Turma 7.ºC

Marble

Existiam, em Pias, dois penedos que faziam entre si uma ponte. Pelo meio da ponte, passava um carreiro que ia dar ao monte, para as bandas de Tais. Um dia, um grupo de pessoas, ia pelo carreiro até ao campo. A gente que ali passava sempre parava um pouco para olhar a paisagem lá ao fundo. Uma rapariga do grupo mais curiosa, reparou em algo de diferente num campo, a que chamavam das minas, por aí acreditarem existir tesouros de mouras. - Ó mulher, o que é aquilo ali nas minas? - Eu sei lá! Parece uma esteira estendida com qualquer coisa em cima. Vamos lá ver o que é. Desceram às minas e quando chegaram junto à esteira, encontraram-na cheia de figos de seira! Surpresa, olharam em volta, mas não viram ninguém então cada uma pegou três figos e guardaram-nos na bolsa. Foram então para o campo, onde iam trabalhar e quando regressaram, à noite a casa, guardaram os figos numa gaveta da cozinha. Elas ainda foram perguntando se alguém tinha perdido seiras de figos, ou se outros tinham também encontrado figos, mas não souberam.

Trabalho elaborado por: Gabriel, N.º5; Margarida, N.º9; Maria, N.º10 e Vitória N.º15.

Entretanto passaram-se alguns dias e como ninguém perguntou pelos figos, resolveram ir a cozinha comer os figos. Quando foram a abrir a gaveta surpreenderam-se pois tinha lá 3 peças de ouro no lugar dos figos! Refeitas da surpresa, guardaram o ouro no lugar mais escondido da casa, confidenciando entre si que, certamente, aquele era ouro das mouras que moravam nos penedos do monte. Guardaram o segredo para si e agradeceram a sorte da fortuna.

Antigamente, várias pessoas tinham de costume jogar vários jogos: Saltar à corda Telefone estragado Macaquinho de chinês Jogo da macaca Jogo do saco Jogo pião Jogo da cadeira Jogo das escondidas Jogo da colher e do ovo Jogo da carica jogo do camaleão

Parchment

Gastronomia de Monção

Mais do que um prato genuíno e inconfundível, este prato tem uma forte componente histórica e identitária relacionada com a atividade piscatória. Segundo reza a história, em Vila Nova de Cerveira, os homens pescavam o sável e as mulheres encarregavam-se de o vender de porta em porta. A cabeça, o rabo, as ovas e as postas pequenas eram as menos apetecíveis, mas com arte e engenho, criou-se o debulho de sável, como forma de aproveitar essas partes menos nobres do peixe.

Diogo, N.º3; Tiago, N.º13; Rúben, N.º12; Mariana, N.º11. 7.ºC

Os rosquilhos de monção são doces de romaria. Encontram-se com mais frequência nos meses de verão, época de romaria e podem ser comprados todas as quintas feiras, dia de feira semanal em monção. Aos rosquilhos foram introduzindo algumas alterações, porque antigamente eram mais fininhos e eram mais duros. Fizeram a mudança porque eram mais baratos do que as roscas e estar a fazer rosquilhos, perdemos o mesmo tempo e vendemos por metade do preço e isso não compensa. Aumentaram o tamanho e meteram-nos ao mesmo preço das roscas.

Durante as guerras de D. Fernando I de Portugal com Henrique II de Castela, vieram as tropas de Castela pôr cerco à vila de Monção. Deu-la-deu Martins era a esposa do capitão-mor da vila, Vasco Gomes de Abreu. O cerco durava já há algum tempo e as tropas começavam a ter fome. Deu-la-deu Martins, enquanto teve pão para dar, foi repartindo-o pelos soldados. Mas, certo dia, quando se preparava para fazer pão, viu que tinha muito pouca farinha. Teve então uma grande ideia. Os inimigos castelhanos também estavam cheios de fome. Assim, Deu-La-Deu pegou na farinha e fez um pouco de pão. De seguida, agarrou no pão, subiu às muralhas e lançou-o aos Castelhanos, dizendo-lhes: — A vós, que não podendo conquistar-nos pela força das armas, nos haveis querido render pela fome, nós, mais humanos, e porque, graças a Deus, nos achamos bem providos, vendo que não estais fartos, vos enviamos esse socorro, e vos daremos mais, se o pedirdes. Os inimigos pensaram que os portugueses estavam cheios de mantimentos, perderam a esperança de ganhar e, já cansados, levantaram o cerco.

Francisco, n.º4; João, n.º7; Tomás, n.º14, 7ºC.

