 24 horas, parte à procura do mesmo no seu Tesla. Apesar do mau tempo e dos avisos para reduzir a velocidade, Teresa segue a toda a velocidade, o carro derrapa numa curva e acaba por ter um acidente violentíssimo que resulta na sua morte. 

Em pleno século XXI, dois jovens - Simão e Teresa, filhos de duas famílias rivais dos Açores, os Botelhos e os Albuquerques, estão loucamente apaixonados. Trocam juras de amor eterno e estão conectados a toda a hora. Estas personagens conheceram-se no Tinder e começaram a trocar mensagens e, atualmente, encontram-se diariamente às escondidas dos pais. No dia em que Teresa completa os seus 18 anos, os pais dela tentam persuadi-la a ir estudar para Londres, para a mesma faculdade onde estes estudaram. Lá conhece Tomás Marques e este faz de tudo para a chamar a sua atenção, mas esta despreza-o, pois os seus pensamentos e o seu coração estão em Simão. Numa festa de caloiros, Tomás Marques põe diporona na bebida de Teresa de forma a tentar drogá-la. Teresa, ao perceber o sucedido, liga a Simão a soluçar e conta-lhe o que aconteceu.&nbsp;

Um dia, um rapaz moreno, chamado Asher, encontrava-se no salão de refeições do colégio, com os seus amigos. O ambiente era animado e todos os estudantes conversavam alegremente enquanto almoçavam. Asher preparava-se para beber um pouco do seu copo de água quando, atrás dele, surgiu um jovem loiro, alto e sem amigos. - Asher! – sussurrou o rapaz – Preciso de um favor. - Porquê? – questionou Asher – Nunca me ajudaste em todos estes anos. - Por favor! – implorou Jack – A diretora quer me inspecionar! Só preciso que escondas estes cigarros e este isqueiro. Asher olhou para a cara de Jack e, depois de pensar durante algum tempo, decidiu ajudá-lo. A diretora entrou no salão um minuto depois e, como Jack dissera, ela fora inspecioná-lo. Visto que não encontrou nada ilegal na sua posse, decidiu deixar o salão. Porém, antes de dar um passo fora das portas do salão o silêncio quebrou-se com o som de um isqueiro e cigarros a cairem no chão. Asher ficou petrificado. O isqueiro e os cigarros escorregaram-lhe do bolso. A diretora deu meia volta e dirigiu-se a Asher. - Não é meu! – exclamou Asher vendo a expressão desapontada na cara da mulher. - Então, importa-se de me dizer a quem pertence? – indagou a diretora. Asher abriu a boca mas, antes de dizer “Jack” algo o fez pensar duas vezes e acabou por permanecer em silêncio. - Despeça-se dos seus amigos! – disse a diretora – Vou ligar aos seus pais para o virem buscar. Isto é intolerável! - Estou expulso? – perguntou o jovem

Aí, os seus olhos brilharam, pois ela percebeu que não havia razão para estar triste, não era um adeus, era apenas um “até já”. No fim-de-semana seguinte, os seus amigos prepararam-lhe uma festa de despedida surpresa. Havia fotos dela com os seus amigos espalhadas por toda a parte. Ela ia-se convencendo, cada vez mais, de que estava pronta para ir. No dia seguinte, era a altura de se despedir da família. Foi mais difícil do que ela pensava. Não sabia como era estar longe da sua família, pois nunca tinha passado por semelhante coisa. Mal sabia cozinhat, quanto mais mudar-se para outro país, sem o apoio de ninguém. Passado umas horas chegou a altura de entrar no avião. Assim que se sentou na poltrona, adormeceu acordando só já nos Estados Unidos. Era exatamente o que ela imaginara, ou ainda melhor…. Havia prédios enormes, os melhores carros, vistas incríveis, na verdade um pouco de tudo. Chegou a hora de ver a sua faculdade. Carolina olhou e viu um edifício tão grande que ela nem queria acreditar. Ela estava maravilhada. Carolina passou por muitas dificuldades, mas, no fim, o seu sonho foi realizado. É um exemplo de que quando queremos alcançar uma coisa temos de lutar por ela.

Ainda antes da mensagem da sua chegada viajar de boca em boca, já o silêncio desaparecera e na pequena aldeia todos sabiam que ele tinha chegado, porque o papagaio do Senhor Januário cantava a mesma música sempre que ouvia as botas grossas castanhas de caminhante chegar. Algumas pessoas espreitavam às janelas, mas o viajante continuava o seu caminho, não se considerava realeza para acenar e, a seu tempo, todos iriam ter uma História para companhia. Estava já cansado da viagem e, por isso, parou num dos bancos verdes do jardim que ficava em frente a uma casa cuja garagem era a mercearia.

- Então, senhor, Zé Manel, já não me conhece?- comentou o viajante com quem estava sentado ao lado dele. - É pá, já não te conhecia. Pareceu-me ouvir a cantoria do papagaio do Senhor Januário, mas na minha idade já não se fia nos ouvidos. Tens História cá pra mim? - para o homem que estava sentado a olhar em frente para o nada, ficou subitamente alegre só de ver o viajante.

O que o Senhor Zé Manel mais gostava de ouvir eram as Histórias que lhe lembravam da sua infância, que serve lembrar-se dela sozinho se depois não tem a quem a contar. O Viajante contava-lhe as Histórias traduzidas do Tom Sawyer, as alhadas em que o personagem se metia, e o Senhor Zé Manel respondia sempre com o mesmo sorriso nostálgico.

Eu também era assim, não gostava de ir à escola, mas também não fazia que estava doente, saía de casa pelo caminho de trás, que ia dar antigamente à escola e metia-me a caçar pássaros com a fisga. Ainda me lembro bem da vez que fui apanhado e, ainda, me lembro melhor do bendito do cinto.

Aplaudiu como sempre e o Músico pegou logo no chapéu que estava pendurado e colocou-o na cabeça, só para poder tirá-lo e agradecer.&nbsp;&nbsp; - Obrigado, meu bom público!- e quebrando o ato acrescentou- Ensinas-me outro poema? Um de amor que possa durar uma eternidade nos ouvidos da aldeia, quando eu o cantar hoje.&nbsp; O viajante pensou e lembrou-se dos versos de Camilo Pessanha, “Floriram por engano as rosas bravas”. Depois de ouvir, só ficou a pensar, às vezes para dentro outras em voz alta, - Quem me diz que não és tu que inventas essas verdades? Ou então sou eu quem as cria sem dar conta. Espanto-me como ninguém ouve as verdades que lhe são escritas. Onde vão os meus castelos de vento? Diz-me, como pode o Inverno durar mais que

uma Primavera?&nbsp;- O viajante ficou em silêncio enquanto ouvia o desabafar do músico, e perguntou a seguir.&nbsp; - Como foi a sua Primavera? - Onde ela já vai...O tempo do Casanova que percorria terras a pé, elogiado pelas suas feições elegantes de museu e pelo corpo forte e delgado de veado. Passava os dias a aprender a arranjar telefonias e outras engenhocas, ia ficando com uma poesia ou outra por detrás da orelha e umas cantorias

debaixo da língua. Rapaz esperto que ele era, acho que lhe perdi o rasto.

Ele lá ia de cabelos castanhos penteados assobiar por baixo das janelas das raparigas solteiras,

elas sabiam que ele era o Casanova, mas por uma 

canção só para elas, não se importavam que ele fosse homem de todas. As mães é que se precaviam com baldes cheios de água. 

Conheceu a Florbela, a Natália, a Clarisse, a Ana Luísa e a Sofia, mas as mais bonitas foram as do mesmo nome que tu me apresentas-te.

Hoje, dia 26/04/2021, a família Anderson mora em Londres e tem uma vida normal e feliz. No laboratório de Brooklyn, o primo da família, William, descobre que irá acontecer um cataclismo que abrangerá toda a ilha da Grã-Bretanha. Ele fica assustado com a magnitude porque a ilha só tem a estrutura 15IC ( Impacto do Cataclismo ) enquanto que o cataclismo era de 21IC. William fica tão surpreendido que vai a correr avisar o chefe o qual fica sem palavras. O chefe liga à SIB ( Segurança Interna Britânica) que lança o alerta geral. Os habitantes entram em pânico e começam a fugir para todos os portos da ilha e todos os cientistas são peças-chave. A família Anderson, como viu o noticiário, começou a arrumar as suas coisas e liga ao primo ao primo, dizendo-lhe que o vão buscar. Entram no carro e lá vão. No meio do caminho, há uma pessoa que diz que está ferida, mas o pai sabe muito bem do que se trata, e pede ao resto da família para colocarem o cinto e acelera em direção a essa pessoa e, ela mais os outros escondidos, atiram pedras ao carro para ver se ficam com ele. Fogem e chegam ao laboratório de Brooklyn , apanharam William e lá vão para o porto. Após terem andado 50Km, chegam ao porto e deparam-se com um grande aglomerado de pessoas desesperadas. Por fim, conseguiram sair da ilha e com eles mais metade da população britânica (33 milhões de pessoas ) e a ilha da Grã-Bretanha desapareceu da face da Terra.

Atrevo-me a citar o poeta António Gedeão:” … o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola

colorida entre as mãos de uma criança,” para contextualizar o gosto que foi, a alegria que nos trouxe e os sonhos que concretizou e nos fez parceiros privilegiados desta aventura de formação e partilha que foi percorrer este caminho em conjunto com a Beatriz Guerreiro. Uma verdadeira força da natureza, representante fidedigna de uma geração de jovens com formação e cidadãos bem formados. Bem haja pela forma como interagiu com os nossos alunos, do pré-escolar ao secundário e com a toda a comunidade escolar.

