Os Maias

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São variados os espaços geográficos e estão relacionados com o percurso da personagem principal. Assim os espaços privilegiados são Sta Olávia (infância e educação de Carlos), Coimbra (seus estudos, e primeiras aventuras amorosas) e Lisboa, onde irá desenrolar-se toda a acção após a sua formatura e regresso da sua “longa viagem pela Europa”. Sintra e Olivais são espaços também muito referidos, mas onde não se passa qualquer ação de relevo no romance. Os espaços interiores são descritos exatamente de acordo com as personagens. Os espaços interiores mais destacados são O Ramalhete, o quarto da Toca, a Vila Balzac e o consultório de Carlos.

Passeio Final de Ega e Carlos(Capítulo XVIII)

O episódio começa com a partida de Carlos e Ega por uma viagem pelo mundo. Ega voltou um ano e meio depois para Lisboa, com a ideia de escrever um livro “Jornadas da Ásia”, mas Carlos em vez de voltar a Lisboa fica a viver em Paris. E só regressou a Santa Olávia, 10 anos depois. Ao regressar ele almoça com Ega no Hotel Bragança e metem a conversa em dia. Pouco tempo depois juntam-se a Alencar e Cruges e todos contam o que fizeram nestes últimos anos.

Finalmente, o passeio acaba e eles chegam finalmente ao Ramalhete e ficaram um pouco desapontados com o cenário que viram. Devido à maioria da mobília ter sido despachada para Paris, onde Carlos pensava que ia viver o resto da vida, a mobília que ficou no Ramalhete acabou por ficar degradada, Carlos não queria acreditar no que via(“em pé, calados, limpando os olhos”).&nbsp; 	Entretanto, Carlos diz a Ega que soube, por via da Maria, que ela iria se casar com Mr. de Trelain. No entanto, Carlos comenta que considera o casamento como “uma união de dois seres desiludidos da vida(...)cansados ou assustados do isolamento(…)que punham em comum o seu resto de calor, de alegria e de coragem” e encaro-o como o fechar desse capítulo da sua vida.

Já depois do almoço, Carlos e Ega desejam ir visitar o Ramalhete, mas passearam pelo Chiado em primeiro, observaram que nos últimos 10 anos não houve qualquer mudança. Ao longo do seu passeio, eles avistaram Dâmaso e foram cumprimentá-lo. Quando voltaram ao seu passeio, Ega revela a Carlos, que Dâmaso tinha-se casado com uma condessa de Águeda e esta o traía. Carlos diz que “Portugal está cada vez pior”, Ega concorda com a afirmação dizendo que “já não há nada genuíno neste país, nem mesmo o pão que comemos”. Ainda no passeio avistaram Eusébio, que não se apercebeu da presença deles, pois ele vinha com uma mulher forte, identificada por Ega como a mulher dele, e também a descreveu como “avantesma”.

No passeio que eles fazem por dentro do Ramalhete, eles passam pelo escritório de Carlos e recordam os momentos passados antes de fazerem a viagem. E refletem que os grandes esforços feitos na vida não valem a pena, pois no fim só culminará em desilusões. Acabam por concluir, que ambos são uns falhados, falharam na vida. 	Finalmente, saem do Ramalhete e lembram-se que tão atrasados para o jantar com Vilaça, depois avistam o “americano” e correm juntos para o tentarem apanhar. E assim acaba este episódio e também a própria obra d’Os Maias.

• Existem dois aspetos relevantes que contribuem para o desenvolvimento da intriga central neste episódio, nomeadamente: • A procura de Maria Eduarda por parte de Carlos. • O bilhete de Maria Eduarda recebido por Carlos a requirir os seus conhecimentos médicos para tratar uma pessoa próxima da família.

• As mulheres estavam todas na tribuna, com vestidos de missa, e chapéus emplumados. O comportamento da assistência feminina e a sua vida são caricaturados. O traje escolhido não era o mais correto face à ocasião. Assim, o ambiente que deveria ser requintado, mas ligeiro como compete a um evento desportivo era deturpado pela falta de gosto e pelo ridiculo da situação. • É criticada a falta de à vontade das senhoras da tribuna, que não falavam entre si, para não desobedecer às regras de etiqueta. Resumidamente é uma contradição flagrante entre o ser e o parecer

Árvores com grande&nbsp;longevidade simbolizando: - a vida e a morte; - a amizade inseparável de Ega&nbsp;e Carlos; - o testemunho das várias gerações da família.

- Nostalgia de um passado mais&nbsp;antigo recheado de glória - Oposição ao presente morto&nbsp;apagado e sem brilho

A imprensa e a educação

-educado de forma conservadora (à antiga portuguesa) -Depende da sua mãe -Era fraco e sem personalidade, a causa da sua tragédia (Suicídio)

Com o decorrer da obra, podemos observar que existe um confronto entre dois sistemas de educação: ●&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; educação tipica portuguesa, conservadora e excessivamente religiosa; ●&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; educação típica inglesa, que dá valor ao culto e ao corpo. Este tema reflete a oposição entre Portugal romântico e Portugal moderno, voltado para o futuro.

