Biografias de personalidades que contribuíram para a construção da democracia em Portugal

Memórias de um povo que conquistou a liberdade

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Quando Um Homem Quiser | Poema de Ary dos Santos com narração de Mundo Dos Poemas

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Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no dia 6 de Novembro de 1914 no Porto. O pai chamava-se João Henrique Andresen e era de origem dinamarquesa, a mãe chamava-se Maria Amélia de Mello Breyner. Passou grande parte da sua infância no Porto. De 1936 a1939, estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Foi escritora e poetisa, tendo 52 livros publicados, como, por exemplo, Contos exemplares, A menina do mar e a Fada Oriana entre outros. Morreu em 2 de junho de 2004, em Lisboa, com 84 anos. Além de ter produzido uma obra literária de altíssimo valor, grande parte da sua vida acompanhou o período da história portuguesa dominada pela oposição ao regime salazarista.

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José Afonso nasceu no dia 2 de agosto de 1929, em Aveiro. Era de uma família burguesa, filho do juiz José Santos e de Maria Cerqueira, professora de instrução primária. Viveu em Aveiro até aos seus três anos e, no dia do seu aniversário, foi levado para Angola. Em 1937 regressa a Aveiro, mas parte no mesmo ano para Moçambique. No ano seguinte volta para Portugal, indo viver em Belmonte, com o seu tio Filomeno, sendo forçado a frequentar a a Mocidade Portuguesa. Terminou o ensino primário em Belmonte, frequentou o Liceu Nacional D. João III e a Faculdade de Letras em Coimbra, onde integrou o Orfeão Académico de Coimbra e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra. Em 1963 terminou a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, com uma tese sobre Jean-Paul Sartre. Teve o primeiro filho em janeiro de 1953. Vive com grandes dificuldades económicas. Em 1956 é colocado em Aljustrel e divorcia-se de Maria Amália, com quem tinha tido dois filhos, José Afonso e Maria Afonso. Em 1958 envia os filhos para Moçambique, que ficam ao cuidado dos avós. Participa frequentemente em festas populares de oposição ao regime e canta em coletividades. Começa a namorar com Zélia, a sua segunda mulher, com quem tem mais dois filhos, Joana Afonso e Pedro Afonso.

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Devido à coragem que manifestou ao longo da campanha perante a repressão policial, foi chamado de "General sem Medo". Surpreendentemente, apesar do esmagador apoio popular que recebera durante a campanha, Humberto Delgado perdeu com 23% dos votos, , enquanto o impopular e apagado candidato de Salazar, Américo Tomás, foi eleito com 76,4% dos votos, o que imediatamente levantou a suspeita de uma generalizada fraude eleitoral perpetrada pela PIDE e outros apoiantes do regime.

Na sequência da derrota eleitoral, foi vítima de represálias por parte do regime salazarista e alvo de ameaças por parte da&nbsp;polícia política, pedindo asilo político na Embaixada do&nbsp;Brasil e seguindo depois para o&nbsp;exílio.&nbsp;Convencido de que o regime não poderia ser derrubado por meios pacíficos promoveu a realização da&nbsp;Revolta de Beja, a qual veio a ser concretizada em 1962 e que visava tomar o quartel de&nbsp;Beja&nbsp;e outras posições estratégicas importantes de Portugal. O golpe, porém, fracassou. Pensando vir reunir-se com opositores ao regime do Estado Novo, Humberto Delgado dirigiu-se à fronteira espanhola, perto de&nbsp;Olivença, em 13 de Fevereiro de&nbsp;1965. Ao seu encontro,&nbsp;foi uma brigada da&nbsp;PIDE, que o assassinou, matando também a sua secretária, Arajaryr Campos.