Alcançar os nossos sonhos está nas nossas mãos e na forma como vamos construindo o nosso caminho e deixando “a nossa pegada”, os nossos contributos

para um mundo onde cada indivíduo seja efetivamente um ser único e respeitado. Para nós será sempre um “Até já”!!! a professora bibliotecária da Mediateca da ESMF,

Na nossa opinião, podemos observar uma discussão entre uma pessoa nervosa e uma pessoa calma. A pessoa nervosa, está chateada porque tem inveja da inteligência e do sucesso do outro, enquanto a pessoa calma tem mais sabedoria e consegue atingir o seu estado “Zen”. Observamos uma desigualdade entre o comportamento de ambos pois um é mais educado e tem mais cultura e outro passa uma imagem de raiva porque é mais ignorante. Em suma, quem lê livros é mais feliz pois tem mais conhecimento e tem a capacidade de saber respeitar a sociedade à sua volta e a si mesmo.&nbsp;

Esta imagem à primeira vista parece só uma pessoa a gritar e outra pessoa com livros na cabeça e um olhar sério, mas depois de observar melhor percebi que são duas pessoas, uma desrespeituosa, que fala sem pensar, e a outra pessoa estudiosa e sensata, que pensa antes de falar e que não levanta a voz para se sentir superior. A pessoa da esquerda parece ser uma pessoa que parece estar sempre zangada com tudo e todos e a gritar sempre que fala, enquanto a pessoa da direita parece que frequenta bibliotecas e que acima de tudo respeita as pessoas ao seu redor falando de forma calma. 100 palavras!

Blair só se sentia em paz quando se trancava no quarto a ouvir música com o volume no máximo e um livro nas mãos. 

Enquanto lia imaginou-se no Yule Ball a dançar como Draco Malfoy, Blair pensou no quanto queria que aquilo fosse real e talvez 

até houvesse uma maneria de isso acontecer, ela já tinha ouvido falar em algo chamado "Shifting", uma forma de transferir a sua consciência para 

outra realidade, como Blair sempre foi uma pessoa realista então nunca achou que fosse resultar, mas nesse dia ela estava entediada então decidiu tentar.

Pesquisou um pouco mais sobre o assunto e decidiu começar a escrever o seu "script", ou seja, uma espécie de guião sobre como ela desejava que a sua vida fosse nessa realidade, quando terminou de escrever, ocupando sete páginas de um caderno, colocou os earphones para ouvir um subliminal de Hogwarts para a ajudar a visualizar a dimensão, concentrou-se bem no que queria e, de repente, começou a sentir arrepios por todo o corpo e, quando abriu os olhos se deparou com o próprio Draco Malfoy a dançar com ela no Yule Ball, Blair tropeçou-se toda ... de tão nervosa que estava.

Numa sexta-feira, eu e mais 9 colegas da minha turma fomos almoçar à pizzaria Cosa Nostra. Foi um momento muito divertido: falámos sobre o quão difícil tinha sido o teste de matemática que havíamos feito na 1ª aula do dia, tirámos fotografias para publicar e bombar no Instagram e gravámos vídeos para o Tik Tok. &nbsp;-Achei um portal! Venham ver!- exclamou a Mancini. &nbsp;Fomos até lá e deparámo-nos com uma espiral gigante dentro do espelho que estava ao lado do lavatório. &nbsp;-Vamos entrar?- perguntou a Laura. &nbsp;-Não, vamos ficar aqui especados a olhar para algo que nos possa levar a outra realidade e viver a maior aventura das nossas vidas!- ironizou a Catarina. - Estão à espera do quê? &nbsp;Conversámos para saber quem ia atravessar o portal e quem não. A Maria (a favorita do Stor de Geografia), a Maria Inês (a coxa), o Maurício (o único portista da turma), a Rita (a elástica) e a Leonor (a atleta) não quiseram atravessar o portal, mas como eu (a esperta), a Mancini (a que tem sempre vontade de ir à casa de banho), a Catarina (a que reclama de tudo), a Inês (a estilosa) e a Laura (a que se esquece de fazer os trabalhos) somos tontinhas, fomo-nos aventurar.&nbsp;Despedimo-nos uns dos outros, pois não sabíamos se íamos voltar muito cedo e entrámos no portal. Passámos por uma discoteca de cores e fomos parar a um mundo com vulcões em erupção, dragões verdes com 1 olho azul gigante e vários aliens roxos com 4 olhos vermelhos, mas um deles era acinzentado com os olhos brancos e parecia estar triste e desanimado, ao contrário dos outros.

Passadas umas horas, Simão vê relatos do acidente nas notícias e reconhece o carro de Teresa. Ao perceber que a sua amada está morta, é invadido por uma grande dor, fica em estado de choque e culpa-se a si mesmo. Passada uma semana da morte de Teresa, Simão ainda deprimido e de coração partido regressa a casa juntamente com Mariana. No voo de regresso, Mariana declara o seu amor a Simão, mas este, ainda abalado pelas mágoas, diz-lhe que nunca irá conseguir esquecer Teresa.

Maria Beatriz Pinto e Tiago Gonçalves, 11ºB

Simão e Mariana embarcam num cruzeiro para os Estados Unidos, para ir ter com João da Cruz, pai de Mariana, que se ia casar. A viagem estava a correr bem, serena e tranquila. Ao quinto dia de viagem, Simão recebe uma mensagem de Teresa, a dizer que não era capaz de viver sem ele, a sua ausência mortificava-a. Estava desolada e perdera a alegria e a vontade de viver.&nbsp;Simão, ao ler esta mensagem ficou destroçado, pensou logo em voltar para Portugal, mas Mariana demoveu-o dessa ideia, pois já estavam quase a chegar ao destino tão desejado. Simão só pensava em Teresa e no seu sofrimento. Mariana tentou dar-lhe ânimo e, embalada pela conversa, sentiu que era chegado o momento de contar-lhe a verdade toda:&nbsp;amava-o! Amou-o desde a primeira vez que o viu e amou-o em silêncio, sabendo que não era correspondida. Como por instinto, Simão&nbsp;beijou-a. Um beijo longo e ardente que comprovou o que também ele sentia. Sim, amava Mariana e não Teresa!

Por Teresa só sentia amizade e compaixão. O seu coração já lho tinha dito, ele é que não queria ver. Nos dias que se seguiram, muitos pensamentos assombravam a mente de Simão: como iria ele dizer a Teresa que afinal não a amava? Que aquele amor-paixão era ilusório? Que esteve enganado acerca dos seus sentimentos? Como lhe iria explicar que existia outra mulher na sua vida, sem a ferir de morte? Teresa resistiria a esta desfeita?

Não foi dessa vez que partiu a unha? Não, isso fiz eu a jogar à bola. Nunca fui jogador que preste, é que em vez de chutar a bola, fiz pontaria à pedra.&nbsp; O viajante não se conseguiu conter e soltou um riso, e o Senhor Zé Manuel também o fez, afinal era assim que as Histórias entre eles os dois acabavam sempre, com uma boa gargalhada.

- E diga-me cá, como está a sua mulher? O Senhor Zé Manuel apontou para a frente e respondeu: - Está prá li na mercearia. Se queres que te diga, a clientela já não compra muito, mas a moça continua a querer polir a fruta, o que é que se há de fazer? - Bem, então vou-lhe dar uma palavrinha?&nbsp; - Faz isso sim, que ela precisa parar um bocadinho. O viajante lá atravessou a estrada e entrou na garagem que estava de portão aberto. Lá dentro encontrava-se apenas a mulher a polir as frutas, uma senhora apressada que tinha o pouco cabelo quase todo branco apanhado no topo da cabeça com uma mola de plástico. Era forte, tinha a saia comprida atufada e o avental colorido a chocalhar com trocos nos bolsos. Estava todo o dia na mercearia, quem a via não se importava de como estava vestida. Já nem trocava de sapatos quando passeava pela aldeia, usava sempre os mesmos chinelos de andar por casa e, com o peso do corpo a cair sobre os chinelos, lá foi de braços abertos até ao viajante para dar o tradicional grande abraço e dois beijos.

-Ei, estás bem?- perguntou ele, Blair ficou bastante confusa, não era suposto ele ser um pouco mais ... desagradável

-Sim, ótima - respondeu ela rapidamente, recompôs-se e continuaram a dançar normalmente. Desviou o olhar para o lado e viu que Pansy Parkinson olhava para ela como se

estivesse pronta para lhe mandar um belo "Avada Kedavra". Blair sentiu-se feliz por nesta realidade existir alguém que não gostasse dela por ciúmes e não por diversão.

-Aposto que a sangue-de-lama deu uma poção do amor ao Krum- comentou Draco olhando para Hermione e Vickor Krum. Bom pelo menos assim ela já sabe

que esse era o Draco verdadeiro. -BLAIR!- ao ouvir a voz da sua mãe ela voltou ao mundo real - Não acredito que&nbsp;adormeceste enquanto estavas a ler de novo!