-Pedagogo Português -Permanência em casa -Aprendizagem de linguagens mortas: Latim -Contacto com velhos livros -Valorização da memorização -Suborno da vontade pela chantagem afetiva -Estudo da Cartinha/Ligação à religião -Débil na sua saúde e não tinha actividade física

Educação à Portuguesa

-aderiu às ideias liberais -exílio em Londres -rutura com a educação mais conservadora de seu pai (Caetano da Maia)

Quem aprova: -Vilaça -As senhoras -Abade Custódio -Gertrudes e Teixeira Quem desaprova: -Afonso da Maia -Brown

• É o representante do Realismo e do Naturalismo, opondo-se a Tomás de Alencar. • Personagem que mais intervêm no episódio do Hotel Central, acérrimo defensor das ideias Naturalistas /Realistas, provocava o seu opositor, Alencar. • Exagerado nos argumentos que fundamentam as suas opiniões e na defesa das suas ideias revolucionárias. Advoga que “ à bancarrota seguia-se uma revolução” e que desta forma, Portugal seria um grande beneficiário

• É um poeta ultrarromântico, de um idealismo extremo. • Um “indivíduo muito alto, todo abotoado numa sobrecasaca preta, com uma face escaveirada, olhos encovados”, nariz curvado, bigodes compridos, “calvo na frente”, “dentes estragados” e “testa lívida”. • Alencar tivera, antes de seguir o caminho da literatura, uma vida “de adultérios, lubricidades e orgias”.

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O último capítulo da obra, onde finalmente vai fechar a obra. A história acaba no sítio onde tudo começou no “Ramalhete”. É feita uma última reflexão que é um pouco triste. Depois de tantas aventuras que passaram juntos e de tantos momentos a tentarem viver. Reparam que tudo o que fizeram foi em vão e o que lhe esperou foi um mar de desilusões.

Carlos A&nbsp;terminar&nbsp;1886, Carlos&nbsp;redige&nbsp;uma&nbsp;carta a Ega,&nbsp;dizendo-lhe&nbsp;que&nbsp;virá&nbsp;a Portugal,&nbsp;após&nbsp;uma&nbsp;ausência&nbsp;de&nbsp; praticamente&nbsp;dez&nbsp;anos. Carlos diz a Ega que soube, por&nbsp;via da Maria, que ela iria se&nbsp;casar com Mr. de Trelain.

João da Ega Ega faz o último passeio da obra,&nbsp;onde refletem de todas as&nbsp;aventuras que viveram, ele&nbsp;também quem conta a Carlos.&nbsp;Durante o passeio ele conta que&nbsp;Dâmaso tinha se casado com um&nbsp;condessa de Águeda e que essa o&nbsp;traia.

• Defensor do cientificismo na literatura;

Tomás de Alencar - Ultrarromantismo (povo português)

• Opositor do Realismo/Naturalismo que classifica depreciativamente como "pústula", "pus", "literatura latrinária", "o excremento";

• Incoerente: Condena o presente o que cantara no passado - o estudo dos vícios da sociedade;

A obra dos Maias foi publicada em Junho de 1888, no último quartel do século XIX. Atrás de si, tem uma década de 50 que constituiu uma fase de apreciável desenvolvimento das vias de comunicação e do sector económico, coincidente com um período de estabilidade política, conhecido por Regeneração, Em termos culturais, este período coincidiu com a vigência do Ultra-Romantismo e pela sua figura emblemática.

Significado do subtítulo da obra  "Episódios da Vida Romântica"

Em alternância com esta história, nomeadamente com a intriga principal, desenrolam-se múltiplos episódios a que se costuma chamar a Crónica de Costumes da vida de Lisboa, aliás sugerida no subtítulo Episódios da Vida Romântica.

Sobre a cronica de costumes...

Sobre o subtítulo de “Os Mais”, Episódios da Vida Romântica, corresponde a crónica de costumes. Estes episódios, descritos ao longo da obra, têm como objectivo fazer o relato da sociedade portuguesa na segunda metade do século XIX. Eça utiliza um desfile de personagens (personagens tipo) que representam grupos, classes sociais ou mentalidades por forma a mostrar aos leitores o estado de corrupção, providencialismo e parasitismo da sociedade portuguesa, bem como, seus costumes e vícios.

Carlos da Maia vê Maria Eduarda no Hotel Central; Carlos visita Rosa, a pedido de Miss Sara; Carlos conhece Maria Eduarda na casa desta; Declaração de Carlos a Maria Eduarda; Consumação do incesto inconsciente; Encontro de Maria Eduarda com Guimarães; Revelações de Guimarães a Ega; Revelações de Ega a Carlos; Revelações de Carlos a Afonso; Consumação do incesto, agora consciente; Encontro de Carlos com Afonso; Morte de Afonso; Revelações a Maria Eduarda; A partida de Maria Eduarda

• Falta de educação e de higiene ("...piolhice dos liceus...");

• Passividade e inercia ("...apodrecida no bolor das secretarias...");

• Uma democracia humanitária (de 1848);

• Doença e devassidão ("...roída de sífilis...").