Em Janeiro de 1975 os seus restos mortais foram transferidos de Espanha para o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Maria Helena Vieira da Silva nasceu a 13 de Junho de 1908 em Lisboa e faleceu a 6 de Março de 1992 em Paris, França. Com apenas três anos de idade, a 14 de Fevereiro de&nbsp;1911, ficou órfã de pai, passando então a viver com a sua mãe e o seu avô materno, José Joaquim da Silva Graça. Muito cedo despertou para a&nbsp;música&nbsp;e a&nbsp;pintura, tendo aos onze anos de idade começado a estudar&nbsp;piano&nbsp;e&nbsp;canto,&nbsp;em casa,&nbsp;desenho&nbsp;e pintura. Pouco depois, ingressou na Academia de Belas Artes em Lisboa, motivada também pela&nbsp;escultura. A 22 de Fevereiro de 1930, casou-se com o pintor&nbsp;húngaro&nbsp;Árpád Szenes, de origem&nbsp;judaica. Perdeu então a nacionalidade portuguesa e o casal passou à situação de&nbsp;apátridas&nbsp;residentes em&nbsp;França. Em 1939, ano em que rebentou a Segunda Guerra Mundial, procuraram obter a nacionalidade portuguesa, mas foi-lhe negada. Sendo ambos apátridas e sendo Arpad Szenes de origem judaica, viram-se obrigados a emigrar.

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Para sustentar a família, dava explicações e fazia revisões de texto no Diário de Coimbra. Pela mesma altura, gravou o seu primeiro disco - Fados de Coimbra. Ainda antes de terminar o curso, é-lhe permitido lecionar no Ensino Técnico. De 1953 a 1955, cumpriu o Serviço Militar Obrigatório, em Mafra e Coimbra. Iniciou as suas funções como professor em Lagos, e entre 1958 e 1959 é professor de Francês e História. Lançou 14 álbuns de estúdio e dois álbuns ao vivo. A casa da Imprensa, considerou-o o melhor compositor e intérprete de música ligeira nos anos de 1969, 1970 e 1971. A sua música "Grândola, Vila morena" foi transmitida na rádio, no dia 25 de abril de 1974, usada pelo MFA como senha para o golpe militar. Infelizmente, morreu no dia 23 e fevereiro de 1987, em Setúbal. Em 2007 foi homenageado na IX Grande Noite de Fados Académicos, em abril do mesmo ano foi organizada uma gala em sua homenagem, e em 2011, pela primeira vez, uma Filarmónica dedicou um concerto totalmente em seu nome. Tem o seu nome em ruas, num parque e numa escola.

Grândola, Vila Morena  (25 de Abril)

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José Mário Branco foi músico, cantor, produtor. Foi uma referência na música de protesto contra o regime ditatorial do Estado Novo e uma das vozes da música de intervenção em Portugal na altura da revolução de 25 de abril de 1974. José Mário Branco, nasceu no dia 25 de maio de 1942, no Porto, e morreu no dia 19 de novembro de 2019, com 77 anos, em Lisboa. Os seus pais, António Branco e Sara Monteiro, eram professores do ensino básico. Nos primeiros anos de vida, viveu entre o Porto e Leça da Palmeira. Em 1961, José Mário Branco, aderiu ao Partido Comunista Português. Chegou a ser preso pela PIDE durante o Estado Novo e, em 1963, foi obrigado a exilar-se em França, onde esteve 10 anos e 11 meses. Em 1971, em França, editou o seu primeiro álbum "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". Após o 25 de abril, regressou a Portugal e, em Maio de 1974, fundou o Grupo de Ação Cultural - Vozes na Luta, composto por músicos de intervenção que, através das canções, levavam a nova mensagem política a todo o país. Alguns dos seus êxitos foram: "Ronda do Soldadinho", 1969 "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", 1971 "A cantiga é uma arma", 1975 "FMI",1979 "Ser solidário", 1982 "Correspondências", 1990 "Resistir é vencer", 2004

Ao longo da sua carreira, colaborou ainda com vários artistas de diferentes géneros musicais.

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Em&nbsp;1968,&nbsp;Maria Barroso acompanhou o marido quando este esteve deportado em&nbsp;São Tomé,&nbsp;onde foi de novo impedida dar aulas. Já na década de&nbsp;1970, quando o governo de&nbsp;Marcello Caetano&nbsp;permite a Soares o exílio em&nbsp;Paris, Maria Barroso volta para&nbsp;Portugal. Após o&nbsp;25 de abril de 1974&nbsp;Maria Barroso foi eleita deputada à&nbsp;Assembleia da República.

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Depois de deixar o&nbsp;Palácio de Belém, em&nbsp;1997, assumiu a presidência da&nbsp;Cruz vermelha, até&nbsp;2003. Maria Barroso faleceu aos 90 anos de idade, no dia&nbsp;7 de julho&nbsp;de&nbsp;2015, às 5h20m, no Hospital da Cruz Vermelha.

