Livro digital elaborado no âmbito do projeto eTwinning " Viagens Lusas de Escrita Criativa" (2020/2021)

Curtas com história(s)

Craft paper border

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Sinceridade Humildade Confiança

Marble

Misc texture 1

Julieta, vendo o marido destroçado no chão, correu na sua direção e, carinhosamente, ajudou-o a voltar para dentro da loja. Foi então que Henry percebeu que já não se podia agarrar mais ao passado do seu guarda-chuva. E assim a vida dos dois continuou, mais felizes e unidos que nunca. Esta linda história de amor prova que não se deve julgar o livro pela capa e que as pessoas são mais do que aparentam.&nbsp;

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Paper stack border

Ao deparar-se com uma beleza tão fascinante, o rapaz parecia ter entrado num mundo à parte, quase mágico. Tudo parecia irreal e puro, as cores vivas e cheias de brilho,&nbsp;como se nunca tivesse estado em contacto com a natureza. Ainda mais curioso, o rapaz segue o caminho pelos campos de flores brancas e perfumadas. Entretanto, apercebe-se de uma bela borboleta amarela&nbsp;que pousava numa das flores. Nunca tinha visto uma borboleta tão bela! Absorvido com tanta delicadeza e perfeição, corre atrás da borboleta que o leva&nbsp;até uma paisagem completamente diferente:&nbsp;árida, seca, triste e sem cor.&nbsp;&nbsp; Morta! Sobe o&nbsp;monte, no qual&nbsp;vê&nbsp;um&nbsp;único e&nbsp;pequenino sinal de vida, uma frágil flor, cujas folhas verdes&nbsp;estão murchas e sedentas. Também ele está morto por dentro. Rapidamente,&nbsp;decide voltar ao rio para ir buscar água.&nbsp;&nbsp; No caminho, reencontra o besouro, tropeçando nele sem sequer o ver, o que deixa o besouro aliviado. Corre para as margens do rio e com as suas mãos recolhe água. Retorna à flor e rega-a. Imediatamente, a flor ganha ânimo e o rapaz regressa ao rio. Sucessivamente faz este percurso e rega a flor, tantas vezes quanto as necessárias para esta se tornar numa flor&nbsp;branca e amarela&nbsp;gigante.

Ruled paper

<a href="bookcreator://page/k-gvNfbhQB-kU6Fn6JDaVg">1- A Maior Flor do Mundo</a>

<a href="bookcreator://page/u2oaCGBAS0qhJTX9W3bpHw">2 - </a><a href="bookcreator://page/DFCgd7B4Seq9R9aPbnBgeQ">Piper</a>

3 - <a href="bookcreator://page/1kRkPhObTOqBOUmHdksrTw">El Vendedor de Humo</a>

4 - <a href="bookcreator://page/mqCdNA5ATPGlpBFu-jnWjQ">História trágica com final feliz</a>

