Biografias de personalidades que contribuíram para a construção da democracia em Portugal

Memórias de um povo que construiu um país livre

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Henrique Carlos da Mata Galvão nasceu a quatro de fevereiro de 1895, no Barreiro. 

Foi oficial do exército, inspetor da administração colonial portuguesa, escritor e político.

Notabilizou-se pelo assalto ao paquete Santa Maria, numa tentativa de derrubar o regime.

Morreu em junho de 1970, no dia vinte e cinco, sem deixar filhos.

Henrique Galvão começou por ser apoiante de Sidónio Pais. Participou também na&nbsp;revolução de 28 de maio de 1926 e foi um apoiante do Estado Novo até ficar descontente e desiludido com o regime&nbsp;salazarista.&nbsp;Esteve em África e foi governador da Huíla, em Angola. A sua passagem por África inspirou-a para escrever uma série de livros sobre a vida nas colónias africanas, como "História do nosso tempo: João de Almeida, sua obra e ação" e "Kurika: romance dos bichos do mato".

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José Afonso - A morte saiu à rua.

A canção de José Afonso "A morte saiu à rua" é uma homenagem ao artista plástico&nbsp;José Dias Coelho, morto pela&nbsp;PIDE&nbsp;em 19 de dezembro de 1961.

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Adriano Correia de Oliveira Celeste Caeiro Salgueiro Maia Margarida Tengarrinha José Afonso Sérgio Godinho José Dias Coelho Maria Isabel Barreno Natália Correia Melo Antunes Henrique Galvão Vasco Lourenço Mário Soares Maria Teresa Horta José Carlos Ary dos Santos Otelo Saraiva de Carvalho Maria Helena Vieira da Silva Humberto Delgado José Inácio da Costa Martins Sophia de Mello Breyner Andresen Manuel Alegre

As “Novas Cartas Portuguesas”, lançadas em 1972, marcaram o declínio do Estado Novo em Portugal.

Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno

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Memórias de um povo que construiu um país livre

Escola Básica Dr. José Neves Júnior

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Trova do Vento que Passa

Letra: Manuel Alegre Música: António Portugal

Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país E o vento cala a desgraça O vento nada me diz. Mas há sempre uma candeia Dentro da própria desgraça Há sempre alguém que semeia Canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste Em tempo de servidão Há sempre alguém que resiste Há sempre alguém que diz não.

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Maria Helena Vieira da Silva nasceu a 13 de junho de 1908, em Lisboa, no seio de uma família abastada de classe alta. Era a única filha do embaixador Marcos Vieira da Silva com Maria do Céu Silva Graça, vivendo os seus primeiros anos de vida na Suíça, onde o pai estava destacado.&nbsp; No início da década de 1930, conheceu a galerista Jeanne Bucher, que passou a representar o seu trabalho artístico, e vendeu o seu primeiro quadro para o Museum of Modern Art de Nova Iorque, sendo ainda organizada a primeira exposição individual da artista em Paris.&nbsp; Em 1930,&nbsp;casou-se com o pintor&nbsp;húngaro Árpád Szenes, de origem&nbsp;judaica. Por essa razão, o Estado Novo retirou-lhe a nacionalidade portuguesa e o casal passou à situação de&nbsp;apátridas&nbsp;residentes em&nbsp;França. Durante a segunda metade da década de 1930, com o desenvolvimento da extrema direita na Europa, Maria Helena Vieira da Silva e o seu marido juntaram-se ao grupo Amis du Monde (1935), uma associação criada por vários artistas e intelectuais de diferentes nacionalidades a residir em Paris, a fim de discutirem formas de resistência contra os movimentos fascistas. Nesse mesmo ano, por se sentirem inseguros com o crescimento de ataques antisemitas, decidiram partir para Lisboa, onde passaram a residir temporariamente. Com o início da&nbsp;Segunda Guerra Mundial, o casal procurou obter a&nbsp;nacionalidade portuguesa, mas o seu pedido foi-lhes negado pelo Estado Novo. Obrigados a sair da Europa partiram para o exílio no&nbsp;Brasil, em 1940. Após a Revolução dos Cravos, voltou a Portugal e, a convite de Sophia de Mello Breyner Andresen, realizou dois cartazes memoáveis A Poesia está na rua e 25 de Abril de 1974. Maria Helena Vieira da Silva faleceu a 6 de março de&nbsp;1992, com 83 anos de idade, em Paris.