Em&nbsp;1986,&nbsp;Mário Soares&nbsp;foi eleito&nbsp;Presidente da República. Nessa altura, a intervenção de Maria Barroso foi dirigida para a defesa do sentido da família e no combate à exclusão social e a todas as formas de violência, participando em diversas iniciativas, quer em&nbsp;Portugal,&nbsp;quer noutros países de língua oficial portuguesa.

6.º A Memórias de um povo que conquistou a liberdade Projeto interdisciplinar de HGP, Português e EM Escola Básica Dr. José Neves Júnior Faro, maio 2021

Acontecimentos relevantes na vida adulta Frequentou a universidade num tempo de agitação social em que existia uma grande contestação ao regime por parte da juventude que ansiava pela liberdade. Durante esse período, concorreu à Associação Académica de Coimbra, pelo MUD. Tornou-se elemento do Orfeão Académico de Coimbra (primeiro tenor) e participou noutras atividade culturais, como, por exemplo, no grupo universitário de danças e no teatro. Adriano participava frequentemente nas serenatas, sendo a sua voz muito apreciada, por fazer recordar a de Zeca Afonso. A música interpretada por ele conhecida por "TROVA DO VENTO QUE PASSA" tornou-se um hino do movimento estudantil. Adriano participou ainda em várias cooperativas musicais. O seu último espetáculo foi num encontro do Partido Comunista.

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Trova do Vento que Passa

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SUMÁRIO Sérgio Godinho Henrique Galvão Adriano Correia de Oliveira Salgueiro Maia Humberto Delgado Catarina Eufémia Ary dos Santos António Gedeão José Afonso Maria Helena Vieira da Silva Mário Soares Sophia de Mello Breyner Andresen Melo Antunes José Mário Branco Humberto Delgado Maria Barroso

Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906. Frequentou o&nbsp;Colégio Militar&nbsp;entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na&nbsp;Escola Prática de Artilharia, em&nbsp;Vendas Novas. Participou no movimento militar de&nbsp;28 de Maio de 1926, que iria dar lugar ao&nbsp;Estado Novo&nbsp;liderado por&nbsp;Salazar. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime salazarista. No entanto, com o decorrer da&nbsp;II Guerra Mundial, as suas simpatias passaram para os&nbsp;Aliados. Representou Portugal nos acordos secretos com o&nbsp;Governo Inglês&nbsp;sobre a instalação das&nbsp;Bases Aliadas nos Açores&nbsp;durante a&nbsp;Segunda Guerra Mundial.

Em 1952, foi nomeado adido militar na Embaixada de Portugal em&nbsp;Washington&nbsp;e membro do comité dos Representantes Militares da&nbsp;NATO. Promovido a general, passa a Chefe da Missão Militar junto da NATO. Os cinco anos que viveu nos&nbsp;Estados Unidos&nbsp;modificaram a sua forma de encarar a política portuguesa. Convidado por opositores ao regime de Salazar para se candidatar à Presidência da República, em 1958, contra o candidato do regime,&nbsp;Américo Tomás, aceita, reunindo em torno de si toda a oposição ao Estado Novo. Numa conferência de imprensa da campanha eleitoral, quando lhe foi perguntado por um jornalista que postura tomaria em relação ao&nbsp;Presidente do Conselho&nbsp;Oliveira Salazar, respondeu com a frase "Obviamente, demito-o!". Esta frase provocou grande entusiasmo junto dos portugueses, que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha, com particular destaque para a entusiástica receção popular&nbsp;no&nbsp;Porto.

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Local e data de nascimento Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu no dia 9/04/1942, na cidade do Porto, mas, poucos meses depois, mudou-se para o outro lado do rio, para Avintes, terra com longa tradição no associativismo e atividades culturais, teatro. A vila também é conhecida por ser a terra da broa de Avintes. Família Pai, Joaquim Gomes de Oliveira (conhecido por Joaquim Trafegueiro); mãe, Laura Correia. Adriano Correia de Oliveira casou-se com Matilde Leite e tiveram dois filhos. Estudos Frequentou o liceu e entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1959, apesar de ter querido inicialmente seguir História. Data e local da morte: 16 de outubro de 1982 (40 anos)

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Webgrafia: http://avintes.net/adriano.htm

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Quando Salgueiro Maia tinha 16 anos, a família instalou-se em Pombal, indo fazer o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo).

Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1 de julho de 1944 em Castelo de Vide. Filho de Francisco da Luz Maia, um ferroviário, e da sua mulher, Francisca Silvéria Salgueiro, que morreu aos 29 anos, atropelada por um autocarro quando Salgueiro Maia tinha apenas quatro anos. Frequentou a escola primária de São Torcato (Coruche) em Tomar. Quando Salgueiro Maia tinha 16 anos, a família instalou-se em Pombal, indo fazer o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje em dia é Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo).

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Avô António Guerra Colonial 1971-1974 Cuimba, Angola

Entrevista à minha avó materna

O meu avô materno participou na guerra colonial. Infelizmente, ele já não está entre nós, por isso fui perguntar à minha avó como é que ele viveu esses tempos. Ela já não se lembra muito bem. Isto foi o que ela me contou. Matilde: Quando foi o avô António para a guerra colonial? E para onde foi mandado? Avó Maria: O avô foi em 1971 para Angola, para Cuimba. Foi num navio chamado Vera Cruz. Matilde: Quanto tempo esteve ele lá e quando voltou? Avó Maria: Esteve lá dois dois anos. E regressou em janeiro de 1974. Matilde: O avô esteve em algum quartel antes de ir para Angola? Avó Maria: Esteve em Beja, Santa Margarida e Faro. Matilde: Já namoravas com o avô quando ele foi para a guerra? Avó Maria: Sim, já. Matilde: Como é que sabias notícias dele? Avó Maria: Escrevíamos aerogramas e cartas que iam de avião. Cada selo custava 25 tostões, o que era caro. Quando a guerra acabou, ele queimou todas as cartas para não se lembrar desses tempos horríveis. Matilde: Lembraste de alguma história que ele contou? Avó Maria: Ele não sofreu muito na guerra, pois foi padeiro. Antes de ir para lá ele não era padeiro, mas quando, já em Angola, perguntaram quem sabia fazer pão, ele foi esperto e disse que sim. Assim só esteve a combater no mato um ou dois meses. Matilde: Obrigada, avó!

Em outubro de 1964, Salgueiro Maia foi admitido na Academia Militar, em Lisboa. Depois de ser reprovada a sua candidatura um ano antes, seria colocado na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para fazer o tirocínio. Na mesma instituição ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial. Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Políticas e Sociais, em Lisboa. Salgueiro Maia faleceu em 3 de abril de 1992, aos 47 anos.

Salgueiro Maia, integrou a Comissão Coordenadora do MFA desde o seu início, como delegado de Cavalaria, uma vez que era essa a sua especialidade, estando colocado na Escola Prática de Cavalaria de Santarém (EPC). A sua missão no dia 25 de abril de 1974 foi essencial para o sucesso da revolução, tornando-o um símbolo que para sempre ficou associado a este dia. Na noite de 24 de abril, Salgueiro Maia juntou 240 homens da EPC fazendo uma intervenção que ficou célebre, dizendo: “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!” Sem nenhum desistente, a coluna de Santarém viria a cercar os ministérios, no Terreiro do Paço, avançando depois para o Largo do Carmo, onde Marcelo Caetano se rendeu. Salgueiro Maia ainda escoltou o chefe de governo cessante até ao aeroporto, de onde Marcelo Caetano partiu para o Brasil.

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Local e data de nascimento: Lisboa, 2 de outubro de 1933. Família: Ernesto Augusto Antunes (pai); Maria José Sanches Forjaz de Melo (mãe); Fernando de Melo Antunes (irmão); Gabriela Athayde Motta (mulher). Infância Dos 6 aos 9 anos viveu em Angola, onde o pai, enquanto sargento do Exército, cumpria uma comissão de serviço. Estudos Frequentou os liceus de Aveiro e Faro, e o Colégio de Tavira, tendo concluído os estudos secundários em 1953; ingressou na Escola do Exército e fez o tirocínio na Escola Prática de Artilharia. Simultaneamente, na procura de alargamento de conhecimentos, frequentou algumas aulas na Universidade de Lisboa, primeiro em Ciências Histórico-Filosóficas e, depois, em Direito.