5 - <a href="bookcreator://page/Xy0lp-nSRrSHXtZ69fUlxw">La Luna</a>

6 - <a href="bookcreator://page/6KIyHEO6RP2f6bMgffFrOA">Umbrella</a>

7 - <a href="bookcreator://page/6KIyHEO6RP2f6bMgffFrOA">Umbrella</a>

<a href="bookcreator://page/yxwrg7YgRb2B8vons1SR6A">8 - Fragmentos</a>

Watercolor texture 3

UMBRELLA | *Award- Winning and Oscar® Qualified CGI Animated Short Film

Stars pattern

Estava eu entretido com estes pensamentos, quando vindo do nada, um enorme e brilhante clarão iluminou toda a escuridão. - Que lindo! Nunca vi nada assim. – afirmei boquiaberto. Era a Lua Cheia que esperava pela nossa ajuda para se tornar Quarto Minguante. - Chegámos ao destino. – declarou o meu pai, pegando numa escada. O meu pai deu-me a âncora e enrolei a corda que a prendia ao meu corpo e, degrau a degrau, subi a escada. Já no topo, senti-me incomodado. A falta de gravidade fez-me perder o equilíbrio e comecei a flutuar. A âncora foi atraída pelo magnetismo das estrelas. Prendi a âncora num sítio escarpado e, de repente, vi uma luz a mover-se e aterrou na Lua mais uma estrela cadente. Tantas para limpar! Pouco tempo depois, o meu avô e o meu pai estavam junto de mim. O meu pai retirou da arrecadação o material de limpeza, pegou na vassoura e começou a exemplificar para eu aprender. - Pegas no cabo da vassoura, uma mão por baixo, outra por cima, agarras com firmeza e começas a empurrar. Vá lá, faz agora, tu?

A chuva caía com força. À janela do sótão do orfanato encontrava-se Henry com uma expressão triste e vazia, desenhando, com os seus pequeninos deditos, o seu pai consigo pela mão. Nesse momento, estaciona, na rua, um carro onde vinham Julieta, uma menina de olhos cor do céu, deslumbrantes e radiosos, e a sua mãe Raquel. Esta, a custo, convencera a filha a doar alguns dos seus brinquedos. Henry vê o guarda-chuva amarelo de Raquel e a sua expressão ilumina-se, como se tivesse aparecido o sol por entre as nuvens. Desce apressadamente para o andar de baixo. Enquanto isso, Julieta entra no orfanato com curiosidade e segue a mãe que abre a caixa dos brinquedos e os distribuí pelas crianças entusiasmadas, deixando a menina mais animada, mas, esta, de repente, repara que o seu guarda-chuva desapareceu.

Dotted paper

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Escola EB 2,3 Dr. António da Costa Contreiras Armação de Pera

ESCOLA EB 2,3 dR. JOAQUIM MAGALHÃES fARO

Resolveu ir procurar conforto para curar o seu coração e a sua tristeza. Mas ainda ficou pior, pois quando chegou a casa, os seus pais, ocupados de mais, não lhe deram a atenção que Josefina necessitava. Carregando a sua tela, saiu mais magoada do que quando entrou. Embrenhada nos seus pensamentos, a menina deixou-se cair pesadamente no banco da praça. Uns minutos depois, ouviu um motor vindo do fundo da rua, o que a despertou dos seus pensamentos e reparou que se aproximava uma mota conduzida por um homem de longos cabelos castanhos que emolduravam uma cara sorridente e simpática. Quando este estacionou perto de si, viu que era o seu vizinho Mateus.&nbsp;

Pop art blue

"Piper" Alan Barillaro Disney Pixar

"Piper", de Alan Barillaro - Disney Pixar 

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&#160; &#160; &#160; &#160;Determinação &#160;Coragem&#160; Perseverança

Vamos responder ao desafio do narrador e recontar, com palavras nossas, esta bela história. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O filme começa com um singelo besouro, executando a sua árdua tarefa, enquanto é observado pelo narrador, um senhor de idade, parecido com o autor da história, José Saramago.&nbsp;Este nosso narrador gosta de observar a natureza e anotar os resultados das suas observações num pequeno caderno. Só deixa a sua tarefa quando vê um carro aproximar-se e parar à sua beira. Do interior do carro sai uma criança acompanhada por um adulto. Enquanto o adulto vai arrancar a única árvore existente na redondeza, numa vasta extensão de terra árida, nem reparando na pequena flor que crescia na sua sombra, a criança é atraída pelo pequeno besouro, que ele observa cheio de curiosidade e acaba por colocar numa caixa de fósforos. De regresso à sua casa, uma casa nova no meio de uma urbanização de luxo em construção, ele quer mostrar o seu pequeno tesouro aos pais, mas eles não lhe ligam, ocupados a replantar a árvore no seu minúsculo quintal.