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Manuel Alegre é filho de Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e de Maria Manuela Alegre. Em 1956, Manuel Alegre é admitido na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde participou nas atividades de teatro da Academia. A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961, sendo colocado nos Açores, onde tenta uma ocupação da ilha de S. Miguel, com Melo Antunes. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde dirige uma tentativa pioneira de revolta militar. É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante seis meses. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em Argel, em 1964, onde é dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Aos microfones da emissora A Voz da Liberdade, a sua voz converte-se num símbolo de resistência e liberdade.

As mãos Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. Com mãos se faz o poema - e são de terra. Com mãos se faz a guerra - e são a paz. Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra. Não são de pedras estas casas, mas de mãos. E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas. E cravam-se no tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas. Folhas que vão no vento: verdes harpas. De mãos é cada flor, cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre - Trova Ao Vento Que Passa

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Sérgio Godinho é poeta, ator e cantor. Nasceu no Porto, em 1945. Aos vinte anos, recusou-se a ingressar na guerra colonial e por isso viu-se obrigado a ir para o estrangeiro, onde viveu aproximadamente nove anos. Durante essa estadia, descobre a sua paixão pelas artes, participando em musicais como “Hair”. É nos musicais que se apercebe de que afinal sabe cantar e lança o seu primeiro single/CD “Os sobreviventes”, gravado em 1971.&nbsp; Sérgio Godinho retorna a Portugal após o 25 de abril de 1974, tornando-se compositor de alguns sucessos musicais, tais como: “Com um brilhozinho nos olhos”, “O Primeiro Dia” e “Terça-feira”. Como o seu sucesso já se fazia sentir noutros países, acaba por gravar um CD com algumas participações brasileiras de renome, como foi o caso de Chico Buarque.

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Muitas das canções de José Afonso continuam a ser gravadas por numerosos artistas portugueses e estrangeiros e o seu trabalho, com a incidência política que as suas canções ganharam, tem um lugar de destaque na música e na cultura portuguesa.

Zeca Afonso - Grândola, Vila Morena

Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade! Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena! Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade!

Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena! À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade! Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade!

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Celeste nasceu a 2 de Maio de 1933, na antiga freguesia do Socorro, em Lisboa. De mãe galega, era a mais nova de três irmãos e quase não conheceu o pai, que os abandonou. Tinha família na Amareleja, que nos anos finais do Estado Novo era considerada "a aldeia mais vermelha de Portugal". Em 1974, Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado.&nbsp; Trabalhava num restaurante de self-service chamado "Sir", no edifício Franjinhas da Rua Braamcamp, em Lisboa. O restaurante, inaugurado a 25 de Abril de 1973, fazia um ano de abertura nesse dia, e a gerência planeava oferecer flores às senhoras clientes, e um Porto aos cavalheiros. A gerente, Isabel Falcão, disse aos funcionários para voltarem para casa e deu-lhes os cravos para levarem consigo, já que não poderiam ser distribuídos pelas clientes.&nbsp; Ao regressar a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado, onde se deparou imediatamente com os tanques dos revolucionários.&nbsp;

Então, deu-lhes as únicas coisas que tinha consigo, os molhos de cravos, dizendo "Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa".

6.º C Memórias de um povo que construiu um país livre Projeto de articulação curricular de HGP, Português e EM Escola Básica Dr. José Neves Júnior Faro, maio 2021

Vasco Lourenço nasceu a 19 de junho de 1942 em Lousa, Castelo Branco. Ingressou na Academia Militar em 1960 , na especialidade de Infantaria. Cumpriu uma comissão de serviço na Guiné entre 1969 e 1971. Nas vésperas da revolução foi preso e transferido compulsivamente para a Ponta Delgada, nos Açores, onde assistiu ao golpe militar de 25 de abril de 1974. Pertenceu à comissão política do Movimento das Forças Armadas (MFA) à época da Revolução dos Cravos.

O Movimento das Forças Armadas (MFA) foi o movimento militar, responsável pela Revolução de 25 de abril de 1974 em Portugal e pôs fim aos 48 anos do Estado Novo. Os principais objetivos deste grupo de militares eram: descolonizar, pondo fim à guerra colonial, democratizar e desenvolver o país. Passou à reserva militar no posto de tenente-coronel em 20 de abril de 1988.

