Revista Digital do Departamento de Línguas

Magazine

junho 2022

Especial

Verão

O mundo é um livro e aqueles que não viajam leem apenas uma página.

St. Agostinho

DEPARTAMENTO

Línguas

SUMÁRIO

Trabalho Infantil ● Escola a Ler ● Guerra colonial e "25 de Abril" ● Ser Português ● A Divina Comédia Contada às Crianças ● Projetos eTwinning ● José Milhazes na Escola Frei João

Bem-vindos

À REVISTA DIGITAL DO DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS

Boas leituras!

Sumário

04. TRABALHO INFANTIL
O trabalho infantil é um fenómeno global que viola direitos fundamentais das crianças.

10. ESCOLA A LER
Projeto integrado no Plano 21|23 Escola+ - eixo “Ensinar e Aprender”, foi concebido pela RBE, o PNL 2027 e a DDE.

12. MENINO JESUS ROUBADO
“cantado” e contado na Biblioteca Escolar Valter Hugo Mãe

14. GUERRA COLONIAL, o "25 de ABRIL" e as suas consequências

18. SER PORTUGUÊS

26. A DIVINA COMÉDIA DE DANTE CONTADA ÀS CRIANÇAS
Espetáculo de teatro de sombras - Companhia CAUSA

34. SMALL CHANGES, BIG RESULTS
eTwinning Project

42. WELCOME TO MY TOWN
eTwinning Project

48. EXPOSITION “ LA FRANCE EN 3D”

50. RENCONTRE AVEC RENÉ RIVIÈRE

52. JOSÉ MILHAZES NA ESCOLA FREI JOÃO

56. NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
Sugestões para um Verão mais saudável.

58. SALADA DE FRANGO
Leve e fácil de preparar!

60. MOUSSE DE LIMÃO
Fresca e deliciosa!

62. MIOUM! CLAFOUTIS AUX CERICES & RHUM

Infantil

TRABALHO

O trabalho infantil é um fenómeno global que viola direitos fundamentais das crianças prejudicando a sua saúde e o seu desenvolvimento mental, físico, social e moral para além de as privar de frequentar a escola ou as obrigar a um abandono precoce.

O trabalho infantil refere-se ao emprego de crianças em qualquer trabalho que as priva da sua infância, interfira na capacidade de frequentar a escola regularmente e é considerado mentalmente e fisicamente perigoso/prejudicial.

Esta foi uma prática muito comum em diversas civilizações ao longo do desenvolvimento da humanidade.

Atualmente, nós somos uma população bastante evoluída mas, embora muitas pessoas pensem que o trabalho infantil não existe, este é o quotidiano de muitas crianças no mundo inteiro.
A exploração do trabalho infantil atingiu o seu auge durante a revolução industrial, em países como Inglaterra, França, Alemanha e outros países europeus. Era comum a exploração da mão de obra infantil pelo seu menor custo comparado com a mão de obra masculina.

Em consequência dessa mão de obra, muitas crianças foram mutiladas ou perderam a vida em acidentes que ocorriam nas fábricas. Mais tarde, em 1802, para evitar que essas situações continuassem, a Inglaterra implantou a primeira lei de controlo do trabalho infantil. Com o passar do tempo outros países como a Alemanha e a França também passaram a restringir o trabalho infantil. Entre as principais medidas implantadas, estavam a proibição do trabalho infantil noturno, a redução da carga horária máxima e o fim dos castigos físicos.

O conceito de uma criança como um ser indefeso surgiu após esse período. Constatou-se que crianças trabalhadoras são expostas a acidentes, lesões e doenças que, na maioria das vezes, podem ter efeitos permanentes. Além disso, o trabalho impossibilita o convívio com outras crianças e a frequência da escola afetando-as no seu desenvolvimento social e educacional.

Em consequência dessas constatações, essa prática passou a ser condenada pela maioria dos países que adotaram leis que proíbem e punem empresas que contratam crianças para exercer algum tipo de trabalho.

Um dos principais órgãos que combatem o trabalho infantil é a Organização Internacional do Trabalho (OIT) que atua internacionalmente para a promoção de acordos para a criação de leis contra essa prática.
Todas essas estratégias de combate ao trabalho infantil têm conseguido importantes vitorias nos últimos anos mas, embora a mão de obra infantil tenha vindo a diminuir, ela ainda existe. Os índices de trabalho infantil são mais preocupantes em continentes como a África, a Ásia e a América.
Essa prática ainda se verifica, pois a sua maior causa no mundo continua a ser a miséria e a desigualdade social, juntamente com um sistema de educação quase inexistente que não permite a evolução da população.