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A Lua de janeiro

by Judite Maria Teixeira

Pages 4 and 5 of 35

A lua de janeiro
Texto de Rosário Alçada Araújo. In. Brincar às escondidas e outras histórias da Mãe Natureza. 
Sala Arco Íris do JI de Ronfe

2023
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Há muitos, muitos anos, quando o mês de janeiro chegou à Floresta Verde, os animais começaram a ficar impacientes. Estavam fartos de noites tão longas! E por mais que o Mocho Sabichão lhes explicasse que os dias já haviam começado a crescer, sentiam-se inconsoláveis!
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- Não falta muito para o sol ficar connosco até mais tarde! - dizia ele, com toda a ciência e sabedoria.
Quem não estava pelos ajustes era a Ovelha Anafada:
- o inverno bem que podia ser um pouco mais simpático...- comentava, muito irritada.
- Não seja injusta, Dona Ovelha! O inverno traz a água da chuva, a neve, os serões passados junto ao calor da fogueira e, principalmente, oferece-nos uma prenda muito especial: o primeiro dia do ano! Já pensou na sorte que temos por poder viver cada dia e aproveitar ao máximo tudo o que a Mãe Natureza oferece? - disse a Cotovia Josefa, que era sem dúvida a mais otimista da floresta.
O que os animais não sabiam era que no meio de toda esta conversa, ali mesmo, por detrás de um sobreiro, o inverno escutava com muita atenção as suas queixas e, preocupado com o que se estava a passar, magicava já uma solução para que ninguém estivesse triste.
Mas que havia o inverno de fazer?
Ir embora não podia, pois o seu trabalho era necessário para alimentar a floresta; também não era possível chamar o Sol para aparecer mais cedo do que fora combinado, pois sabia que ele estava a trabalhar noutros lugares da Terra.
Que fazer então para que a Floresta Verde e o coração dos seus animais ficassem um pouco mais iluminados?
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