Na festa da Coca S. Jorge vence o Dragão Com muita coragem E com a espada na mão. S. Jorge a cavalo, Recua e avança E de repente Na Coca espeta a lança. O Bem vence o Mal Na Vila de Monção O dia é especial E respeita a tradição.

Uma mãe zangada Seu filho castigou E uma grande desgraça Sobre ele desabou. A mãe arrependida A Nossa Senhora rezou A oração foi ouvida E um milagre aquela realizou.

• Estreou-se na poesia com a publicação de “Musa Minhota”, 1887, seguindo-se “N`Aldeia”, 1890. • A sua obra mais conhecida, “Ares da Raia”, foi impressa em Vigo e lançada em 1902. A tiragem foi de 700 exemplares, 500 para Portugal e 200 para a Galiza. • Por incluir dois poemas em galego, João Verde foi inscrito, mais tarde, na catedrática Santiago de Compostela como o XV poeta galego.

Esta publicação reúne duas dúzias de poemas repartidos por cinco capítulos. Entre estes, destaca-se “Vendo-os assim tão pertinho”. Aqui fica: •“Vendo-os assim tão pertinho, •A Galiza mail'o Minho •São como dois namorados •Que o rio traz separados •Quasi desde o nascimento. •Deixalos, pois, namorar •Já que os pais para casar •Lhes não dão consentimento.”

Como o Património Imaterial também são as pessoas, fomos falar com quem sabe...

Quando falamos em Património Imaterial, estamos a falar de tradições histórias, lendas, mitos, canções e costumes, que transmitam o conhecimento, os valores e uma memória coletiva de um povo. O património imaterial é também representativo de determinado local ou região, uma vez que nasce nas comunidades e depende daqueles cujos conhecimentos das tradições, técnicas e costumes são transmitidos ao resto da comunidade, de geração em geração, sendo um património vivo. Por tal motivo o Património Imaterial de Monção é um Património Vivo, uma vez que, continua a mostrar no presente os costumes, as tradições e a essência de ser monçanense.

Continuando por Monção a falar com as pessoas...

Uma grande mulher Corajosa e empenhada Que com a ajuda de pão Os Castelhanos reduziu a nada. Uma mulher singular Que o cerco venceu, Superou o desespero E os Castelhanos convenceu.

Anualmente, durante os festejos do Corpo de Deus, celebra-se em Monção o combate entre S. Jorge e o Dragão, designado como Coca. A Coca procura escapar à perseguição que lhe é feita por S. Jorge. Este, acaba por vencer o Dragão com golpes de lança e espada. Inicialmente, começa por arrancar à Coca os seus brincos, que são a fonte do seu poder. No final, esta figura diabólica é vencida,&nbsp;quando o S. Jorge lhe introduz a lança ou a espada na garganta. Esta é uma das tradições populares que representam a supremacia do Bem sobre o Mal.

Há coisas que nunca mudam, e ainda bem, porque na gastronomia, o respeito pela sazonalidade é uma das regras básicas de qualquer cozinha. Prova disso, é a “Lampreia à Moda de Monção”. Um prato de excelência, dos mais característicos da gastronomia local. Por isso, quem verdadeiramente gosta de lampreia, tem boas razões para visitar Monção, onde se poderá deliciar com arroz de lampreia ou lampreia à bordalesa, ou ainda com opções mais contemporâneas, como o sushi de lampreia, lampreia de escabeche ou empanada de lampreia. Este repasto tradicional, confecionado com recurso a segredos culinários do passado, é acompanhado pelos produtos vínicos da Sub-Região de Monção e Melgaço, tais como, o afamado Alvarinho, e pela saborosa doçaria tradicional (Roscas de Monção, Rosquilhos, Papudos e Barriguinhas de Freira).

• João Verde, pseudónimo de José Rodrigues Vale, poeta maior das letras monçanenses, nasceu em 1866, no Largo da Palma, e faleceu em 1934, na “Casa do Arco”, Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita.&nbsp; • Exerceu como secretário da Câmara Municipal de Monção, desde 22 de julho de 1891 até à data do seu falecimento. • Escreveu em verso e em prosa e dedicou-se ao&nbsp;jornalismo, publicando textos seus nos jornais “Aurora do Lima”, “A Terra Minhota”, “Alto Minho”, “Monsanense” e “Independente”. • Em 1901, fundou “O Regional” (1901 – 1918).

