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Literatura portuguesa na era medieval

by Nicolas Gonçalves

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LITERATURA PORTUGUESA
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NA ERA MEDIEVAL
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Nicolas Gonçalves - 2211
Comic Panel 1
SUMÁRIO
Introdução..... 03
Trovadorismo
Contexto histórico......04
Características......05
Tipos de cantigas......06
Autores e obras.....08
Relevância na sociedade atual.....10
Classicismo
Contexto histórico.....16
Características.....17
Autores e obras.....19
Humanismo
Contexto histórico.....11
Características.....12
Autores e obras.....13
Relevância na sociedade atual.....15
Considerações finais.....22
Referências.....23
INTRODUÇÃO
Este é um projeto de Nicolas Gonçalves da turma 2211 do Colégio Sagrado Coração de Jesus.

O objetivo é aprender mais sobre a literatura portuguesa na era medieval de um jeito inovador.

Este livro contém informações sobre o Trovadorismo, Humanismo e Classicismo.
TROVADORISMO
Contexto histórico
O trovadorismo desenvolveu-se durante o período medieval, principalmente a partir do século XII. À época, não existiam ainda os Estados nacionais — a Europa encontrava-se dividida em feudos, grandes propriedades controladas pelos suseranos. O valor, na Idade Média, não era fundamentado no dinheiro, mas na posse territorial. Por esse motivo, o cotidiano medieval era marcado por muitas guerras, batalhas e invasões com o intuito da conquista de território.
Estabeleceu-se, então, uma relação de suserania e vassalagem: o suserano, senhor do feudo, precursor da nobreza europeia, oferecia proteção aos seus vassalos que, em troca, produziam os bens de consumo: cultivavam, fiavam, forjavam as armas etc.
Com o declínio do Império Romano, a partir dos séculos IV e V, o latim vulgar, língua oficial de Roma, passou a sofrer modificações entre os povos dominados. Foi nesse longo período da Idade Média que começaram a surgir as línguas neolatinas, como o português, o espanhol, o francês, o italiano, o romeno e o catalão. No entanto, foi apenas no século XIV que o português surgiu como língua oficial; as cantigas dos trovadores foram, portanto, escritas em um outro dialeto: o provençal.
CARACTERÍSTICAS
As obras do Trovadorismo são chamadas cantigas, pois eram escritas para serem declamadas (não havia cultura do livro na Idade Média, a população era em grande parte analfabeta e ainda não havia sido inventado o livro impresso), e frequentemente eram acompanhadas de instrumentos musicais, como a lira, a flauta, a viola.
Enquanto o compositor (de origem) era chamado de trovador, o músico era chamado de Menestrel. Chamava-se Segrel o trovador profissional, cavaleiro que ia de corte em corte divulgando suas cantigas em troca de dinheiro.
Havia ainda o Jogral, cantor de origem popular que interpretava cantigas de outrem e compunha as suas próprias. As Baladeiras ou Soldadeiras eram as dançarinas e cantoras que também os acompanhavam nas apresentações e dramatizações das cantigas.

Trovador tocando uma lira, instrumento musical que deu o nome ao gênero lírico.
O trovadorismo foi um movimento itinerante, isto é, os grupos de trovadores e menestréis viajavam pelas cortes, burgos e feudos, divulgando em suas composições acontecimentos políticos e propagando ideias, como a do comportamento amoroso esperado de um cavaleiro apaixonado.
O amor é um dos temas centrais do trovadorismo. É o eixo condutor das cantigas de amor e das cantigas de amigo. É comum o tema da coita (coyta), palavra que designa a dor do amor, do trovador apaixonado que sente no corpo a não realização amorosa. Daí a origem da palavra “coitado”: aquele que foi desgraçado, vítima de dor ou mazela.
Os trovadores escreveram ainda outros dois tipos de cantiga: as de escárnio e as de maldizer, dedicadas a satirizar e ridicularizar.
É comum que haja paralelismo nas cantigas: cada ideia desenvolve-se a cada duas estrofes — ou, na verdade, cobras. A nomenclatura da época era diferente: a estrofe chamava-se cobra, o verso chamava-se palavra.
TIPOS DE CANTIGAS
As cantigas dividem-se em dois tipos: lírica e satírica.

Cantigas líricas:

Cantigas líricas são as de temática amorosa, e possuem dois tipos: cantigas de amor e cantigas de amigo.
Cantigas de amor
Gênese da poesia amorosa que surgiria nos séculos seguintes, a cantiga de amor é cantada em 1ª pessoa. Nela, o trovador declara seu amor por uma dama, geralmente acometido pela coita, a dor amorosa diante da indiferença da amada.
A confissão amorosa é direta, e o trovador comumente dirige-se à dama como “mia senhor” ou “mia senhor fremosa” (“minha senhora” ou “minha formosa senhora”), em analogia às relações de senhorio e vassalagem medievais. O apaixonado é, portanto, servo e vassalo da amada e enuncia seu amor com insistência e intensidade.

Nessa cantiga, o trovador espera que a dama tenha a cortesia de sentir compaixão por ele. Sofrendo, diz que foi infeliz o dia em que a conheceu e mais infeliz ainda o amor que por ela sentiu, tão difícil que não pode mais sofrer da coita, pois que há muito é sofredor. Sabe Deus que ele nunca mereceu esse sofrimento, sabe Deus que ele sempre ofereceu à dama o seu melhor e diz que ela é que quer vê-lo padecer, coitado pecador.
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