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Turma 7.ºG

by Fátima Dias

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Património Imaterial de Monção
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Trabalho realizado pela Turma 7.ºG
Com a colaboração das disciplinas de Comunicação e T.I.C.
Agrupamento de Escolas Deu-La-Deu Martins
Ano Letivo 2021-2022
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contos e lendas
Foda, origem e história

Reza a história, que há muito tempo atrás, os habitantes do Burgo, que não possuíam rebanhos, se dirigiam às feiras para comprarem o animal pretendido. Na feira, havia de tudo, gado bom e menos bom.

A verdade é que os criadores e contratadores de rês, quando levavam o seu gado ovino para a feira, tinham como objetivo vendê-lo pelo melhor preço e, para que aparentassem gordos, era prática colocar sal na forragem, facto que obrigava o gado a beber muita água.
Na feira, o gado aparecia com a barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente bem tratados, muito gordos.
Os incautos, que não tinham conhecimento da “manha”, compravam aqueles autênticos “balões de água” e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira minhota: “Que grande Foda!”

O termo “Foda” foi-se vulgarizando ao longo do tempo e o prato passou a designar-se por Foda. De tal forma que é frequente pelas alturas festivas (Páscoa, Santos Padroeiros, Corpo de Deus, Senhora das Dores ou Fim do Ano) ouvir as mulheres minhotas exclamarem: “Ó Maria, já meteste a Foda?”, ou seja, já confecionaste o cordeiro à moda de Monção, em alguidar de barro, levado ao forno de lenha.

Octávio Silva, N.º14.
O Penedo da Toca e a Pedra Sobreposta

Neste trabalho vim falar de uma das muitas histórias, lendas, mitos ou culturas de Monção.
Então eu vim falar do Penedo da Toca e da Pedra Sobreposta.
Ninguém sabia como a Pedra tinha ido lá parar nos montes das terras, uma em cima da outra, em equilíbrio. Apenas os ”povos” de Pias e Sago tinham as suas teorias.
O povo de Pias dizia que o Penedo da Toca foi para ali, transportado às costas por Nª Senhora, e a prova disso mesmo é a marca das suas mãos na Cova que ela deixou no Penedo. Dizem que foi tão fácil para a Senhora transportar o Penedo, que depois de o pousar, ainda teve tempo para fiar sete maçarocas de linho.
O povo de Sago, pelo contrário, dizia que a Pedra Sobreposta está naquela posição desde o dilúvio. Depois do pecado dos homens, querendo Deus castigar o mundo das maldades, fez cair sobre a terra tal quantidade de água que tudo foi levado pelas enxurradas. Nada conseguiu fazer parar as chuvas e as torrentes, que tudo arrastavam. Foi nessa ocasião que, um
Penedo muito grande, vindo com a água, ficou em cima de outro, e por isso lhe chamam de Pedra Sobreposta. Depois do dilúvio, ficou ali para sempre, como memória, para que os homens não esqueçam o poder de Deus.

Trabalho realizado por Eva Ribeiro Fernandes, n.º3.

Era uma vez, um jovem moço de gentil disposição e de grandes forças, que nasceu de pais novos e ricos, lá para os lados do oriente, e a quem deram o nome de Jorge.Desde novo se dedicou às armas, tendo servido o imperador Diocleniano, no seu exército. O grande valor e coragem, que demonstrava nas batalhas, fizeram-no ser estimado por todos os companheiros, que o nomearam seu tribuno e mestre de campo. Mas o imperador que servia moveu uma impiedosa perseguição aos cristãos, o que levou o valente guerreiro a descobrir a força que levava aquela gente a preferir a morte a negar o seu Deus. Converteu-se a Cristo e jurou servir a sua vontade, dando proteção e auxílio aos que dele necessitavam.Andava um dia S. Jorge, nas terras da Líbia, quando escutou um grito horrendo e desesperado. Acorreu o jovem guerreiro àquele apelo de ajuda. Quando chegou junto do local, de onde viera o grito, deparou-se com um terrível animal e uma jovem donzela. Era esse monstro, um enorme dragão que tentava devorar a jovem. S. Jorge não hesitou um segundo e, avançando de lança em punho, feriu de morte a fera assassina.Perante tal ato de bravura, a jovem, que S. Jorge viria a saber tratar-se de uma princesa, filha do rei da Líbia, impressionada pela heroicidade do cavaleiro, descobre a fé do santo, vindo, também, a converter-se a Cristo. Muitos foram, ainda, os feitos de este santo guerreiro, desejoso de vencer o mal e fazer reinar o bem.Por esta razão, o povo de Monção celebra a vitória de S. Jorge sobre a Coca, no dia da sua maior festa, a festa do Corpo de Deus. Assim, celebram a luta contra o mal e o triunfo do bem.

A coca de Monção
Trabalho realizado por: Luana Martins
Lenda de S. Martinho

No alto do monte de S. Martinho, da freguesia de Abedim, Monção, há um castelo de penedos onde se refugiou uma rainha, perseguida pelo esposo seu rei e senhor. Depois de muitas intrigas na corte, e vendo que o seu marido não confiava na sua fidelidade, decidiu fugir, com a ajuda dos criados. Passou o rio Minho com a ajuda dos barqueiros. Com pressa se refugiou no alto do Monte. Vendo o local, o rei logo imaginou que a rainha se iria render. Pois lá no alto do monte não havia água e os alimentos eram muito poucos. Limitou-se a cercar o dito castelo e a controlar. Mas, milagrosamente, a rainha descobriu uma fonte e, passados dias, quando já se acabavam os alimentos, apareceu uma águia com uma truta nas garras. Perante isto, o rei, vendo que Deus a protegia e seria inocente, queria o seu perdão. Levantou o cerco e convidou-a a regressar a casa. Mas a rainha, não quis regressar. Pediu ao rei para a deixar ficar ali, afastada do mundo louvando o Deus que havia protegido. O rei respeitou a sua decisão e regressou a casa. E, por longos anos, a rainha permaneceu naquele lindo lugar, abençoado por Deus, pelos milagres e pelas orações da rainha. Esse castelo fica no alto do monte e é de difícil acesso.



Magda Gonçalves
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