-É,.. foi mais ou menos isso... - confessou ela com um sorriso discreto e pensou em tudo o que queria tentar da próxima vez que mudasse de realidade.&nbsp;

Teresa não aguentou a espera de Simão e decide ir até aos Estados Unidos. Durante a viagem não parou de pensar nele e na reação que teria. Ao chegar ao seu destino, ainda a tempo do casamento de João da Cruz, vê Mariana e Simão abraçados e felizes. Ficou devastada! Perdida e sem saber o que fazer. Vieram-lhe à mente pensamentos negativos: “ele já não gosta de mim!”, “ele nunca me amou!” e “FUI USADA E TROCADA!”. Teresa esconde-se atrás de uma porta, e observa Simão muito carinhoso com Mariana, o que aumenta ainda mais a sua desilusão. Fora de si e, em lágrimas, correu dali para fora. Ao chegar a um pontão antigo, as tábuas estavam muito frágeis, acabando por partir. Ela desequilibrou-se e caiu ao mar. Sem força de vontade para tentar sobreviver, deixa-se vencer pela maré. Ainda conseguiu ver o sorriso lindo nos olhos de Simão no seu último adeus.&nbsp;

Eleonora Constandoglo e Gonçalo Bento, 11ºB

O viajante ficou parado a tentar limpar a água das janelas e a lembrar-se do quanto a tinha ajudado, cozeu sempre a sua roupa e convenceu o padre de que ele merecia um lugar para dormir e, que na antiga casa paroquial devia de haver um espacinho livre, para um peregrino. Ele disse-lhe nas primeiras vezes que não era um peregrino, mas ela fingia que não ouvia, a verdade é que a idade era muita e demasiado pesada. A sua sabedoria dizia-lhe que aquele viajante tinha alma de peregrino dedicado a um bem maior, que caminhava de coração cheio, bem podia não ser pela religião, mas como ela lhe dizia “Que não é a religião senão amor.” O viajante adorava contar-lhe as Histórias sentado no banco a olhar para ela a bordar na cadeira de baloiço. Enquanto ia viajando por estas memórias parado em frente à casa o instinto fez com que pegasse no lenço de bolso que ela lhe fez, um mapa da aldeia, como ela lho disse, “Mesmo um peregrino precisa de saber o caminho até casa”. E ele nunca o esqueceu, já ela perdeu-se no caminho por onde sempre soube que iria viajar. A quem contaria as Histórias da Heidi, a pequena menina dos Alpes, a quem a natureza e a alegria bastavam para ser feliz. A televisão e os desenhos animados não tinham chegado àquela aldeia, mas de olhos fechados recostada na cadeira a senhora conseguia sempre imaginar. Uma vez o peregrino contou-lhe o Auto da Barca do Inferno e, não entendendo muitas palavras, ria-se e comentava que até hoje os aldrabões, os sapateiros e os fidalgos ainda andavam por aí. Ela sabia que a sociedade não era boa, mas no final olhava para ele e acabava de falar com um sorriso. Era-lhe natural saber para onde as personagens iriam, se para a Barca do Anjo, se para a do Diabo, mas nunca soube para que barca iria ela, talvez agora já saiba.

- Meu rico filho, vira lá esse balde e senta-te. Põe-te em casa!&nbsp; Agora que os dois estavam sentados em baldes de tinta vazios iniciaram a conversa que iria alimentá-los durante o tempo possível. - Como está o teu mundo lá fora? Como deves calcular aqui está tudo igual, mas o meu Manel já te deve ter dito isso. Eu vi-vos lá fora, e olha que se não me tivesses vindo ver tinha ficado muito triste e para isso já bastam os meus filhos e a tristeza que me dão. Penso se me terão esquecido. Mas vá, conta lá algo divertido que é o que todos queremos. O Viajante já sabia que aquela doçura era tanta que ele não precisava falar, só quando começava a História. Aquela senhora lembra-lhe as Histórias que a família lhe contou e, faz questão de que ela também se sinta parte delas. Contou-lhe da prima quando foi ao monte, da vez em que enquanto os homens estavam a trabalhar foi comer os frutos de uma árvore

que lhe pareceram apetitosos, só depois de cinco mãos cheias é que descobriu que aquela árvore se chamava medronheiro.&nbsp; A mulher dava altas gargalhadas, para ela a simplicidade e as situações normais eram as mais divertidas.

- Coitadinha da mocinha, Isso deve ter-lhe custado tanto. Essa ainda é melhor que a vez em que pisou uma colmeia e as abelhas lhe picaram as pernas.

- Ainda bem que gosta.- notava-se na voz do viajante alguma tristeza por se rirem da sua família.

Depois de um mês de treinos árduos, Manuel chega ao campo de batalha vê que aquilo não tem nada a ver com os treinos e, não conseguia parar de pensar no filme que deixou por acabar de ver com a sua família. Ao fim de seis meses de batalha, os seus aliados retiram-se, mas deixam Manuel para trás. Durante 4 semanas, Manuel teve de sobreviver só com os poucos alimentos que ainda lhe restavam. Manuel foi encontrado por militares inimigos que o levaram para um campo de concentração onde foi torturado durante três anos. A sua família nem tinha esperança de que ele estivesse vivo. Foram anos de grande sofrimento. Ao fim de muitos anos, os aliados de Manuel conseguiram ganhar a guerra e resgatar todos os homens que tinham sido feitos reféns, entre eles estava o nosso homem. Quando o Manuel chega a casa, a sua mulher e o seu filho choraram enquanto o abraçavam com toda a força que tinham. Foram lágrimas de grande felicidade!

Guilherme Rodrigues; 9ºB

Na tarde seguinte, o João avistou a rapariga na piscina. Estava de biquíni e era maravilhosa. A paixão do João reacendeu-se. Distraído, tropeça, escorrega e cai de rabo no chão. Rasgou a bainha dos calções, sujou-se todo. Não se importando, estendeu-se numa espreguiçadeira de onde a podia contemplar. Eis que ela se levanta e entra na piscina e, sem olhar para ele, começa a nadar, a nadar para o lado mais profundo da piscina. O João foi buscar um refresco. De repente ouviu gritar: - Socorro! Socorro! Era a rapariga que se estava a afogar ou a sentir mal. Não houve tempo senão para mergulhar e rapidamente o João trouxe a bela rapariga para o bordo da piscina. Como tinha o curso de primeiros socorros, tentou reanimá-la. Fez-lhe respiração boca a boca e ela tossiu, expulsou água, abriu os olhos e …. Meu Deus, sorriu-lhe agradecida. - Obrigada, meu salvador.- disse ela feita gatinha. Ele adorou. A partir dali, uniram as mãos e começaram um grande amor que durou para a vida inteira. Ela dizia-lhe: - Estava tão cega, meu amor. Como é que eu não vi logo que tu eras especial? - Cego estava eu, que só te via e vejo a ti, minha flor! – respondia-lhe ele. O pai do João achou que o filho era feliz e, mais tarde, também ele conheceu uma mulher que o fez feliz. Assim, é bom de ver que nem o pai nem o filho voltaram das Maldivas, onde ficaram a residir para sempre.

Estava em Coimbra, vivia lá há 4 anos. Fiz lá muitos amigos dentro e fora da escola. A escola chamava-se Colégio São José e era uma escola privada. Eu gostava muito de lá andar, pois fazia viagens com a escola para vários sítios e aprendia tantas coisas.

Também tinha família lá perto e passava o fim de semana com eles. Divertia-me com os meus tios e primos. Saíamos e andávamos pelas margens do rio Mondego, tal como fazia Inês de Castro.

Mas a minha mãe decidiu que queria que eu fosse viver com ela para o Alentejo. Foi muito difícil deixar tudo em Coimbra. Fiquei muito triste por deixar os meus amigos e os meus familiares. Não estava preparado para fazer esta grande mudança na minha vida. O dia da despedida foi difícil e dos meus olhos saíram, embora eu não quisesse, algumas lágrimas. Quando cheguei ao Alentejo, era tudo muito novo para mim. Sentia-me estranho. A cidade é diferente, as pessoas, os campos, a escola, tudo tão diferente! Está a ser difícil a adaptar-me à escola. Não conhecia aqui ninguém. Não falava com ninguém. Fiz um esforço para me adaptar a esta nova vida, mas continua a ser difícil. Não estou habituado a um sítio tão calmo como é esta pequena cidade, onde nada acontece e os dias são todos iguais. Gosto mais da cidade grande, até porque Coimbra é mais bonito do que o Alentejo. Gosto mais do clima de lá do que o de cá. Coimbra tem mais coisas...mais beleza, mais encanto, como diz a canção. Contudo, aqui também já tenho alguns amigos e a escola é boa, grande e bonita. Estou a viver com a minha mãe que me dá tanto apoio e carinho.

Gonçalo Figueiredo; 9ºB

Era uma vez, numa escola privada em Londres, Mattheo Riddle, o filho de um dos assassinos mais perigosos de toda a Inglaterra, ele era um sociopata, incapaz de sentir seja lá o que for por alguém, até ela, Mary Parker.

O objetivo era claro, manipulá-la e entregá-la ao seu pai, Tom Riddle, para que ele a matasse, mas como é que ele seria capaz de a entregar à morte certa quando tudo o que Mattheo queria era protegê-la?

A reputação de Mattheo na escola estava longe de ser agradável, as pessoas tinham medo dele, desviavam o olhar quando o viam passar e ele adorava isso, adorava causar o terror nas pessoas, a sensação de saber que ninguém tinha coragem de se aproximar dele, exceto ela. Mary era o tipo de pessoa cujos personagens favoritos eram sempre os

vilões, porque ela via o bem neles, tal como viu o bem em Mattheo quando todos o consideravam uma causa perdida.

Mattheo ficou surpreendido por ela não demonstrar medo e os dois começaram um romance intenso e perigoso; mantiveram a sua conexão em segredo durante meses. No entanto, Draco Malfoy descobriu tudo, antes de se apaixonar por Mattheo, Mary teve um relacionamento com Draco, infelizmente, a inimiga de Mary, Pansy Parkinson, meteu-se no meio e estragou tudo. - Queres explicar-me o que estavas a fazer com o Riddle? – Perguntou Draco. - Não acho que isso seja da tua conta, sendo que já não estamos juntos- respondeu Mary.