Embora não muito politizado, entusiasma-se com&nbsp;António Sérgio,&nbsp;como figura da oposição, e sobretudo com&nbsp;Humberto Delgado, o "general sem medo", e toma contacto com as ideias de libertação dos países africanos francófonos, numa viagem a Paris. É promovido a alferes do Quadro Permanente do Exército (QPE) em novembro de 1960. Em 1961, estala a Guerra Colonial, e embarca para Luanda, na sua primeira comissão em África, como alferes de&nbsp;Artilharia, onde se mantém de&nbsp;1961&nbsp;a&nbsp;1963. Cedo compreende a face negra do colonialismo português, muito diferente da propaganda na Metrópole, e conhece o então tenente-coronel de Cavalaria&nbsp;António de Spínola, que segundo Otelo era "homem de grande crueldade", com quem se cruzará várias vezes ao longo da História. Em&nbsp;1963,&nbsp;foi nomeado a contragosto instrutor da&nbsp;Legião Portuguesa,&nbsp;milícia marcadamente fascista e conhecida pelo apoio que prestava à&nbsp;PIDE. Esteve nessa posição durante dois meses, o que, considerou mais tarde, lhe permitiu "contactar com a realidade do corporativismo fascista e a sua sustentação junto dos pequenos funcionários".

Responsável pelo setor operacional da Comissão Coordenadora e Executiva do&nbsp;Movimento dos Capitães, elaborou o plano de operações militares do 25 de Abril de 1974. Dirigiu ainda as operações a partir do posto da Pontinha, no Regimento de Engenharia n.º 1, onde esteve em permanência desde o fim da tarde de 24 de abril até ao dia 26 de abril de 1974.

Em 1990, Sérgio faz o espetáculo “Sérgio Godinho, Escritor de Canções”, em que reviveu alguns dos seus sucessos musicais, resultando num novo álbum “Escritor de Canções”.&nbsp; Não satisfeito, Sérgio torna-se também autor da série “Luz na Sombra”, a qual foi exibida na RTP 2, em 1991. Realiza ainda três filme de ficção, em 1992, intitulados “Ultimatos”, que viriam a ser exibido na RTP, em 1994.&nbsp;

De volta ao mundo da música, Sérgio Godinho grava mais alguns CD que lhe proporcionaram alguns prémios musicais. Recebe também prémios pela sua poesia e pela arte cinematográfica, vendo assim reconhecida uma longa carreira no mundo das artes.&nbsp;&nbsp;

Estes são alguns exemplos das suas obras:&nbsp; - Guiões de cinema: "Kilas, o Mau da Fita" - Peças de teatro: "Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles!" - Histórias infantojuvenis: "O Pequeno Livro dos Medos" - Poesia: "O Sangue por Um Fio" - Crónicas: "Caríssimas Quarenta Canções"&nbsp;

Depois de se ter estreado na ficção com "Vida Dupla,&nbsp;que reúne um conjunto de contos, publicou o seu primeiro romance intitulado "Coração Mais Que Perfeito", a que se seguiu "Estocolmo".

Sérgio Godinho - O Novo Normal

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A revolta militar de 25 de abril de 1974 foi desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas, mais conhecido por MFA, que derrubou o regime praticamente sem ter de utilizar a força nem provocar vítimas, daí ser chamada a revolução dos cravos. Os dois únicos momentos de tensão foram protagonizados pelo próprio Salgueiro Maia: o primeiro foi o encontro com um destacamento de viaturas blindadas, até então ao serviço do Governo e que ficou resolvido quando estas tropas tomaram posição ao lado dos revoltosos; o outro momento aconteceu quando o capitão mandou disparar fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR.&nbsp; Depois da revolução, o capitão Salgueiro Maia licenciou-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. Retomando a sua carreira militar, recusou as condecorações que o regime democrático lhe quis atribuir. Foi promovido a Major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-coronel. Faleceu vítima de doença oncológica, a 4 de abril de 1992, em Lisboa, com 47 anos de idade. Anos após o seu falecimento, foi agraciado pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a 25 de abril de 2016 (Dia da Liberdade), tendo a condecoração sido entregue à viúva a 30 de junho de 2016, véspera do dia em que completaria 72 anos de vida.

