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Biblioteca Padre ArmindoPROVÉRBIOS
CARNAVAL
Carnaval na rua: Páscoa em casa.
Carnaval na eira, Páscoa à lareira.
Fartar, gatos, que é dia de Entrudo.
Em dia de Entrudo não há querela. (Açores)
Do Carnaval à Páscoa vão sete semanas.
Alegrias entrudo, que a amanhã será cinza.
Entrudo borralheiro, Páscoa soalheira.
É carnaval ninguém leva a mal.
Do Natal ao Entrudo é um mês que nem um burro e, quem bem contar, sete semanas lhe há de achar.
Dos Santos ao Natal, cada dia mais mal; do Natal ao Entrudo, come capital e tudo.
PROVÉRBIOS
CARNAVAL
No Carnaval nada parece mal.
Não há Entrudo sem Lua Nova nem Páscoa sem Lua Cheia.
Quer no começo, quer no fundo, em fevereiro vem o Entrudo.
Esta vida são dois dias. O Carnaval, são três.
No Entrudo come-se tudo.
Não há Entrudo sem Lua Nova nem Páscoa sem Lua Cheia.
No Natal, fiar; no Entrudo, dobar; na Quaresma, tecer; e na Páscoa, coser.
No Natal semeia o alhal, mas se o quiseres cabeçudo, fá-lo no Entrudo.
PROVÉRBIOS
FEVEREIRO
Quando não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom palheiro.
Neve de fevereiro, presságio de mau celeiro.
Aveia de fevereiro, enche o celeiro.
Fevereiro quente traz o diabo no ventre.
Fevereiro chuvoso faz o ano formoso..
Fevereiro chuvoso faz o ano formoso..
Tanta chuva pelas candeias (Nª Sª das Candeias, dia 2), tantas abelhas para as colmeias.
Em fevereiro chuva, em agosto uva
PROVÉRBIOS
FEVEREIRO
Chuva de Fevereiro vale por estrume.
Em fevereiro neve e frio, é de esperar ardor no estio.
Fevereiro quente, não o vejas tu nem o teu parente.
Em fevereiro, ergue-se o centeio, a aveia enche o celeiro e a perdiz afaz-se ao poleiro.
Em fevereiro enche a velha o fumeiro.
Fevereiro chuvoso faz o ano formoso.
Se a Senhora chorar, o Inverno está pra acabar, se rir, a Primavera está pra vir
Fevereiro enxuto rói mais pão do que quantos ratos há no mundo.
Depus a Máscara
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa