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Da Nuvem à Terra

by CV

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Da Nuvem à Terra
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CONTO INFANTIL 6A
Comic Panel 1
No tempo em que os caracóis andavam com a casa às costas, havia uma velhinha muito dócil e amável que vivia numa nuvem de algodão e desejava conhecer a terra.
Certo dia, a velhinha aventureira e muito entusiasmada teve a ideia de explorar a sua nuvem até que encontrou um caminho estreito que seguiu até ao fim. O caminho ia parar a uma gruta sombria e assustadora, protegida por um enorme monstro gelatinoso que adquiria várias formas impedindo que o único meio de transporte, um balão de ar quente, fosse utilizado para deslocações à terra. 
O monstro não era tão maldoso quanto parecia! Para se utilizar o balão de ar quente, ele exigia que, simplesmente, lhe respondessem ao que ele considerava ser o mais difícil dos enigmas.
A velhinha enfrentou aquela bola gelatinosa e, sem mostrar medo, ajeitou os óculos que escorregavam até à ponta do seu nariz e, decidida, mas educadamente, pediu:
- Deixe-me passar! Tenho urgência em fazer uma viagem nesse balão até à terra. Tenho de aproveitar os poucos dias de vida que me restam para experimentar colocar os meus pés em terra dura! Estou cansada de viver nesta nuvem fofa e de observar, apenas aqui do alto, os tons de verde, amarelo, castanho e o imenso azul.
- Alto aí! – exclamou o monstro. – Tem de responder ao meu enigma para poder colocar o seu pezinho naquele balão!
- Despache-se! Pergunte o que quiser. Os anos que já tenho devem servir para alguma coisa!
- Pois, minha senhora, responda-me ao seguinte: como não tem carta de condutora de balão, como pensa manobrar esta fabulosa máquina para chegar à terra?
- O que tu não sabes é que eu tenho um amigo que por acaso sabe manobrar um balão!
- Não acredito! Vivemos numa nuvem tão pouca habitada…
Enquanto o monstro se indignava com a resposta que a velhinha lhe deu, esta fintou o monstro e conseguiu entrar no balão. Apercebendo-se do que estava a acontecer, a criatura mudou de forma e, com um dos seus tentáculos enormes, agarrou-se à corda do balão, para alegria da velhinha que assim conseguiria descer até à terra auxiliada pelo peso do próprio monstro!
Quanto mais ele tentava subir para o cesto do balão, mais velocidade atingia e, a velhinha, um pouco assustada com aquela descida vertiginosa, gritava por auxílio e, de repente, o balão estatelou-se num terreno, mais propriamente, num chiqueiro onde chafurdavam uns porquinhos anões, com patinhas muito atarracadas e cujas barrigas gordinhas quase chegavam ao chão, grunhindo aterrorizados com a chegada daquela máquina assustadora!
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