A sua coragem e a sua determinação são recordadas todos os anos nas comemorações do 25 de abril, sendo conhecido como o «Capitão sem Medo».

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, mais conhecido como Zeca Afonso, nasceu no dia 2 de agosto de 1929, em&nbsp;Aveiro. É filho do&nbsp;juiz&nbsp;José Nepomuceno Afonso dos Santos e da sua mulher, Maria das Dores Dantas Cerqueira,&nbsp;professora da instrução primária.

Na sua infância, José Afonso viveu até aos três anos na cidade onde nasceu, tendo, em 1932, viajado para&nbsp;Angola,&nbsp;onde passou a viver com os pais e irmãos que aí já se encontravam. Regressado a&nbsp;Portugal, depois de uma breve passagem também por&nbsp;Moçambique, José Afonso foi viver para casa de familiares em&nbsp;Belmonte, onde completou o Ensino Primário. Estudou, em&nbsp;Coimbra, no liceu D. João III e ingressou depois no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras.

José Afonso foi compositor, cantor, poeta e professor. A partir de 1962, começa a criar as suas músicas de intervenção. Os Vampiros, tema contra a opressão do capitalismo, viria a tornar-se símbolo de resistência&nbsp;anti-Salazarista&nbsp;na época. Ao longo da sua carreira, fez inúmeras canções&nbsp;de carácter vincadamente político, como Venham mais cinco, Traz outro amigo também e Coro da Primavera, ficando ainda associado ao derrube do&nbsp;Estado Novo com a sua composição Grândola, Vila Morena, utilizada como senha da revolução do&nbsp;25 de Abril.

José Afonso faleceu no dia 23 de fevereiro de 1987, em&nbsp;Setúbal.

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Humberto Da Silva Delgado nasceu a 15 de maio de 1906, na pequena aldeia de Boquilo. Frequentou o colégio Militar entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na escola Pratica de Artilheira em Vendas Novas. Em 1944 foi nomeado Diretor da secretariado da aeronáutica Civil. Foi procurado à camara corporativa entre 1951 e 1952

Primeiros anos Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906, na pequena aldeia de Boquilobo, Torres Novas, em singela casa no largo principal da povoação, hoje restaurada e transformada em espaço museológico dedicado à sua memória&nbsp;concelho de Torres Novas,&nbsp;distrito de Santarém. Frequentou o&nbsp;Colégio Militar&nbsp;entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na&nbsp;Escola Prática de Artilharia, em&nbsp;Vendas Novas. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime salazarista.

Refere a candidatura à presidência da república.

As&nbsp;eleições presidenciais portuguesas de 1958&nbsp;realizaram-se no período denominado&nbsp;Estado Novo do regime liderado pelo&nbsp;primeiro-ministro António Oliveira Salazar. O ato ocorreu no dia&nbsp;8 de Junho&nbsp;de&nbsp;1958.

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Mário Soares nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de 1924 e morreu com 92 anos, a 7 de janeiro de 2017. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1951, e em Direito, em 1957. Foi professor do secundário, diretor do colégio Moderno e advogado durante muitos anos. Desde os tempos de estudante já fazia resistência à ditadura e continuou na vida profissional. Por isso, foi 12 vezes preso pela PIDE, deportado para a ilha de S. Tomé, em 1968, e exilado em França, em 1970.

Em 1973 ajudou a fundar o Partido Socialista, do qual foi secretário-geral até 1986. Após a Revolução dos Cravos, regressou a Portugal a 28 de abril de 1974. Foi primeiro-ministro do I Governo Constitucional entre 1976 a 1978, voltando a exercer o cargo em 1983 a 1985. Mais tarde foi Presidente da República em dois mandatos seguidos entre 1986 e 1996. Foi um dos principais responsáveis pela adesão de Portugal à CEE (União Europeia), o que se concretizou enquanto era Presidente da Republica.

Este livro resultou do trabalho de articulação curricular envolvendo as disciplinas de História e Geografia de Portugal, Português e Educação Musical e visou aprofundar o conhecimento dos alunos sobre a construção da democracia no nosso país. Para isso, investigaram os contributos de personalidades que se destacaram em diferentes áreas, política, cívica, cultural, na luta pela instauração de um regime democrático. Todas essas memórias aqui ficam, como testemunho do envolvimento dos nossos alunos na educação para a cidadania democrática.

