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Cartas: Terramoto de 1755

by Bibliotecasescoloares aemc

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Lisboa, 12 de novembro de 1755

Caro irmão,
 Como estás? Escrevo-te esta carta para te dizer que, apesar de muito magoado, consegui sobreviver ao dia do terramoto.
Naquele dia, muita gente andava na rua, porque era o dia de Todos os Santos e as pessoas iam à missa. Estava um dia quente para a época, por isso, outras pessoas passeavam. De repente, ouviu-se um barulho que vinha das profundezas da terra. A seguir, o mar começou a crescer e parecia uma montanha: destruiu barcos e entrou pela cidade quase até ao Rossio.
Parecia o fim do mundo! No meio disto tudo a terra continuava a tremer. Nós cheios de medo fugimos para nos proteger. Tudo estava desorientado, ninguém sabia de ninguém e só pensávamos na nossa família.
Nesse dia, parti as duas pernas e a cidade ficou toda destruída.
Muitas pessoas tiveram ferimentos graves e outras até morreram.
A cidade estava muito destruída.
Guardo com muita tristeza este dia muito aterrador.
Espero que, quando me vieres visitar, esteja melhor.
Adeus!
Do teu irmão,


Duarte Gonçalves, 6.º C
Lisboa, 12 de novembro de 1755

Caro irmão,
 Como estás? Escrevo-te esta carta para te dizer que, apesar de muito magoado, consegui sobreviver ao dia do terramoto.
Naquele dia, muita gente andava na rua, porque era o dia de Todos os Santos e as pessoas iam à missa. Estava um dia quente para a época, por isso, outras pessoas passeavam. De repente, ouviu-se um barulho que vinha das profundezas da terra. A seguir, o mar começou a crescer e parecia uma montanha: destruiu barcos e entrou pela cidade quase até ao Rossio.
Parecia o fim do mundo! No meio disto tudo a terra continuava a tremer. Nós cheios de medo fugimos para nos proteger. Tudo estava desorientado, ninguém sabia de ninguém e só pensávamos na nossa família.
Nesse dia, parti as duas pernas e a cidade ficou toda destruída.
Muitas pessoas tiveram ferimentos graves e outras até morreram.
A cidade estava muito destruída.
Guardo com muita tristeza este dia muito aterrador.
Espero que, quando me vieres visitar, esteja melhor.
Adeus!
Do teu irmão,


Duarte Gonçalves, 6.º C
                                           Lisboa, 7 de novembro do ano de 1755
Querido pai,
É com grande tristeza que escrevo esta carta. Aconteceu uma catástrofe em Lisboa. Tudo começou quando eu e a mãe íamos para a igreja. Enquanto caminhávamos, estávamos a conversar. Mas, de repente uma coisa assustadora aconteceu: o chão começou a tremer e as paredes das casas a rachar. A mãe e eu ficámos aterrorizados. Num piscar de olhos, as coisas pioraram, começaram a cair pedaços enormes de pedra e madeira das casas. Por estes motivos todos, começaram a procurar zonas abertas onde não lhes pudesse cair nada em cima. Eu e a mãe fomos para a praça central.
Ficámos lá algum tempo a descansar, mas o que não esperava era que o mar recuasse e avançassem ondas gigantescas, ondas tão fortes, capazes até de facilmente derrubar prédios. Desesperadamente, corremos para escapar; subimos ao lugar mais alto da cidade. Ao chegar lá, reparei que me tinha perdido da mãe, e, quando olhei para a cidade, vi o que nunca esperava ver: Lisboa estava completamente destruída, inundada e agora também em chamas. Nessa altura, senti-me muito triste e inútil, por não ter conseguido salvar a mãe do maremoto.
Fiquei horas a procurá-la e, quanto mais procurava, mais aterrorizado ficava, pois as ruas estavam cheias de sangue, tinham pedras a impedir a passagem e o que sobrava das casas estava a arder. E aí também percebi o quão o ser humano é ganancioso, pois, no meio daquele desastre todo, vi um homem a entrar numa casa e, pouco depois, a sair com um saco com riquezas roubadas. Depois de muito procurar, finalmente encontrei a mãe. Mas, quando a vi, não fiquei feliz. Pelo contrário, fiquei desesperado; a mãe tinha uma parede em cima das pernas. Eu tentei, tentei, tentei e tentei tirar aquela parede dali, porém tive de ir embora, porque o fogo estava muito próximo e o edifício quase a desabar por completo. Então corri e, de longe, vi a casa a cair e a mãe a morrer.
O que é que eu faço, pai?
Um forte abraço do teu filho enlutado,
                                                                Joaquim
Afonso Ferreira e Rodrigo Ramos, 6.ºA
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