desaparecer. Muito pelo contrário! No preciso momento em que a menina saiu, ele viu o seu pai com o guarda-chuva amarelo aberto em frente à sua loja. - Pai! – pronunciou atônito. Saiu disparado da loja para ir ao seu encontro. Afinal, era aquele o momento que esperou toda a vida - o reencontro! A sua avançada idade e a ansiedade do reencontro não o ajudavam a alcançar o seu maior desejo, naquele preciso momento apercebeu-se que tudo aquilo não tinha passado de uma ilusão. Caiu desamparado no chão... Ajudado pela esposa, levantou-se e regressaram ambos à loja, onde juntos continuariam a viver boas recordações repletas de muito amor e carinho. Vitória, vitória, acabou-se a história!

O menino abre a caixa para ver melhor o seu besouro, mas este, aproveitando a sua distração, escapa-se, voando por cima do muro do quintal. O menino é&nbsp;impelido a segui-lo. Primeiro espreita por cima do muro, por onde voou o inseto, e observa a destruição da natureza que as máquinas fizeram. O terreno à sua volta parecia uma sucata: máquinas enferrujadas e pedaços de madeira eram a única coisa que decoravam aquele pedaço de terra sem um único ponto verde. Depois, curioso, o menino sai do quintal e começa a sua caminhada de descoberta, chegando a um pequeno riacho. Ele segue o seu caminho ao longo da sua margem cheia de lixo e de entulho das obras e continua a perseguir o besouro até que chega a uma pequena ponte feita por um galho caído sobre a água. É então que ele observa a outra margem, onde se estende uma vasta floresta verdejante que contrasta com o terreno árido da sua urbanização. Primeiro hesita em atravessar o pequeno rio, mas a curiosidade e o fascínio são mais fortes: resolvido, passa para a outra margem e começa a sua caminhada no meio da bela floresta.

Com este projeto, os alunos foram desafiados a escrever pequenas histórias sobre as curtas-metragens exploradas nas salas de aula. Cada conto foi elaborado por duas escolas do projeto eTwinning "Viagens Lusas de Escrita Criativa".

Flash black

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Escola Básica e Secundária&#160; Dr. Ramiro Salgado

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El día del cumpleaños de Carla, sus amigos decidieron hacerle una sorpresa y se organizaron para ir a su casa, sin embargo cuando llegaron a la mansión y preguntaron por Carla, la señora a quien le pertenecía la mansión les dijo que Carla era la hija de la cocinera de la casa. Los amigos de Carla se enteraron de la verdad y estaban muy enfadados. Al cabo de un rato, Carla les pidió disculpas y ellos aceptaron, pero con la condición de que no volviera a falsear. Al final, vemos que no se debe mentir, porque siempre sale la verdad y que la mentira sólo trae infelicidad. ¡Nunca mientas a nadie para intentar parecer superior a los demás y sé siempre tú mismo!

Cansado de fazer aquele percurso,&nbsp;boceja e acaba por adormecer ali mesmo, deitado no chão seco.&nbsp;Parecendo ganhar vida e vontade própria, a flor deixa cair uma das suas pétalas, que cobre o menino como se de um cobertor se tratasse,&nbsp;o que a uma primeira vista se assemelha a uma forma de agradecimento&nbsp;pelo gesto da criança.&nbsp; Entretanto, os pais&nbsp;do menino dão pela sua falta e decidem procurá-lo.&nbsp;&nbsp;Ao longe avistam a flor gigante e seguem o seu caminho até ao local, passando pelo riacho e pela verdejante e bela floresta.&nbsp;Preocupados chamam o menino e recebem-no de braços abertos, observando espantados a flor gigante que abeirava o menino.&nbsp; E eis-nos novamente&nbsp;com&nbsp;o nosso narrador, que assume que esta seria a história que ele gostaria de contar a todas as crianças.&nbsp;Ao que parece conseguimos aceder ao seu pedido e contámos a&nbsp;sua&nbsp;história, com palavras simples e para outras crianças.&nbsp;&nbsp;Será que foi, como diz, muito mais bonita?&nbsp; Porém, não podemos deixar de nos ir embora, sem primeiro fazermos um apelo a todos vós, crianças e adultos: temos de aprender a respeitar a natureza e a preservar o ambiente.&nbsp;&nbsp; Está nas mãos de todos&nbsp;nós&nbsp;proteger-nos&nbsp;e “construir” um mundo&nbsp;belo, aprazível e saudável.&nbsp; O Mundo está nas mãos de todos nós!!&nbsp;