D.Maria de Lencastre notabilizou-se por ter desempenhado um papel activo na defesa de Monção em 1643 no contexto da Guerra da Restauração contra a finalização do domínio filipino sobre o Reino de Portugal; Dona Maria de Lencastre terá chefiando heroicamente a defesa da praça na ausência de seu marido Dão João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa, Governador &nbsp;das Armas da província do Minho. Dona Maria de Lencastre era filha do 3.º Conde da Calheta, Dão Simão Gonçalves da Câmara, e D. Margarida de Menezes Vasconcelos. O 1.º Conde de Castelo Melhor, D. Rui Mendes de Vasconcelos, era avô materno de Dona Maria e este escolheu-a como sucessora na casa e condado de Castelo Melhor em cláusula testamentaria, com a condição de casar com o seu parente D Francisco de Vasconcelos e Sousa, alcaide-mor e comendador de Pombal; tendo este falecido antes de se efectuar o casamento, casou-se ela com o seu irmão e herdeiro, D. João de Vasconcelos e Sousa, 2.º Conde de Castelo Melhor. Do seu casamento nasceu, em 1636, Dão Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º Conde de Castelo Melhor. D. Maria de Lencastre foi ainda camareira-mor da rainha D. Maria Francisca de Sabóia.

Dona Maria de Lencastre

Número de Crianças:&nbsp;No mínimo, duas crianças. Material: Caricas e giz. Normas: Os jogadores têm que conduzir as suas caricas ate a meta, sem sair das linhas que definem a pista. Descrição do jogo: Inicialmente faz-se uma pista no chão e coloca-se o respectivo nome em cada carica com o dedo, atira-se a carica para a frente, sem que esta saia fora da pista. Se a carica sai fora da pista, a necessário voltar ao sitio onde estava antes da jogada. Vence o jogador que chegar primeiro a meta sem que a carica saia fora da pista

No jogo do camaleão jogam pelo menos seis crianças. Coloca-se uma criança (camaleão) virada de costas para as restantes crianças que estão colocadas à vontade, a uma distância de cerca de dez metros. Ao sinal de início do jogo, as crianças perguntam em coro àquela que está junto de costas: “Camaleão, de que cor?” . O camaleão responde dizendo uma cor, por exemplo, o azul. Mal diz a cor, o camaleão vira-se e começa a correr atrás dos colegas, que fogem. Ao fugir, as crianças procuram um objecto da cor escolhida e tocam nele, a fim de se livrar. Neste caso, o camaleão não as pode caçar. Só pode caçar aquelas crianças que ainda não se livraram, ou seja, não tocaram na cor escolhida. Se o camaleão tocar em alguém antes de se livrar, este passa a ser o novo camaleão. Se o camaleão não conseguir caçar ninguém, continua nesta função. De referir que, quando as crianças fazem a pergunta: “Camaleão, de que cor?”, e este responde “cor de burro quando foge”, as crianças ficam quietas, não podendo fugir. Aquela que se mexer perde e passa a ser o novo camaleão.

Em suma, Monção tem na sua história um património imaterial diversificado desde casas apalaçadas como o Palácio da Brejoeira, a rota do Vinho Alvarinho, a gastronomia desde o Cordeiro de Monção até a Lampreia do Rio Minho. Alegria genuína das suas gentes, a história dos seus antepassados que teimam em preservar. Monção é um património vivo onde recentemente foi inaugurada a escultura "Corpo de Deus" localizada na Avenida das Caldas e presta homenagem aos grupos folclóricos do concelho. A escultura de Bordalo II que aborda a Coca como ser de Monção. A abertura de museus, preservando o património imaterial monçanense. Entre outros. "Monção continua a mostrar no presente os costumes, as tradições, a essência dos nossos antepassados e a essência de ser monçanense".

Situado no extremo Norte do País, Monção é um Concelho do Distrito de Viana do Castelo com 206 Km2&nbsp; e 24 freguesias. É terra de gente alegre e bem-disposta que se dedica à agricultura de minifúndio, onde o vinho Alvarinho é um dom de Deus, e, ao comércio de fronteira já que o Rio Minho que bordeja Monção, sempre foi elo de ligação com a Galiza e a sua forma de vida. É um pequeno recanto português com muitas lendas e histórias, usos e costumes, danças e cantares, festas e romarias. É terra natal de Poetas, Santos e Heróis. É uma pequena fonte de riqueza turística, digna de ser visitada e admirada por aqueles que gostam do verde das paisagens e tradições seculares. De cada freguesia que visite trará uma recordação gravada, porque em todas elas existem riquezas únicas e inigualáveis.