• Uma república governada por génios;

• A fraternidade entre os povos, "os Estados Unidos da Europa";

• Teme que a invasão seja um perigo para a independência nacional;

• Protesta contra a alegre fantasia dos companheiros;

• Dá asas à sua vaidade e futilidade falando dos pormenores das suas viagens e exibindo uma predileção pelo estrangeiro, “...é direitinho para Paris! Aquilo é que é terra! Isto aqui é um chiqueiro...”. • Acompanha todos os movimentos de Carlos dando-lhe grande importância, de modo a que possa imita-lo e assim assumir perante a sociedade um estatuto social digno e respeitável.

• É o homenageado do jantar, diretor do Banco Nacional. É um financeiro sem escrúpulos representante da alta finança do país. • Representante das Finanças, “respeitado diretor do Banco Nacional, marido da divina Raquel”, homem de estatura baixa, “apurado, de olhos bonitos, suíças tão pretas e luzidias” e com “bonitos dentes”. Neste jantar conheceu Carlos e destacou a posição superior que toma perante a sociedade.

-Sociedade da alta burguesia -O Diletantismo -Apreciação do estrangeiro -Depreciação do português -Copiar o que é estrangeiro -A Inação da Sociedade -O Romancismo

“Ega sentara-se também no parapeito, ambos se esqueceram num silêncio. Em&nbsp;baixo o jardim, bem areado, limpo e frio na sua nudez de Inverno, tinha a&nbsp;melancolia de um retiro esquecido, que já ninguém ama: uma ferrugem verde, de&nbsp;humidade, cobria os grossos membros da Vénus Citereia; o cipreste e o cedro&nbsp;envelheciam juntos, como dois amigos num ermo; e mais lento corria o&nbsp;prantozinho&nbsp;da cascata, esfiado saudosamente, gota a gota, na bacia de&nbsp;mármore. Depois ao fundo, encaixilhada como uma tela marinha nas cantarias dos&nbsp;dois altos prédios, a curta paisagem do Ramalhete, um pedaço de Tejo e monte,&nbsp;tomavam naquele fim de tarde um tom mais pensativo e triste: na tira de rio um&nbsp;paquete fechado, preparado para a vaga, ia descendo, desaparecendo logo, como&nbsp;já devorado pelo mar incerto; no alto da colina o moinho parara,&nbsp;tran&nbsp;sido na&nbsp;larga friagem do ar; e nas janelas das casas, à beira da água, um raio de Sol&nbsp;morria, lentamente sumido, esvaído na primeira cinza do crepúsculo, como um&nbsp;resto de esperança numa face que se anuvia.”&nbsp;

Sarau no Teatro da Trindade(Capítulo XVI)

O episódio começa com um jantar entre Carlos, Ega e Maria Eduarda. Quando o jantar acabou, Ega insistia com Carlos para que eles fossem assistir a um Sarau que se realizava no Teatro da Trindade. Carlos estava hesitante no início, mas acabou por se render. E então lá foram Ega e Carlos ao Sarau. 	No Sarau, assistiram à atuação de Cruges que tocou no piano a “Sonata Patética” de Beethoven. E também assistiram à recitação do poema por Alencar que ele próprio escreveu que foi dedicado à Democracia.

No meio do Sarau, Ega acaba por conhecer Sr. Guimarães por intermédio de Alencar, que era o Tio de Dâmaso. Onde eles têm uma conversa sobre uma carta que Dâmaso tinha escrito. 	Ao longo da conversa, Guimarães revela que Carlos tinha uma irmã, facto desconhecido por Ega. E como já conhecia Carlos há algum tempo, percebeu que ele provavelmente também não sabia. Mas a verdadeira surpresa foi quando Guimarães revela que já tinha visto os 3 juntos. Ega, Carlos e a irmã de Carlos numa carruagem. E, nessa altura, Ega percebe quem é a irmã de Carlos, Maria Eduarda, sua amante. Ao descobrir essa informação, Ega pede ajuda a Vilaça para lhe ajudar a contar esta verdade catastrófica a Carlos.

• Personagem que representa o típico poeta português, autor de “Vozes de Aurora”, “Elvira”, “Segredo do Comendador” e outros. • Símbolo do Ultrarromantismo. Contudo vê-se confrontado com os princípios Naturalistas/Realistas defendidos por Ega.

• É representante da Administração Pública. • É um homem ignorante, desconhece o sociólogo Proudhon, defende a imitação do estrangeiro, acompanha as conversas sem intervir, acatando todas as opiniões alheias, mesmo que absurdas. • É uma personagem-tipo da burocracia, tacanhez intelectual e ineficácia da Administração.

• Diz que se ocorrer invasão espanhola, "raspa-se" para Paris;

• Afirma que não seria o único a fugir como uma lebre.