Determinada, decide seguir o rasto de água deixado por ele. Este leva-a para um espaço escuro e isolado onde vê Henry a guardar o guarda-chuva amarelo dentro de um armário. Julieta reclama com ele, desvia-o da porta do armário, provocando uma queda estrondosa de vários objetos que caem sobre eles. A mãe de Julieta e a diretora aparecem enquanto Julieta recupera o seu guarda-chuva, mas repara que Henry está triste e envergonhado. Entre lágrimas, ele revela a sua história. Henry conta que o seu pai fugiu com ele do seu país de origem, passaram fome e, por isso, o pai, num dia de chuva, protegidos com um guarda-chuva amarelo, deixou-o naquela instituição. Aquela era sua última memória do pai. Sensibilizada, Julieta ofereceu-lhe generosamente o seu guarda-chuva amarelo.

Curta-metragem "Umbrella" Valores: Amor Empatia Família Igualdade

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LA LUNA!

La Luna HD - Som Original Pixar

Curta-metragem "La Luna" da Pixar

VALORES: Família União Trabalho de equipa

Rainbow paper border

Érase una vez una niña que no era como sus vecinos, porque tenía un corazón que latía más rápido y más fuerte. Esta diferencia no solo le traía un profundo sufrimiento sino que también molestaba a los vecinos, que se movían lejos de la chica y actuaban como si fuera invisible. Después de un tiempo, los vecinos se acostumbran cruelmente a la diferencia, evitando a la niña tanto como sea posible en su vida diaria. Sin embargo, la indiferencia comienza a volverse insoportable y la chica quiere liberarse de su gran dolor. Así, la niña decide irse a un lugar donde nadie la juzgue y donde pueda ser más feliz.

Blue polka dot border

O meu pequeno paraíso tinha-se transformado num local cheio de perigos e de escuridão. A simples ideia de chegar perto da água paralisava-me por completo. Já não conseguia controlar as minhas pernas…parecia que elas tinham vontade própria e levavam-me sempre para longe das ondas. Já não era a rapariga sempre alegre que voava atrás dos seus sonhos. Vivi, assim, um tempo indeterminado, sempre amedrontada e triste…até ao dia em que conheci a Esperança. Sim, Esperança com E maiúsculo. Era esse o nome da minha nova vizinha. Era uma menina pequenina, com metade do meu tamanho e uns olhos enormes cheios de alegria e de luz.&nbsp;Andava&nbsp;sempre a saltitar como uma pequena ave do paraíso. Não tinha medo de nada, tudo a encantava, tudo fazia nascer as cascatas do seu riso. Foi com ela que ganhei coragem&nbsp;para&nbsp;superar o meu medo. As ondas, que pareciam ameaçadora&nbsp;e frias, escondiam afinal um mundo cheio de cores e de vida…bastava suster a respiração e abrir os olhos! Com esta menina minúscula aprendi uma grande lição: o medo não pode apagar a nossa vontade de viver e ser feliz. O perigo existe, claro, mas, com força e determinação, podemos vencer todos os desafios. O meu mundo voltou a estar cheio de luz…e de esperança!