Património Imaterial de Monção

Bárbara Conde, n.º1 David Evangelista, n.º2 Gonçalo Pinto, n.º6 Lucas Caldas, n.º8 Turma 7.ºC

Ano Letivo 2021-22 Agrupamento de Escolas Deu-La-Deu Martins

No rio Minho concentra, cerca de 900 pesqueiras para a captura da lampreia, do sável, da truta e do salmão. &nbsp;As estruturas antigas em pedra são muros construídos a partir das margens do rio, que se assumem como barreiras à passagem do peixe, que se vê assim obrigado a fugir pelas pequenas aberturas através das quais, puxado pela força da corrente das águas, acabando por ser apanhado em engenhosas armadilhas. &nbsp;As pesqueiras pressupõem um saber e compreensão da bacia do rio, das suas características biológicas, eco ambientais, físicas, orográficas, e as artes de pesca, testemunhas do conhecimento e vida das populações ribeirinhas e do seu sentimento de pertença a uma unidade cultural e identitária.

Os jogos tradicionais são considerados uma manifestação popular que configura uma profunda fonte cultural. Os jogos tradicionais fazem parte do patrimônio imaterial e são variáveis e extremamente dinâmicos e muitas vezes reinventados de acordo com as tradições de um povo e para que permaneçam existindo devem ser praticados e transmitidos a gerações futuras. Portanto, entendemos os jogos e as brincadeiras tradicionais como manifestação cultural de um povo, passados de geração a geração. Pois os mesmos fazem parte do património imaterial de um povo que refletem tradições culturais e vivências, de um tempo passado que devemos preservar e salvaguardar para ficar na memória e no conhecimento das presentes e futuras gerações.

Presidente da Câmara, António Barbosa, Sra. Angélica e Sr. Álvaro

O que precisa: - um espaço amplo; - duas equipas com 6 elementos; - seis colheres de sopa; - seis ovos cozidos. As duas equipas posicionam-se em fila indiana, lado a lado. Ao sinal de partida, cada elemento, à vez, leva&nbsp;a colher com o ovo na mão ou boca até ao local acordado. Vai e volta e só então o segundo elemento da sua equipa poderá partir e assim sucessivamente. Se deixar cair, volta ao início. Ganha a equipa que conseguir transportar os ovos mais rapidamente.

Formar uma roda com as crianças. Uma criança escolhe uma palavra (ou frase) para dizer ao ouvido do colega que está ao lado, mas baixinho para mais ninguém ouvir. Assim, a palavra passa de ouvido em ouvido até à última pessoa na roda. Esta terá que dizer a palavra ou frase que recebeu em voz alta. Quem a inventou tem que ver se está correta. Geralmente, as palavras que saem não têm nada a ver com a frase inicial e causa gargalhadas.

Monção é um espaço de forte identidade cultural, com caraterísticas muito próprias e particulares, juntamente com a riqueza do seu património arqueológico, edificado, gastronómico e etnográfico, e a um tipo de vivência que referência a sua população. Estamos perante uma região detentora de produtos culturais de excelência, reconhecida pela sua tradição em festas e romarias, pelo folclore e artesanato e por uma paisagem única e singular. No centro desta riqueza cultural, destaca-se o património lendário da região. Para melhor preservar e retratar as lendas do concelho de Monção, nada melhor que ouvir testemunhos de pessoas da terra que sabem as lendas que retratam a cultura do povo Monçanense.

1. Introdução 2. Monção - Localização 3. Património Imaterial 3.1. A lampreia 3.2. Folclore 3.3. Lendas 3.4. Jogos Tradicionais 4. Conclusão

No âmbito da disciplina de Comunicação, TIC e Educação Física o nosso grupo fez uma pesquisa sobre o património imaterial de Monção.

Na freguesia de Cambeses, concelho de Monção, existe um Santuário dedicado a Nossa Senhora dos Milagres. Havia uma senhora fidalga, de nome Eulália, que tinha gosto na educação dos filhos. Um dos seus filhos, chamado Damião, era uma criança alegre e brincalhona. Mas o Damião descuidava-se por vezes nas brincadeiras. Num certo dia de festa, organizou a Dª. Eulália um jantar, para o qual convidou os amigos e familiares mais chegados. Estavam todos à mesa, incluindo os filhos. O Damião pegou numa das pontas da toalha e puxou-a com tal força que lançou ao chão a louça toda que estava em cima da mesa! A D. Eulália ficou desesperada e gritou bem alto, para surpresa de todos: - Malvado tu sejas! Que fiques tolhido toda a vida de pés e mãos!