João da Ega - Naturalismo/Realismo (geração de 70)

• Distorce e exagera as teses realistas/naturalistas;

o Tempo Este romance não apresenta um segmento temporal linear, mas, pelo contrário, uma estrutura complexa na qual se integram três tipos de tempo: tempo histórico, tempo do discurso e tempo psicológico.&nbsp;

Tempo histórico Entende-se por tempo histórico aquele que se desdobra em dias, meses e anos vividos pelas personagens, refletindo até acontecimentos cronológicos históricos do país. Nos Maias, o tempo histórico é dominado pelo encadeamento de três gerações de uma família, cujo último membro - Carlos, se destaca relativamente aos outros. A fronteira cronológica situa-se entre 1820 e 1887, aproximadamente. Assim, o tempo concreto da intriga compreende cerca de 70 anos.

Tempo psicológico O tempo psicológico é o tempo que a personagem assume interiormente; é o tempo filtrado pelas suas vivências subjetivas, muitas vezes carregado de densidade dramática. No romance, embora não muito frequente, é possível evidenciar alguns momentos de tempo psicológico nalgumas personagens: Pedro da Maia, na noite em que se deu o desaparecimento de Maria Monforte e o comunicado a seu pai;

Parte Nova: Domínio do presente Decadência e fracasso da&nbsp;regeneração, destruição Imitações erradas de estruturas&nbsp;culturais estrangeiras&nbsp;(francesismo) Avenida: realce das obras de&nbsp;renovação demoradas Esforço inglório de progresso

Parte Antiga: Maior número de&nbsp;particularidades relacionadas&nbsp;ao antigo Portugal absolutista Relevo à autenticidade&nbsp;nacional, destruída pelo&nbsp;presente em decadência e com&nbsp;influência francesa Bairros antigos: abandono e a&nbsp;degradação Visão da decadência da&nbsp;atualidade

“Morte” (desgraça) instalada na família Maia Ramalhete: mobília degradada e desarrumada, quartos transparecem&nbsp;melancolia e frio, realidade de destruição e morte presente. E se os Maias representam Portugal, e a “morte” instalou-se nestes, a&nbsp;“morte” (desgraça) instalou-se também em Portugal

Objetivos do Jantar em Casa dos Gouvarinho

• Ega e Carlos são convidados para um jantar em casa dos Gouvarinho e quem os recebe é a amante de Carlos, a Condessa de Gouvarinho, mas por quem este já perdeu interesse. • Durante o jantar foram debatidos vários temas como o fascínio pelo estrangeiro e a política. Em todos estes temas, Sousa Neto mostrou a sua enorme ignorância.

• Ambiente marcada pela futilidade e ociosidade da alta burguesia e aristocracia lisboeta; apresenta uma visão crítica relativamente à mediocridade, ignorância e superficialidade da elite social lisboeta, em geral, e à incapacidade da classe política dirigente, em particular. Onde se sobressai Ega, com a sua veia mordaz e impiedosa.

Temas durante o jantar em casa dos Gouvarinho

• Reunira alta burguesia e aristocracia; • Reunir a camada dirigente do País; • Radiografar a ignorância das classes dirigentes. • No Jantar dos Gouvarinho, as conversas permitem observar a degradação dos valores sociais, o atraso intelectual do País, a mediocridade de algumas figuras&nbsp;da alta burguesia e da aristocracia. • O jantar dos Gouvarinho trata-se de uma reunião semelhante ao jantar no Hotel Central, onde persiste o aparato exterior a contrastar com a ignorância das classes dirigentes do País.

• A educação das mulheres em que Ega diz que ‘’A mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem.’’ Ao dizer isto despreza as capacidades das mulheres; • O atraso intelectual e a falta de cultura dos indivíduos que são detentores de cargos que os inserem na esfera social do poder, e consequentemente do país; • O deslumbramento pelo estrangeiro.

• Acha intolerável os grandes ares científicos do realismo;

• Defende a arte como idealização do que é melhor para a natureza.

• Defende que os caracteres se manifestam pela ação.

• Ambos recusam o ultrarromantismo de Alencar e recusam o exagero de Ega

Carlos da Maia – à Inglesa

Resultados desta educação

Pedagogo Português – Abade Custódio Permanecia em casa “... Passava os dias nas saias da titi...” (pág.78) Aprendizagem de línguas mortas: Latim “...a instrução para uma criança não é recitar Tityre, tu patulae recubans...” Contacto com velhos livros “... Admirar as pinturas de um enorme e rico volume, «Os costumes de todos os povos do Universo»...” (pág.69) Super proteção “...levava ao colo o Eusebiozinho, que parecia um fardo escuro, abafado em mantas, com um xale amarrado na cabeça...” (pág.76), “...nunca o lavavam para o não constiparem...” (pág.78) Valorização da memorização “...Que memória! Que memória... É um prodígio!...” (pág.76) Suborno da vontade pela chantagem afetiva “...e a mamã prometeu-lhe que, se dissesse os versinhos, dormia essa noite com ela...” (pág. 76) Estudo da Cartilha “...a decorar versos, páginas inteiras do «Catecismo de Perseverança»...” (pág.78) Débil na sua saúde e não tinha atividadefísica “...Não tem saúde para essas cavaladas...” (pág.73)

