A Literatura Portuguesa
na Era Medieval
Tudo sobre o Trovadorismo, Humanismo e Classicismo.
Gabriela T. Rigo Corrêa
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Turma 2211Prof. Adriana Parise Pinheiro
Sumário
Capa..........................
Introdução................ 03
Trovadorismo (contexto histórico)............ 04
Trovadorismo (cantigas)................. 05
Exemplo de cantigas.................. 06
Autor importante do Trovadorismo........ 07
Características do Trovadorismo na sociedade atual e vídeo explicativo....... 08
Humanismo (contexto histórico)......... 09
Humanismo (gêneros mais explorados)......10
Autor importante do Humanismo..........11
Características do Humanismo na sociedade atual....12
Classicismo (contexto histórico)..............13
Classicismo (gênero lírico).............14
Autor importante do Classicismo..........15
Características do Classicismo na sociedade atual....16
Vídeo explicativo sobre o Classicismo.....17
Conclusão.............18
Dados da autora............19
Introdução................ 03
Trovadorismo (contexto histórico)............ 04
Trovadorismo (cantigas)................. 05
Exemplo de cantigas.................. 06
Autor importante do Trovadorismo........ 07
Características do Trovadorismo na sociedade atual e vídeo explicativo....... 08
Humanismo (contexto histórico)......... 09
Humanismo (gêneros mais explorados)......10
Autor importante do Humanismo..........11
Características do Humanismo na sociedade atual....12
Classicismo (contexto histórico)..............13
Classicismo (gênero lírico).............14
Autor importante do Classicismo..........15
Características do Classicismo na sociedade atual....16
Vídeo explicativo sobre o Classicismo.....17
Conclusão.............18
Dados da autora............19
Introdução
Neste livro, você encontrará uma explicação direta e simplificada de toda a literatura portuguesa na Era Medieval: o Trovadorismo, Humanismo e Classicismo.
O objetivo deste livro é situar os leitores sobre o contexto histórico e sociocultural de cada período, bem como suas características, principais autores e obras.
Algumas características desses períodos ainda podem ser vistas hoje em dia. Vamos aprender e entender como isso ocorre.
O objetivo deste livro é situar os leitores sobre o contexto histórico e sociocultural de cada período, bem como suas características, principais autores e obras.
Algumas características desses períodos ainda podem ser vistas hoje em dia. Vamos aprender e entender como isso ocorre.
Trovadorismo
Contexto histórico
O Trovadorismo (séc. XII - XV) foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, pois dele surgiram as primeiras manifestações literárias. As pessoas, nessa época, acreditavam no teocentrismo.
O sistema político era o feudalismo. As classes sociais NÃO se misturavam.
O sistema político era o feudalismo. As classes sociais NÃO se misturavam.
Trovadorismo
Cantigas
A forma de literária do Trovadorismo era as cantigas (trovas). Os instrumentos usados para essas poesias cantadas eram: a cítara, a viola, a flauta, a lira e a harpa.
As cantigas era divididas em:
As cantigas era divididas em:
A cantiga de amor era uma composição centrada no tema do amor cortês; falava da paixão amorosa de um cavaleiro por sua senhora, que quase sempre não era correspondida.
A cantiga de amigo era uma composição breve e singela posta na voz de uma mulher apaixonada (mas nunca eram escritas por uma mulher). Devem o seu nome ao fato de que na maior parte delas aparece a palavra amigo, com o sentido de pretendente, amante, esposo.
A cantiga de escárnio era uma composição para satirizar alguém, mas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando o duplos sentidos.
A cantiga de maldizer é uma composição com a sátira direta, desbocada, vulgar, grosseira, chula, e às vezes até mesmo obscena ou pornográfica, chegando a citar o nome da pessoa-alvo da sátira.
A cantiga de amigo era uma composição breve e singela posta na voz de uma mulher apaixonada (mas nunca eram escritas por uma mulher). Devem o seu nome ao fato de que na maior parte delas aparece a palavra amigo, com o sentido de pretendente, amante, esposo.
A cantiga de escárnio era uma composição para satirizar alguém, mas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando o duplos sentidos.
A cantiga de maldizer é uma composição com a sátira direta, desbocada, vulgar, grosseira, chula, e às vezes até mesmo obscena ou pornográfica, chegando a citar o nome da pessoa-alvo da sátira.
Exemplo de Cantiga de Amor
Exemplo de Cantiga de Amigo
Exemplo de Cantiga de Escárnio
Exemplo de Cantiga de Maldizer
“A dona que eu am’e tenho” de Bernardo de Bonaval
A dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.
A dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.
Cantiga “Ondas do Mar de Vigo” de Martin Codax
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo
e ai Deus, se verrá cedo?
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amado,
o por que hei gram coidado?
e ai Deus, se verrá cedo?
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo
e ai Deus, se verrá cedo?
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amado,
o por que hei gram coidado?
e ai Deus, se verrá cedo?
Cantiga “Ai, dona fea, foste-vos queixar” de João Garcia de Guilhade
Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
Cantiga “A dona fremosa do Soveral” de Lopo Lias
A dona fremosa de Soveral
ha de mí dinheiros per preit'atal
que veess'a mí, u non houvess'al,
un día talhado a cas de Don Corral;
e é perjurada,
ca non fez en nada
e baratou mal,
ca desta vegada
será penhorad'a
que dobr'o sinal.
Se m'ela crever, cuido-m'eu, dar-lh'-hei
o melhor conselho que hoj'eu sei:
dé-mi meu haver e gracir-lho-hei;
se mi o non der, penhorá-la-hei:
ca mi o ten forçado,
do corp'alongado,
non lho sofrerei;
mais, polo meu grado,
dar-mi-á ben dobrad'o
sinal que lh'eu dei.
A dona fremosa de Soveral
ha de mí dinheiros per preit'atal
que veess'a mí, u non houvess'al,
un día talhado a cas de Don Corral;
e é perjurada,
ca non fez en nada
e baratou mal,
ca desta vegada
será penhorad'a
que dobr'o sinal.
Se m'ela crever, cuido-m'eu, dar-lh'-hei
o melhor conselho que hoj'eu sei:
dé-mi meu haver e gracir-lho-hei;
se mi o non der, penhorá-la-hei:
ca mi o ten forçado,
do corp'alongado,
non lho sofrerei;
mais, polo meu grado,
dar-mi-á ben dobrad'o
sinal que lh'eu dei.