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Contos Tradicionais do MundoLoading...
5B | EB 2e3 de Nogueira | AESASLoading...
A lebre e a tartarugaUm dia uma lebre encontrou a tartaruga e ridicularizou o seu passo lento e miudinho.
-Muito bem - respondeu a tartaruga sorrindo.
-Apesar de seres tão veloz como o vento, vou ganhar-te numa corrida.
A lebre, pensando que tal era impossível, aceitou o desafio.
Resolveram entre elas que a raposa escolheria o percurso e seria o árbitro da corrida.
No dia combinado, encontraram -se e partiram juntas.
A tartaruga começou a andar no seu passo lento e miudinho, nunca parando pelo caminho, direita até à meta.
A lebre largou veloz, mas algum tempo depois deitou-se à beira do caminho e adormeceu.
Quando acordou, recomeçou a correr o mais rapidamente que podes.
Mas já era tarde… Quando chegou à meta, verificou que a tartaruga tinha ganho a aposta e que já estava a descansar confortavelmente.
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Trabalho realizado porAfonso Martins
Lenda da Moura da Ponte de Chaves
Depois da retoma de Chaves pelos Mouros ficou alcaide do castelo um guerreiro. Este organizou o noivado entre o seu filho Abed e a sua sobrinha. A bela jovem não recusara Abed, pois nenhum dos poucos mouros que ali ficaram lhe despertara paixão.
Alguns anos mais tarde, os cristãos iniciaram a conquista da região de Chaves, tendo mesmo atacado a cidade. O alcaide e seu filho encabeçaram a resistência moura e a defesa do castelo.
Numa ocasião, enquanto apreciava os combates, a sobrinha do alcaide fixou os olhos num belo guerreiro cristão que ganhava com os seus homens cada vez mais posições no castelo. No mesmo instante, surpreendido, o guerreiro parou a ofensiva. Interpelou-a acerca da presença de uma tão bela mulher num triste espetáculo daqueles e perguntou-lhe também se estava só.
Quando a moura respondeu que vivia com o tio, alcaide do castelo, o guerreiro mandou levá-la imediatamente para o seu acampamento. A luta prosseguiu, entretanto, e o castelo acabou por ser tomado.
Contudo, a jovem moura manteve-se refém dos cristãos e passou a viver feliz com o cavaleiro que a raptara. Abed nunca lhe perdoou.
Depois da retoma de Chaves pelos Mouros ficou alcaide do castelo um guerreiro. Este organizou o noivado entre o seu filho Abed e a sua sobrinha. A bela jovem não recusara Abed, pois nenhum dos poucos mouros que ali ficaram lhe despertara paixão.
Alguns anos mais tarde, os cristãos iniciaram a conquista da região de Chaves, tendo mesmo atacado a cidade. O alcaide e seu filho encabeçaram a resistência moura e a defesa do castelo.
Numa ocasião, enquanto apreciava os combates, a sobrinha do alcaide fixou os olhos num belo guerreiro cristão que ganhava com os seus homens cada vez mais posições no castelo. No mesmo instante, surpreendido, o guerreiro parou a ofensiva. Interpelou-a acerca da presença de uma tão bela mulher num triste espetáculo daqueles e perguntou-lhe também se estava só.
Quando a moura respondeu que vivia com o tio, alcaide do castelo, o guerreiro mandou levá-la imediatamente para o seu acampamento. A luta prosseguiu, entretanto, e o castelo acabou por ser tomado.
Contudo, a jovem moura manteve-se refém dos cristãos e passou a viver feliz com o cavaleiro que a raptara. Abed nunca lhe perdoou.
Depois de restabelecido de um ferimento de guerra, voltou a Chaves disfarçado de mendigo. Certo dia, esperou que a sua prometida passasse na ponte e pediu-lhe esmola. A jovem estendeu a mão ao pedinte e, nesse momento, Abed olhando-a nos olhos, disse-lhe que ficaria para sempre encantada sob o terceiro arco da ponte. Só o amor dum cavaleiro cristão - não aquele que a levou - poderia salvá-la. Contudo, disse-lhe também que esse cavaleiro nunca viria.
Depois destas palavras, a jovem moura, que tinha reconhecido Abed, desapareceu para sempre. Abed fugiu de seguida.
Desesperado, o guerreiro cristão que com ela vivia tudo fez para a encontrar. Procurou incessantemente na ponte e até pagou para que lhe trouxessem Abed vivo para quebrar o encanto.
Mas a moura encantada da ponte de Chaves nunca mais apareceu e o cristão morreu numa profunda dor e saudade ao fim de alguns anos.
Depois destas palavras, a jovem moura, que tinha reconhecido Abed, desapareceu para sempre. Abed fugiu de seguida.
Desesperado, o guerreiro cristão que com ela vivia tudo fez para a encontrar. Procurou incessantemente na ponte e até pagou para que lhe trouxessem Abed vivo para quebrar o encanto.
Mas a moura encantada da ponte de Chaves nunca mais apareceu e o cristão morreu numa profunda dor e saudade ao fim de alguns anos.
