Alterações climáticas em muitos formatos

Watercolor texture 2

Ao cantar a música Protesto dos Golfinhos pensamos no aquecimento dos oceanos e na relação abusiva que, muitas vezes, os homens mantém com os animais. Os bonecos e a empanada nos permitiram experimentar um pouco deste gênero teatral.

Reunimos neste livro digital, fotos, textos e áudios produzidos ao longo das sessões do Clube de Teatro do Agrupamento de Escolas de Prado, no 3º período do ano letivo 21/22. Apesar das alterações climáticas causarem tragédias, desconfortos e situações que provocam tristeza à humanidade e a toda forma de vida existente no planeta, acreditamos que o teatro e a educação possam ser potentes instrumentos para a conscientização de crianças e jovens. Nesta luta, a alegria do encontro humano, na participação coletiva em prol de uma mesma causa, só nos fortalece, na esperança e na busca por ações e soluções para melhores dias. Esperamos que os leitores apreciem nosso trabalho, com o mesmo gosto que tivemos em realizá-lo!&nbsp;

Maquete de cidade criada pela aluna Alice, sendo invadida pelas águas do mar

Flash yellow

Alunos/as Adriano Garcia - 5º B Alice Afonso - 5º D Beatriz Rodrigues - 5º C Duarte Gomes - 5º C José Carvalho - 6º B Martim Nunes - 5º C Técnica de Teatro - Renata Flaiban Coordenadora GAAF - Professora Isabel Macedo

Agradecemos à Direção do Agrupamento e ao Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) pelo constante incentivo à realização deste Clube. E também pelo entusiasmo e aceitação de propostas diferenciadas para aproximações entre teatro, educação e cidadania. À professora Deolinda Oliveira, pelos auxílios com as tecnologias da informação e comunicação. À Alícia Wiedemann, pelas parcerias educacionais e artísticas.

O livro O planeta azul, da autora Luísa Ducla Soares, com ilustrações de Aurélie de Sousa, foi explorado pelo grupo de alunos de forma descontraída.&nbsp; A leitura deste livro de poemas foi utilizada como estratégia para aprimorar a leitura e a interpretação de textos, para refletir sobre a temática das alterações climáticas, aproximando-nos da natureza e do planeta que habitamos, de forma sensível.&nbsp;

Purple polka dot border

Se, por um lado, as alterações climáticas envolvem a todos nós, causando ansiedades e problemas difíceis de serem resolvidos, por outro, as crianças sentiram-se abraçadas pelo enorme pano azul que levei a elas, provocando-as para respostas criativas na representação de cenas e criação de improvisos com corpos e mentes em ação.&nbsp;

Visualizamos a animação A maior lição do mundo – Unicef, parte 1, de 2015, para entender melhor o projeto que estávamos começando a desenvolver e o Concurso, no qual poderíamos vir a participar. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Bs-N6SSX18M">https://www.youtube.com/watch?v=Bs-N6SSX18M</a>.

Criamos personagens articulando nossas mãos, com olhos desenhados em papel

A figura humana enrolada no tecido foi nomeada como múmia (em brincadeira de apanhadinha, super divertida!), rainha do mar, santa, sereia de cauda longa ou ainda casulo ambulante. Aqui, nestas fotos, a aluna Beatriz sendo enrolada e provando como mover-se neste estado.

Neste texto encontramos a beleza do azul de nosso planeta, quando visto do espaço, e diversas situações de degradação dos ambientes, causadas pela ação humana.

Blue polka dot border

A água, simbolizada pelo pano, foi vivenciada como elemento escasso e de necessidade básica, ao imaginar que estávamos num deserto, a avistar um oásis

O aluno Martim gostou muito da boneca-tartaruga. Aqui ouvimos o grupo de alunos a cantar um trecho de Desabafo de tartaruga, que integra o texto dramático Ilha, junto com a técnica Renata Flaiban, autora da música e do texto. Foi curioso observar a generosidade da turma que, em nenhum momento, questionou a manipulação do boneco, por um único aluno, enquanto os demais estavam a atuar no coro.

Craft paper border

Cena 4 MÃE (Mais calma): Não berres com ele, coitadinho… PAI: Coitadinho, nada. Está mais do que na idade de aprender a cuidar dos recursos que não são infinitos. MÃE: É, poupar água é uma necessidade, ajuda o ambiente e assim sobra para a verdura e os legumes da tia crescer. Cena 5 TIA (Entra com um cesto na mão. Todos a esperam.): Olá a todos! Desculpa … eu sei que querias a salada, mas a única coisa que consegui trazer foram algumas maçãs, laranjas, vagens e couves. Cena 6 JORNALISTA: Estamos de volta com o jornal da noite! Nunca a humanidade produziu tanto gás carbônico (Desenho de carros em congestionamento), responsável pelo efeito estufa, que tem levado ao derretimento das geleiras, o aquecimento e à elevação das águas do mar. Deixa o carro em casa! (Desenhos) Anda à pé, de trotinete, de skate ou de bicicleta, é o que a natureza nos pede. Vamos agora apresentar o clipe de uma música que trata deste assunto e está no top 10 das mais tocadas.