Ficando ao seu lado todos os dias, os sentimentos de Mariana crescem constantemente e, acabando por não aguentar mais, não resiste a beijá-lo.&nbsp; Após uma semana, Simão acorda e vem-lhe à memória todo o amor que Mariana lhe demonstrou ao cuidar de si. Sem que consiga evitar, o amor por Teresa é superado por uma nova paixão que desenvolve por Mariana... Após uma extensa procura por Simão, Teresa finalmente encontra-o no hospital e apercebe-se do sucedido. Ao ver o amor entre Simão e Mariana, resigna-se à inevitabilidade do destino: o seu amor com Simão é impossível!&nbsp; Mariana espera por Simão, que é libertado após 10 anos por bom comportamento, e os dois, finalmente, vivem o seu amor de forma plena. Teresa, apesar de ter seguido com a sua vida, continua apaixonada por Simão e é incapaz de amar outro homem.

António Silva e Carlos Félix, 11ºB

Atravessam verdejantes planaltos, cristalinos rios, escarpadas falésias, passando mesmo acima do nível das nuvens de algodão ou da imponente muralha da china até que, exaustos, finalmente pousam nos ramos de um chorão rosado centenário, onde a atmosfera à sua volta era cintilante, pura e rejuvenescente.

Trocam chilreados, vendo em frente dos seus olhos o paraíso, estão mais felizes do que nunca e até duvidam desta realidade; porém, uma coisa é certa: quer estejam no céu ou na terra, estão finalmente juntos e assim viverão o resto das suas vidas a concretizar o seu amor e a apreciar o que nunca antes tiveram: liberdade!

Não teve coragem de pedir ajuda aos pais e viveu na rua, sem qualquer fonte de rendimento, durante mais de um mês. Passou fome, sede e frio, tudo por causa do receio. Porém, numa certa manhã fria, revoltou-se e com todos as forças que ainda lhe restavam decidiu voltar para os seus pais. Quando voltou foi recebido de braços abertos e nunca mais se separou deles criando uma boa amizade até com o pai. Assim, viveram os três felizes para sempre.

José Gabriel Pinela; 9ºB

Era uma vez um homem de nome Manuel que estava a assistir um filme com a sua mulher e com o seu filho e, recebeu um telefonema de um outro homem, que o chamava para ir representar o seu país na guerra. Manuel preparava as suas malas para partir para a guerra quando o seu filho chegou à sua beira e perguntou se ele iria voltar, Manuel, com os olhos cheios de lágrimas, respondeu: - Não vejas isto como um adeus. Vê antes como como um até já! Estava na hora, Manuel teria de partir, mas não queria deixar quem ficava para trás, triste e preocupado. Manuel chega ao quartel, onde foi avisado que aquela seria uma missão perigosa e complicada.

Era uma vez uma família que vivia na sua humilde casa. Esta família era feliz, sendo constituída por um pai idoso, por uma mãe protetora e por um filho que era rebelde e vivia na rua. Certo dia, o filho, não aparecia em casa já fazia mais de 72 horas, mesmo sendo habitual, preocupava-se a mãe que ligava incessantemente e de resposta não recebia nada, nem um olá, nem um adeus, apenas era ignorada. Ela sentia-se impotente, já o pai não se importava e até se esquecia que tinha um filho de tempos a tempos. No dia seguinte, por volta das quatro da manhã, o filho voltou com uma notícia chocante, que haveria de contar quando o sol se levantasse. Já eram sete horas, quando a mãe acordou para ir procurar pelo filho e deparou-se com ele a dormir no sofá da sala. Foi instantaneamente chamar pelo marido que, assustado, correu até ao chamado e quando viu o filho disse: - Ó mulher, acordas-me a estas horas para ver este fracassado a dormir?! A esposa esmorecida acordou o filho e perguntou-lhe como estava, onde tinha estado e o que tinha feito ou pensava fazer. Ele apenas disse impiedosamente: - Eu vou-me embora de vez! - disse enquanto bocejava.

- Ainda bem, já te via pouco e agora não te vou ver mais, apenas vejo lucro! - disse o pai feliz. - Que insensível! Filhinho, diz aqui à mãe o porquê da tua decisão precipitada – disse a mãe já com os olhos a lacrimejar. - Achei a mulher da minha vida e é com ela que vou viver! - disse enquanto andava até à porta. E sem um despedimento apropriado, foi-se embora e na casa da namorada ficou por cerca de quatro meses até que por causa de uma discussão desnecessária foi expulso dessa casa.

Era uma vez um marinheiro que navegava pelas ondas da tristeza pois não conseguia encontrar o seu baú.&nbsp; O marinheiro, corajoso, sofre um naufrágio durante a sua jornada e acaba sozinho numa ilha abandonada. Lá, encontra um baú dourado que tinha dentro uma espada e também um poema. O seu sorriso, que há muito não surgia, reaparece quando descobre que o poema o faz voltar para casa, se atravessasse o rio lendo as belas palavras do poema.&nbsp;

Era uma vez um poeta, que um poema elaborava, tudo parecia calmo até um naufrágio acontecer. As ondas iam e vinham e com elas vários marinheiros&nbsp;foram, veio a tristeza devido

&nbsp;Depois de algum tempo outro marinheiro ganhou coragem 

para encontrar o baú, no baú encontrava-se uma espada e

com ela, com um sorriso na cara, construiu uma jangada. Enquanto navegava cruzou-se com um

tubarão, um tubarão forte que uma concha guardava e com coragem e determinação o tubarão derrotou e a concha roubou, ao abrir a concha uma música suou e uma mensagem se revelou. Uma sereia emergiu e com 

ela um desejo surgiu. E com o desejo de voltar a casa, como 

Simão desligou a chamada abruptamente e acelerou ainda mais a velha carrinha, que agora se dirigia a Coimbra. 

- O quê? Como assim? &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Onde estás, Teresa?! - gritou Simão bruscamente. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Estou a passar Coimbra. Mas por que queres… &nbsp;&nbsp;&nbsp;

Em menos de uma hora Simão avistou o comboio onde ia Teresa. Ele não o sabia, mas sentia-o. Mariana ia ao seu lado, 

calada e leal, cada vez mais preocupada com o amado. Ele ao ver a linha do comboio mesmo ao seu lado e, impelido por uma vaga de coragem e loucura, virou a carrinha para a linha e parou-a mesmo no centro da ferrovia. &nbsp;&nbsp;&nbsp;

O comboio aproximava-se a alta velocidade. Apitou em vão à carrinha parada no meio da linha. A única solução possível foi travar a fundo e rezar para que não acertasse na carrinha. Por milagre, o comboio conseguiu parar antes de atingir os dois jovens que estavam parados em frente à carrinha. O maquinista saiu da locomotiva e ia para lhes perguntar o que se passava quando Simão se adiantou: &nbsp;&nbsp;- Desculpe lá o incómodo, senhor, mas eu precisava mesmo muito de entrar neste comboio. &nbsp;&nbsp;&nbsp;O homem ainda franziu o sobrolho, mas lá acedeu ao pedido de Simão. Entretanto, Teresa tinha percebido que o comboio estava parado e, relembrando a conversa de há instantes atrás com o amado, temia que Simão tivesse feito alguma estupidez. Por isso, assim que o comboio parou levantou-se para tentar perceber o que tinha acontecido.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;Simão já desesperava, pensando que talvez se tivesse enganado no comboio ou que talvez Teresa nunca tivesse estado naquele comboio. Mas todo esse desespero se desvaneceu quando olhou para o fundo de uma carruagem e os seus olhos encontraram os de Teresa.

No meio da felicidade em olhar uma menina ele assentiu em contar uma História e sentaram-se ambos na borda do passeio.&nbsp; - Era uma vez, uma rapariga que foi viver nos Alpes, nas montanhas, com o avô…- e a rapariga impediu-o de continuar. - Essa eu conheço. Não sabes nenhuma que eu não saiba?&nbsp; O viajante nesse momento é que refletiu bem. Que História é que uma menina da cidade não conhece?&nbsp; - Conta-me a tua História. - disse ela.

O pedido deixou-o a pensar, porque ele nunca tinha refletido sobre a sua História, só nas Histórias das pessoas e nas que lia. Ele acreditava que as Histórias daquela população eram as dele também e vice-versa. Estavam ligados através das Histórias. Não é ele que as move, são elas que o movem a ele. - Vou-te contar uma História de um viajante que protege as Histórias, mas quando acabar tenho de ir. E que tal se tu ficares e ires contá-la a quem quiseres? E foi isso que eu fiz.

Era uma vez uma menina que vivia com os pais numa floresta africana junto à costa. Ela morava numa pequena cabana rudimentar e costumava ir todos os dias à praia ver o mar, onde um grupo de golfinhos nadava. A menina e a sua família, juntamente com o resto da tribo eram felizes e gostavam de viver livres e em harmonia com a natureza.

Um dia quando a rapariga estava na praia, ela avistou um grande navio a aproximar-se.

Ela estranhou a embarcação e, por isso, foi à aldeia contar o que tinha visto. A tribo, curiosa, foi à praia dar as boas vindas a estes misteriosos 

navegadores, mas a menina, desconfiada, escondeu-se na cabana.

Quando os marinheiros chegaram à costa, saíram da nau e ficaram chocados com o aspeto que a tribo tinha.

Eram muito mais escuros do que eles e vestiam-se de uma forma muito peculiar.

Os indígenas também se espantaram com o aspeto dos navegadores, mas acabaram por montar um grande banquete na praia.

Houve uma grande festa e todos pareceram dar-se bem e ser amigáveis. Nessa noite, quando todos os indígenas dormiam junto à costa, os navegadores traíram-nos, prendendo-os e acorrentando-os. Houve um enorme alvoroço e a menina, ainda na sua cabana, acordou e foi ver o que se passava. Quando chegou ao mar, ela deparou-se com a sua família e a tribo feitos reféns dentro da nau, enquanto esta partia. 

