Trabalho realizado pela turma 6.ºF, da Escola Básica Dr. José Neves Júnior.

MEMÓRIAS DE UM POVO QUE AJUDOU A CONSTRUIR A DEMOCRACIA

José Inácio da Costa Martins

José Inácio da Costa Martins foi um militar e coronel português, que nasceu em 1938, em São Bartolomeu de Messines, Silves. Durante a ditadura, esteve preso três vezes, por manifestar-se contra o Estado Novo. Capitão de Abril responsável pela tomada do Aeroporto de Lisboa, onde sozinho controlou o espaço, mentindo ao responsável ao dizer que estavam cercados por forças militares e que seria inútil resistir. Foi convidado para o Conselho de Estado por António de Spínola a 31 de maio de 1974 e, em 1975, para Ministro do Trabalho pelo primeiro-ministro Vasco Gonçalves. José da Costa Martins morreu a 6 de março de 2010, em Ciborro, Montemor-o-Novo, num acidente de avioneta.

Maria Barroso encontrou em Mário Soares a mesma vontade de intervir no mundo.

Vasco Correia Lourenço nasceu a 19 de junho de 1942, em Lousa.

Militar português na reserva que pertenceu à comissão política do Movimento das Forças Armadas à época da Revolução dos Cravos. Vasco Lourenço ingressou na Academia Militar em 1960.&nbsp; Combateu na Guerra Colonial, tendo cumprido uma comissão militar na Guiné de 1969 a 71. No dia 25 de Abril de 1974 era capitão nos Açores. Pertence desde a sua fundação aos corpos gerentes da Associação 25 de Abril.

Maria Margarida Carmo Tengarrinha Campos Costa nasceu a&nbsp;7 de maio de 1928 , em Portimão. Foi professora, artista, escritora, revolucionária, deputada da Assembleia da República Portuguesa, militante e dirigente do Partido Comunista Português. Teve um papel importante na redação do jornal "Avante!" e na falsificação de documentos durante a clandestinidade, passando vinte anos da sua vida a lutar pela liberdade e pela democracia (treze na clandestinidade e sete no exílio).&nbsp; Publicou alguns livros, como por exemplo:&nbsp;Memórias de uma falsificadora; A luta na clandestinidade pela liberdade em Portugal.

Manuel Alegre de Melo Duarte, nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um ativo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Cumpriu o serviço militar&nbsp;&nbsp;na guerra colonial em Angola. Nessa altura, foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar contra a guerra. Após o regresso exilou-se no norte de África, em Argel, onde desenvolveu atividades contra o regime de Salazar. Regressa finalmente a Portugal em 2 de Maio de 1974, demonstrando, nos vários cargos governamentais que tem desempenhado ao longo dos anos, uma&nbsp;&nbsp;intervenção fiel aos ideais da Liberdade. &nbsp;A sua poesia foi e é um hino à Liberdade e, talvez seja por isso que é lembrada por muitos resistentes que lutaram contra a ditadura. É considerado o poeta mais cantado pelos músicos portugueses, designadamente Adriano Correia de Oliveira, José Afonso, Luís Cília, Manuel Freire, António Portugal, José Niza, António Bernardino, Alain Oulman, Amália Rodrigues, Janita Salomé e João Braga. Foi distinguido com o prémio "Camões".

Manuel Alegre - Trova Ao Vento Que Passa

Maria Helena Vieira da Silva

Martim Cabrita

Paper texture

Humberto Delgado

Projeto interdisciplinar de Historia e Geografia de Portugal, Português, Educação Musical, Educação Visual e Tecnologias de Comunicação e Informação.