Livro digital elaborado com os trabalhos realizados em junho de 2021

Inesperadamente, este ofereceu-lhe o que ela tanto desejara: a tão preciosa atenção e compreensão. O seu coração partido foi curado e as mágoas desapareceram. Despedindo-se com um forte e ternurento abraço, Josefina prometeu distribuir tão precioso presente, começando pelos seus pais, desanimados de tanto trabalho, até aos seus colegas, que precisavam tanto de compreensão quanto ela. Josefina descobriu que afinal um abraço tem o poder de curar os corações.&nbsp;

Era uma vez uma menina chamada Josefina. Ela era alta, de cabelos ruivos, olhos castanhos e umas grandes bochechas, o que lhe dava um ar amigável e simpático. Um dia, a Josefina, na aula de Artes, estava a pintar um coração numa tela. Ela estava feliz porque adorava pintar e desenhar. Os seus colegas aproximaram-se do seu trabalho e começaram a fazer troça. Muito magoada, pegou na tela e fugiu, saindo da escola. Ia tão distraída na estrada que ia sendo atropelada, mas muito concentrada no sucedido. Josefina tinha o coração partido, ela não entendia porque é que os seus colegas eram tão maldosos.&nbsp;

No puede soportar más el sufrimiento y decide partir sin más. No necesita equipaje porque parte sin destino. Su único objetivo es encontrar un lugar donde todos y todas la acepten. Ya se había dado cuenta que los humanos son crueles y les cuesta mucho aceptar las diferencias. En algún momento sintió que la habían tolerado, pero nunca llegaron a aceptarla por sus diferencias. Estaba convencida de que fuera donde fuera todo sería muy parecido, porque los sentimientos son universales.&nbsp; Después de mucho reflexionar, tomó la decisión de usar uno de los poderes que le habían otorgado y ponerse sus alas para volar. Las alas le darían la libertad que necesitaba y podría estar cerca de los únicos seres vivos que hasta ese momento la habían aceptado: los animales. Con las alas sería libre y ya nadie más la evitaría. De repente se transformó en pájaro y se dejó llevar por el aire. Eso era la felicidad: sentir que podría ir adónde quisiera sin que nadie la juzgara por su apariencia.

Curta-metragem de animação baseada no livro «A Maior Flor do Mundo», de José Saramago, de Juan Pablo Etcheverry, com música de Emilio Aragón. Produção de Continental Animación.

A Maior Flor do Mundo

Valores: Respeito pela natureza Perseverança Compaixão

Aquela era uma noite muito especial! Pela primeira vez na minha vida, o meu avô e o meu pai levaram-me com eles. Íamos dar uma nova forma à lua: Quarto Minguante. Navegando mar adentro numa escuridão imensa, o barquito “La Luna” balançava ao sabor das ondas e da brisa suave que se fazia sentir... - Toma lá, rapaz! Vai ser útil! – disse o avô, entregando-me um embrulho. - Obrigado, avô. – respondi-lhe – É uma boina! - Sim, é sempre necessária nestas noites frescas – afirmou o meu pai. Fiquei feliz com o presente e logo a coloquei na cabeça. Mas eis que surge o primeiro problema: como colocar a boina? &nbsp;Iniciou-se uma discussão: - É para cima, a testa fica a ver-se! – disse o avô, compondo-a. - Nada disso – retorquiu o pai – puxa-a para baixo. Para cima ... para baixo ... pobre de mim! Acabei por me sentar ao lado do meu avô que ficou pouco contente com a opinião do meu pai. Permanecemos em silêncio. Eu olhava para aqueles dois e pensava: “São mesmos iguaizinhos! Ambos resmungões. Eu até acho que sou como eles, também coço o nariz como o meu pai e o ouvido como o meu avô!”

