À maneira de um trovador

Literatura Portuguesa
2021/2022

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Introdução

Este cancioneiro poético surgiu, no âmbito do estudo da poesia trovadoresca, de um desafio lançado aos alunos de Literatura Portuguesa do 10º ano para comporem uma cantiga de amigo.
Assim, partindo da cantiga de amigo "Ai eu coitada" de D. Sancho I, os alunos elaboraram a sua cantiga, individual, pares ou grupos de três, mas invertendo o sentido da cantiga original.
Nas páginas seguintes, mostram-se todas as produções realizadas acompanhadas dos respetivos avatares.

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Ai eu feliz, como vivo em gram contentamento
por meu amigo, que hei a meu lado
pouco me tarda
o meu amigo na Guarda

Ai eu feliz, como vivo despreocupada
por meu amigo que hei abraçado
pouco me tarda
o meu amigo na Guarda

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Ai eu alegre como vivo em gran felicidade
por meu amigo que tem estado comigo
em todas as situações
o meu amigo está perto de mim.

Ai eu alegre como vivo em gran contentamento
por meu amigo que me tem acompanhado
em todas as situações
o meu amigo está perto de mim.

Ai eu eufórica, como vivo em gram leveza
porque do meu amigo me hei aproximado
ansiosamente espero
o meu amigo da Guarda.

Ai, eu eufórica, como estou sem cuidados
porque o meu amigo há voltado
ansiosamente espero
o meu amigo da Guarda.

Ai sortuda, como vivo em gram contentamento
Por meu amigo que está para chegar
    Muito me agrada
   Tê-lo comigo.

Ai sortuda, como vivo em gram alegria
Por meu amigo que brevemente chegará
    Muito me agrada
   Tê-lo comigo.

Ai eu alegre, como vivo despreocupada
por meu amigo e dele estou entediada
muito me cansa
o meu amigo na Guarda.

Ai alegre, como vivo calmamente
por meu amigo enfadada
muito me cansa
o meu amigo na Guarda.

Ai eu sortuda, como vivo sem me preocupar
por meu amigo que se vem aproximar;
     nada me tarda
             o meu amigo na Guarda.

Ai eu sortuda, como vivo leve
por meu amigo que vem como a neve;
      nada me tarda
             o meu amigo na Guarda.