Maria Helena Vieira da Silva nasceu a 13 de junho de 1908 e morreu a 6 de março de 1992. Muito cedo despertou para a música e pintura, tendo onze anos de idade. Com 19 anos, foi residir para Paris, tendo estudado com Fernand Léger e trabalhado com Henri de Waroquier e Charles Dufresne. Nesta cidade conheceu o pintor húngaro Arpad Szenes, com quem casou em 1930. Devido ao facto de seu marido ser judeu o regime do Estado Novo retirou-lhe a nacionalidade, em 1930. No inicio da década de 1930, viajou para Itália, onde se inspirou nas obras da escola sienesa. Em 1935 António Pedro organiza a primeira exposição da pintora em Portugal, e que a faz estar em Portugal por um breve período, até Outubro de 1936, após o qual voltará para Paris, onde participará ativamente&nbsp;na associação «Amis du Monde», criada por vários artistas parisienses devido ao desenvolvimento da extrema direita na Europa. Regressará em 1939 a Portugal, devido à II Guerra Mundial. Permaneceu pouco tempo, pois o governo de Salazar não lhe restitui a cidadania portuguesa, mesmo tendo casado pela igreja.&nbsp; O casal de pintores decide ir para o Brasil, até 1947, porque surgiram notícias sobre uma possível invasão de Portugal pelo exército alemão. É a época em que Vieira da Silva começa a ser reconhecida. O estado francês compra-lhe&nbsp;La Partie d'échecs, um dos seus quadros mais famosos. Em 1956, foi-lhe dada a naturalidade francesa. O ano de 1974 seria marcante para a pintora devido à Revolução dos Cravos. Volta a Portugal 1975, expôs um conjunto de gravuras na Biblioteca-Museu Municipal de Vila Franca de Xira e, correspondendo ao convite de Sophia de Mello Breyner, executa dois cartazes , que ficarão para sempre como lugares simbólicos da Revolução de Abril, A Poesia está na Rua e 25 de Abril de 1974

MEMÓRIAS DE UM POVO QUE AJUDOU A CONSTRUIR A DEMOCRACIA

Escola Básica Dr. José Neves Júnior

Maria de Jesus Simões Barroso nasceu a 2 de maio de 1925,&nbsp;na Fuseta e faleceu a&nbsp;7 de julho de 2015,&nbsp;em São Domingos de Benfica, em Lisboa. A quinta de sete filhos de um oficial do Exército e de uma professora primária. O pai, contestatário, foi várias vezes detido; passou mesmo o 74º aniversário nos calabouços da PIDE, sujeito à tortura do sono. Um irmão de Maria de Jesus, professor de Matemática na Faculdade de Ciências de Lisboa, seria afastado da universidade por razões políticas. Formou-se em Arte Dramática no Conservatório Nacional e licenciou-se em História e Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, onde conheceu Mário Soares com quem casou, em 1949, por procuração, porque estava preso por motivos políticos.

Maria Barroso Soares foi atriz, professora, ativista política e social portuguesa, tendo sido uma das fundadoras do Partido Socialista, na Alemanha, em 1973. Foi primeira-dama de Portugal entre 1986 e 1996.

Filmes em que participou: Benilde ou a virgem mãe; Amor de Perdição; Lápis Azul; Mudar de vida e Filme demência.

Ernesto Augusto de Melo Antunes nasceu a&nbsp;2 de outubro de 1933,&nbsp;em Lisboa. &nbsp;Em 1953, ingressa na Escola do Exército e cumpre três comissões de serviço em Angola (1963-1965; 1966-1968; 1971-1973), sendo sucessivamente promovido a Tenente (1959), Capitão (1961) e Major (1972). Participa pela primeira vez numa reunião do Movimento dos Capitães já em 1974. É o autor do documento ‘O Movimento, as Forças Armadas e a Nação’ e coautor do Programa do MFA. &nbsp;Após o 25 de Abril de 1974, integra a Comissão Coordenadora do MFA e assume os cargos de ministro sem pasta nos II e III Governos Provisórios e de ministro dos Negócios Estrangeiros do IV e VI Governos Provisórios. Em 1975 integra o Conselho da Revolução e subscreve o ‘Documento dos Nove’, sendo o seu autor principal. Nos anos 80 exerce funções na UNESCO, primeiro como consultor e depois como Subdiretor-geral desta organização internacional.&nbsp; Uma das suas obras mais conhecidas foi Melo Antunes o sonhador pragmático. Faleceu a 10 de agosto de 1999,&nbsp;em Sintra. Fez parte do Partido Socialista.