Ainda não tinha começado a varrer e já vinha o meu avô contrariar o meu pai. Dei comigo com duas vassouras, uma em cada mão. Estava dividido. Ouvia as discussões dos dois que não faziam sentido. Enquanto discutiam, olhava para os dois e para as suas vassouras e verificava que elas eram semelhantes a eles próprios. A vassoura do meu avô era de palha e parecia as suas barbas longas e brancas. A vassoura do meu pai era um retângulo preto à semelhança do seu bigode. A discussão foi interrompida pelo tremor e por uma luz brilhante que nos fez esconder num espaço que parecia uma piscina de estrelas. Verificámos ser uma estrela cadente gigante que ao cair fez um buraco na Lua. Enquanto eles discutiam a melhor forma de libertar a estrela eu subi e, com um pequeno martelo, dei-lhe um toque suave, transformando-a em milhares de estrelas pequeninas. Senti-me orgulhoso de mim próprio por ter provocado uma minichuva de estrelas maravilhosa. Finalmente, consegui acabar com as discussões e tornar o ambiente entre todos nós mais saudável. Começaram a trabalhar como uma família, como uma equipa. Quando regressámos ao barco, estava a Lua em Quarto Minguante, fizemos a viagem de volta para casa bastante mais felizes.

o guarda-chuva e olhou-o nos olhos. Nesse momento, percebemos que a amizade entre eles estava só a começar, era como se uma faísca tivesse dado início à mais bela e duradoura chama de amor! Os dias foram passando, as noites também, mas nada fazia arrefecer os sentimentos que nutriam um pelo outro. Escreviam-se cartas de amor, combinavam-se encontros e viviam-se tempos maravilhosos, até que um dia resolveram partilhar as suas vidas debaixo da mesma “umbrella” (de cor amarela!): casaram e viveram uma linda história de amor. Para perpetuarem a recordação do pai e o dia em que se conheceram, decidiram abrir uma loja de guarda-chuvas – “J &amp; H Umbrellas”. Na loja o guarda-chuva amarelo tinha um lugar de destaque. Eis que um belo dia, entra na loja uma menina que quer comprar um guarda-chuva. São-lhe mostrados vários, mas o amarelo é o seu preferido. Um pouco contrariado e até desgostoso, o nosso ancião acabou por ceder ao pedido daquela menina gentil. Na realidade, o objeto era muito importante para ele, mas não era por se desfazer dele que as suas memórias iriam

Era uma vez uma menina de grandes olhos azuis e cabelo loiro que, suspirando de tristeza e tédio no banco de trás, se dirigia de carro com a sua mãe a um Lar de Crianças para entregar contra vontade alguns dos seus brinquedos usados. Quando chegaram ao lar, chovia muito, um menino com um grande cachecol amarelo e olhos verdes desenhava com alguma tristeza uma família no vidro da janela, mas sorriu ao ver o guarda-chuva que a mãe da menina trazia. Mal entraram, a menina pousou o guarda-chuva, a mãe colocou a caixa no chão e os meninos ficaram tão radiantes com tantos brinquedos que encheram aquele lar de alegria. Só aí a menina percebeu a importância daquela visita e a sua cara também se iluminou com um grande sorriso. No entanto, mudou imediatamente quando olhou para trás e não viu o guarda-&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;-chuva amarelo. Seguindo as gotas de água deixadas, subiu as escadas e encontrou o menino dos olhos verdes no sótão e, apontando-lhe o dedo indicador, gritou indignada: - Tu aí, o que pensas que estás a fazer com o meu guarda-chuva? Devolve-mo imediatamente!

Ao longo dos anos, Henry e Julieta tiveram a oportunidade de se irem conhecendo melhor. Brincavam juntos, partilhavam segredos, trocavam cartas de amor... Até que se casaram e abriram uma loja de guarda-chuvas: "J&amp;H Umbrellas". Um dia, uma rapariga apareceu lá na loja e pediu o guarda-chuva amarelo que há anos Julieta entregara a Henry e que agora estava exposto na vitrina. O homem, já idoso, com alguma hesitação, acabou por entregá-lo à criança. Foi então que lhe pareceu ver o seu pai com o seu guarda-chuva amarelo na mão. Correu de bengala na mão e tentou alcançá-lo. Porém, as forças já não eram suficientes para tanta correria e, tropeçando, acabou por cair e percebeu que tudo não passava de uma miragem, pois a imagem do pai esfumou-se e transformou-se em folhas.&nbsp;