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No entanto, este&nbsp;militar português&nbsp;da&nbsp;Força Aérea&nbsp;acabou por alterar a sua posição em relação ao Estado Novo, depois de viver cinco anos nos Estados Unidos. Em 1958, candidatou-se à Presidência da República, numa tentativa de derrubar o regime salazarista&nbsp;através de eleições. Quando um jornalista lhe perguntou que posição tomaria em relação a Oliveira Salazar se ganhasse as eleições, respondeu "Obviamente, demito-o!". Apesar do grande apoio popular, Humberto Delgado foi derrotado nas urnas, num processo eleitoral reconhecidamente fraudulento, em que não houve fiscalização por parte da oposição. Depois disso, foi alvo de represálias pelo regime de Salazar e ameaçado pela PIDE, por isso, pediu asilo político na Embaixada do Brasil e partiu para o exílio. A 13 de fevereiro de 1965, foi assassinado pela PIDE em Olivença, Espanha. Em Janeiro de 1975, os seus restos mortais foram transferidos de Espanha para o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Ficou popularmente conhecido como o&nbsp;General sem Medo.

Webgrafia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Delgado

Henrique Galvão nasceu a 04/02/1895 no Barreiro, distrito de Setúbal, Portugal. Os seus pais eram Celestino Alberto Salgueiro Galvão e Maria Marta Galvão. Estudou Geografia na academia militar. Henrique desempenhou diversos cargos ao longo da sua vida, como administrador de concelho (Montemor-o-Novo), Comissário-Geral da Exposição Colonial Portuguesa, governador de Huíla e diretor da Emissora Nacional. Para além de militar, foi ainda político e escritor. Em África, teve a oportunidade de ver as condições desumanas dos nativos em África, o que o chocou e revoltou. No início da década de 50, conspirou com outros militares, mas acabou por ser descoberto, preso e expulso do exército. Em 1958, apoiou a candidatura presidencial do general&nbsp;Humberto Delgado. Devido à sua atividade política, esteve preso em 1952 e 1958, na cadeia de Caxias e no Aljube. Faleceu a 25/06/1970, em São Paulo, Brasil, aos 75 anos, devido à doença Alzheimer.

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O seu maior feito foi desviar o paquete português "Santa Maria". Escreveu ainda os livros "The Santa Maria- My Crusade for Portugal" e "Kurika: romance dos bichos do mato".

Sérgio Godinho é poeta, compositor, intérprete, ator, dramaturgo e realizador português. Nasceu no dia 31 de agosto de 1945, no Porto. A mãe e o tio tinham tido formação musical e o pai era melómano, o que o influenciou em criança. Sérgio Godinho deixou a licenciatura em Economia e saiu do país,&nbsp;por se recusar a participar na&nbsp;Guerra Colonial. Durante o exílio, estudou Psicologia na Suíça durante dois anos e passado um tempo foi para França estudar música também por dois anos. Em 1971, participou no álbum de estreia a solo de José Mário Branco. Nesse mesmo ano, fez a sua estreia discográfica com a edição do E.P. "Romance de um dia na estrada". Em 1972, apresentou um novo álbum, "Pré-histórias", que inclui uma das canções mais emblemáticas da sua carreira, a "Noite Passada", seguindo-se "Os sobreviventes" (1971) e "Pré-história" (1972). Em&nbsp;1973,&nbsp;mudou-se para o&nbsp;Canadá, só regressando a Portugal após a revolução do 25 de Abril de 1974, no ano em que editou "À queima-roupa". Sérgio Godinho tornou-se autor de algumas das canções mais aclamadas da música portuguesa, como «Com um brilhozinho nos olhos», «O primeiro dia» e «É terça-feira». Em 2018, com 72 anos, apresentou um novo disco, "Nação Valente".&nbsp; Sérgio Godinho teve um papel importante na luta contra a ditadura, com as suas cantigas de intervenção.

