Dia
Mundial
da Poesia
Mundial
da Poesia
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Para assinalar o Dia Mundial da Poesia, os alunos do 12.º ano gravaram a leitura de poemas do programa da disciplina de Português e realizaram Podcasts na disciplina de Aplicações Informáticas B, sob a orientação da docente Vera Pires.Este livro foi editado pela Biblioteca Escolar para divulgar estes belíssimos trabalhos.
Desafiamos os nossos restantes leitores a gravarem e enviarem outras leituras para acrescentar a este livro.
Para quem gostar mais de ilustrar, agradecemos o envio de ilustrações para estes e outros poemas.
Aqui fica o nosso email: biblioramiro2012@gmail.com
Luís Vaz de Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português, autor da epopeia Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
É o maior representante do Classicismo Português.
É o maior representante do Classicismo Português.
No ano em que se celebra os quinhentos anos do seu nascimento, não podia faltar um dos seus poemas:
Poema: Aquela triste e leda madrugada
Olavo Bilac
Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta, contista e jornalista brasileiro. É o autor da letra do Hino à Bandeira. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Poema: A Língua Portuguesa
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa (1888-1935) foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo português. Escreveu textos diversificados (poesia, peças de teatro, contos, filosofia, crítica literária, traduções, teoria linguística, textos políticos,... e até cartas astrológicas!) e desdobrou-se em várias personagens e heterónimos com biografias, características e personalidades próprias (entre outros, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares). Sendo um dos autores mais estudado, os nossos alunos selecionaram vários dos seus poemas.
aro de Campos
aro de Campos
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Mensagem. Fernando Pessoa
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Mensagem. Fernando Pessoa
Imagem criada com a IA (Adobe Firefly) com o texto do poema
Texto: http://arquivopessoa.net/
Quando era criança
Autopsicografia
Quando era criança
Vivi, sem saber,
Só para hoje ter
Aquela lembrança.
E hoje que sinto
Aquilo que fui.
Minha vida flui,
Feita do que minto.
Mas nesta prisão,
Livro único, leio
O sorriso alheio
De quem fui então.
Poesias. Fernando Pessoa.
Vivi, sem saber,
Só para hoje ter
Aquela lembrança.
E hoje que sinto
Aquilo que fui.
Minha vida flui,
Feita do que minto.
Mas nesta prisão,
Livro único, leio
O sorriso alheio
De quem fui então.
Poesias. Fernando Pessoa.
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Poesias. Fernando Pessoa
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Poesias. Fernando Pessoa
Texto: http://arquivopessoa.net/