No entanto, ele guardou-o no roupeiro e, quando ela lho tentou tirar, o armário abriu-se e as coisas desabaram sobre eles. O barulho no sótão assustou tanto a mãe como a senhora do lar que num segundo subiram as escadas. Então, o menino, hesitando, devolveu-lhe o guarda-chuva e, soltando uma lágrima, disse com tristeza: - Eu e o meu pai somos refugiados, tivemos de deixar o nosso país por conta da guerra e da violência. Em busca de melhores condições de vida, atravessamos terras, oceanos e enfrentamos grandes tempestades. No entanto, aqui as coisas também foram difíceis: não tínhamos dinheiro nem abrigo, só tínhamos fome e muito frio… Foi então que, num dia chuvoso como este, o meu pai, com muita dor e a mais profunda tristeza, me deixou aqui, me ofereceu o seu cachecol, que agora trago sempre comigo, e partiu debaixo de um guarda-chuva amarelo igual ao teu. Desculpa por to ter tirado, mas tenho tantas saudades dele que esse guarda-chuva me recordou os últimos momentos juntos. De seguida, os olhos do menino encheram-se de lágrimas. A menina, emocionada com a sua história, devolveu-lhe

La farsante de lujo

Érase una vez una chica llamada Carla que pasaba el tiempo presumiendo de sus pertenencias y de su mansión con un enorme jardín y piscina climatizada situada en la zona más rica de la ciudad. Se esforzaba por mantener una apariencia de chica rica con aires de superioridad. Todos los lunes por la mañana, se inventaban historias de fiestas que se habían organizado durante el fin de semana en su mansión a las que habían acudido celebridades de la ciudad y de los alrededores.&nbsp; A lo largo del tiempo fue haciendo más y más amigos que eran como ella y se acercaban a ella&nbsp;por interés. Su grupo de amigas iba creciendo cada día y apartaban y hacían burlas de todos aquellos que no vivían una vida de lujo. Todos esperaban con ansiedad el día en que Carla les invitara a una fiesta en su mansión.&nbsp;

À procura de uma luz...

Naquela altura o meu mundo ainda tinha luz. Sempre fui uma rapariga que via o lado bom das coisas, era popular e tinha muitos amigos. O mundo era mágico e do alto dos meus treze anos conseguia alcançar o inalcançável e sonhar com o infinito. Vivíamos numa pequena aldeia, perto do mar, numa casa muito aconchegante e cheia de vida: brincadeiras de crianças, jogos em família, festas de pijama, piqueniques no jardim e muito mais. Normalmente, aos fins de semana, recebíamos a visita dos meus primos e vivíamos aventuras inesquecíveis. Parecia que o tempo parava! Era como se atravessássemos um portal mágico e entrássemos num mundo só nosso, colorido, misterioso e único. Um mundo de crianças sonhadoras, aventureiras e felizes… Relembro muito bem aquele dia. Era domingo. Como de costume fomos à praia em família. A manhã tinha sido espetacular e depois do almoço decidimos estrear-nos no paddle. De repente, sem saber bem porquê, vi-me muito perto dos rochedos. Perdi o equilíbrio e caí. Segundo me contaram, perdi os sentidos e como estava longe da praia levaram algum tempo a socorrer-me. Apenas me lembro de ouvir ecos e ver vultos perpassando à minha volta. Segundos depois, mais nada! Foi o último dia em que vi aquela praia, pelo menos como o fazia até àquele momento. A partir desse dia tive de me reinventar, para sair da escuridão. Aquela queda não passou de um susto, mas a lembrança da onda, que me engoliu e, num instante de terror, apagou a luz do dia, fez desaparecer a beleza da praia.&nbsp;

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Fragmentos - para pensar habilidades socioemocionais

Curta-metragem "Fragmentos" Valores: Tolerância Empatia Respeito Compreensão

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