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Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu no dia 24 de novembro de 1906, em Lisboa. Foi professor de Físico-Química no Liceu Pedro Nunes, Liceu D. João III (Coimbra) e no Liceu Camões, educador, investigador da História da Ciência em Portugal, divulgador da Ciência e poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão. Foi colaborador da revista Mundo Literário (1946-1948), publicada semanalmente, podendo o seu trabalho ser consultado na seção "Panorama da Ciência". Foi bolseiro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa e curador do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa. Com o seu nome próprio, Rómulo de Carvalho foi autor de numerosos volumes de divulgação da cultura científica. Como poeta, escreveu sob o pseudónimo de António Gedeão, sendo Pedra Filosofal e Lágrima de Preta dois dos seus poemas mais famosos. Para além dos seus livros de poesia, publicou também dois livros de ficção, Bárbara Ruiva e A Poltrona e outras novelas. O primeiro foi escrito em 1942, porém a 1.ª edição só foi lançada em abril de 2009; o segundo foi publicada em 1973. Rómulo de Carvalho teve dois filhos, Frederico de Carvalho, também licenciado em Ciências, e Cristina Carvalho, escritora, esta última fruto do segundo casamento com a escritora Natália Nunes. Morreu no dia 19 de fevereiro de 1997, em Lisboa. Está sepultado no Jazigo dos Escritores Portugueses, no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, junto de outros vultos notáveis das letras portuguesas, como José Cardoso Pires e Fernando Namora.

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Primeiros anos Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906, na pequena aldeia de Boquilobo, Torres Novas, concelho de Torres Novas,&nbsp;distrito de Santarém, numa casa simples, hoje restaurada e transformada em espaço museológico dedicado à sua memória. Frequentou o&nbsp;Colégio Militar&nbsp;entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na&nbsp;Escola Prática de Artilharia, em&nbsp;Vendas Novas. Participou no movimento militar de&nbsp;28 de maio de 1926, que derrubou a&nbsp;República Parlamentar&nbsp;e implantou a&nbsp;Ditadura Militar&nbsp;que iria dar lugar ao&nbsp;Estado Novo&nbsp;liderado por Salazar.

Este livro resultou do trabalho de articulação curricular envolvendo as disciplinas de História e Geografia de Portugal, Português e Educação Musical e visou aprofundar o conhecimento dos alunos sobre a construção da democracia no nosso país. Para isso, investigaram os contributos de personalidades que se destacaram em diferentes áreas, política, cívica, cultural, na luta pela instauração de um regime democrático. Paralelamente, foram desafiados a procurar, nas memória de família, histórias que os ajudassem a compreender a importância da conquista da liberdade na vida do povo anónimo. Todas essas memórias aqui ficam, como testemunho do envolvimento dos nossos alunos na educação para a cidadania democrática.

As professoras Ana Sofia Rosa, Graça Ribeiro e Virgínia Castro

Maria Barroso nasceu no dia 2 de maio de 1925, na Fuseta (Algarve) e foi a quinta filha de sete irmãos. Faleceu no dia 7 de julho de 2015 (90 anos), em Lisboa. Durante a sua vida, foi&nbsp;atriz,&nbsp;professora&nbsp;e ativista política e social, tendo sido uma das fundadoras do&nbsp;Partido Socialista&nbsp;(PS), na&nbsp;Alemanha, em 1973.

No período da adolescência, despertou-lhe o interesse pelo teatro e pela arte de dizer poesia, o que a levou a frequentar o Curso de Arte Dramática. Terminou esse curso em&nbsp;1943, sendo encenadora e professora de&nbsp;Arte de Dizer&nbsp;no&nbsp;Colégio Moderno.

Ao mesmo tempo que fazia carreira como atriz, Maria Barroso continuou os estudos na Faculdade de Letras, onde viria a completar uma licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1951. Foi na Faculdade que conheceu Mário Soares, com o qual viria a casar a 22 de fevereiro de 1949.

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Em 1986, Mário Soares foi eleito Presidente da República e Maria Barroso assume o papel de "primeira-dama" de Portugal&nbsp;(1986–1996).

As suas obras encontram-se atualmente em coleções privadas e museológicas, sendo possível ver alguns exemplares no&nbsp;Museu Coleção Berardo do&nbsp;Centro Cultural de Belém.

Algumas das suas obras - As Bandeiras Vermelhas,&nbsp;em 1939. - A Partida de Xadrez, em 1943. - O Passeante Invisível, em 1949. - O Quarto Cinzento, em&nbsp;1950. - Londres, em 1959. - Biblioteca em fogo, em 1974.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, o casal decidiu ir para o Brasil para fugir às perseguições nazis. Aí, viveram de 1940 a 1947, onde contactaram com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira.&nbsp; "Sou uma mulher da cidade",&nbsp;disse um dia Vieira da Silva, como que a justificar as inúmeras cenas urbanísticas que povoam o seu imaginário e o seu fascínio pelas grandes aglomerações urbanas.