Olá, eu sou o Guilherme Pinela, se calhar tu nem me conheces e é mesmo por isso que eu me vou apresentar. Bom, eu moro num sítio em que quase ninguém mora, eu moro em Miróbriga, uma pequeníssima aldeia mas com muita história. O meu sonho sempre foi conhecer locais históricos do nosso país e é isso que eu vou fazer, não viajar, mas sim contar-vos como conheci a minha mulher. Um dia destes, fui ter com o meu amigo sapateiro, o João, para ele me fazer uns sapatos, mas ele disse que já tinha uns sapatos feitos especialmente para mim,

disse que aqueles sapatos tinham um segredo mas eu só descobriria quando os calçasse, eu pensei que tudo isso era mentira; até que, um dia de manhã, quando estava a calçar-me, lembrei-me que tinha aqueles sapatos especiais e foi aí que ouvi uma voz estranha vinda dos sapatos, a voz dizia:

“Destino escolhido, a sua viagem começa em 2 minutos” E, de repente, ouvi um grito. Olhei para trás e vi uma bela princesa a ser atacada por um monstro, também reparei que estava no TEMPLO DE DIANA, em Évora. Não hesitei, armei-me em DEUS DO OLIMPO e salvei aquela princesa, mas, de repente, tudo desapareceu, tudo menos aquela pessoa que eu via como princesa e que eu não sabia que

Ela e os seus pais gritaram uns pelos outros, mas não serviu de nada, pois a embarcação velejava rapidamente para o alto-mar. Os negreiros eram implacáveis e não tinham compaixão. A menina não podia acreditar no que sucedera e afogava-se em lágrimas, sabendo que jamais voltaria a ver a sua família. No entanto, quando a nau se afastava da costa, começou a ser arrastada por fortes correntes e bateu contra um grande rochedo. O navio naufragou e todos os que iam nele se afogavam, não conseguindo lutar contra a corrente. Subitamente, um grupo de golfinhos que nadava perto da costa, foi acudir à tribo, ajudando-a a chegar à praia. Os negreiros tinham-se afogado todos. A menina reuniu-se com a sua família e abraçaram-se calorosamente. A vida da tribo continuou normal e tranquilamente, nunca mais sendo aqueles povos incomodados outra vez e a menina viveu feliz naquela aldeia com a sua família.

A Nossa História . . . . Criativa Mente . . . . . . Desafios de Escrita Criativa . . . . . . . . . . . . . Contos de Despedida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O (meu) Amor de Perdição . . . . . . . . . . . .

um dia viria a ser a minha mulher. Logo, tenho a brilhante ideia de lhe emprestar um sapato e levá-la a viajar comigo, mas eu não sabia como escolher o meu destino, então, como algo instintivo, experimentei dizer em voz alta: “LIVRARIA LELLO” E não é que funcionou! Passados alguns segundos lá estávamos nós na nossa futura casa. Sim! A nossa futura casa seria uma livraria. Dentro de um simples livro estava uma maçaneta e um micro teclado para digitarmos um código, mas qual seria o código? Até que, uma data me veio à&nbsp;cabeça, o que eu não sabia era que essa data seria a data do nascimento do nosso filho.

Ao digitar esse código a estante transformou-se&nbsp;numa porta, ao passar por ela entramos num mundo paralelo onde eu apenas ouvia a palavra “pai” dirigida a mim. Olhei para baixo e vi um bebé, era o meu filho. De repente, eu acordei. Achava aquele sonho a coisa mais estranha, mas tinha-me deixado realmente com uma súbita vontade de viajar. Sem pensar muito no assunto, foi o que fiz. Peguei nas minhas malas e pus-me a viajar por esse país fora. Agora, estou sentado na cama, a contar-vos esta história maluca, a minha mulher, que conheci quando passeava por Évora, dorme ao meu lado juntamente com o nosso filho, este fim de semana vamos até ao Porto, visitar o meu amigo João que trabalha na livraria Lello.&nbsp;

-O que se passa?- perguntou a história do patinho feio. -Vem em viagem comigo! -Ok! Eu alinho! Pelo caminho, encontraram as histórias do capuchinho vermelho, dos três porquinhos e dos sete cabritinhos, encurraladas pela história do lobo mau, que as queria comer.

Então, as duas amigas enxotaram a história do Lobo Mau, convidaram as amigas para a viagem e elas aceitaram.

De repente, viram uma grande clareira e, a história da viagem, por fim,concluiu: -Com bons amigos, as viagens são fantásticas. Todos concordaram.E, ao som de muitas risadas, acaba-se a nossa história.

Este livro é o produto final do trabalho da estagiária Beatriz Guerreiro com os alunos do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém. A Beatriz é estudante do 3º ano da Licenciatura em Animação e Intervenção Sociocultural na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, está a realizar o seu estágio curricular como fase final da sua licenciatura e a Mediateca da Escola Secundária Manuel da Fonseca acolheu-a sob a orientação da Professora Mariana Vera. As histórias derivam de vários desafios de escrita criativa realizados em sala de aula, com várias turmas desde o 5ºano ao 12ºano e ainda por alunos que aceitaram trabalhar de forma autónoma com a ajuda da Beatriz, que vão desde o 4ºano ao 12ºano.

Já se passaram dois anos desde que fui morar sozinho mas ainda me lembro do tempo em que tinha sempre a roupa lavada e não precisava de lavar pratos nem trocar lençois. No início daquele verão, recebi uma carta, branca e chique e, ao abri-la, vi que o futuro estava feito. Era uma bolsa para a melhor faculdade do país! No momento, não conseguia pensar em mais nada, mal sabia eu os problemas que viriam depois disso! Tive o resto do verão feliz com essa notícia, mas só quando estava para acabar as férias é que a "ficha caiu". - Eu vou morar sozinho!- repetia incrédulo. Quando eu percebi que teria que morar sozinho, senti-me a pessoa mais feliz do mundo. Como qualquer adolescente esse era o meu sonho. Eu ia morar sozinho! Sozinho! Ia poder ficar acordado até às horas que eu quisesse, sair à noite e voltar às horas que me apetecesse ou até levar os meus amigos todos para lá e darmos uma festa! Mal eu sabia o que estava por vir... Na hora de me ir embora , os meus pais desataram num choro pegado. Eu consegui conter-me mas, por dentro, estava pior que eles. Lembro-me bem que, no dia antes da despedida, fomos às compras e depois ao cinema, eles fizeram de tudo para estarem comigo, pois até fizeram um jantar de família. Agora, entendo porque se esforçaram tanto nesse dia, queriam mostrar-me que sempre estiveram do meu lado para tudo e que me amaram para sempre. Os anos passaram e, eu estive numa das melhores universidades do mundo, onde me formei e adquiri conhecimentos relevantes. Hoje, depois de muito tempo, vou vê-los de novo. Acabei os meus estudos e vou voltar para casa, para junto dos meus pais. Vou mostrar-lhes em quem me tornei para que percebam que o que fizeram por mim não foi em vão. As vezes, há sacrifícios que têm de ser feitos e vividos para que a vida nos recompense.

&nbsp;As feições vejo que ainda as tem, e o cabelo castanho não desapareceu pelo menos… Ai, que engraçadinho!- riu-se o Casanova que ficava feliz pelo amigo estar a alegrá-lo e respondeu: &nbsp;- O cabelo não fugiu, mas foi como tu disseste, veio a neve e a seguir as comidinhas boas.&nbsp;De repente, o Casanova ouviu o relógio e disse apressado, - Já são 17:30. Não deves ter almoçado nem nada. Eu até me esqueci que tinha marcado para agora o jogo da batota.

Tens tempo para me contares uma História dessas de piratarias e enganos 

que envolvem cartas, assim pode ser que ganhe mais uma vez? - Já sabe eu posso ir dando dicas, mas só se não contar como ganha, ouviu?? - Oh! Claro que ouvi. Também sou o dono do estabelecimento, eles já sabem muitas perguntas e eu misturo o vinho com a água. Mais tarde desceram os dois, o café já estava apinhado de gente, ouvia-se o Músico e servia-se o Caldo Verde e a Açorda acabados de sair da mercearia, que só agora tinha fechado o portão da garagem. O viajante olhava à volta, todos os fregueses estavam no café. Nesse momento, o seu pensamento voou porque afinal não estava toda a gente, faltavam os agricultores, as mulheres da lida e os que cuidam da pecuária que só depois do sol se pôr é que poderiam ir para casa.

“Um Amor de Perdição nos Dias de Hoje”

Simão, usuário regular de substâncias ilícitas, transtornado com a ideia de um eventual relacionamento entre Baltasar e 

Simão e Teresa pertencem a famílias com ideais muito diferentes e estão perdidamente apaixonados. A família de Teresa é extremamente religiosa e muito tradicional, com o pai a não aprovar aquela relação. A agravar a situação, Simão é ateu e leva uma vida rebelde e descuidada. Baltasar Coutinho, devoto cristão e melhor aluno do curso de Direito na Universidade Católica de Lisboa, é perfeito aos olhos dos pais de Teresa e deseja-a, tentando impedir que ela viva livremente a sua paixão.

Teresa e, sob a influência dessas mesmas substâncias, acaba por esfaquear o seu opositor, matando-o. Depois de cair em si, apercebe-se do que fez e decide entregar-se à polícia.&nbsp;É julgado e condenado à pena máxima -&nbsp;25 anos de prisão. Durante a sua estadia na prisão, Simão desenvolve uma rivalidade com um perigoso grupo de prisioneiros, os “Blue Eyes”, acabando por ficar em coma após uma violenta rixa. Devido ao seu estado crítico, é transferido para um hospital da CUF, onde Mariana, antiga parceira no crime de Simão, agora trabalha como enfermeira. Ao tratar de Simão, Mariana lembra-se de todos os bons momentos que passaram juntos e reacende a memória da paixão antiga.

