Alice na Terra das Plantas

- ALICE, Alice, ACORDA!!! - AHHHHH!! – gritou Alice, acordando sobressaltada. - O que se passa? – perguntou a menina.

- Estavas a dormir, mas a nossa hora de almoço está a acabar, temos de voltar para a aula de ciências. – disse uma das suas amigas que a tinha acordado. Estava de volta e rapidamente percebeu que tudo não tinha passado de um sonho. Então, Alice voltou para a sala de aula e com a ajuda da sua professora explicou aos colegas a importância de cuidarmos do nosso planeta, da natureza e as consequências de não o fazermos.

- Onde é que eu estou?? – perguntou ela, a si mesma, ao ver que não reconhecia o local onde tinha ido parar através da gruta. De repente, Alice ouviu uma voz atrás dela.

- Estás na A Terra das Plantas! Mas, quem és tu e o que fazes aqui? – ao virar-se Alice deu de caras com um coala que se apresentou e disse que se chamava Aníbal. - Eu sou a Alice, vim aqui parar através de uma gruta. Mas, espera, disseste que este sítio se chama A Terra das Plantas? É que não há nenhuma planta, nem árvores, nem flores. É tudo tão deserto, sem cor, sem vida!

- Mas isso é muito triste! Como é que as pessoas foram capazes de fazer uma coisa dessas?? – perguntava preocupada Alice. - Tudo começou quando decidiram que as crianças não deviam perder tempo a aprender sobre poluição, alterações climáticas e todos esses assuntos. Isso fez com que as pessoas começassem a não se preocupar com o mundo; os seus pequenos gestos de despreocupação pela natureza transformaram-se em grandes atos recorrentes. Olha à tua volta e poderás ver o resultado de tudo isto. – explicou Aníbal.

Era uma vez uma menina chamada Alice. Um dia, estava ela na sua aula de ciências, a observar uma experiência com sementes de plantas e guardou algumas na mão.

Mais tarde, durante a sua hora de almoço, Alice descansava sobre a relva macia da escola enquanto pensava no seu próprio mundo, onde não existiam preocupações nem problemas. De repente, passou por ela um pequeno urso polar caminhando lentamente, quase sem forças.&nbsp; - Mamã...Papá?? – perguntava ele repetidamente. - Espera urso, o que se passa? – perguntou Alice. - Viste a minha mamã ou o meu papá?? – perguntou ele enquanto entrava numa gruta que Alice nunca tinha visto ali antes.

Texto escrito por estudantes do Clube Europeu de Almeirim. Participações de alunos da turma E - 10º ano - Afonso, Alexandra, Ana, Catarina, Íris, Leonardo Vacarean, Patrícia, Rodrigo O nosso agradecimento à professora Margarida Marques pela incrível colaboração.

Alice na Terra das Plantas

A menina seguiu o urso, mas a gruta foi-se tornando cada vez mais escura, até que o perdeu de vista. URSOOOOO... URSOOOO, onde estás tu? – Alice gritava a plenos pulmões, e sem obter resposta continuou a andar chegando eventualmente ao fim da gruta.&nbsp;

- Pois, eu sei, outrora este foi um lugar cheio de vida e cor, cheio de plantas de todos os tipos que possas imaginar. – continuou o Aníbal, tristemente. - Então o que é que aconteceu? – Alice estava cada vez mais confusa com aquele estranho lugar

- As pessoas que aqui vivem deixaram de se importar com as condições do seu mundo, deixaram de cuidar das plantas, e agora poucas são aquelas que existem. Isto é um grande problema já que são as plantas que produzem o oxigénio necessário para sobrevivermos. – explicou Aníbal.&nbsp; - Ena, isso é mesmo mau! - comentou Alice. - Sim, mas ainda há mais!&nbsp; - MAIS? – questionou Alice.

- Sim, minha querida menina, as plantas foram só o começo. - Aníbal continuava a sua explicação enquanto caminhavam pelo que antigamente fora uma floresta. - As pessoas deixaram de se preocupar com a poluição e fizeram muitos estragos no meio ambiente. Por exemplo, aquele urso polar que seguiste até aqui anda à procura dos seus pais, pois o bloco de gelo onde viviam separou-se em dois devido ao aquecimento global e agora andam perdidos uns dos outros. - concluiu o coala.

Quando aquele estranho animal terminou de contar a história do sítio onde tinha ido parar, Alice estava apavorada com tudo o que tinha ouvido. - Eu não quero estar mais aqui, quero ir embora! As pessoas aqui são egoístas e não pensam naquilo que fazem. – disse a menina. - Calma, tu pertences aqui, também queres um mundo em que não te tenhas de preocupar com nada, não é verdade? – questionou Aníbal. &nbsp;- Não, eu mudei de ideias, recuso-me a viver sem cor, sem alegria, sem todas as plantas e animais do mundo. – disse Alice preocupada com o seu mundo.

A professora pediu que lessem um texto sobre a poluição do mundo e alterações climáticas. - ALICE, não estás a tomar atenção! – ralhou-lhe a professora. &nbsp;- Isto muito aborrecido! – queixou-se Alice. Não interessa a ninguém! - Isso não é verdade, estes assuntos são muito importantes, principalmente para os mais jovens! – insistiu a professora. - No meu mundo não lhe daríamos tanta atenção, esses problemas são muito chatos. – respondeu Alice.

Até que, tal como tinha acontecido à placa de gelo em que o urso polar morava, o gelo onde estava começou a dividir-se em pequenos pedaços. Subitamente, a menina caiu e do seu bolso soltaram-se as sementes que observava na aula de ciências...

E, sem mais nem menos, Alice começou a correr sem direção, tentando fugir daquele lugar sem vida e voltar para casa. Perdida, cansada e sem saber para onde ir, Alice dirigiu-se para um pequeno lago, no meio da floresta, que tinha congelado graças ao frio que fazia naquela parte de A Terra das Plantas. Então, decidiu sentar-se no gelo para descansar um pouco...

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