As professoras Ana Cristina Balbina, Ana Sofia Rosa e Graça Ribeiro

Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide, e morreu a 4 de abril de 1992, no Hospital Militar de Belém em Lisboa.&nbsp; O seu pai chamava-se Francisco da Luz Maia e era ferroviário e o nome da sua mãe era Francisca Silvéria Salgueiro. Frequentou a Escola Primária em São Torcato em Coruche e posteriormente foi viver para Tomar. Concluiu o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, hoje chamada Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, ingressando, em outubro de 1964, na Academia Militar, em Lisboa. Ao terminar o curso na academia, Salgueiro Maia foi colocado na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, para estagiar. Na mesma instituição, ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial, com o cargo de alferes-comando, em Moçambique. Já em Portugal, foi posteriormente nomeado capitão e, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se numa das figuras principais desta revolução. Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano, que acabou por se render. Desta forma, deu-se a queda do Estado Novo.

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Nasceu em São Bartolomeu de Messines, em 1938. Esteve três vezes preso, durante a ditadura, por manifestar a sua opinião relativamente ao regime.&nbsp; Foi o responsável pela tomada do aeroporto de&nbsp;Lisboa, um dos pontos estratégicos para a vitória da revolução de&nbsp;25 de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Abril_de_1974"> </a>Abril de 1974, onde chegou só, dizendo no entanto que a zona estava cercada por forças militares, sendo desta forma um Capitão de Abril.

Fez parte do&nbsp;Conselho de Estado, tendo sido nomeado em&nbsp;31 de Maio&nbsp;de&nbsp;1974 pelo Presidente da República&nbsp;António de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Sp%C3%ADnola"> </a>Spínola. Costa Martins foi também convidado para ocupar o cargo de&nbsp;ministro do Trabalho&nbsp;nos II, III, IV e V Governos Provisórios liderados pelo primeiro-ministro&nbsp;Vasco Gonçalves. Foi detentor da pasta até setembro de&nbsp;1975, altura em que Vasco Gonçalves sai da função de primeiro-ministro. Após o&nbsp;golpe de 25 de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_25_de_Novembro_de_1975"> </a>Novembro de 1975, abandonou o cargo e o país. Faleceu a 6 de março de 2010, vítima de uma queda de avioneta em Montemor-o-Novo.

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Estreou-se na poesia em 1960. A sua obra poética foi coligida em&nbsp;Poesia Reunida&nbsp;(2009), que lhe valeu o Prémio Máxima de Literatura. Em 2017, recebeu o Prémio Autores SPA / Melhor Livro de Poesia. É ainda autora de romances, tendo recebido o Prémio Ficção Revista Mulheres, entre outros.

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, é conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Foi coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, de&nbsp;Novas Cartas Portuguesas, publicado em 1972. A primeira edição foi recolhida e destruída pela censura de Marcelo Caetano, tês dias depois de ser lançada no mercado.

Otelo Saraiva do Carvalho

Otelo Saraiva do Carvalho é coronel de artilharia português, tendo sido o principal estratega do 25 de abril de 1974.

Nasceu a 31 de agosto de 1936 em Lourenço Marques. Os seus pais foram Eduardo Saraiva de Carvalho, funcionário dos&nbsp;CTT&nbsp;em Lourenço Marques, e sua mulher Fernanda Áurea Pegado Romão.&nbsp;Tinha uma irmã um ano mais velha e outra quatro anos mais nova.

Embora pretendesse abraçar a carreira de teatro, seguindo o exemplo do seu avô paterno, falecido antes de ele nascer, acabou por ingressar no exército, seduzido por uma conceção de honra militar baseada na coragem e no mérito, por influência do seu avô materno. Iniciou a sua formação como cadete-aluno em 1955, na então Escola do Exército (mais tarde Academia Militar), embora anteriormente, aos dezoito anos, tivesse sido reprovado por "não ter qualquer vocação militar" quando integrou as milícias da Mocidade Portuguesa no liceu de Lourenço Marques. Em 1959 termina o curso e é promovido a aspirante oficial, fazendo o tirocínio na Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas, até Agosto de 1960.