A verdade é que, a partir daquele dia, a criança ficou paralisada de pés e mãos! Ao ver o que aconteceu ao seu filho, D. Eulália sentiu que o castigo de Deus tinha caído sobre as suas palavras. Arrependida e perseguida pela culpa de tal desgraça para seu filho, disse para a Mãe de Cristo: - Senhora das Dores, tu que também és mãe e choraste pelo sofrimento do teu filho, suplico-te que me concedas o milagre da cura do meu filho! Prometo-te que caso ouças o meu pedido, construirei, aqui, uma igreja que não haverá maior pelas redondezas. As palavras de D. Eulália foram ouvidas e o menino recuperou todas as suas forças. - Milagre! Foi a palavra que mais se ouviu na boca de todos. E foi assim que se cumpriu o prometido, construindo o Santuário, onde hoje todos rezam à Senhora dos Milagres.

O termo «vulgarizou-se» e o prato adotou popularmente o nome de Foda à Moda de Monção, chegando até aos dias de hoje como um dos principais patrimónios gastronómicos do concelho, com honras de feira que já vai para a segunda edição. A acompanhar o prato de cordeiro haverá vinhos de produtores da região (alvarinho, tinto e espumante) e expositores de artesanato, de produtores de rés e máquinas agrícolas. Já a animação musical fica a cargo de vários grupos de música popular, como os Cantares da Ribeira (dia 9 às 18h30) e o grupo Sons do Minho, que celebrizou o tema «Vamos à Foda» (dia 11, às 18h00). O evento inclui ainda a cerimónia do II capítulo de entronização da Confraria da Foda, fundada em 2016 com o objetivo de «dar a conhecer a Foda enquanto prato integrante do receituário tradicional e regional, promover o concelho e região e fomentar o turismo».

As feiticeiras reúnem-se de noite para as suas tropelias e divagações festivas, todos o sabem, mas porque é que elas têm uma predilecção pelo Monte do Castro, isso é que ninguém consegue adivinhar. O certo é que por ali são muitas as vezes em que as vadias das feiticeiras incomodam muitos dos caminhantes. Os afazeres do campo ou dos ofícios nem sempre terminavam à luz do dia, obrigando a percorrer os caminhos mais esconsos e escuros, envolvidos pelo barulho da floresta viva. As feiticeiras preferiam a escuridão, querendo-a só para si, infligindo por isso toda a espécie de males aos que se aventuravam pela noite nos locais dos seus encontros. No Monte do Castro havia um cruzamento que todos temiam percorrer de noite. Ali aconteciam coisas do diabo que ninguém queria entender, mas somente evitar.

• Entrevistador: - O Senhor escreveu em prosa e em verso. Qual o tipo de escrita de que gosta mais? • João Verde: - Sem dúvida que gosto muito mais de escrever em verso. • Entrevistador: - De todas as obras que escreveu, qual é a sua preferida e porquê. • João Verde: - Gostei muito de escrever os “Ares da Raia”, porque esta obra permitiu-me descrever um pouco da realidade da minha terra. • Entrevistador: - Porquê que decidiu escrever poemas em galego? • João Verde: - Por ter nascido em Monção, uma vila fronteiriça, sempre me senti um pouco galego. • Entrevistador: - De onde veio a inspiração para escrever o poema “Vendo-os assim tão pertinho”? • João Verde:&nbsp;- Nasci na vila de Monção, onde o rio sempre desempenhou um papel muito particular. A sua beleza inspirou-me e quis retratar a proximidade entre Portugal e Espanha. • Entrevistador: - Muito obrigado pelo seu tempo!

João Verde está vivo na memória de todos os monçanenses através das reedições em poesia e prosa das suas obras, do busto em bronze e mural com o poema “Vendo-os assim tão pertinho”, na Avenida dos Néris, do nome atribuído ao Cine Teatro João Verde, bem como na designação da ponte internacional entre Monção e Salvaterra de Miño: Ponte Internacional João Verde/Amador Saavedra.

O busto do João Verde, poeta e jornalista da vila&nbsp;de Monção, está em frente a um painel&nbsp;de&nbsp;azulejos&nbsp;onde está pintado um dos seus poemas mais conhecidos

O Folclore não é somente a reconstituição das danças e cantares de um povo, do seu traje ou a representação de alguns costumes ligados ao trabalho ou a festas. Ele constitui um património Imaterial que mostra a história não escrita do povo e engloba toda a sua cultura não assinalada na sua história e na sua religião. Por outras palavras, o folclore Monçanense representa o saber de um povo, faz parte da identidade do povo Monçanense através das tradições populares que representam com os seus trajes, as canções, as danças, as lendas e as profissões que representam.

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