"Lembrar é Amar"

by Maria José Gonçalves

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Dia Internacional da Família
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Lembrar é Amar
Há um ano, em maio de 2020, lancei um desafio aos meus alunos do 8.º e do 10.º anos de escolaridade:

"Caro aluno,
em tempo de confinamento, quero lançar-te um desafio.
Constrói uma árvore genealógica da tua família, porque "Lembrar é Amar".
Para tal, deves contactar os teus familiares mais idosos e perguntar-lhes tudo o que se lembram da história da família. Em tempo de confinamento, o contacto deve ser por telefone ou através das redes sociais.
Provavelmente, há histórias interessantíssimas na tua família que agora vais descobrir: um bisavô que esteve na Primeira Grande Guerra, uma avó ou avô que emigrou a salto para França, um avô que foi para a Guerra Colonial...
Espero que sejas criativo e que vistas o papel de historiador.
Hoje é um bom dia para começar.

Não te esqueças: " Lembrar é Amar".

A professora de História,
Maria José Gonçalves
Os alunos responderam ao desafio.
Enviaram os seus trabalhos em diferentes formatos (pdf, ppt, jpeg...), no pressuposto de que quando voltássemos à escola pudéssemos fazer uma grande exposição.
Infelizmente, tal não é possível.
Hoje, como forma de celebrarmos o Dia Internacional da Família, vamos apresentar apenas alguns excertos de alguns trabalhos.




Na capa deste Book Creator está a árvore genealógica elaborada pelo Manuel Matas, hoje, aluno do 9.º ano, da turma D.
"Perante o desafio que me foi apresentado na disciplina de História sobre o tema “Lembrar é Amar”, realizei uma profunda recolha de informação relativamente à minha árvore genealógica sobre os meus antepassados. Este trabalho proporcionou-me conhecer de uma forma mais vasta, não só o nome mas também histórias e acontecimentos dos meus antepassados. Com este trabalho fiz recordar aos meus pais e aos avós, ainda vivos, algumas situações que os meus antepassados vivenciaram. 
Ao longo da pesquisa que realizei, tornou-se impossível decifrar o nome dos meus trisavós maternos, do lado do meu avô Armando Rodrigues, e o nome do meu trisavô paterno, do lado do meu avô Hélder Silva, sendo que descobri apenas que eram de origem espanhola. Fiquei a saber que, da parte da minha avó materna, foi editado um livro referente a apontamentos genealógicos por Carlos Brito Navarro, intitulado "Navarro e Sottomayor", editado em 1986. 
Fiquei a saber que alguns dos meus antepassados passaram por momentos verdadeiramente difíceis, vivenciando a crise proporcionada pelas guerras, foi o caso dos meus trisavós maternos António Avelino Azevedo Paredes e Felicidade de Sá Sottomayor e dos meus trisavós paternos, Anastácio Amorim e Ombelina Bela Rosa Carvalho, detentores de grandes fortunas e propriedades do Minho e Douro respetivamente, sendo-lhes subnegado o património durante as grandes guerras. Descobri também que alguns dos meus antepassados deixaram marcas de valor no seu percurso de vida, nomeadamente o meu bisavô paterno (falecido) chamado Manuel Pereira que, dada a sua profissão e arte contribuiu para um enriquecimento do nosso património cultural, histórico, arquitetónico e artístico, restaurando grande parte das Igrejas de estilo Barroco na zona norte do País nomeadamente, em Braga e Douro, a identificar a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira no Concelho de Mesão Frio, por ser uma das igrejas do País com maior expressividade em talha dourada. Este meu bisavô foi dos poucos entalhadores de referência a nível nacional do seu tempo.
De referir também o meu avô materno (ainda vivo) Armando Rodrigues. É cantador ao desafio, conhecido por ter feito uma brilhante carreira como cantor popular. Realizou várias digressões em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente, EUA, Canadá, Brasil e França, percorrendo todas as comunidades de emigrantes espalhados por este mundo fora. Durante quatro décadas projetou a sua voz em palco num estilo da qual ficou apelidado de Rei das Cantigas ao Desafio, passando a ser conhecido pelo Marinho da Barca. O meu avô deu ser ao poema de Manuel Parada como intérprete do Hino de Ponte da Barca, brilhante interpretação que ainda hoje os barquenses vibram em ouvi-la. Este trabalho despertou em mim uma enorme curiosidade em saber mais sobre os meus antepassados. Irei certamente dar continuidade a esta perquisição. Como dizia Alexandre Herculano “Lá, temos os tesouros dos nossos afetos contentamentos"
Maria Madalena Rodrigues Silva, hoje, aluna do 9.º ano, turma C.
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