CASTELOS

Locais de Defesa e de Refúgio

5.ºB

CASTELOS

Locais de Defesa e de Refúgio

CASTELO
de

BRAGANÇA

Casamento em Bragança

Texto
de
Íris Rios, Maria Silva e Nara Real

Desenhos realizados por alunos do 5.º ano e pintura e tratamento digital realizado por alunos do 8.º ano

Loading...

Casamento em Bragança

Loading...

Corria o ano de 1150 e D. Afonso Henriques recebeu, através do seu mensageiro, um convite para assistir e apadrinhar o casamento de Clara, filha mais nova do alcaide do Castelo de Bragança, D. Lopo Mendes.
 O rei era muito amigo de D. Lopo e sua mulher, por isso tratou logo de informar Dona Mafalda, sua esposa, para fazer os preparativos para a viagem.
D. Afonso Henriques recrutou alguns soldados para o acompanhar, pois a viagem era longa e perigosa e haveria muitos bandos de ladrões escondidos nas florestas.
Saíram de Guimarães no principio de março e com eles, além dos soldados, levaram muita criadagem, cavalos, e carroças cobertas.
A viagem durou duas semanas e apenas apanharam mau tempo na segunda. Houve chuva, trovoada que assustava as mulheres, as crianças e até os cavalos e tiveram de parar. A certa altura caiu granizo e fizeram várias fogueiras para se aquecerem. As crianças não saíram das carroças e agasalhavam-se com mantas de lã bordadas a ouro e valiosas e quentes peles.

Loading...

Casamento em Bragança

Passados uns dias, chegaram às portas da cidade de Bragança. A cidade recebeu-os com muita alegria, dando vivas ao rei. Estava enfeitada com bandeiras coloridas e colchas nas janelas.
O alcaide recebeu-os no castelo e deu-lhe os melhores quartos da torre de menagem.
No dia seguinte, deu-se o casamento. Clara vestia um vestido de veludo branco e uma capa de brocado debruada a fios de ouro e prata. Na cabeça trazia um toucado de flores de laranjeira e fitas. O seu noivo, Duarte Alvares, vestia umas meias escuras, um gibão vermelho e uma capa escarlate.
A igreja estava toda enfeitada de flores e fitas amarelas e azuis. Depois houve um banquete com pratos deliciosos como javali assado, porco no espeto e faisão. Os vinhos jorravam das taças e finalmente todos bailaram ao som das músicas dos trovadores.
D. Afonso gostou tanto da festa que ele e sua esposa decidiram ficar mais três semanas no castelo de Bragança.

CASTELOS

Locais de Defesa e de Refúgio

CASTELO
de

ALMOUROL

A Traição

Texto
de
João Batista , Tomás Silva e Tomás Cunha.

Desenhos realizados por alunos do 5.º ano e pintura e tratamento digital realizado por alunos do 8.º ano

A Traição

Corria o ano de 1129, quando um cruzado vindo da Normandia chamado Gilles entrou no castelo de Almourol pela calada da noite e infiltrou-se lá dentro, vestido como se fosse um árabe.
Gilles tinha como missão, matar o califa mouro que habitava o castelo. Ele parecia um verdadeiro muçulmano, até falava árabe.
Um dia, perto do rio Tejo, encontrou a filha do califa, a bela Raísa que estava a banhar-se no rio com as suas criadas.
Mal olharam um para o outro os seus olhos faiscaram. Estavam apaixonados!
Raísa era uma princesa bela e meiga que cantava belas canções e apreciava as joias que a sua mãe lhe deixara quando morreu.

A Traição

Apesar do amor que sentia por Raísa, Gilles sabia que tinha que levar até ao fim a promessa que fizera aos cristãos de conquistar o castelo.
Numa tarde depois de ter estado a falar com Raísa, beijou-lhe a mão em sinal de despedida e afastou-se.
Introduziu-se na cozinha e misturou um veneno mortal na comida que ia servir de ceia. Após o veneno ter dado resultado, todos estavam mortos ou moribundos.
Gilles pegou na Raísa ao colo e levou-a junto às margens do rio Tejo. Raísa deu o último suspiro e Gilles com o coração sangrando de dor enterrou-a no fundo do rio junto com as joias da mãe que ela tanto amava.
Gilles morreu uma semana depois, cheio de remorsos.