Nome: Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira Nascimento: 9 abril 1942, Avintes Morte: 16 outubro 1982, Avintes Género: fado de Coimbra, música de intervenção, música popular portuguesa

Biografia Foi um músico português. Filho de Joaquim Gomes e Laura Correia, foi criado numa família profundamente católica. A sua infância correu em Avintes. Após concluir os estudos no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direto. Em 1960, aderiu ao Partido Comunista, em luta contra o salazarismo. Em 1963, apresenta o seu primeiro álbum de fados de Coimbra e a "Trova do vento que passa", que se tornaria hino da resistência dos estudantes à ditadura. Em 1966, casa-se com Maria Matilte de Lemos de Figuereido Leite. Tiveram dois filhos, Isabel e José Manuel. Em 1970, lança "Cantaremos", em 1973, lança "Fados de Coimbra" e, em 1975, "Quem nunca mais". Uma revista inglesa elege-o então como o artista no ano. Em1980 lançaria o seu último álbum, "Cantigas portuguesas". Em 1982 é vítima de hemorragia esofágica e morre na quinta da família, nos braços da sua mãe.

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Na Guerra Colonial acaba por cumprir três missões (1963-1965; 1966-1968; 1971-1973). Ernesto participou também na primeira reunião do Movimento dos capitães, em 1974, lançando o documento “O Movimento, as Forças Armadas e a Nação”, tornando-se autor do programa do MFA. A nível profissional, Ernesto Antunes foi presidente do grupo ANA Aeroportos de Portugal SA. Este foi por várias vezes ministro nos governos provisórios e também foi ministro sem pasta do II Governo provisório, liderado por Vasco Gonçalves. A 25 de abril de 1974, Melo Antunes foi um dos militares que participou na Revolução dos Cravos.

Ernesto Augusto de Melo Antunes foi autor do “Documento Melo Antunes”.

A 10 de agosto de 1999, em Sintra, Ernesto acaba por falecer.

De uma família da alta burguesia, era filho do médico Carlos Ary dos Santos e de sua mulher Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva. Iniciou a sua instrução no Colégio Infante Sagres, em&nbsp;Lisboa. Tendo sido expulso devido ao seu comportamento irrequieto e rebelde, passou para o colégio jesuíta em Santo Tirso.&nbsp;Mais tarde regressou a&nbsp;Lisboa, frequentando o&nbsp;Colégio São João de Brito. Frequentou as Faculdades de&nbsp;Direito&nbsp;e&nbsp;de Letras, sem concluir os cursos. Autor de mais de seiscentos poemas para canções, notabilizou-se também como declamador, gravando, ele próprio, textos ou poemas de muitos outros autores e intérpretes.

Através dos seus poemas chegará ao grande público nas letras de canções, como, por exemplo, Os putos, Nova feira da ladra e Tourada.

1973 - Fernando Tordo - Tourada (R).mp4

Tourada Interpretação de Fernando Tordo

AS PORTAS QUE ABRIL ABRIL José Carlos Ary dos Santos

«As Portas que Abril Abriu» - José Carlos Ary dos Santos

Era uma vez um país onde entre o mar e a guerra vivia o mais infeliz dos povos à beira-terra. (...) Ora passou-se porém que dentro de um povo escravo alguém que lhe queria bem um dia plantou um cravo. Era a semente da esperança feita de força e vontade era ainda uma criança mas já era a liberdade.

Morreu com apenas 47 anos, a&nbsp;18 de Janeiro&nbsp;de&nbsp;1984. À data da sua morte, tinha em preparação um livro de poemas intitulado "As Palavras das Cantigas", que reuniriam os seus melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado "Estrada da Luz - Rua da Saudade", que pretendia ser uma autobiografia romanceada.