Marble

José Mário Branco - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, nasceu a 2 de agosto&nbsp;de&nbsp;1929, em Aveiro e faleceu a 23 de fevereiro&nbsp;de&nbsp;1987, com 57&nbsp;anos. Notabilizou-se não apenas pela sua carreira política ligada ao Partido Comunista Português, mas também pela composição de várias baladas de intervenção. Em&nbsp;1971&nbsp;editou&nbsp;Cantigas do Maio, no qual surgiu&nbsp;Grândola, Vila Morena, uma das baladas de intervenção mais importantes, associada à revolução de 25 de abril de 1974. Zeca participou em vários festivais, sendo também publicado um livro sobre ele e lança o LP&nbsp;Eu vou ser como a toupeira. Em&nbsp;1973 gravou o álbum&nbsp;Venham mais Cinco. Ao mesmo tempo, começou a dedicar-se ao canto, e ao apoio de várias instituições populares, enquanto que continuou a sua carreira política na Liga de Unidade e Acção Revolucionária. Entre abril e maio de 1973 esteve detido no&nbsp;Forte-prisão de Caxias&nbsp;pela&nbsp;PIDE/DGS.

Grândola, Vila Morena  (25 de Abril)

Este livro é resultado do trabalho articulação curricular entre as disciplinas de História e Geografia de Portugal, Português, Educação Visual e Tecnologias de Informação e Comunicação. Para isso, os alunos pesquisaram os contributos em diferentes áreas, políticas, cívicas, culturais, de personalidades que se destacaram na luta pela instauração e consolidação do regime democrático em Portugal. Os professores, Ana Cristina Balbina, Vera Faísca, Eduardo Seruca e João Rios

Escola Básica Dr. José Neves Júnior 2020/2021

Maria Teresa Mascarenhas Horta, nasceu a 20 de maio de 1937, em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista é conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em&nbsp;Poesia Reunida&nbsp;(Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária.&nbsp; É uma das autoras do livro Novas Cartas Portuguesas pelo qual foi processada e julgada em 1972, ao lado de Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. A obra, um documento político como o eram quase todas as&nbsp;publicações na época, foi considerado pela&nbsp;censura e proibido de circular. As autoras, sujeitas a um processo judicial, tiveram o apoio de escritores e pensadores ligados ao movimento feminista e não só. Retirado do circuito comercial e destruído pela PIDE, o livro foi um marco da história da literatura portuguesa e dos direitos humanos,

<a href="https://www.google.com/search?safe=strict&amp;rlz=1C1GCEA_enPT932PT932&amp;q=s%C3%A9rgio+godinho+nascimento&amp;stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCw0Kk8r1xLLTrbSL0jNL8hJBVJFxfl5Vkn5RXmLWKWKD68sSs_MV0jPT8nMy8hXyEssTs7MTc0ryQcA5NjK3UMAAAA&amp;sa=X&amp;ved=2ahUKEwj4mYSR5cjwAhVCxoUKHWyCDr8Q6BMoADAbegQIHhAC">Nascimento</a>:&nbsp;31 de agosto de 1945 (idade 75&nbsp;anos),&nbsp;<a href="https://www.google.com/search?safe=strict&amp;rlz=1C1GCEA_enPT932PT932&amp;q=Porto&amp;stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCw0Kk8rV-IAsQty88y1xLKTrfQLUvMLclKBVFFxfp5VUn5R3iJW1oD8opL8HayMAHCtYBk7AAAA&amp;sa=X&amp;ved=2ahUKEwj4mYSR5cjwAhVCxoUKHWyCDr8QmxMoATAbegQIHhAD">Porto</a>