“Afinal ele não é tão mau como diz ser” - pensou Asher - E o que é que lhe vai acontecer? – questionou - Oh, nada na verdade! – informou Hiraeth – Os pais dele são demasiado importantes para a diretora ter coragem de o expulsar. Mas ouvi dizer que o seu pai teve uma “conversa” bastante desagradável com ele. Asher despediu-se dos pais e voltou, ao lado de Hiraeth, para o colégio, onde os amigos o esperavam de braços abertos. Afinal tudo acabou bem e, por incrível que pareça, desde aquela tarde, Jack e Asher passaram a ser amigos e Jack nunca mais voltou a fumar.

Estes têm as suas próprias Histórias, memórias de sacrifício e de trabalho duro que contam e partilham uns com os outros. Podia ser que mais tarde se juntassem na Casa do Engenhocas, Músico e Casanova, para beber um copo e partilhar anedotas e adivinhas..., mas o cansaço raramente deixava isso acontecer. O viajante temia por esta gente, por isso, deixou-se ficar mais uns dias até que toda a gente tivesse uma História. Quando o sol se estava a pôr no último dia e voltava as costas reparava que, por mais que, as pessoas ficassem alegres e divertidas, depois do fim do conto, essa felicidade desaparecia e elas eram puxadas de novo para a realidade de miséria e falta de companhia. Parecia que a aldeia era coberta de névoas e, por mais que, ele tentasse que só um bocadinho do sol aparecesse, as nuvens voltavam sempre.&nbsp;

Por isso a sua ida era sempre um pouco menos feliz que a chegada, exceto que nesse dia ouviu uma menina que chamava por ele.&nbsp;

- Peregrino, peregrino? És tu? Pára por favor!- gritava a menina de longe enquanto corria na sua direção. Parou, virou as costas e viu aquela menina. Ele nunca tinha visto uma criança na aldeia.

Quando ela chegou ao pé dele e recuperou o fôlego disse-lhe tudo.

- És tu o peregrino não és? Os meus pais e eu mudamo-nos para aqui porque a casa onde a minha avó vivia ficou para mim. Ela deixou-me uma carta que dizia 

para procurar o peregrino das Histórias. Esse és tu? - Sou, creio que sim.&nbsp; - Boa! Então conta-me uma História.

Na nossa opinião, a imagem representa uma metáfora. Esta metáfora tenta expressar que, uma pessoa que tem mais conhecimento numa determinada área sabe lidar melhor com esse determinado assunto, mas a outra pessoa não sabe nada desse assunto, mas acha que sabe; a outra mensagem é que uma pessoa com mais conhecimento sabe gerir melhor quando deve ou não falar. Nós concluímos que os livros nos ajudam a organizar melhor o nosso pensamento e, que ler deve ser uma prioridade na nossa vida.

No nosso ponto de vista, há um grande contraste entre as duas pessoas. Primeiramente, uma tem a mente vazia e a outra tem a mente cheia de livros, o que quer dizer que um tem mais sabedoria do que o outro. De seguida, reparamos que um está mais agressivo e o outro está mais calmo, porque a ignorância manifesta-se na falta de controlo das emoções, enquanto que o que tem mais sabedoria tem mais controlo e sabe escolher os momentos em que deve falar e o que deve dizer. Podemos então concluir que pessoas cultas têm uma visão diferente do mundo e que para ter essa sabedoria é preciso ler.&nbsp;

A Maria ficou, então, sozinha com as suas galinhas, patos, vaca e cão durante dois anos em que o pai lutou por entre o fogo e sangue. A Maria não estava completamente sozinha; tinha a sua tia que era muito velhota, mas muito carinhosa para a sua sobrinha. O Francisco sofreu muito na guerra porque viu muitas mortes e teve de matar para se salvar. Além disso, passou muita fome, muita sede e doenças. Mas sobreviveu e voltou para os braços da sua filha. Quando a Maria estava a estender a roupa, de repente, olhou e viu um vulto a subir a vereda que dava para o monte onde viviam. Ela pensou: - Quem será que vem alí? Então, à medida que ele se aproximava, a Maria reconheceu que era o seu pai. Ficou supreendida e feliz. Maria correu e abraçou-o com muita força e saudade. Pai e filha viveram para sempre em harmonia, afetos e em plena felicidade.

Letícia Rodrigues; 9ºB

2021 Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém Título: Histórias em Viagem Editora: Beatriz Guerreiro Escritores: Daniela Ventura, Dinis Gonçalves, Guilherme Pinela, Mafalda Silva, Mariana Cruz Ilustração: Beatriz Ferreira, Beatriz Guerreiro, Diogo Sobral, Marta Pereira, Natasha Baltazar e Sofia Guerreiro Turmas Desafiadas: 7ºA, 7ºB, 8ºB, 8ºD, 8ºE, 8ºT+, 9ºB, 9ºE e 11ºB Participantes Especiais: Carolina Zambujo, Fernanda Pacheco e Rafaela Alface Professores Colaboradores: Ana Silva, Catarina Fernandes, Célia Pestana, Maria Conceição Martins, Maria de Fátima Beja, Maria Filomena Barradas, Mariana Vera, Raquel Ventura, Susana Camacho

Estavam Vinícius e Josefa no Lux, numa grande e animada festa, quando apareceu Asdrubalina, mulher de Vinícius. Ao vê-los, bem agarradinhos e aos beijos, apenas confirmou as suas suspeitas de um amor adúltero. Destroçada, desfez-se em lágrimas, abandonando apressadamente o local, para se refugiar na&nbsp;sua casa no Estoril.&nbsp; Eram cinco da manhã quando Vinícius, embriagado, voltou para casa a cambalear e depara-se com Asdrubalina, sentada no parapeito da janela, fumando um cigarro, enquanto olhava alucinadamente para o chão da rua. Ao observar essa cena, apressou-se a agarrá-la e a levá-la para dentro de casa. Confrontado com a realidade, Vinícius é obrigado a escolher entre as duas amadas.

Passam-se alguns anos, Vinícius e Josefa vivem no Douro e estão prestes a casar. Nunca mais tiveram notícias de Asdrubalina. Enviam convites para a família e amigos e preparam a boda... 13 de julho de 2019 foi o dia do casamento. Estavam todos os convidados sentados e o noivo no altar, quando apareceu a noiva. Mas não era Josefa, era Asdrubalina, alucinada, com o vestido de noiva rasgado e ensanguentado e com uma faca também ensanguentada na mão. Após o sucedido, os convidados, aterrorizados, apressaram-se a imobilizá-la, enquanto Vinícius a fitava perplexo. Enquanto a polícia a detinha, Vinícius procurou desesperadamente pela sua amada. Encontrou-a momentos depois pendurada no teto, esquartejada, a escorrer sangue.

Mariana contou a história ao homem que, no fim, ficou perplexo com o que acabara de ouvir.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Sempre ouvi dizer: “amor com amor se paga'' .- o polícia pousou a mão no ombro de Mariana. - Lamento muito, miúda. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;No fim dessa semana, Mariana foi presa. Foi durante o tempo que esteve encarcerada que Mariana escreveu a história, esta história que agora finda, do seu amor fatal e impossível por Simão, a história do derradeiro amor que levou à perdição e que ficará para sempre eternizado nos corações de quem a ler.

João Tomás Gonçalves e Maria Teresa Ruas, 11ºB

- Tenho a certeza que essa rapariga ainda está a chegar, cruzei-me com uma na entrada, sabe?- respondeu o viajante entrando na brincadeira. - Não vale a pena, bem sabes que na aldeia já ninguém há que eu não conheça, moças novas tornaram-se velhas ou fugiram em direção à cidade.

Senta-te que eu acabo isto e assim até ficas a ouvir música.&nbsp;

O viajante sentou-se e ficou apenas a observar, o Engenhocas só queria alguém que brincasse com ele como se fosse ainda jovem e a quem explicar o que para ele era arte mais sagrada 

que a da igreja. Acabou os retoques finais e fez sinal para o viajante ficar atento, que a seguir viria o momento mais crítico de todos, o esperar que a grafonola funcione. Nunca houve uma vez em que algo não ficasse arranjado, por isso nem se impressionou quando começou a ouvir os tradicionais acordes da guitarra, só se ouvia aquela música, por isso o Engenhocas se empenhava tanto em cantar todas as letras que podia por cima do instrumental, afinal as palavras conseguem tornar tudo menos monótono e rejuvenescer o mais antigo. Quando ouviu tirou os óculos e despiu a bata, como se saísse do consultório ou tivesse acabado a pintura. - Lembras-te da última que me ensinaste. Tenho estado a praticar. Queres que te mostre? arranjei logo maneira de a encaixar na música. - falava dos poemas que o viajante lhe contava e, que ele, em pouco tempo, apontava tudo à pressa num bocado de papel ou guardanapo para o instinto fazer caber as sílabas na música de sempre. O viajante respondeu que nem esperava outra coisa do músico da aldeia. Sentado ficou a ouvir como “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” de Camões percorria de mão dada aquela música que sozinha estava perdida.

-Podemos lhe pedir para nos levar de volta para a escola porque eu não quero perder uma preciosa aula de geografia!- sugeri. &nbsp;Quando ela voltou da casa de banho, contei-lhe a minha ideia. &nbsp;-Pode ser!- Concordaram. &nbsp;Depois de a Mancini falar com o Mars, ensinou-nos a despedirmo-nos na linguagem alienígena. &nbsp;-Bop-Bop!- dissemos. &nbsp;Mars também se despediu de nós e fomos parar à frente da escola. Fomos a correr para a sala, pois só faltavam 3 minutos. Conseguimos chegar a tempo, mais uma vez a Mancini teve de ir à casa de banho e contámos a aventura que experienciamos ao professor de Geografia e a toda turma.