Correspondendo ao convite de Sophia de Mello Breyner Andresen, executou dois cartazes memoráveis. Um, com o título&nbsp;"A Poesia está na Rua"&nbsp;e outro,&nbsp;"25 de Abril de 1974", ficarão para sempre como lugares simbólicos da Revolução de Abril, que guardamos na memória como parte do arquivo visual do 25 de Abril. O cartaz&nbsp;"A Poesia está na Rua"&nbsp;é uma referência histórica da sua ligação à liberdade e à democracia e revela bem como ela sentiu não só o momento mas tudo o que a cidade viveu nesse período.

São muitas as homenagens prestadas a António Gedeão, com a atribuição do seu nome a espaços públicos. Entre eles, destaca-se a Escola Escola Secundária c/ 3.º Ciclo do Ensino Básico de António Gedeão, em 1992, e a Rua António Gedeão, na freguesia de Marvila, Lisboa, em 1997. Existe também uma rua com o nome António Gedeão em Portimão.

24 DE NOVEMBRO Em 1996, Portugal fixou a data de nascimento de Rómulo de Carvalho como Dia Nacional da Ciência e da Cultura, homenageando assim o seu papel na promoção do ensino de ciência e da cultura científica no nosso país.

Manuel Freire - Pedra filosofal

Lágrima de Preta - Manuel Freire

Manuel Freire Pedra filosofal, de António Gedeão

Manuel Freire Lágrima de Preta, de António Gedeão

Lágrima de preta Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio. António Gedeão

Chegada a Lisboa a 28/04/1974

Mário Soares nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de 1924. Era filho de João Lopes Soares e de Elisa Nobre Soares. Casou com Maria de Jesus Simões Barroso Soares em 1949 e tiveram um filho e uma filha.

Mário Soares e a mulher, Maria Barroso

O seu pai foi professor pedagogo e político da 1.ª República, chamava-o de Gigi. Ao longo da sua infância, foi uma criança magra e alta que gostava de correr e brincar. Ele não era um aluno brilhante e via os outros a jogar futebol. No golpe de estado de 28 de maio de 1926, que instaurou a ditadura militar Mário Soares, tinha apenas 2 anos. Durante a sua infância, o seu pai esteve muito ausente por motivos profissionais e de atividade política. Na adolescência começou a interessar-se pela vida politica. Estudou História e Filosofia na Faculdade de Letras e depois Direito na Universidade de Lisboa. Enquanto advogado, defendeu vários presos políticos durante o regime ditatorial. Foi detido várias vezes pela polícia política durante o Estado Novo. Devido às suas ideias, foi deportado e, depois, exilado. Em França funda o Partido Socialista. Depois da Revolução de&nbsp;25 de abril de 1974,&nbsp;regressa a Portugal desempenhando funções de ministro e primeiro-ministro em vários governos. Participou ativamente nas negociações da descolonização portuguesa, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, e, mais tarde, na entrada de&nbsp;Portugal na CEE, atual União Europeia. Eleito Presidente da República em 1986, proclama-se “Presidente de todos os Portugueses”. Morreu no dia 7 de Janeiro de 2017, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.

Webgrafia: Wikipedia, www.fmsoares.pt e Jornal "O Observador"

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Acontecimentos relevantes na vida adulta Alcançou a patente de alferes em 1957, de Capitão em 1961 e de Major em 1972. Cumpriu três comissões de serviço na Guerra Colonial em Angola. Feitos ou obras realizadas Ingressou no Movimento dos Capitães em 1973 e foi um dos estrategas da Revolução dos Cravos. Foi&nbsp;o redator principal do documento “O Movimento das Forças Armadas e a Nação” e coautor do programa do MFA. Foi ministro sem pasta do II Governo Provisório e assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros nos IV e VI Governos provisórios. Negociou a independência da Guiné-Bissau e integrou o Conselho dos Vinte, o Conselho da Revolução e o Conselho de Estado.&nbsp; Participou ativamente na elaboração do Programa de Ação Política e Económica, em Dezembro de 1974, e do Documento dos Nove, em Agosto de 1975. Aderiu ao PS, em 1991. Em 1983 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Morte: Sintra, 10 de agosto de 1999.