<a href="https://www.google.com/search?safe=strict&amp;rlz=1C1GCEA_enPT932PT932&amp;q=s%C3%A9rgio+godinho+forma%C3%A7%C3%A3o&amp;stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCw0Kk8r15LOTrbSL0jNL8hJBVJFxfl5VqkppcmJJZn5eYtYpYoPryxKz8xXSM9PyczLyFdIyy_KTTy8_PDifAB104LCSAAAAA&amp;sa=X&amp;ved=2ahUKEwj4mYSR5cjwAhVCxoUKHWyCDr8Q6BMoADAcegQIHRAC">Formação</a>:&nbsp;<a href="https://www.google.com/search?safe=strict&amp;rlz=1C1GCEA_enPT932PT932&amp;q=Universidade+do+Porto&amp;stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCw0Kk8rV-IEsY0rcpINtKSzk630C1LzC3JSgVRRcX6eVWpKaXJiSWZ-3iJW0dC8zDKgaGZKYkqqQkq-QkB-UUn-DlZGAGzft3hRAAAA&amp;sa=X&amp;ved=2ahUKEwj4mYSR5cjwAhVCxoUKHWyCDr8QmxMoATAcegQIHRAD">Universidade do Porto</a>

Maria Isabel Barreno nasce em Lisboa, a 10 de julho de 1939. e morre a 3 de setembro de 2016. Entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas. Vive quase 35 anos na&nbsp;ditadura, numa sociedade repressora que&nbsp;condicionava a mulher, negando-lhe direitos básicos de realização e de afirmação enquanto ser humano. Militante da causa feminina, envolve-se em movimentos de “libertação” da mulher. Em 1972, com Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, inicia a aventura de&nbsp;“Novas Cartas Portuguesas”, a obra condenava a ditadura do Estado Novo, denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres. Após a sua publicação foi apreendida e proibida pelo regime, considerada na época um escândalo nacional e internacional&nbsp;conhecido como “o caso das três Marias”. A autora, para quem o&nbsp;25 de abril&nbsp;foi o acontecimento mais importante da sua vida, considera que o tumulto provocado por esta publicação contribuiu para que a Constituição da República de 1976 consagrasse” a igualdade absoluta de direitos para homens e mulheres”. A 8 de Março de 2004 tornou-se Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Recebeu os seguintes prémios: Prémio Fernando Namora (1991); Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (1993); Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1994).

Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906, na pequena aldeia de Boquilobo, Torres Novas, em singela casa no largo principal da povoação, hoje restaurada e transformada em espaço museológico dedicado à sua memória&nbsp;concelho de Torres Novas,&nbsp;distrito de Santarém. Frequentou o&nbsp;colégio militar&nbsp;entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na&nbsp; Escola Prática de Artilharia, em&nbsp;Vendas Novas. Participou no movimento militar de&nbsp;28 de maio de 1926, que derrubou a&nbsp;republica parlamentar&nbsp;e implantou a&nbsp;ditadura militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao&nbsp;estado novo&nbsp;liderado por Salazar. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime salazarista, particularmente o seu&nbsp;anticomunismo. O regime de Salazar tremeu, em 1958, quando o general Humberto Delgado assumiu a candidatura à presidência da república pela oposição. Apesar de uma campanha animada que percorreu o país e assustou o regime, Delgado não foi eleito. A oposição acusou o regime de fraude na contagem dos votos. Após as eleições foi obrigado a exilar-se, tendo sido assassinado em 1965 pela PIDE, em Espanha.

Parque Catarina Eufémia, na cidade de Barreiro

Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho, nasceu a 31 de agosto, em Lourenço Marques.&nbsp; É um coronel&nbsp;de artilharia português que&nbsp;foi o principal estratega do 25 de abril de 1974. Responsável pelo setor operacional da Comissão Coordenadora e Executiva do Movimento dos Capitães, elaborou o plano de operações militares do 25 de Abril de 1974. Dirigiu, além disso, as operações com outros militares, a partir do posto da Pontinha, no Regimento de Engenharia n.º 1, onde esteve em permanência desde o fim da tarde de 24 de abril até ao dia 26 de abril de 1974. Depois da revolução, foi nomeado comandante da Região Militar de Lisboa, e Comandante do COPCON. Pertenceu ao Conselho dos 20 e ao Conselho da Revolução, e é considerado um dos elementos mais carismáticos do MFA.

Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire nasceu a 25 de abril de 1942, em Vagos. e é uma das figuras de uma geração de músicos de intervenção que cantou a Revolução dos Cravos. Começa a cantar muito novo, compondo músicas para poemas de diversos autores Portugueses, Brasileiros e Franceses. Desde então canta poetas portugueses (Carlos de Oliveira, Sidónio Muralha, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, António Gedeão, Martinho Marques, José Saramago, José Fanha, Pedro Tamen, Manuel Alegre, Vitorino Nemésio, Fernando Assis Pacheco, Vasco Pereira da Costa, etc.....) Seguindo o caminho apontado por José Afonso e Adriano Correia de&nbsp;Oliveira,&nbsp;põe desde logo a sua atividade nesse campo ao serviço das causas da Educação, Democracia e Liberdade. Em 1958 participa ativamente na campanha de Humberto Delgado para a Presidência da República. m 1995 é-lhe atribuída pela Presidência da República a “Ordem da Liberdade”&nbsp;

Manuel Freire - "Eles" (um canto de emigração)

Manuel Freire compôs várias músicas de intervenção, como por exemplo a Pedra Filosofal e Eles (Um canto de emigração).

José Mário Monteiro Guedes Branco, nasceu a 25 de maio de 1942, na cidade do Porto e faleceu a 19 de novembro&nbsp;de&nbsp;2019, com 77&nbsp;anos, em Lisboa. Foi músico e compositor, tendo composto importantes músicas de intervenção e música popular portuguesa. À paixão pelas artes, José Mário Branco juntou uma forte ligação com a política. Em 1958, aos 16 anos, envolveu-se ativamente na campanha do general Humberto Delgado e acabou por tornar-se militante do PCP em 1961. Foi quando se recusou a entrar no exército português que os seus problemas começaram: após ser preso pela PIDE, decidiu fugir para França. Decisão que lhe custou quase 11 anos de exílio. Regressou ao nosso País poucos dias depois do 25 de abril de 1974 para continuar a defender tudo aquilo em que acreditara nos últimos anos.&nbsp; São obras famosas os discos&nbsp;Ser solidário,&nbsp;Margem de Certa Maneira,&nbsp;A noite, e o emblemático&nbsp;FMI, obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi proibida pelo próprio José Mário Branco de passar em qualquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública. FMI&nbsp;será, provavelmente, a sua obra mais conhecida. O seu álbum mais recente, foi lançado em 2004, com o título Resistir é Vencer,&nbsp;em homenagem ao povo timorense, que resistiu durante décadas à ocupação pelas forças da Indonésia logo após o&nbsp;25 de Abril.

Álvaro Barreirinhas Cunhal, nasceu a 10 de novembro de 1913, em Coimbra e faleceu a 13 de junho de 2005, em Lisboa. Foi um notável político e escritor português, conhecido por ser um opositor ao Estado Novo, e por ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao seu partido: o Partido Comunista Português.&nbsp;Álvaro Cunhal foi preso onze vezes, viveu oito anos na clandestinidade, passou treze anos no exílio, em França, tendo regressado a Portugal a 30 de abril de 1974, após a Revolução dos Cravos. Após o derrubamento da ditadura, depois de quase quarenta anos de luta na clandestinidade ou na prisão, pôde desenvolver a ação política nas condições de liberdade que a Revolução proporcionou. Foi Ministro sem Pasta nos primeiros quatro Governos Provisórios e eleito deputado à Assembleia Constituinte em 1975 e à Assembleia da República nas eleições realizadas entre 1975 e 1987. Foi membro do Conselho de Estado de 1982 a 1992. Álvaro Cunhal publicou várias obras literárias, com o pseudónimo de «Manuel Tiago»,&nbsp;como «Até Amanhã, Camaradas» e «Cinco Dias; Cinco Noites», entre outros.

