6.º C
Memórias
de um povo que construiu um país livre
de um povo que construiu um país livre
Escola Básica
Dr. José Neves Júnior
Dr. José Neves Júnior
6.º C
Memórias de um povo que construiu um país livre
Projeto de articulação curricular de HGP, Português e EM
Escola Básica Dr. José Neves Júnior
Faro, maio 2021
Memórias de um povo que construiu um país livre
Projeto de articulação curricular de HGP, Português e EM
Escola Básica Dr. José Neves Júnior
Faro, maio 2021
Memórias de um povo
que construiu um país livre
6.º C
Loading...
Dedicamos este livro aos homens e mulheres que contribuíram para a construção e consolidação da democracia no nosso país.6.º C
Loading...
SumárioLoading...
Adriano Correia de OliveiraCeleste Caeiro
Salgueiro Maia
Margarida Tengarrinha
José Afonso
Sérgio Godinho
José Dias Coelho
Maria Isabel Barreno
Natália Correia
Melo Antunes
Henrique Galvão
Vasco Lourenço
Mário Soares
Maria Teresa Horta
José Carlos Ary dos Santos
Otelo Saraiva de Carvalho
Maria Helena Vieira da Silva
Humberto Delgado
José Inácio da Costa Martins
Sophia de Mello Breyner Andresen
Manuel Alegre
Loading...
Adriano Correia de Oliveira
Nome: Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira
Nascimento: 9 abril 1942, Avintes
Morte: 16 outubro 1982, Avintes
Género: fado de Coimbra, música de intervenção, música popular portuguesa
Nascimento: 9 abril 1942, Avintes
Morte: 16 outubro 1982, Avintes
Género: fado de Coimbra, música de intervenção, música popular portuguesa
Biografia
Foi um músico português.
Filho de Joaquim Gomes e Laura Correia, foi criado numa família profundamente católica. A sua infância correu em Avintes. Após concluir os estudos no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direto. Em 1960, aderiu ao Partido Comunista, em luta contra o salazarismo.
Em 1963, apresenta o seu primeiro álbum de fados de Coimbra e a "Trova do vento que passa", que se tornaria hino da resistência dos estudantes à ditadura.
Em 1966, casa-se com Maria Matilte de Lemos de Figuereido Leite. Tiveram dois filhos, Isabel e José Manuel.
Em 1970, lança "Cantaremos", em 1973, lança "Fados de Coimbra" e, em 1975, "Quem nunca mais". Uma revista inglesa elege-o então como o artista no ano. Em1980 lançaria o seu último álbum, "Cantigas portuguesas".
Em 1982 é vítima de hemorragia esofágica e morre na quinta da família, nos braços da sua mãe.
Foi um músico português.
Filho de Joaquim Gomes e Laura Correia, foi criado numa família profundamente católica. A sua infância correu em Avintes. Após concluir os estudos no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direto. Em 1960, aderiu ao Partido Comunista, em luta contra o salazarismo.
Em 1963, apresenta o seu primeiro álbum de fados de Coimbra e a "Trova do vento que passa", que se tornaria hino da resistência dos estudantes à ditadura.
Em 1966, casa-se com Maria Matilte de Lemos de Figuereido Leite. Tiveram dois filhos, Isabel e José Manuel.
Em 1970, lança "Cantaremos", em 1973, lança "Fados de Coimbra" e, em 1975, "Quem nunca mais". Uma revista inglesa elege-o então como o artista no ano. Em1980 lançaria o seu último álbum, "Cantigas portuguesas".
Em 1982 é vítima de hemorragia esofágica e morre na quinta da família, nos braços da sua mãe.
Trova do vento que passa
Letra: Manuel Alegre
Música: António Portugal
Música: António Portugal
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Ana Corte
Celeste Caeiro
Desenho da Biografada
Celeste nasceu a 2 de Maio de 1933, na antiga freguesia do Socorro, em Lisboa. De mãe galega, era a mais nova de três irmãos e quase não conheceu o pai, que os abandonou. Tinha família na Amareleja, que nos anos finais do Estado Novo era considerada "a aldeia mais vermelha de Portugal".
Em 1974, Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado.
Trabalhava num restaurante de self-service chamado "Sir", no edifício Franjinhas da Rua Braamcamp, em Lisboa. O restaurante, inaugurado a 25 de Abril de 1973, fazia um ano de abertura nesse dia, e a gerência planeava oferecer flores às senhoras clientes, e um Porto aos cavalheiros. A gerente, Isabel Falcão, disse aos funcionários para voltarem para casa e deu-lhes os cravos para levarem consigo, já que não poderiam ser distribuídos pelas clientes.
Ao regressar a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado, onde se deparou imediatamente com os tanques dos revolucionários.
Em 1974, Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado.
Trabalhava num restaurante de self-service chamado "Sir", no edifício Franjinhas da Rua Braamcamp, em Lisboa. O restaurante, inaugurado a 25 de Abril de 1973, fazia um ano de abertura nesse dia, e a gerência planeava oferecer flores às senhoras clientes, e um Porto aos cavalheiros. A gerente, Isabel Falcão, disse aos funcionários para voltarem para casa e deu-lhes os cravos para levarem consigo, já que não poderiam ser distribuídos pelas clientes.
Ao regressar a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado, onde se deparou imediatamente com os tanques dos revolucionários.
Então, deu-lhes as únicas coisas que tinha consigo, os molhos de cravos, dizendo "Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa".
Diana Gonçalves
Salgueiro Maia
Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide, e morreu a 4 de abril de 1992, no Hospital Militar de Belém em Lisboa.
O seu pai chamava-se Francisco da Luz Maia e era ferroviário e o nome da sua mãe era Francisca Silvéria Salgueiro.
Frequentou a Escola Primária em São Torcato em Coruche e posteriormente foi viver para Tomar. Concluiu o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, hoje chamada Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, ingressando, em outubro de 1964, na Academia Militar, em Lisboa. Ao terminar o curso na academia, Salgueiro Maia foi colocado na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, para estagiar. Na mesma instituição, ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial, com o cargo de alferes-comando, em Moçambique.
Já em Portugal, foi posteriormente nomeado capitão e, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se numa das figuras principais desta revolução.
Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano, que acabou por se render. Desta forma, deu-se a queda do Estado Novo.
O seu pai chamava-se Francisco da Luz Maia e era ferroviário e o nome da sua mãe era Francisca Silvéria Salgueiro.
Frequentou a Escola Primária em São Torcato em Coruche e posteriormente foi viver para Tomar. Concluiu o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, hoje chamada Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, ingressando, em outubro de 1964, na Academia Militar, em Lisboa. Ao terminar o curso na academia, Salgueiro Maia foi colocado na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, para estagiar. Na mesma instituição, ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial, com o cargo de alferes-comando, em Moçambique.
Já em Portugal, foi posteriormente nomeado capitão e, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se numa das figuras principais desta revolução.
Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano, que acabou por se render. Desta forma, deu-se a queda do Estado Novo.