O seu nome completo é Maria Isabel Barreno de Faria Martins, nasceu no dia 10 de julho de 1939, em Lisboa, na freguesia do Socorro, e morreu no dia 3 de setembro de 2016, com 77 anos. Os seus pais moravam no Areeiro, onde passou a sua infância e adolescência.&nbsp; Aos seis anos ficou doente em casa, começando a ler muito a partir dessa altura.&nbsp; Estudou no Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa, onde fez a primária até à conclusão do ensino secundário.&nbsp; Entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas.&nbsp; Depois disso, foi trabalhar para o Instituto de Investigação Industrial.&nbsp; Dedicou-se à causa do feminismo, tendo feito parte do movimento feminista de Portugal juntamente com as escritoras Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, as Três Marias.&nbsp; Em 8 de Março de 2004, foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

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Porto, 6 de novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004

Margarida Tengarrinha nasceu a 7 de maio de 1928, em Portimão. Foi professora, artista, escritora, revolucionária, deputada da Assembleia da República, militante e dirigente do Partido Comunista Português, com um papel importante na redação do jornal "Avante!" e na falsificação de documentos durante a clandestinidade. Uma de suas primeiras memórias é a revolta de trabalhadores, em 18 de janeiro de 1934, contra a proibição dos sindicatos pelo regime do Estado Novo. Da janela da sua casa viu a manifestação da greve dos operários sindicalizados da produção de conservas, da metalurgia e da agricultura ser violentamente atacada pela polícia. A primeira manifestação em que participou foi a celebração da Derrota do Nazismo, a 8 de maio de 1945.&nbsp; Depois da revolução dos cravos voltou para Lisboa, em 1975, tornando-se membro do Comité Central do PCP, onde se bateu pela inclusão de mais mulheres.&nbsp;

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Uma década depois de ter partido para Argel regressa a Portugal, onde chega a 2 de maio de 1974. Entra nos quadros da Radio Difusão Portuguesa, como diretor de serviços recreativos e culturais. Foi ainda secretário de estado ajunto do primeiro ministro para os assuntos políticos e deputado à Assembleia da República a partir de 1976.

Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE após participar na campanha presidencial de Norton de Matos.&nbsp; Em 1955 entrou para a clandestinidade, ficando encarregado de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às atividades dos militantes clandestinos.&nbsp; Ao optar pela clandestinidade, pôs de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano viu os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (secções feminina e masculina), uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos-relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil.&nbsp; Com uma intensa atividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como Keil do Amaral e João Abel Manta, Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como com aqueles que viriam em breve a liderar os movimentos de libertação das colónias portuguesas, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa. José Dias Coelho foi assassinado pela PIDE, em 19 de dezembro de 1961, numa rua que tem hoje o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.&nbsp;

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Dedicamos este livro aos homens e mulheres que contribuíram para a construção e consolidação da democracia no nosso país. 6.º C

Em 1959, na sequencia da derrota eletoral vítima de represalias por parte do regime Salazarista e alvos de ameaças por parte da polícia politica ,pediu um asilo político na embaixada do Brasil , seguindo depois para o exilo nesse país. Em Janeiro de 1975 os seus restos mortais foram transferido de Espanha até ao Cemiterio dos prazeres ,em Lisboa

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Exílo Em&nbsp;1959, na sequência da derrota eleitoral, foi vítima de represálias por parte do regime salazarista e ameaças por parte da&nbsp;PIDE e pediu asilo político na Embaixada do&nbsp;Brasil, partindo para o exílio. Convencido de que o regime não poderia ser derrubado por meios pacíficos, promoveu a Revolta de Beja, a qual veio a ser concretizada em 1962, e que visava tomar o quartel de&nbsp;Beja&nbsp;e outras posições estratégicas importantes de Portugal. O golpe, porém, fracasso.

