Adaptação livre, a partir do texto dramático 
“Leandro, Rei da Helíria”, de Alice Vieira, 
escrita e interpretada pela turma 7.ºC

A Detetive Leitora

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Àquela que, por palavras, mais amor demonstrasse, seria dado o seu reino, que a prova começasse! De Amarílis e Hortênsia, ouviu o que queria ouvir, palavras de amor tão belo que não estavam a sentir! Por fim, chamou Violeta, que usou a ideia do sal,&nbsp; mostrando-lhe o seu amor, mas o rei, furioso, levou isso mesmo a mal! - Como te atreves, está louca? - Pai, tu não me entendeste! - Já não és minha filha,&nbsp; para mim, hoje morreste!

E assim tristemente terminou o primeiro ato de dois. - Conte-nos já, Detetive Leitora, o que aconteceu depois! &nbsp; Reginaldo, corajoso, enfrentou o rei, dizendo: - Casarei com Violeta, no meu reino, ficai sabendo! &nbsp; O rei dividiu o reino para as filhas que o enganaram, &nbsp;e, por sua ordem, no reino, Violeta foi nome que não mais pronunciaram! &nbsp; Ficaria o rei, assim pediu: - Seis meses, no reino do Norte, &nbsp;e, no Sul, os outros seis! &nbsp;Estou feliz com a minha sorte!

Violeta, com muita calma, sem fúria, disse ao seu pai: - Só falta o sal, senhor! – e o rei disse: “Ai, ai!” - O que dizeis? Sem sal? Quem sois? Dizei-me já! - Sou a Violeta, tua filha, e trouxe-te assim até cá! - Percebeste agora a injustiça? - Sim, filha, que tanto amava!&nbsp; &nbsp;Como pude ser tão injusto? &nbsp;O Bobo bem me alertava! - Agora tudo passou,&nbsp; a lição deu-ta a vida! Darás conselhos neste reino. Abraça-me, estou comovida!

E tu, bobo, sempre ao seu lado, nunca o meu pai abandonaste, serás recompensado, amigo, como tu nunca sonhaste! &nbsp;Faltava apenas um pedido… - E podemos cantar vitória?&nbsp; &nbsp;Claro! Javali com sal, para o rei! &nbsp;Terminada está a nossa história! FIM

- Disse ao Bobo mil coisas &nbsp;que o vão fazer vir cá: &nbsp;Bobo, vais gostar do meu reino,&nbsp; toda a gente bem te tratará! Ao Bobo tinha falado sobre o reino onde habitava, sem injustiças e com liberdade, Sem violência, reino que amava! - Em toda a parte há só desgraça! – &nbsp;era a ideia que o rei tinha, enquanto o Bobo perguntava: - Para esse reino, como se caminha? Explicado todo o caminho pelo bom pastor, Segismundo,&nbsp; Reginaldo e Violeta&nbsp; abriram o palácio ao mundo!

As portas foram abertas,&nbsp; para o povo das redondezas, com comida para todos…&nbsp; Que não faltassem as mesas! Cheirava que era um regalo, fazendo ao rei lembrar, o seu reino da Helíria, onde já não podia estar! Reginaldo e Violeta, no destino confiando, aguardavam pelo rei e pelo seu bobo entrando. Sem lhes revelar quem eram… Cego estava o rei e triste&nbsp; a Reginaldo dizendo: - A Helíria ainda existe!&nbsp;

Tinha o rei três belas filhas com nomes de flores tão belas,&nbsp; Violeta, Hortênsia, Amarílis, eram estes os nomes delas! Honesta nos sentimentos, Violeta amava o pai,&nbsp; vítima de injustiça, expulsa, do seu reino sai! Era a filha mais nova, casar-se em breve pretendia, com o bom príncipe Reginaldo a quem o coração pertencia!