Carlos da Maia -Conhecimento prático -Aberto e tolerante -Elegante, forte e exuberante -Incapaz de ter sucesso porque a sociedade não o permite -Imoral (praticou incesto conscientemente

A Corneta do Diabo -O director é Palma “Cavalão”, um imoral; -A redacção é um antro de porcaria; -Publica um artigo contra Carlos, mediante dinheiro -Vende a tiragem do número do jornal onde saíra o artigo&nbsp; -Pública folhetinzinhos de baixo nível O baixo nível; a intriga suja; o compadrio político; tais jornais, tal país

João da Ega Ega descobre que Carlos tem uma irmã, e&nbsp;Guimarães diz tê-los visto aos três numa&nbsp;carruagem: Carlos, Ega e a irmã, Maria Eduarda; Mais tarde, quando Ega ia-se embora, Guimarães&nbsp;aparece dizendo-lhe que tem um cofre da mãe&nbsp;de Carlos para entregar à família a pedido desta&nbsp;antes de morrer.

As críticas incidem sobre a superficialidade e a ignorância da classe&nbsp;dirigente, a verbosidade da oratória política e a poesia ultrarromântica,&nbsp;mascarada de conotações sociais.

Alencar Declamação de Alencar "Democracia"&nbsp;que encanta a sala; Alencar é quem&nbsp;apresenta Ega a Guimarães,&nbsp;contribuindo também para o&nbsp;desenlaço da tragédia romântica.

Cruges Recital de Cruges, Cruges toca,&nbsp;mas é um fiasco, pois ninguém&nbsp;lhe liga nenhuma; Cruges representou um raro&nbsp;talento verdadeiro,&nbsp;incompreendido e alvo de risos

Guimarães Guimarães entrega o cofre de&nbsp;Maria Monforte para este&nbsp;entregar a Carlos ou a Maria&nbsp;Eduarda, que chocado com a&nbsp;verdade, decide pedir ajuda a&nbsp;Vilaça para contar tudo a Carlos.

• Repudia o talento dos seus conterrâneos, despeitado com o desprezo "desses políticotes", seus companheiros de farra antes de cumprirem as suas ambições.

• Afirma que Ega e Alencar são um exagero;

• Considera que há gente séria e honesta nas camadas políticas dirigentes.

• Defende a necessidade da invasão espanhola como solução à bancarrota;

• A bancarrota. Assunto polémico porque critica de forma irónica o país;

• Defende a implantação da República;

• Os principais intervenientes geram maior desordem são João da Ega e Cohen.

• Afirma que a raça portuguesa é a mais fraca, miserável e cobarde da Europa. "Lisboa é Portugal! Fora de Lisboa não há nada";

• Enumera as consequências do Constitucionalista;

Eusebiozinho – Tradicional

Pedagogo Inglês – Brown Contacto com a Natureza “... Correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro...” (pág.57) Aprendizagem de línguas vivas: Inglês &nbsp;“...Mostrou-lhe o neto que palavra inglês com o Brown...” Brincadeiras e divertimento &nbsp;“Estou cansado, governei quatro cavalos...” (pág.73) Rigor,método e ordem “...tinha sido educado com uma vara de ferro!...”, “...não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina...” (pág.57) Valorização da criatividade e juízo crítico Submissão da vontade ao dever “...Ainda é muito cedo, Brown, hoje é festa, não me vou deitar!... Carlos tenha a bondade de marchar já para a cama!” (pág.73) Desprezo da Cartilha e do conhecimento teórico “... É saber factos, noções, coisas úteis, coisa práticas...” (pág.63) “...e pedira lhe que lhe dissesse o Ato de Contrição. ... Que nunca em tal ouvira falar...” (pág.67) Exercício físico &nbsp;“...a remar, Sr. Vilaça, como um barqueiro! Sem contar o trapézio, e as habilidades de palhaço...” (pág.58)

Resultados desta educação

Eusebiozinho -Conhecimento teórico -Isolado e intolerante -Debilidade física, covardia e fragilidade -Melancolia e moleza -Vida de corrupção e falsidade

Carlos da Maia -Pedagogo Inglês -Contacto com a Natureza -Aprendizagem de línguas vivas: Inglês -Brincadeiras e divertimento -Rigor, método e ordem -Valorização da criatividade e juízo crítico -Submissão da vontade ao dever -Desprezo da cartilha e do conhecimento teórico -Exercício físico: ginástica ao ar livre

• Falso moralista: refugia-se na moral por não ter outra arma de defesa - considera o Realismo/Naturalismo imoral;

• Feita de ataques pessoais e de calúnias 

• Defensor da crítica literária na natureza académica; 

• Obcecada com o plágio ("...uma imagem roubada a Baudelaire...").

