Uma história sobre os mistérios do planeta.

Sussurros da Caixa Misteriosa

Histórias em Linha Vertical

Ana Martins | Andreia Mendes | Leonor Doaga Marta Silva | Osvaldo Ferreira

SUSSURROS DA CAIXA MISTERIOSA

Parchment

Revelação dos mistérios ocultos da Natureza

Ao observar os hábitos singulares dos animais, Diana e Inês percebem um fenómeno extraordinário: um dos caminhos levou as adolescentes às Terras Silenciosas, onde umas espécies de aves exóticas executavam melodias misteriosas que se ouviam através das copas das árvores. Através da observação atenta, Inês percebe que essas aves compartilhavam narrativas sobre ciclos de vida e a dependência de todas as criaturas. Até que então surge o papagaio e diz:

-Olá, olá belas meninas! Já soube da vossa chegada. Então, no que vos posso ajudar? Diana e Inês respondem em uníssono: -Soubemos que tens um mistério para nos desvendar! -Sim, sigam-me e mostrar-vo-lo-ei. Nisto, o papagaio encaminha as raparigas para o topo das árvores, onde observam a misteriosa emigração das aves e, então, sem entender, as duas amigas olham-se confusas e o papagaio ajusta: -Sigam as minhas caras colegas e outro enigma vão encontrar!

As personagens surgiam como entidades da vida animal: o papagaio, o guardião dos ventos; a baleia, a entrelaçada das estrelas; e a cobra, a rainha dos sonhos noturnos. Juntos, encarnavam os segredos mais significativos da natureza. Guiadas por uma insaciável curiosidade, elas exploram as selvas desérticas, savanas vastas e os corais profundos. Já lá dentro, uma espécie de macaco aguardava as duas jovens para começarem a aventura na procura da revelação dos mistérios há muito esquecidos, guiando-as para o primeiro lugar.

Numa aldeia remota, onde os raios do sol dançavam nas folhas das árvores como pétalas douradas, vivia Diana, uma pequena sábia conhecida por desvendar os mistérios da natureza. Os seus olhos, luminosos como estrelas, buscavam nos padrões da natureza respostas para as suas dúvidas. Ao longo da sua vida, dedicou-se a decifrar o código da existência selvagem e numa dessas aventuras conheceu a sua confidente, Inês, uma jovem curiosa e desejosa pelo conhecimento. Juntas, exploravam as florestas sagradas em busca de respostas para enigmas do passado.

Dark wood

Projeto Histórias em Linha Vertical

Agrupamento de Escolas de Lousada Escola Secundária de Lousada Ano Letivo 2023-2024

Coordenadoras Emília Ferreira Isabel Guedes*

*Responsável pela edição e ilustração desta história.

As duas caminham até uma área e conseguem observar de longe um X. Correm em direção ao sinal, pois acreditam que estão na etapa final. Então, Diana emite as três palavras reveladas pela cobra: -Equilíbrio, harmonia, vínculo! No mesmo instante, surge num remoto vale oculto, a Guardiã das Eras, uma tartaruga milenar cuja carapaça exibia marcas esculpidas por eras passadas. Essa antiga vigilante, através de sua própria existência, encerrava os mistérios da longevidade e da transmissão do conhecimento da natureza, que não podiam ser revelados.

Determinadas a compartilhar essas descobertas com o mundo, Diana e Inês fundam o Instituto da Orquestra Animal. Este legado tornou-se uma bússola para futuras gerações de cientistas e conservacionistas, inspirando-os a desvendar os mistérios da vida animal e do reino vegetal, compreendendo que, na diversidade dos comportamentos e comunicações, reside a riqueza abismal da vida selvagem.

Intrigadas por essa revelação, Diana e Inês partem, juntamente com as aves, para as Profundezas Do Mar, onde criaturas do meio marítimo criam um espetáculo de luzes e sons. Descobrem que, nesse reino misterioso, as luzes azuis noturnas não eram apenas estéticas, mas uma linguagem complexa que transmitia mensagens. Elas ficam fascinadas com aquela vista deslumbrante do mar repleto de pequenas partículas cintilantes. Quando estas "pinturas marítimas" ofuscam, aparece um baleal, e uma das baleias fala: -Olá, doces meninas, já soube da vossa chegada! No que vos posso ajudar?

Então Diana e Inês respondem ao mesmo tempo: -Soubemos que tens um mistério para nos desvendar! -Pois então mostrar-vo-lo-ei, sigam-me! Algo naquele imenso grupo de baleias desperta a curiosidade de Diana ao ver que estas comunicavam entre si, mas nem ela nem a sua colega conseguiam decifrar, pois não era emitido qualquer tipo de som. Então, a baleia comparece de novo e revela: -Sigam as formosas ondas do mar e, na próxima costa que encontrarem, deverão aterrar!

Contudo, a jornada estava longe do fim. Ao chegarem à costa mais próxima, as curiosas crianças exploram as Terras Desérticas, onde testemunharam uma sincronia impressionante entre insetos e mamíferos que adaptavam os padrões de comportamento para enfrentar as adversidades do ambiente. Essa "Orquestra do Deserto" revelou a capacidade desses animais de se adaptarem ao tempo real, criando um equilíbrio. Fatigadas do tempo e da caminhada, estas decidem parar para apreciar os grãos de areia amontoados. Então Inês conta:

Certo dia, ao observarem a luz do sol filtrar-se por entre os galhos, perceberam que as sombras escondiam mensagens. Intrigadas, mergulharam na curiosidade de explorar uma caixa que então ali havia aparecido e que revelava um segredo que estas teriam de descobrir ao entrar nela. Determinadas a decifrar o enigma, decidiram avançar e entrar dentro da caixa perfeitamente esculpida, esquecida nas sombras do tempo. O Guardião desse mundo enigmático era um urso, mais conhecido por Bernardo, um grande cientista visionário da vida selvagem, cujos olhos refletiam a sabedoria da natureza.

-Chamamos a isto duna! Escapa então um sorriso de ambas as partes e decidem continuar o longo trajeto que tinham ainda por completar. Quando, finalmente, avistam uma cobra, esta exprime: -Olá, meninas tentadoras, já soube da vossa chegada. No que vos posso ajudar? Diana e Inês respondem simultaneamente: -Soubemos que tens um mistério para nos desvendar! -Sim, sigam-me e mostrar-vo-lo-ei.

Ao longo da caminhada, algo chama a atenção de Diana, e esta estagna para observar e diz: -AS MIRAGENS! INÊS, AS MIRAGENS SÃO VERDADEIRAS! Então, a cobra interrompe Diana: -Se vês água ao longe, e as verdes folhas no vento a dançar, nunca saberás se estás a alucinar, já dizia a minha avó. Entretanto, um enigma maior ainda aguardava estas adolescentes. Depois de muita caminhada a cobra abandona Diana e Inês e pronuncia uma última vez: -Se o último enigma querem encontrar, digam as três palavras mágicas que vou soletrar! -shhhh, shhhh, shhhh!

Inês, no mesmo segundo, olha com um ar de dúvida para Diana, ao ver a sua colega a sorrir. Entretanto, Diana manifesta: -EU SABIA! Eu sabia que estudar ofidioglossia um dia ia dar jeito! -Estudar odifio....., ofidio.... O quê Diana? - reclama Inês. -SIM INÊS, OFIDIOGLOSSIA, é a maneira de comunicar com as cobras! -Ok. Então quero ver se realmente isso vai ser útil e resulta. - diz Inês com um ar duvidoso.

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