Maria Velho da Costa nasceu a 26 de junho de 1938, em Lisboa. Viveu até aos seus 81 anos de idade, falecendo no dia 23 de maio de 2020, em Lisboa. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa e tinha o curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi casada com o sociólogo Adérito Sedas<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ad%C3%A9rito_Sedas_Nunes">&nbsp;</a>Nunes. Foi uma importante escritora, tendo sido também membro da Direção e Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, de 1973 a 1978. Além disso, foi também ajunta do secretário de Estado da Cultura do Governo de Maria de Lourdes Pintasilgo (1979) e adida cultural em Cabo Verde. Ficcionista, ensaísta e dramaturga, é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, de&nbsp;Novas Cartas Portuguesas&nbsp;(1972), um livro que se tornou um marco no nosso país pela abordagem da situação das mulheres nas sociedades contemporâneas e que viria a ser apreendido pela polícia política do antigo regime pelo seu conteúdo.

Catarina Efigénia Sabino Eufémia nasceu a 13 de fevereiro de 1928 e faleceu a 19 de maio de 1954 balaiada por dois tiros pelo tenente Carrajola, da Guarda Nacional Republicana (GNR). Catarina Eufémia foi uma ativista política e trabalhadora rural. Catarina ofereceu resistência ao regime salazarista para o Alentejo. Foi casada com António Joaquim, que era operário na Companhia União Fabril, com quem teve três filhos. O funeral de Catarina Efigénia Sabino Eufémia teve muitas celebridades que protestavam contra o homicídio. Em sua homenagem, o seu nome foi atribuído a um Parque no Barreiro.

Zeca Afonso eternizou-a no “Cantar Alentejano” “Chamava-se Catarina O Alentejo a viu nascer Serranas viram-na em vida Baleizao a viu morrer Ceifeiras na manha fria Flores na campa lhe vão pôr Ficou vermelha a campina Do sangue que então brotou Acalma o furor campina Que o teu pranto não findou Quem viu morrer Catarina Não perdoa a quem matou"

Cantar Alentejano - Catarina Eufémia

José Carlos Ary Pereira dos Santos, nasceu a 7 de dezembro de 1936, em Lisboa e faleceu a 18 de janeiro de 1984, também em Lisboa. Notabilizou-se como um grande poeta e declamador. Um dos seus marcos, é o álbum: Cantigas d'amigos. Em 1969 inicia-se na atividade política ao filiar-se no PCP, participando de forma ativa nas sessões de poesia do então intitulado "canto livre perseguido".&nbsp; Foi principalmente através da sua poesia que contribuiu para a política nacional, numa altura em que a livre expressão havia sido anulada pela ditadura salazarista e era urgente gritar pela liberdade, embora esse grito fosse, na maior parte das vezes, calado pelo regime. Entretanto, concorreu, sob pseudónimo, ao Festival da Canção da RTP com os poemas "Desfolhada" e "Tourada", obtendo os primeiros prémios. Escreveu&nbsp;As Portas Que Abril Abriu&nbsp;(1975), que revela o seu entusiasmo com a revolução de 25 de Abril de 1974 e com a militância de esquerda.&nbsp;

Tourada - Fernando Tordo & Ary dos Santos (2001)

Dedicamos este trabalho, a todos os que contribuíram e aos que continuam a contribuir para a democracia em Portugal.

António Sebastião Ribeiro de Spínola&nbsp;era de Estremoz, Santo André. Nasceu a 11 de abril de 1910 e faleceu a 13 de agosto de 1996 em Lisboa. Foi um grande militar e político português.&nbsp;Foi o décimo quarto&nbsp;presidente da República Portuguesa e o primeiro após o 25 de abril de 1974.