“Um Amor de Perdição - Um outro final...”

Teresa estava sentada na carruagem final do comboio que partira do Porto naquela manhã. Durante todo o caminho olhou pela janela, apreciando a paisagem e recolhida aos seus pensamentos. Ao passar por Coimbra um sentimento de nostalgia a assombrou: lembrou-se do seu primeiro e eterno amor, Simão. Num ato irrefletido, levada pelo sentimento, tirou o telemóvel e percorreu a sua lista de contactos até chegar ao nome do seu amado. Congelou durante alguns segundos ao se aperceber de que seria a última chamada que faria a Simão. Acabou por deixar cair o dedo em cima do nome e o telemóvel começou a chamar.&nbsp; &nbsp;&nbsp;Simão acelerava pela autoestrada na carrinha de João da Cruz. Fitava o fundo da estrada, muito concentrado, enquanto recordava o ocorrido horas antes. Simão estava em frente a casa de Teresa, para a ir ver, quando Baltasar apareceu. Este era totalmente obcecado por Teresa e quando viu Simão, que sabia ser seu rival no amor por Teresa, começou a provocá-lo.

Simão tentou conter-se, mas o instinto tomou conta de si e acabou por empurrar Baltasar. O jovem tropeçou e bateu com a cabeça no lancil do passeio, deixando-se ficar estendido e inanimado no chão. 

Simão olhou para o corpo, confuso e chocado. Nesse momento, Mariana, que vinha seguindo Simão desde que este saíra de sua casa, parou a carrinha do pai e correu para Simão. &nbsp;-Simão! O que se passou? - Mariana olhou para o corpo inerte de Baltasar e sobressaltou-se. &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Foi… foi um acidente, Mariana…&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;- Anda cá. - Mariana abraçou o amigo. - O que vais fazer agora? &nbsp;

Graph paper

Pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém

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Eram onze da noite quando Simão, deitado na cama em seu quarto, triste e revoltado com toda a situação, recebe a última mensagem de Teresa. A mensagem dizia o seguinte: “Meu amor, o meu estado de saúde piorou. Sempre fui muito frágil e cada vez me sinto pior. Após a tua briga com Baltasar, a tua expulsão da escola e a consequente notícia de que ias ser transferido para um colégio interno no Canadá, comecei a sentir que o meu mundo ia acabar. Passou-me inúmeras vezes pela cabeça de que poderíamos ter um relacionamento à distância, mas a saudade não mo iria permitir. Com tudo isto, queria dizer-te que esta situação da pandemia agravou o meu estado de saúde. Não sei quanto tempo tenho, porque os médicos dizem que são mínimas as minhas probabilidades de sobreviver…” Após receber a mensagem de Teresa, Simão entrou em estado de choque, não sabendo como processar a notícia do estado da amada. Então, decide ir até ao convés para observar o mar, a lua, as estrelas e encontra Mariana a apreciar a vista do horizonte. - A pensar na vida, Mariana?&nbsp; - A pensar na nossa vida juntos… - Como assim? - diz Simão confuso. - Nada, nada… E tu, o que fazes aqui?

- Finalmente, chegámos ao nosso destino! – diz Simão abraçando e levantando Mariana no ar.

- Obrigado por tudo… - sussurra Simão ao ouvido de Mariana. A viagem à Índia teve uma duração de dois meses, e durante esse tempo, Simão e Mariana tornaram-se inseparáveis. Ao pisarem o solo pela primeira vez, em algum tempo, sentiram uma extrema alegria e entusiasmo.

Após uns dias de se instalarem na Índia, Mariana e Simão escolheram ficar a viver numa pequena aldeia onde havia muitas famílias com dificuldades. 

Mariana teve a ideia de ajudar estas famílias, e pediu a Simão para ser o seu companheiro nesta jornada: - Simão, tive uma ideia… - diz Mariana pensativa. - E que ideia é essa? - inquiriu Simão. - Estive a pensar e, como aqui existem muitas famílias com dificuldades, poderíamos fazer um pequeno grande gesto por nos terem recebido tão bem, e ensinar as crianças a ler e escrever, o que acha? - explicou. - Sim! Concordo com essa ideia, pois foram todos muito hospitaleiros connosco. Seria uma forma de lhes retribuir. E de fazermos algo útil e verdadeiramente importante! - afirma Simão.

- Ele é perigoso e tu sabes bem disso, provavelmente é tudo um plano para te matar- disse Draco. - O Mattheo é diferente comigo – respondeu Mary, já cansada desta discussão. - Tens noção que o diretor só o mantém na escola para o ter debaixo de olho, certo? Ele é um sociopata, lembra-te disso- dizia Draco no momento em que o diretor avançava pelos corredores até eles. - Mary Parker siga-me – anunciou ele e foram até ao gabinete- A menina está sob o efeito de algum tipo de drogas?- perguntou ele seriamente. - O quê?! Não, pelo amor de Deus!- respondeu ela, achando a ideia ridícula. - Exatamente como o Malfoy me explicou, a menina foi manipulada e é preferível que não se aproxime do Riddle - explicou ele antes de a trancar no seu gabinete e de sair para o corredor principal. - ISTO É DESUMANO!- protestava ela. Entretanto, Albus Dumbledore, o diretor, tentou pacificamente dizer a Mattheo para se afastar de Mary, mas não correu bem. Mattheo pegou numa faca e ameaçou matar uma aluna. - ONDE ESTÁ ELA? DIGAM-ME E NINGUÉM SE MAGOA! Mary assistia a tudo pela janela e conseguiu arranjar uma forma de sair, usando um gancho de cabelo na fechadura da porta. - “Eu bem disse à minha mãe que os filmes não eram inúteis” – pensou ela. - MATTHEO!- gritou Mary no momento em que chegou até ele, Mattheo largou a aluna e abraçou Mary. No entanto, a polícia já tinha chegado. - Mattheo Riddle, estás preso por tentativa de assassinato! Mattheo beijou Mary uma última vez como despedida. Uns meses depois, Tom Riddle também foi preso e Mary acabou por voltar para Draco, mas manteve Mattheo na sua memória para sempre.

Ontem fui às compras,&nbsp;encontrei a minha professora de Português e ela convidou-me para ir jantar, num restaurante chamado Ontem. Chegados ao restaurante, não havia prato do dia,&nbsp;comemos os restos de ontem e a professora de Português pagou com o salário que recebeu ontem. Falou-me de uma viagem que ia fazer para Ontem durante a viagem para casa no carro que comprei ontem. Quando acordei, percebi que tinha sido apenas um sonho porque comi demasiado ontem.

Ontem era pequenina e tinha bochechas redondas. Olhava nos olhos da minha mãe enquanto ela me lavava o cabelo. Ontem tinha medo do escuro. Ontem estava a ir para a escola dos pequenos e, ainda ontem já ia para a escola dos grandes. Ontem voava para longe, pela primeira vez, deixando os olhos da minha mãe para trás. Ontem chorava de saudade do que lá longe deixava. Hoje, penso no ontem e quanto tempo ele tem.

- Rafaela Alface, AIS, ESES

Desde sempre que esta família via grandes embarcações partir carregadas de saudade e sofrimento. Eram como esponjas enormes que sugam um mar de oportunidades, mas acabam por largar desilusões. Viam casamentos estragados, amizades destruídas e famílias separadas. Esta família era uma família normal: um pai, uma mãe e, obviamente, uma pequena criança. Já estavam habituados a este clima de tristeza e solidão e juravam que nunca se iriam separar. A mãe trabalhava todo o dia e o filho até ajudava no que conseguia, mas quem trazia a comida para casa era o pai. O pai era um homem de negócios, tinha dinheiro para alimentar a sua família e outras dezenas delas. Mas ele queria mais; mais dinheiro; mais poder... A sua ganância ultrapassava a sua vontade de estar com a própria família. Num dia normal, numa manhã comum, a mãe e a sua filha receberam a notícia de que o pai havia embarcado num dos barcos em que prometeram nunca entrar. O pai não se despediu, nem se dignou a falar com a família. Teve a oportunidade de partir em busca de riqueza e, logo partiu. Passou ilhas lindas – ilhas lindas que o faziam lembrar da mulher. Passou águas doces – águas doces como a sua filha. Por fim, passou outros barcos – outros barcos que lhe lembravam a casa. Fez, também, um amigo. Partilharam histórias de amor que viveram com as respetivas mulheres e contos infantis que costumavam usar para adormecer as filhas. Falaram e falaram até que não conseguiam mais falar. Falaram até que se aperceberam que as histórias que partilhavam eram iguais, sem tirar nem pôr. Como é que é possível dois homens terem experienciado uma mesma vida? Foi, então, que o pai percebeu que havia estado a falar sozinho a viagem toda. Já não aguentava a saudade que tinha da família. Logo, decidiu partir de volta a casa e nunca mais se separar dos seus. A casa é o ninho do homem e a família o seu aconchego.

- Acabei de receber uma mensagem de Teresa… - Humm… o que dizia ela? - nota-se algum ciúme na pergunta de Mariana. Simão explica a mensagem e Mariana, ainda que perdida de amores por ele, decide ajudá-lo a arranjar um plano para que este se encontre com Teresa. Umas horas depois, entram num pequeno bote e dirigem-se à zona costeira em frente ao convento onde Teresa se encontrava. Ambos se deparam-se com uma vedação, que cerca o convento, a qual têm de passar, para que Simão chegue à cela da sua amada. Mariana, apesar de um pouco contrariada, ajuda Simão a saltar a vedação. Com o nervosismo da situação e com o coração dividido entre as duas raparigas, o rapaz falha um pé e fica preso pelas calças. Mariana desmancha-se a rir das figuras de Simão, enquanto este se consegue libertar caindo no outro lado da vedação. Simão olha para Mariana e,nesse momento, apercebe-se de que o seu coração, na verdade, bate mais forte por ela. Aquela gargalhada iluminou a situação de tensão e fê-lo rir, algo que não acontecia há muito tempo. Com tantos risos e gargalhadas, Teresa vem à janela do seu aposento e vê Simão feliz, como nunca o tinha visto. Demasiado feliz ao lado de outra mulher que não ela! Com isto, Teresa desfalece e acaba por desmaiar. A sua saúde tão frágil não lhe permitiu resistir a esta afronta. Simão e Mariana têm, assim, o caminho livre para viver o seu amor. Mas com a imagem sempre presente da desgraçada Teresa...

Carolina Costa e Luana Sousa, 11ºB

Não fiques assim, a tua prima é quem me alegra o dia e quem me faz dar as melhores gargalhadas. Se não fosse acredita que nem tinha parado de trabalhar. Ainda nem fiz a cama, vim logo para a mercearia arranjar as coisas, mas já a minha mãe dizia, “Cama feita, Loiça lavada, Casa arrumada”. Nesse momento levantou-se e foi encher um saco de maçãs e laranjas para o viajante levar e este despediu-se depois da senhora lhe dar um grande abraço, ele era um filho e largar um filho não era fácil. Este filho pegou na merenda que lhe deu esta mãe e, seguiu pelo portão. À medida que este se afastava ainda ouvia um riso ao fundo, virava a cabeça para trás e via que era a mulher a lembrar-se da História e, nessa altura, ia o marido ter com ela. Com estas prendas já tinham alguma novidade para contar um ao outro. As Histórias voltavam a dar gosto à vida. O pior era quando tal não acontecia.

O viajante enquanto comia uma maçã olhava em volta para as casas, podiam parecer iguais, mas cada parede tem as suas memórias e o abrir de uma janela ou uma porta, mesmo que

seja a mesma, de cada vez que se abre tem um som diferente.

Na casa onde o viajante parara para olhar, a porta já tinha musgo do tempo e as janelas já estavam fechadas.

Ele abriu as janelas para deixar entrar ar, já se abriam com esforço e escorria água dos caixilhos, mas sabia que não tinha chovido. As gotas eram as memórias da única senhora que morava naquela rua. Chamada por todos de beata, mas não mais por andar com um crucifixo ao peito. Se há senhora cujo coração puro ao serviço da religião não merecia o apelido de beata era ela.

A Maria era filha do Francisco. Filha e pai vivam numa casa branca no meio do campo verdejante. Davam-se muito bem e em harmonia. A Maria ajudava o pai em casa e o pai ajudava-a nos trabalhos da escola, que ficava numa aldeia vizinha. Tinham um galinheiro com muitas galinhas e patos; tinha uma vaca que dava leite, que eles bebiam pela manhã e havia à solta um cão muito feroz que guardava o monte, mas ao mesmo tempo era muito amigável com a Maria e o pai Francisco, nas brincadeiras de todos os dias. Desta maneira, eram muito felizes. Certo dia, o carteiro bateu à porta de casa e entregou uma carta, em que o pai era convocado para o serviço militar,

pois estávamos na segunda grande guerra mundial. O Francisco ficou desesperado com o ocorrido e pensou que ia sofrer muito ao separar-se da sua filha Maria. A Maria, quando soube, ficou muito revoltada e não gostou da ideia porque ela achou que a guerra é uma coisa injusta e porque não queria separar-se do pai que tanto amava e dela cuidava. Chegou… o temido dia. O Francisco, de manhã, barbeou-se, vestiu o seu uniforme de soldado, pôs o seu chapéu e, de seguida, preparou a mochila. Estava pronto para partir. A Maria viu o pai todo preparado para partir e lançou-se para os braços dele. Foi uma despedida muito triste e com muita dor.

Passaram-se alguns meses e Vinícius começou a ter medo de sair, sempre com as imagens do terrível casamento na sua cabeça. Deixou de sair de casa, sem vontade de comer ou de fazer outra coisa senão ficar na cama, completamente catatónico. Recebeu notícias de que Asdrubalina se escapulira do manicómio. Ao obter esta informação ele ainda mais aterrorizado que nunca, com medo que lhe pudesse fazer algo de mal. Pegou em todas as cartas que tinha de Josefa e tornou a lê-las. No momento em que a fugitiva entrou na sua casa, largou as cartas no chão e foi lentamente até à janela enquanto ela o tentava puxar. Acabou por puxá-lo com demasiada força e ele acabou por cair e bater com a cabeça na quina de uma mesa de madeira, aguardando uma morte lenta. Às portas da morte, Vinícius ainda lhe disse: “Se não fosses tu eu teria sido feliz…”.&nbsp; Asdrubalina petrificada e sem ninguém, sucumbiu aos seus desejos suicidas ficando morta no meio da rua.

Beatriz Pereira, Frederico Pinto e José Pais, 11ºB

Era uma vez uma rapariga, simples e humilde, com dezoito anos, que sonhava em ir estudar para fora do seu país. Então, candidatou-se a uma faculdade nos Estados Unidos. Queria muito entrar, mas não sabia se isso ia acontecer e como se ia despedir das pessoas de cá, se tal sucedesse. Certa noite, Carolina, estava deitada na sua cama quando o seu telemóvel vibrou, era um e-mail da faculdade para onde se tinha candidatado. Ela conseguiu entrar onde tanto queria, no entanto não sabia como iria despedir-se dos seus amigos e familiares, pois sentia que mesmo que partisse, uma parte dela ia ficar para sempre na terra onde nasceu e sempre cresceu. Na manhã seguinte, arranjou-se e foi para a escola, mas sempre com um aperto no coração, pois sabia que já não faltava muito tempo para se despedir das pessoas que a viram crescer. Chegou à escola com os olhos cheios de lágrimas, por olhar para aquele espaço onde deu a maior parte das suas gargalhadas. Entrou na sua sala e pediu ao seu professor para dar a notícia aos seus colegas, a de que ela ia estudar para fora do país. Os seus colegas perceberam que algo de errado se passava, então, sentaram-se calmamente nos seus lugares. Carolina olhou à sua volta e, novamente, os seus olhos se encheram de lágrimas. Ela mal conseguia falar de tanta emoção, pois era um misto de emoções que ela não conseguia entender. Começou, então, a falar e, os seus colegas começaram a bater-lhe palmas.

Ficaram assim, a olhar incrédulos um para o outro, durante algum tempo até que Teresa quebrou o feitiço e correu por entre os outros passageiros em direção aos braços do seu Simão. Ele envolveu-a num abraço cheio de amor e saudade e depois beijaram-se desesperada e apaixonadamente. As pessoas à sua volta ficaram comovidas e em lágrimas por ver tão bonita cena de amor. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Entretanto, enquanto Simão recuperava a sua amada, Mariana ficara junto à carrinha, esperando pacientemente por ele e pedindo a Deus para que não encontrasse Teresa. A filha de João da Cruz fartou-se de esperar e resolveu entrar no comboio. Oxalá não o tivesse feito! Assim que entrou assistiu ao reencontro de Simão e Teresa. O ciúme tomou conta de Mariana que, para não fazer algo de que se arrependesse, saiu para a rua e se sentou dentro da carrinha. Lá descarregou a sua raiva, pontapeando o interior da carrinha do pai. Um desses pontapés abriu o porta-luvas e revelou, no seu interior,&nbsp;um revólver. A arma era tentadora e tornou-se impossível resistir-lhe quando Simão e Teresa saíram de mãos dadas do comboio. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Mariana limpou as lágrimas, empunhou a pistola e saiu da carrinha. Simão vinha falando alegremente com Teresa quando viu Mariana.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Teresa, esta é a Mariana. Aquela minha amiga que é como uma irmã para mim. Mariana! Esta é a Teresa… Mariana!? &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A arma estava apontada para Teresa, mesmo para o coração. Mariana estava estranhamente calma: &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- Simão… desculpa… mas já não aguento mais. Não aguento que a ames e não me ames a mim! Não da forma que eu queria… Por isso, desculpa… &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Simão nem teve tempo de dizer nada, Mariana já tinha disparado sobre Teresa. Simão só teve tempo de se meter entre a bala e Teresa, fazendo o que prometera a si mesmo: proteger aquele ser angelical a todo o custo. Mas parece que o destino não queria que Simão cumprisse essa promessa. A bala trespassou Simão e foi alojar-se no coração de Teresa. Os dois amantes caíram um para o outro e abraçaram-se, subindo ao Céu envoltos naquele eterno abraço de amor.&nbsp;

Sempre que as Histórias lhe diziam que já era altura, o viajante regressava à aldeia. Todos os verões, cada um mais quente que o anterior, ele caminhava na beira da estrada de alcatrão, suportando o sol a derreter o seu rosto. Mais tarde virava pelo trilho de terra batida enquanto pensava na monotonia e na solidão que ajudava a esconder por detrás de sorrisos genuínos. Ajudava como só sabia fazer, contando Histórias que a família um dia lhe contou e outras que leu nalgum livro. 

Guardava-as todas na memória, o que não implicava que tivesse de contar 

tudo como se lembrava, às vezes acrescentava um ponto aqui ou ali… só visitava 

esta pequena aldeia escondida. Somente nesta já encontrava tantas pessoas a desistir, que

não precisava de ir a outro lugar espalhar tesouros. Esta aldeia e as suas pessoas preservavam bem os tesouros que o viajante lhes oferecia.