Trabalho realizado por:
Bianca Marques
Bianca Marques
As 12 Bailarinas Princesas (conto alemão)
Era uma vez um rei que tinha doze filhas muito lindas, que dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto. Quando iam para a cama, as portas do quarto eram trancadas com a chave por fora. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém conseguia descobrir como acontecia isso. Então, o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse descobrir o segredo, e saber onde as princesas dançavam de noite, casaria com aquela que quem mais gostasse e seria o herdeiro do trono. Mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e três noites, e se não o conseguisse, seria morto. Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à noite levaram-no para o quarto ao lado daquele onde as princesas dormiam nas suas doze camas. Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar, e para que nada se passasse sem ele ouvir, deixaram-lhe aberta a porta do quarto. Mas o rapaz daí a pouco adormeceu, e quando acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite, porque as solas dos seus sapatos estavam cheias de buracos. O mesmo aconteceu nas duas últimas noites seguintes e por isso o rei ordenou que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros, mas nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma maneira. Ora, um ex-soldado, que tinha sido ferido em combate e já não mais podia guerrear, chegou ao país.
Era uma vez um rei que tinha doze filhas muito lindas, que dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto. Quando iam para a cama, as portas do quarto eram trancadas com a chave por fora. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém conseguia descobrir como acontecia isso. Então, o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse descobrir o segredo, e saber onde as princesas dançavam de noite, casaria com aquela que quem mais gostasse e seria o herdeiro do trono. Mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e três noites, e se não o conseguisse, seria morto. Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à noite levaram-no para o quarto ao lado daquele onde as princesas dormiam nas suas doze camas. Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar, e para que nada se passasse sem ele ouvir, deixaram-lhe aberta a porta do quarto. Mas o rapaz daí a pouco adormeceu, e quando acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite, porque as solas dos seus sapatos estavam cheias de buracos. O mesmo aconteceu nas duas últimas noites seguintes e por isso o rei ordenou que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros, mas nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma maneira. Ora, um ex-soldado, que tinha sido ferido em combate e já não mais podia guerrear, chegou ao país.
Um dia, ao atravessar uma floresta, encontrou uma velha, que lhe perguntou aonde ia. E ele responde. “Quero descobrir onde é que as princesas dançam, e assim, mais tarde, vir a ser rei.” E a velha disse: “Bem isso não custa muito. Basta que tenhas cuidado e não bebas vinho que uma das princesas te trouxer à noite. Logo que ela se afastar, deves fingir estar dormindo profundamente. Dando-lhe uma capa, acrescentou-lhe: “Logo que puseres esta capa, vai se tornar invisível e poderás seguir as princesas para onde quer que elas forem.” “Quando o soldado ouviu estes conselhos, foi logo ter com o rei, que ordenou lhe fossem dados ricos trajes. Quando veio a noite, conduziram-no até o quarto de fora. Quando ia deitar-se, a mais velha das princesas trouxe-lhe uma taça de vinho, mas o soldado entornou-a toda sem ela o perceber. Depois estendeu-se na cama, e daí um pouco pôs-se a ressonar como se tivesse dormindo. As doze princesas puseram-se a rir, levantaram-se, abriram as malas, e vestindo-se esplendidamente, começaram a saltitar de contentes, como se já preparassem para dançar. A mais nova de todas, porém, subitamente preocupada, disse: “Não me sinto bem. Tenho a certeza de que nos vai suceder alguma desgraça. “A mais velha replicou: “Tola! Já não te lembras de quantos filhos de rei nos têm vindo espiar sem resultado? E quanto ao soldado, tive o cuidado de lhe dar a bebida que o fará dormir. Quando todas estavam prontas, foram espiar o soldado, que continuava a ressonar e estava imóvel. Então julgaram-se seguras, enquanto a mais velha foi até a sua cama e bateu palmas. A cama enfiou-se logo pelo chão abaixo, abrindo-se ali um alçapão. O soldado viu-as descer pelo alçapão, uma atrás das outras. Levantou-se, pôs a capa que a velha lhe tina dado, e segui-as. No meio da escada, inadvertidamente, pisou a cauda do vestido da princesa mais nova, que gritou às irmãs “Alguém me puxou pelo vestido!”. “Que tola!”, disse a mais velha. “Foi um prego da parede.”
Lá foram todas descendo e, quando chegaram ao fim, encontraram-se num bosque de lindas árvores. As folhas eram todas de prata e tinham um brilho maravilhoso. O soldado quis levar uma lembrança dali, e partiu um raminho de uma das árvores. Foram ter depois a outro bosque, onde as folhas das árvores eram de ouro; e depois a um terceiro, onde as folhas eram de diamantes. E o soldado partiu um raminho em cada um dos bosques. Chegaram finalmente a um grande lago; à margem estavam encostados doze barcos pequeninos, dentro dos quais doze príncipes muito belos pareciam à espera das princesas. Cada uma das princesas entrou em um barco, e o soldado saltou para onde ia a mais moça. Quando iam atravessando o lago, o príncipe que remava o barco da princesa mais nova disse: “Não sei por que é, mas apesar de estar remando com quanta força eu tenho, parece-me que vamos mais devagar do que costume. O barco parece estar hoje muito pesado. “Deve ser do calor do tempo.” disse a jovem princesa. Do outro lado do lago ficava um grande castelo, de onde vinha um som de clarins e trompas. Desembarcaram todos e entraram no castelo, e cada príncipe dançou com a sua princesa; o soldado invisível dançou entre eles também, e quando punham uma taça de vinho junto a qualquer das princesas, o soldado bebia-a toda, de modo que a princesas, quando a levava à boca, achava-a vazia. A mais moça assustava-se muito, porém a mais velha fazia-a calar. Dançaram até às três horas da madrugada, e então já os seus sapatos estavam gastos e tiveram que parar. Os príncipes levaram-nas outra vez para o outro lado do lago, mas desta vez o soldado veio no barco da princesa mais velha - e na margem oposta despediram-se, prometendo voltar na noite seguinte.