Mas as mais velhas, cruéis, e com muita hipocrisia, diziam palavras belas ao rei e este feliz com o que ouvia! Estavam noivas as malvadas, Simplício e Felizardo os eleitos: o primeiro nada dizia, o segundo só queria proveitos… Na tal sala do banquete, à mesa todos sentados. Tudo por causa do sonho,&nbsp; os deuses a mandar recados… O rei assim entendia e decidiu descobrir que filha mais o amava para o futuro decidir…

Isso e – Eu sou o rei -&nbsp; enquanto o Bobo pensava que aquela cara já vira e com um bom prato sonhava! Cheirava a flores, tanta violeta! E, ouvindo a doce voz, sentiram algo familiar, confusos, mas já não sós! Reginaldo contou ao rei tudo quanto da história sabia, das guerras entre as duas filhas que o rei negava ter tido um dia… - Como soubera? Quem lhe dissera?-&nbsp; o bobo amigo assim pensava… - Briolanja ou o Pastor! - era do que desconfiava!

Negou o bom pastor… - Ao banquete vamos agora! –&nbsp; Espantado, o Bobo, mas contente: - Se é assim, seja sem demora! - Levado o rei ao banquete, Violeta o recebeu, prometendo que comeria o melhor do reino seu! Até veio Briolanja,&nbsp; cozinheira das melhores, para que o banquete fosse o melhor dos arredores! Javali, borrego e truta Ao rei tudo desagradou, iguarias especiais… Mas que o rei tanto detestou!

Aqui entrará um pastor, a personagem encontrada, a quem o rei disse que era rei, mas ele não acreditou em nada! - Pois eu sou o rei de copas! - zombando assim, ria o pastor, mas ouviu a longa história do rei e do seu bobo protetor! Ficou o pastor a pensar na história da comida e do sal, dizendo que a mulher, Briolanja, às vezes, falava em tal! - E quanto à outra? A do sal? - perguntou ao Bobo, o pastor. - Violeta não nos aceitaria! – respondeu o bobo com dor!

- Isso não sabes, experimenta! - Mas o rei não quererá! &nbsp;- Nada dirás ao teu rei… - Mas eu não sei onde ela está! Godofredo Segismundo, o pastor, assim dizia: - Violeta, é ele, o seu pai! Dou-vos essa garantia! Dizia, dizia e muito insistia… Mas não acreditava, a bela princesa: - Não o trouxeste, onde está o meu pai? Como podes, Godofredo, ter essa certeza? - Pois dele faláveis a toda a hora… Pois sempre esperáveis novidades, pedindo sempre, lembrai vós: - Não lhe revelem as nossas identidades!

Leandro era o rei, agitado se mostrava, no reino da Helíria, era ele quem mandava! No palácio da Helíria, terra só na ficção, conversava com o bobo sobre a sua perdição! Mas à história já lá vamos, ainda nem me apresentei. &nbsp;Sou a Detetive Leitora, &nbsp;Que traz a história de um rei! “Leandro, rei da Helíria” Alice Vieira escreveu, texto dramático assim queria ter escrito eu!

Foi um sonho tremendo, que estragara o seu dia. Coroa, manto e cetro,&nbsp; Tudo no sonho lhe fugia… E, nesse sonho, ainda havia um riso bem malvado, e isto contava, o rei, ao seu Bobo dedicado! Mas ele não ouvia o que o Bobo aconselhava… É o poder da teimosia! E na sala de banquete escolheu, triste, esse dia…

Apenas queria em troca em cada palácio mesa e cama. Afinal, tudo lhes dera, mas será que alguma o ama? - Não me parece nada mal! - Felizardo pronuncia…&nbsp; - Tiraste-me as palavras da Boca!- o que Simplício sempre dizia!&nbsp; Nenhuma das filhas escolhidas queria o velho pai consigo… &nbsp;E não demorou muito tempo, até ser mais um sem-abrigo! Ouvia do Bobo as verdades… Bobo fiel, nunca o abandonou; repetindo a frase, o expulso rei: - O rei da Helíria eu sou!

- Já não és nada, pobre rei,&nbsp; já não dás ordens, não és ninguém, nem comida encontrarias,&nbsp; e tudo por tua culpa, sabes bem! - Sou Leandro, rei da Helíria, os olhos cegaram de tanto chorar, pobre mendigo, cansado, meu Bobo, só te tenho a ti para me guiar! - Que história triste! - E a Violeta onde está? - E, se ao reino de Reginaldo, chegassem rei e bobo numa bela manhã? A Detetive Leitora&nbsp; também faz suposições,&nbsp; mas descobrir factos é a maior das missões!

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