Biografia do autor (4) 	Ocupações do autor (5) Linguagem e estilo queirosiano(6) 	Exemplos textuais(6) Recursos expressivos queirosianos na obra dos maias (7) 	Ironia (7) 	Hipálage (7) 	Comparação e metáfora (7) 	Adjetivo (8) 	Verbo (8) 	Diminutivos (8) Nome da Obra (9) Contexto Histórico (10) Significado dos subtítulo (11) Crónica de costumes (12) Integra principal (13) Integra Secundária (14) Tipo de Narrador da obra (15) Personagens(16)	 	Carlos da Maia (17) 	Craft (18) 	Dâmaso Salcede (19) 	Jacob Cohen (21) 	João da Ega (22) 	Tomás de alencar(23) 	Sousa Neto (25) 	Conde de Gouvarinho (26) 	Condessa de Gouvarinho (27) Visão Critica da Sociedade Portuguesa(28) 	Finanças (28) História Política(29) 	João da Ega (29) 	Tomás de Alencar (31) 	Cohen(33) 	Dâmaso (34) Estéticas literárias em confronto (35) 	João da Ega (Naturalismo e Realismo) (35) 	Tomás de Alencar (romantismo) (37) 	Carlos (40) 	Craft (41) 	Fim do Jantar do Hotel Central (42)

Jantar em casa dos Condes de Gouvarinho(44) 	Resumo do jantar (44) 	Objetivos do Jantar (44) 	Ambiente durante o Jantar (45) 	Temas do Jantar (45) 	Visão critica da sociedade portuguesa (46) 	Analogia com a atualidade (46) Corrida de cavalos (47) 	Resumo (47) 	Relação com a Intriga Central (48) 	Visão caricatural da sociedade feminina (49) Imprensa e Educação (50) 	Educação (50) 	Afonso da Maia (50) 	Pedro da Maia (51) 	Eusebiozinho (51) 	Educação á portuguesa (51) 	Eusebiozinho - Tradicional (52) Resultados da Educação (53) 	Eusebiozinho (53) 	Carlos da Maia (53) 	Carlos da Maia - à inglesa (54) 	Resultados da educação (55) Jornais Atingidos	(55) Sarau Literário da Trindade (56) 	Resumo (56) 	Relação com a intriga central (58) 	Comportamento dos personagens (60) 	Visão critica do Autor(61) 	A oratória lírica de Alencar (62) 	A visão crítica de João de Ega (63) Passeio Final de Ega e Carlos (64) 	Resumo (64) 	Relação com a Intriga Central (66) 	Comportamento (67) 	Visão critica do autor (68) 	Simbologia dos espaços físicos (69) 	Ramalhete (70) 	Estátua de Vénus (71) 	Cedro e Cipreste (72) 	Estátua de Camões (73) 	Cidade de Lisboa (74) 	Resumo da simbologia presente (75) O tempo (76) 	Tempo histórico (77) 	Tempo psicológico (77) O espaço (79) 	Espaço fisico (80) 	Espaço Social (81) 	Espaço Psicológico (82) Para mais informações (84)

Sobre a Linguagem e Estilo Queirosiano

Recursos Expressivos Queirosianos na Obra dos Maias

A prosa de Eça de Queirós reflete a sua forma de pensar e exprime facilmente o seu modo de ver o mundo e a vida. O autor soube explorar, a partir de um vocabulário simples, a força evocativa das palavras com o uso de sentidos conotativos e relações combinatórias. Através de processos como: o ritmo da narração, a descrição, o diálogo, monólogos interiores e comentários.

Ironia: Encontramos ironia na obra de Eça de Queirós quando este tende para criticar a sociedade do tempo presente na obra "Quase desde o berço este notável menino revelara um edificante amor por alfarrábios e por todas as coisas do saber." (Capítulo 3)

Hipálage: Encontra-se uma hipálage quando Eça pretende dar uma maior caracterização ao cenário ou a alguma ação dos personagens "Ega espalhava também pelo quarto um olhar pensativo.” (Capítulo XVIII)

•A linguagem nos Maias é Versátil e maleável, tendo Registo literário cuidado e registos familiares e correntes. •Registo literário e cuidado •Construção frásica elegante e cuidada •Imagens sugestivas •Léxico erudito •Registos familiar e corrente •Falas das personagens contem registos familiares, correntes e o calão

Comparação e metáfora: Eça usa este tipo de recurso expressivo para descrever estados psicológicos dos personagens, descrever paisagens de forma artística, ironizar alguma ação de personagens ou até mesmo descrever insultos. "os bigodes esvoaçando ao vendaval das paixões" (Capítulo VI) "uma das alamedas laterais e uma paz religiosa, como um claustro" (Capítulo VIII) "Tem todas as condições para ser ministro: tem voz sonora, leu Maurício Block, está encalacrado, e é um asno!" (Capítulo VII)

Origem do nome da obra

Advérbio: Assim como os adjetivos estes são usados para projetar a subjetividade do enunciador e desencadeiam efeitos humorísticos. "remexia desoladamente o seu café" (Capítulo VIII)

Adjetivo: Adjetivos são usados como forma de descrever o sentimento que os personagens sentem no momento da ação que não estão ligados ao nível semântico. "sorriso mole"(capítulo V) "chiar lento" (Capítulo XV)

Verbo: O verbo produz combinações sugestivas e repletas de significado O imperfeito e o gerúndio dão conta do valor aspectual ou durativo da ação, caracterizando a vida das personagens “Vamo-nos gouvarinhar ”(Capítulo V)

A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de quatro gerações, centrando-se depois na última com a história de amor entre Carlos da Maia e Maria Eduarda.

