O Leão Medroso e a Arnica

&nbsp;-Tem calma, amigo! Eu estou contigo para te ajudar e para te defender. Sabes que, apesar de eu ser um simples gato pequeno em tamanho, sou o famoso Gato das Botas com poderes para te socorrer de todos os perigos! Não te deixo desistir! Vamos, anima-te! - Mas… se encontrarmos o tal urso o que faremos? – perguntou o Leão Medroso cheio de dúvidas.

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Então, decidiu aconselhar-se com o Dr. Xoxó, um panda muito paciente, pachorrento, inteligente e único médico da vizinhança, que lhe sugeriu que fosse à Aldeia dos Brinquedos onde encontraria a planta da cura, Arnica, para salvar a sua mãe.

O Leão Medroso e o Gato das Botas admiravam toda a beleza daquela Aldeia e todas as figuras que por ali andavam, mas, de repente, o espelho mágico que estava na esquina de um cruzamento da avenida da Cinderela com a avenida do Pinóquio, mostrou-lhes que atrás deles um urso enorme preparava as garras para os atacar. O Gato das Botas virou-se e disse para o Leão: - Corre, Leão, no jardim do Gumball encontras a planta da cura, enquanto isso eu trato deste urso medonho! Já vou ter contigo à porta de saída da Aldeia.

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Certo dia, numa terra distante, o Leão Medroso, fugido de um circo onde tinha sido maltratado, por isso, tinha medo de tudo, andava muito preocupado, pois a sua mãe tinha adoecido.&nbsp;

Já livres de perigo e com a planta da cura, regressaram à terra distante do Leão e, lá do alto do monte, ecoaram, em conjunto as vozes dos dois amigos, miando e rugindo “E colori colorado, este conto está acabado!”

Ficha Técnica Título: O Leão Medroso e a Arnica Autores e Ilustração: Alunos do 5.ºD Ano Letivo: 2020-2021 Coordenação: Prof.ª Ana Barqueiro &amp; Prof.ª Rita Lindo Colaboração: Prof.ª Clara Costa Edição: Prof.ª Carla Varandas

Numa noite escura e húmida, o Leão Medroso saiu sorrateiramente da caverna, despedindo-se da sua mãe com um urro ternurento. Seguiu pelo caminho pedregoso e escorregadio que corria ao longo de um riacho de águas cristalinas, assustando-se com todos os barulhos.

O Gato das Botas fintava, dava saltos altíssimos, executava passos de dança e o urso procurava atingi-lo, mas nunca conseguiu. Este bailado durou o tempo suficiente até o Gato das Botas conseguir esgotar as forças do urso e este caiu por terra com o pontapé fatal das botas poderosas do Gato. 

A Aldeia dos Brinquedos ficava no meio de um vale verdejante, florido e encantador, protegida por uma muralha enorme de legos. Tinha uma porta de entrada guardada por soldadinhos de chumbo, carros de combate telecomandados, bonecas de porcelana e as Barbies desfilavam pelas avenidas largas e cheias de árvores cujas flores perfumavam o ar com tanta intensidade, provocando uma sensação de sonolência que até apetecia descansar na casinha dos 7 anões em forma de cogumelo.&nbsp;

A caminho da Aldeia dos Brinquedos, o Leão encontrou o seu velho amigo, o Gato das Botas, a quem contou tudo o que estava a acontecer e para onde seguia. Este resolveu acompanhar o seu amigo Leão e ajudá-lo na sua missão, mas sabia que não iria ser fácil, por isso avisou-o: -Temos de ter muito cuidado!&nbsp;

- A minha arma principal são as botas, não te preocupes! Elas fazem-me correr mais rápido do que o vento e o urso não tem velocidade para me acompanhar! - Então, vais lá tu sozinho buscar a planta! Eu fico à tua espera à entrada da aldeia, porque eu não tenho botas especiais, o que achas? – sugeriu o Leão Medroso. - Não, não, tens de vir comigo! Enquanto tu colhes a planta da cura, eu divirto-me a valer com o urso! - Está bem, se me garantes isso, vamos continuar! De qualquer modo, ainda não consigo imaginar como te vais divertir com o urso que tem o triplo ou o quadruplo do teu tamanho! - Não te preocupes, amigo. A estratégia é minha para tu poderes cumprir a tua missão. – sossegou-o.

-Um urso feroz infiltrou-se na Aldeia dos Brinquedos e, como sabe que ela é muito visitada por causa dessa planta, ele ataca e prende todos os animais para os vender para o circo, ganhando assim muito dinheiro! - Que horror! Vou voltar para trás! Eu e a minha mãe fugimos de um circo e não quero ser apanhado para regressar a um sítio onde fui muito infeliz e deixar a minha mãe sozinha! – rosnou o Leão Medroso muito enraivecido.

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