Webgrafia: <a href="https://www.jornaltornado.pt/ernesto-de-melo-antunes/">Ernesto de Melo Antunes - Jornal Tornado</a>

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Melo Antunes na tomada de posse do Governo.

O "Santa Maria" tinha largado em&nbsp;9 de janeiro&nbsp;de&nbsp;1961&nbsp;para uma viagem regular até&nbsp;Miami. Galvão embarcou clandestinamente no navio, em Curaçau,&nbsp;nas Antilhas Holandesas. A bordo já se encontravam os 20 elementos da Direção Revolucionária Ibérica de Libertação, grupo que assumiria a responsabilidade pelo assalto. O navio levava cerca de 612 passageiros, muitos norte-americanos, e 350 tripulantes. A operação começou na madrugada de&nbsp;22 de janeiro. Houve um morto, João José Nascimento Costa, e dois feridos graves. O paquete mudou de rumo e partiu em direção a África. Henrique Galvão pretendia dirigir-se à ilha espanhola de&nbsp;Fernando Pó, no&nbsp;golfo da Guiné, e a partir daí atacar&nbsp;Luanda, um território a partir do qual seria possível o derrube do regime. Com este plano chamaria as atenções do mundo para Portugal. O plano foi executado, mas, como Henrique viu que tudo estava perdido, acabaria por aportar ao Recife, pedindo asilo político.

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Catarina Eufémia nasceu no dia 13 de fevereiro de 1928 em Baleizão e morreu no dia 19 de maio&nbsp;de&nbsp;1954,&nbsp;em Baleizão. Era filha de trabalhadores agrícolas. Na sua infância começou a trabalhar desde muito nova, não tendo podido frequentar a escola primária. Aos 17 anos, casou-se com António Joaquim.

Na sequência de uma&nbsp;greve&nbsp;de assalariadas rurais, ocorreu uma manifestação por melhores condições de trabalho e mais salário, liderada por Catarina Eufémia. Tinha um filho no colo quando foi assassinada com três tiros quase à queima-roupa, pelas costas, por um agente da&nbsp;Guarda Nacional Republicana.

Com vinte e seis anos,&nbsp;analfabeta e com três filhos, um dos quais de oito meses, Catarina tornou-se um símbolo da resistência&nbsp;ao&nbsp;regime salazarista no Alentejo.

Zeca Afonso - cantar alentejano

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José Carlos Ary dos Santos nasceu a 7 de dezembro de 1936, em Lisboa. Iniciou a sua instrução no colégio Infante Sagres, em Lisboa, mas foi expulso por mau comportamento. Uns anos depois, frequentou a Faculdade de Direito e de Letras, mas nunca acabou os cursos. Ary dos Santos foi poeta e declamador. Autor de mais de seiscentas letras para canções, Ary dos Santos fez muitos amigos no meio cultural. Quatros delas foram&nbsp;apresentadas no&nbsp;Festival RTP da Canção, Menina do Alto da Serra, interpretada por&nbsp;Tonicha,&nbsp;Tourada, interpretada por&nbsp;Fernando Tordo,&nbsp;Portugal no Coração, interpretada pelo grupo&nbsp;Os Amigos e Desfolhada Portuguesa, com interpretação de&nbsp;Simone de Oliveira, sendo esta apurada para representar Portugal no&nbsp;Festival Eurovisão da Canção. Assinala-se ainda a sua importante colaboração como letrista de fados e canções interpretados por&nbsp;Amália Rodrigues&nbsp;e&nbsp;Carlos do Carmo. Ary dos Santos notabilizou-se também como declamador. Gravou, ele próprio, textos e poemas seus e com muitos outros autores e intérpretes. Gravou também um duplo álbum com&nbsp;O Sermão de Santo António aos Peixes, do&nbsp;Padre António Vieira. Após o&nbsp;25 de Abril, tornou-se um ativo dinamizador cultural de esquerda, percorrendo o país de lés a lés. À data da sua morte, tinha em preparação um livro de poemas intitulado&nbsp;As Palavras das Cantigas, sendo seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos. Estava também a preparar um outro livro intitulado&nbsp;Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada. José Carlos Ary dos Santos morreu a 18 de janeiro de 1984, em Lisboa.

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Dedicamos este trabalho a todos aqueles que, corajosa e abnegadamente, contribuíram para a construção e consolidação de um regime democrático em Portugal. 6.º A

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