Assassinato pela PIDE Pensando vir reunir-se com opositores ao regime do Estado Novo, Humberto Delgado dirigiu-se à fronteira espanhola em Los Almerines, perto de&nbsp;Olivença, em 13 de Fevereiro de&nbsp;1956. Ao seu encontro, liderado pelo inspetor&nbsp;Rosa ,&nbsp;foi uma brigada da&nbsp;PIDE, constituído pelo sub-inspetor Ernesto Lopes Ramos, e pelos chefes de brigada&nbsp;Casimiro Monteiro&nbsp;e Agostinho Tienza. Chegados ao ponto de encontro, Monteiro aproximou-se do general e, empunhando uma pistola com silenciador, disparou sobre a sua cabeça, matando-o de imediato. A secretária Arajaryr Campos, aterrorizada, começou a gritar e Tienza matou-a também. Os corpos foram transportados para as bagageiras dos carros e levados dali para perto de Villanueva del Fresno, cerca de 30 km a sul do local do crime, onde foram largados numa vala natural, cobertos com ácido sulfúrico e cal viva, e apressadamente enterrados. Os cadáveres viriam a ser descobertos semanas depois, a 24 de Abril, por umas crianças que andavam a brincar na zona. Em Janeiro de 1975 os seus restos mortais foram transferidos de Espanha até ao Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Enquanto membro ativo do Movimento dos Capitães foi nomeado para o Conselho de Estado em 24 de Julho de 1974, passando mais tarde a integrar a estrutura informal do Conselho dos Vinte e, a partir de 14 de Março de 1975, tornou-se membro do Conselho da Revolução, funções que manteve até à extinção em 1982. Pertenceu desde a sua fundação aos corpos gerentes da Associação 25 de Abril. É maçon do Grande Oriente Lusitano. A 24 de Setembro de 1983, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e, a 19 de Abril de 1986, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

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Galvão foi eleito deputado à Assembleia Nacional por Moçambique, em 1945. Assim teve a oportunidade de verificar as condições desumanas em que se encontravam os nativos das colonias. Após o regime ter ignorado as reivindicações que fez para melhorar as condições de vida dos nativos das colónias, passou para a Oposição Democrática. No início da década de 50, foi descoberto por conspirar com outros militares, sendo preso e expulso do exército. Apoiou a candidatura presidencial do general&nbsp;Humberto Delgado,&nbsp;em 1958.

Em&nbsp;1959, fugiu e refugiou-se na embaixada da&nbsp;Argentina, tendo conseguido exílio político na&nbsp;Venezuela.&nbsp;

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Em Janeiro de 1961, Henrique Galvão desviou o paquete Santa Maria com o objetivo de provocar uma crise política no regime de Salazar. Pretendia desembarcar em Luanda, Angola, e a partir dali organizar um golpe de estado para derrubar o regime. Na sua viagem para derrotar o regime salazarista, ele e uns amigos foram encontrados pela polícia e obrigados a pedir asilo político. Aproveitando a concentração de jornalistas em Luanda, que esperavam a chegada do Santa Maria, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) desencadeou ataques contra uma prisão e uma esquadra de polícia na cidade.

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Natália Correia foi muito crítica quanto ao Estado Novo, realizando com frequência reuniões com outros opositores ao Estado Novo, que se encontravam no bar Botequim.

Foi condenada a três anos de prisão por ter publicado o livro “Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”. Foi membro do MUD (1945) e do PSD (1980). Deputada à Assembleia da República, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.&nbsp; Em parceria com José Saramago, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Rodrigues, fundou a&nbsp;Frente Nacional para a Defesa da Cultura&nbsp;(FNDC). Foi ainda a criadora da letra do hino dos Açores. Faleceu em 1993, deixando um vazio na cultura portuguesa difícil de preencher.

Natália Correia foi uma escritora portuguesa, nascida na Ilha de São Miguel, em Portugal, no ano de 1929. Natália Correia viu o pai emigrar para o Brasil em 1940. Quando tinha apenas 11 anos, ela e a mãe foram viver nesse mesmo ano para Lisboa. Foi em Lisboa que Natália começou a estudar no liceu D. Filipa de Lencastre.

«Mário Soares estará sempre onde estiver a liberdade.»

Chegada de Mário Soares a Lisboa, a 28/04/1974, no chamado "comboio da liberdade"

Retrato oficial do Presidente Mário Soares, da autoria de Júlio Pomar Museu da Presidência da República, Lisboa

Ernesto Augusto de Melo Antunes, nasceu em Lisboa no dia 2 de outubro de 1933 e era filho de Ernesto Augusto Antunes e de Maria José Sanches Foriaz de Melo. Este tinha um irmão, Fernando de Melo Antunes. Ernesto casou-se com Gabriela Maria Câmera Athayde Motta, no dia 9 de julho de 1941, da qual teve duas filhas e um filho.

A sua infância foi passada com o seu pai, em Angola, porque este pertencia ao exército. Na altura, o seu pai cumpria uma comissão de serviço. Ernesto frequentou os liceus de Aveiro e o colégio de Tavira até 1933. Este ingressa posteriormente na Escola do Exército e também na escola de Artilharia em 1957.

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