Os Diminutivos: A utilização dos diminutivos pode ter significados quase opostos Projeta a subjetividade do narrador, indicando afeto (“Carlinhos”) Resulta de uma intenção sarcástica, visando a depreciação ou a ridicularização de alguém Evidencia a atitude trocista do narrador na crítica de comportamentos e costumes&nbsp;(“Damasozinho”)

• É ministro e par do Reino, personagem-tipo que representa o político incompetente. Casou com a filha de um comerciante rico do Porto, aliando o seu título ao dinheiro dela, pelo que é um casamento de conveniência.

• É uma mulher fútil que despreza o maridopelo seu fraco poder económico e desenvolve uma paixão por Carlos (até este se enfastiar e resolver abandoná-la). • É uma personagem-tipo, simbolizando as mulheres adúlteras. É uma aristocrata que corporiza a decadência moral e a ausência de escala de valores da alta sociedade.

• Alencar e Ega insultam-se com uso de linguagem ofensiva: " E depois de o besuntar bem de lama, esborrachava-lhe o crânio!" e "Esse pulha, esse cobarde...Não, isso  hei-de esbofeteá-lo!"; 

• No final da disputa, acabam por fazer “as pazes à portuguesa”, abraçando-se e brincando como nada fosse.

É aquele que representa as emoções, a afetividade e o íntimo das personagens. Manifesta-se principalmente em momentos de maior dramatismo e é sobretudo sobre Carlos que o narrador se debruça para dar origem a este espaço. ●	Sonho de Carlos - visão de Maria Eduarda. ●	Maria Eduarda e a paisagem de Sintra. ●	A contemplação de Afonso da Maia por Carlos, no jardim. ●	As reflexões de Carlos sobre o parentesco que o liga a Maria Eduarda; ●	A visão de Carlos do Ramalhete e do avô, após o incesto. ●	Reflexões e inquietação de Ega após a descoberta da identidade de Maria Eduarda.

Biografia de Eça de Queirós

•Nome completo: José Maria de&nbsp;Eça de Queirós •Data de nascimento:25/11/1845; •Faleceu em:16/08/1900; •Nacionalidade: portuguesa; •Ocupações: Diplomata, romancista e contista; •Obras de destaque: Os Maias e O Crime do Padre Amaro;

Ao contrario que muitos pensam, a ocupação principal de Eça de Queirós não era a literatura, mas sim a diplomacia

Vídeo com breve biografia de Eça:

<a href="https://www.youtube.com/watch?v=eJBZPoiqQtE">https://www.youtube.com/watch?v=eJBZPoiqQtE</a>

A relação deste capítulo com a intriga central, foi a chegada ao clímax da história, quando é descoberto que a relação entre Carlos e Maria, o casal “principal” da obra, eram, na verdade, irmãos de sangue. E a relação deles era incesto, desde o momento que se apaixonaram, embora eles não sabiam. O assunto muito delicado e dividido na sociedade se é uma coisa aceite ou não. Esta descoberta vai acabar por virar a obra ao contrário e levá-la ao rumo final, depois desta reviravolta.

A oratória lírica de Alencar (ultrarromântica):

A visão crítica de João de Ega&nbsp;(realista/naturalista):

- Tema: democracia romântica - Falta de coerência entre a&nbsp;realidade e o discurso - Excesso de lirismo e de&nbsp;conotações sociais - Exploração dos espectadores&nbsp;através de excessos estéticos&nbsp;de estereotipados&nbsp;ultrarromânticos que não&nbsp;condizem com a realidade

- Defesa do&nbsp;realismo/naturalismo - Cientificismo da literatura - Falta de distinção de Ega entre&nbsp;literatura e ciência

Classes dominantes obsoletas à realidade de uma sociedade adulterada pelos excessos líricos do ultrarromantismo: tal oratória, tal país

- Oposição ao ultrarromantismo&nbsp; - Crença em que o romance&nbsp;deve demonstrar a realidade&nbsp;de forma real, exata e&nbsp;evidente, oposta aos excessos&nbsp;líricos ultrarromânticos

• É inglês e assume-se como o símbolo do caráter e do bom gosto britânicos. É com este que Carlos se mais identifica devido à sua educação, criando desde cedo uma amizade espontânea. • Eça identifica nesta personagem o “homem ideal”. • Neste episódio pouco se sabe sobre ele, apenas que é inglês, e como tal, pressupõe-se que recebera uma educação à inglesa. Não tem muita importância na ação, quase não participa nas conversas, reage de forma “impassível”, contudo é a favor da resistência aos espanhóis, quando concorda em organizar uma guerrilha com Ega.

• Português vulgar de um estatuto social privilegiado, caracterizado pela sua cobardia e egoísmo. • Interveniente que representa os defeitos da sociedade. “Um rapaz baixote, gordo, frisado como um noivo da província, de camélia ao peito e gravata azul-celeste”. • Procura aparentar um “ar de bom senso e de finura”, é considerado provinciano, tacanho e apenas com uma preocupação, que seja “chique a valer”.