Estudou no Colégio Militar, em Lisboa, entre 1920&nbsp;e 1928. Em 1939&nbsp;tornou-se ajudante de campo do Comando da&nbsp;Guarda Nacional Republicana. Oficial de Cavalaria, atingiu em 1969 o posto de general. Foi governador e comandante-chefe da Guiné entre 1968 e 1973, período no qual obteve forte prestígio pessoal e se convenceu da necessidade de uma solução política para a Guerra Colonial. Em resultado do golpe militar de 25 de Abril, Spínola recebeu a rendição de Marcelo Caetano, assumiu a chefia da Junta de Salvação Nacional e, a 15 de Maio, tomou posse como Presidente da República.&nbsp;

Proclamação da Junta de Salvação Nacional

Salgueiro Maia, nasceu a 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide e faleceu a 3 de abril de 1992, em Santarém. ingressa na Academia Militar de Lisboa, passando, de seguida, para a Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Cumpre comissões de serviço em Moçambique (1967-1969) e na Guiné (1971-1973). Em 1970 é promovido a Capitão.&nbsp; o grande herói da "Revolução dos Cravos", Fernando Salgueiro Maia era um jovem capitão de 29 anos quando o Movimento das Forças Armadas lhe atribui um papel decisivo naquela madrugada em que o regime do Estado Novo seria derrubado ao fim de 48 anos de ditadura. Cumprindo o plano traçado pela Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães, Salgueiro Maia comanda a coluna militar que sai de Santarém e marcha sobre Lisboa, ocupa o Terreiro do Paço às primeiras horas do dia 25 de abril de 1974, e mais tarde comanda o cerco ao Quartel do Carmo, que terminou com a rendição de Marcelo Caetano Após o 25 de Abril, mantem-se como membro do Movimento das Forças Armadas mas recusa ser membro do Conselho da Revolução Lançou algumas obras que testemunham a importância do seu papel no 25 de abril, nomeadamente: Capitão de Abril; Histórias do ultramar e do 25 de abril e depoimentos.

Salgueiro Maia é símbolo dos capitães de Abril

(...) Foi então que Abril abriu as portas da claridade e a nossa gente invadiu a sua própria cidade. (...) As portas que abril abriu, Ary dos santos

«As Portas que Abril Abriu» - José Carlos Ary dos Santos

Melo Antunes: 25 de Abril pretendia acabar com "fascismo", e não apenas com a guerra

Mário Alberto Nobre Lopes Soares, nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de 1924 e faleceu a 7 de janeiro de 2017, na mesma cidade, com 92 anos. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1957. Desde os tempos de estudante universitário foi um ativo resistente à ditadura. Iniciou então um longo e persistente combate que o levou a estar presente e ativo na organização da oposição democrática ao salazarismo. Em 1958, pertenceu à Comissão da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República. Em resultado da sua atividade política contra a ditadura foi 12 vezes preso pela PIDE (cumprindo um total de quase 3 anos de cadeia), deportado sem julgamento para a ilha de S. Tomé (África) em 1968 e, em 1970, forçado ao exílio em França. Foi fundador do Partido Socialista, em 1973. Tendo de depois seguido uma carreira política de destaque. Em 25 de Abril de 1974, Mário Soares regressou a Portugal no dia 28, tendo chegado a Lisboa no depois chamado "comboio da liberdade". Foi Presidente da República em dois mandatos : 1986 e 1991.

Melo Antunes Ary dos Santos António de Spínola Manuel Freire Salgueiro Maia Maria Isabel Martins Margarida Tengarrinha Humberto Delgado Maria Barroso Vasco Lourenço Maria Velho da Costa Maria Teresa Horta Vieira da Silva Catarina Eufémia José Inácio da Costa Martins Mário Soares José Mário Branco Álvaro Cunhal Manuel Alegre Otelo Saraiva de Carvalho