Este roteiro para uma possível encenação ainda não foi levado à cena, o que pretendemos fazer em breve. Trata-se de uma junção de uma sequência de cenas escritas pela aluna Alice e de sugestões da técnica de teatro. &nbsp; Alterações Climáticas: Assim não dá! Acorda e age (Sino, sobe a cortina.) Letreiro: O Clube de Teatro do AE de Prado apresenta Alterações climáticas (Som de mar Manipulação do pano azul e canto) Uma onda… Cena 1 (Vinheta de abertura do jornal)

Cena 7 (Cantam. Coreografia com mãos.) Enquanto as geleiras derretem… Cena 8 TIA: Uns sem água, e outros com ela pelo pescoço. MÃE: E os animais marinhos? Estão sofrendo com estas mudanças. PAI: É por isso que cada um tem que fazer a sua parte. A nossa, agora, é poupar energia, apagar as luzes, e já pra cama. FILHO: (Dando beijinhos na família) Boa noite pai, boa noite, mãe, boa noite tia. (Deita, dorme, ressona. Sonha com golfinhos e tartaruga) Cena 9 Golfinhos Cena 10 Tartaruga Cena 11 FILHO: (Acorda assustado) Assim não dá! Acorda e age humanidade! Cena 12 Ficha técnica desenhada

Fizemos experimentações sonoras com materiais como grãos de milho numa forma de metal, a simular sons de água. Utilizamos, nas diversas gravações que fizemos, instrumentos musicais de percussão tais como carrilhão, queixada, flexatone e chocalhos para pontuações de ideias e efeitos sonoros.

JORNALISTA: Sejam todos bem-vindos ao jornal da noite. Em Portugal, a seca está-se a tornar cada vez mais frequente. Para a evitar devemos: (desenhos representam cada um dos itens) armazenar água nas barragens para períodos mais secos fechar a torneira quando não é necessária, tomar duches rápidos reparar as torneiras e as canalizações para que não tenhamos vazamentos.. Cena 2 (O filho chega em casa a correr. O pai e a mãe já estão lá.) FILHO: Olá pai, olá mãe. A Tia vem almoçar? Ela traz aquela salada boa? MÃE (Sentada à mesa): Ultimamente o tempo está tão quente que não sei se teve água suficiente para aguar as hortaliças. Mas ela é mágica, deve conseguir… Cena 3 FILHO (A ensaboar as mãos com a torneira aberta): Vou lavar as mãos. (Cantarola enquanto lava demoradamente. Som de água correndo.) PAI (Berrando ao filho): Filho! Fecha já a torneira!!!!

O Clube de Teatro do Agrupamento de Escolas de Prado

Alterações climáticas em muitos formatos

Com o Jornal das Sete brincamos de ser jornalistas e entrevistados, inventando uma vinheta de abertura, vozes, nomes e identidades. Surgiram, neste dia, personagens com uma visão mais catastrófica sobre as alterações climáticas, como podem conferir na gravação. Exercitamos a capacidade de improvisar falas, aperfeiçoando, assim, a oralidade.

Com este poema tomamos consciência da distância que, por vezes, instaura-se entre a vidas no campo e a vida na cidade, as crianças e os adultos. Enquanto elas têm sede de experiências na natureza, eles propõem a vida falsa, fabricada, nos grandes centros, que não satisfazem nada a um desenvolvimento feliz e saudável. A tristeza estampada na cara da menina da ilustração demonstra bem este sentimento, assim como o coelho aprisionado na gaiola.

O pano azul foi água, barco, ninho, cobertura, envolvência, ambiente de habitação e transporte. Os verbos deslizar, puxar, encolher e espalhar foram experimentados em movimentações leves e pesadas, suaves e vigorosas. Nesta foto, sobressaem: a suavidade das mãos, dos braços e da expressão facial do aluno Duarte, ao representar a sensação corporal de quando estamos em harmonia com a água.

E também vivenciamos a água como ameaça, em situações de enchentes ou elevação dos oceanos.

Name

Safari may block some audio or video from playing automatically and ‘read to me’ will skip these. You can configure this in Safari’s preferences.