Santa olavia - infância e educação de Carlos. Coimbra - Seus estudos e primeiras aventuras amorosas. Lisboa - onde irá desenrolar- se toda a ação após a sua formatura e regresso da sua longa viagem pela europa. Sintra e olivais são espaços muito referidos, mas onde não se passa qualquer ação de relevo no romance, os espaços interiores são descritos exatamente de acordo com as personagens. Os espaços interiores mais destacados são o Ramalhete, o quarto da Toca, a Vila de Balzac e o consultório de Carlos.

Cumpre um papel eminentemente crítico. O jantar no hotel central é onde o herói, Carlos, contacta pela primeira vez com o meio social lisboeta, e em que é dada uma visão fortemente crítica das limitações da mentalidade da sociedade portuguesa. As corridas de cavalos onde há a denúncia da mentalidade provinciana. O jantar em casa dos Gouvarinho em que se critica a mediocridade mental e a superficialidade das classes dirigentes. O episódio do jornal a tarde em que se desmascara o parcialismo, o clientelismo partidario, a venalidade e a incompetência dos jornalistas da época. Sarau literário do teatro da trindade, em que se criticam a superficialidade e a ignorância da classe dirigente. O passeio final de Carlos e Ega em Lisboa, traduz o sentido de degradação progressiva e irremediável da sociedade portuguesa, para a qual não é visualizada qualquer saída airosa.

• Carlos da Maia; • Craft; • Dâmaso Salcede; • Jacob Cohen; • João da Ega; • Tomás de Alencar. • Sousa Neto • Conde de Gouvarinho • Condessa de Gouvarinho

• Apresenta-se pela primeira vez à sociedade, no entanto, distancia-se da conversa, apenas comentando alguns aspetos. • Afirma-se como defensor das ideias românticas, criticando que “o mais intolerável no realismo eram os seus grandes ares científicos”, e talvez, também um pouco patriota quando defende que “ninguém há-de fugir, e há-de-se morrer bem”.

• A par da intriga principal, encontramos a crónica de costumes, que funciona como caracterização da sociedade portuguesa, assumindo a forma de crítica&nbsp; e sátira social, revelando os defeitos sociais que impedem o progresso e a renovação das mentalidades. • As características mais marcante são a falta de visão histórica e cultural, a ausência de espírito critico, apatia e ociosidade e a importação de modas estrangeiras.

• A sociedade descrita e retratada por Eça está, ainda hoje, “à solta”. • A crítica que Eça faz à sociedade do século XIX, caracterizando-a como uma sociedade corrupta, fútil, superficial, ignorante, procurando agitar as ideias sociais, políticas e literárias, constitui uma verdadeira caricatura da sociedade portuguesa da época, conservando-a até à atualidade, apesar de os contextos serem um pouco diferentes.

• As Aventuras de Carlos com a Condessa de Gouvarinho. • Carlos e o Marquês descendo a rua de S.Roque conversam, sobre as corridas dos cavalos. • Avistam Madame Castro Gomes (perturbação). • Carlos arquiteta a ideia de Dâmaso levar o Castro Gomes aos Olivais. • Carlos e Dâmaso falam sobre as corridas. • Carlos fala a Dâmaso sobre o possível passeio aos Olivais. • Carlos toma conhecimento da partida de Castro Gomes para o Brasil (por Dâmaso). • Carlos aceita o pedido da gouvarinho em encontrarem-se quando ela for visitar o pai. • Carlos sai das corridas e vai à rua de S. Francisco na tentativa de avistar a Madame Castro Gomes. • Carlos recebe o bilhete de Maria Eduarda.

Tipo de narrador da obra

Pedro da Maia vê Maria Monforte; Pedro namora Maria Monforte; Pedro casa com Maria Monforte; Maria Monforte foge; Pedro suicida-se.

O narrador é heterodiegético, ou seja, não é uma personagem da história. Assume, geralmente, uma atitude de observador. Marcas linguísticas: verbos na 3ª pessoa; pronomes e determinantes na 3ª pessoa; discurso indireto livre livre.

Abandonado, de aparência triste,&nbsp;memória de um passado&nbsp;trágico; Relacionado à forma como Eça&nbsp;via o país, caracterizado pelo&nbsp;seu regime decadente. Paredes: sinal da desgraça da família Quintal e a sua cascata - Antes da ação: cascata encontra-se seca - Último capítulo: existência de um fio de água (“choro da cascata”) representante de: infinita melancolia do passar do tempo e dos sentimentos que este leva e traz; fim próximo do tempo e da história d' Os Maias; sofrimento causado pela morte de Afonso da Maia.

Primeiramente enegrecida com a fuga de&nbsp;Maria Monforte; Posteriormente coberta de ferrugem&nbsp;simbolizando, o desaparecimento&nbsp;de Maria Eduarda, com os&nbsp;membros modificados de uma&nbsp;forma monstruosa, referentes ao&nbsp;incesto praticado por esta mesma.