UMA AVENTURA
Texto de Petra Raquel Vaz Coelho do 6.º A inspirado nas Ilustrações de Sebastião Peixoto para o Manual Português 6.º ano - Livro Aberto, Porto Editora.
Escola Básica Mosteiro e Cávado, 2021
Escola Básica Mosteiro e Cávado, 2021
O mar é cheio de segredos. Nem metade das águas do mundo foram descobertas. O que haverá nelas? Será que as criaturas marinhas de que tanto os meus amigos falam são verdadeiras? Bem, não vou dizer o meu nome, até porque duvido que vos interesse. Eu vivi uma aventura, que achei que devia contar a mais pessoas, e não guardar para a minha pequena mente.
Eu adoro pescar, foi o meu pai que me ensinou. Ele está sempre a dizer que quando for grande vou apanhar peixes enormes. Ele também adora pentear o meu cabelo castanho e curto e apertar as minhas bochechas coradas. Desde que a minha mãe morreu que costumo ir para o mar, com a companhia do meu barco branco e vermelho e da minha cana de pesca. É uma forma de aliviar o stresse e não cair em lágrimas sempre que penso nela. O mar onde eu pesco tem uma água cristalina, parece um espelho. Também tem ótimos peixes e algas, que até se veem de longe, por conta da água quase transparente.
Eu adoro pescar, foi o meu pai que me ensinou. Ele está sempre a dizer que quando for grande vou apanhar peixes enormes. Ele também adora pentear o meu cabelo castanho e curto e apertar as minhas bochechas coradas. Desde que a minha mãe morreu que costumo ir para o mar, com a companhia do meu barco branco e vermelho e da minha cana de pesca. É uma forma de aliviar o stresse e não cair em lágrimas sempre que penso nela. O mar onde eu pesco tem uma água cristalina, parece um espelho. Também tem ótimos peixes e algas, que até se veem de longe, por conta da água quase transparente.
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Numa tarde normal na minha vida, estava eu a pescar para me distrair, quando vi ao longe uma coisa estranha, parecia uma bola amarela. Comecei a remar até ela, e apercebi-me que a bola amarela tinha olhos e boca. Fiquei intrigada, nunca tinha visto algo assim.Aquilo à minha frente, também tinha uns tentáculos deformados.
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Passados uns instantes, a criatura dá um sorriso simpático e diz:
— Olá, não sei quem és, nem tu sabes quem eu sou, mas tenho pouco tempo para falar e preciso que me ouças com atenção. Eu nem tive reação, contado assim parece que eu estava a alucinar, mas não, podem acreditar que tudo é verdade. Fiquei perplexa, não conseguia fazer nada, só ouvia aquele bicho:
— Sabes que o planeta está a morrer, a água a ficar cada vez mais poluída e as crianças são as poucas pessoas que podem salvar o planeta. A água que vês parece linda não é? Mas no fundo, está toda poluída, por conta do ser humano. Os peixes estão a ser feridos por causa do lixo.
— Olá, não sei quem és, nem tu sabes quem eu sou, mas tenho pouco tempo para falar e preciso que me ouças com atenção. Eu nem tive reação, contado assim parece que eu estava a alucinar, mas não, podem acreditar que tudo é verdade. Fiquei perplexa, não conseguia fazer nada, só ouvia aquele bicho:
— Sabes que o planeta está a morrer, a água a ficar cada vez mais poluída e as crianças são as poucas pessoas que podem salvar o planeta. A água que vês parece linda não é? Mas no fundo, está toda poluída, por conta do ser humano. Os peixes estão a ser feridos por causa do lixo.
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Todos os pescadores que aqui vêm deixam sempre alguma coisa, mas tu não, nunca deixaste aqui um plástico que fosse! Bem, o que venho te pedir é uma tarefa fácil, se for feita com força de vontade.—Exprimiu a criatura com tristeza.
A minha perplexidade transformou-se em remorso. Já tinha falado sobre o assunto na escola, mas os meus colegas não pareciam interessados, tal como o resto do mundo. A bola amarela continuou:
— Toma esta taça — disse, esticando-me o tentáculo — Aqui dentro tem uma bebida mágica que te fará respirar e ver debaixo d’água por quatro horas. O meu pedido é que venhas comigo e me ajudes a limpar o mar. É impossível retirar o lixo todo, mas, pelo menos, conseguimos deixá-lo um pouco mais limpo. Então, aceitas? — Não sabia se aceitava o pedido, os meus pais
sempre me disseram para não confiar em estranhos, embora aquilo que eu via, não fosse propriamente um ser humano, creio eu. Tudo na minha cabeça estava confuso, eu só estava a pescar e numa questão de segundos um bicho estranho falava comigo.
A minha perplexidade transformou-se em remorso. Já tinha falado sobre o assunto na escola, mas os meus colegas não pareciam interessados, tal como o resto do mundo. A bola amarela continuou:
— Toma esta taça — disse, esticando-me o tentáculo — Aqui dentro tem uma bebida mágica que te fará respirar e ver debaixo d’água por quatro horas. O meu pedido é que venhas comigo e me ajudes a limpar o mar. É impossível retirar o lixo todo, mas, pelo menos, conseguimos deixá-lo um pouco mais limpo. Então, aceitas? — Não sabia se aceitava o pedido, os meus pais
sempre me disseram para não confiar em estranhos, embora aquilo que eu via, não fosse propriamente um ser humano, creio eu. Tudo na minha cabeça estava confuso, eu só estava a pescar e numa questão de segundos um bicho estranho falava comigo.
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