Uma história sobre a amizade entre os animais.

O poder da amizade

Histórias em Linha Vertical

Numa das primeiras manhãs de primavera, o andorinhão-preto Trovão sobrevoava a região do Vale do Sousa, quando raspou a asa numa árvore e, para se restabelecer, refugiou-se num moinho, junto do rio Sousa, em Pias, acabando por adormecer.

Quando acordou, encontrou dois animais: um de olhos azuis esbugalhados com as asas grandes e cintilantes, que se chamava Jota e era um belo imperador-azul; do outro lado, viu um ouriço-cacheiro chamado Pico, com um ar ameaçador e os seus picos eriçados, mas simultaneamente com um ar muito fofo. 

Apressadamente, os dois amigos foram procurar a Pérola, que era uma cobra-de-água-de-colar, e o Lusi, a salamandra lusitânica. Estes animais tinham muitos conhecimentos sobre plantas e explicaram-lhes o que tinha acontecido ao Trovão. -Já sei! Vamos aplicar a Douradinha na asa do Trovão, uma vez que tem propriedades curativas! – disse, entusiasmada, a Pérola.

- Boa! É isso mesmo, é aquele feto que existe na Mata de Vilar, mas o sítio específico não me recordo muito bem! - informou a Lusi. O Jota prontificou-se, de imediato, a ir buscar o tal feto, mas como não sabia o caminho, a Pérola deu-lhe as indicações de como lá chegar.

O Trovão sentia-se ameaçado, porque não conhecia os animais que observava, mas como estava com dores na sua asa, decidiu arriscar e pedir ajuda ao Jota e ao Pico. 	- Socorro! Socorro! Magoei-me na minha asa, podem ajudar-me? -suplicou o Trovão. 	- Não sei como te ajudar, pois sou muito pequenino e delicado - murmurou o Jota. 	- Tinha muito gosto em ajudar, mas se te tocar vou-te picar! - exclamou o Pico.

- Vamos conversar com os nossos amigos que são muito inteligentes! - proferiram o Pico e o Jota ao mesmo tempo. - Quem são os vossos amigos? Acham mesmo que eles vão conseguir ajudar-me? – perguntou, preocupado, o Trovão. - Claro que sim, eles são muito espertos! - reafirmou o Pico.

Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos. A coloração dorsal é variável, exibe um padrão de pequenas manchas negras irregulares, espalhadas ao longo do corpo. Os juvenis exibem duas manchas no pescoço que formam um colar amarelado e orlado de negro, sendo esta a característica responsável pelo seu nome vulgar. Esse colar desaparece à medida que o indivíduo cresce.

É um anfíbio pertencente à ordem Caudata, endémico do noroeste da Península Ibérica. É a única espécie do género Chioglossa. A sua cauda pode atingir dois terços do comprimento do corpo. Quando são atacadas podem soltar a cauda, regenerando-a posteriormente. Esta espécie tem várias características morfológicas que a tornam adaptadas a ambientes ribeirinhos.

É a maior libélula&nbsp;da Europa Ocidental, podendo atingir os 8 cm de comprimento. O estilo de voo faz lembrar um helicóptero, e o azul-pálido do abdómen pode-se observar sem recurso a binóculos. Os machos adultos são muito territoriais, expulsando frequentemente outras espécies de libélulas da área de alimentação.

Tem cerca de seis mil espinhos aguçados de 2 a 3 centímetros, que cobrem o dorso e os flancos do seu corpo. Quando se sente ameaçado, enrola-se sobre si próprio, transformando-se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar. A cabeça distingue-se facilmente do resto do corpo, os olhos são grandes, as orelhas são relativamente pequenas e pontiagudas e possui uma cauda rudimentar.

QUERES SABER MAIS SOBRE AS PERSONAGENS DESTA HISTÓRIA?

Destaca-se principalmente pela plumagem e pelo seu canto, um trisso ruidoso, que facilita a sua detecção e que dá origem aos nomes onomatopaicos zirro e zilro, pelos quais também é conhecido. Tem uma silhueta que lembra a de uma andorinha, mas o tamanho ajuda a distinguir as duas espécies. Chega a passar 99% do seu tempo, fora da época de acasalamento, no ar, o que totaliza 10 meses de voo.

Dinis Neto Duarte Neto Guilherme Rodrigues Mateus Carvalho Rafael Romão Rafael Leite Prof.ª Ana Marques

O imperador azul levantou voo e, quando chegou à Mata de Vilar, avistou um charco. Foi ter com as suas amigas libélulas e perguntou-lhes onde podia encontrar a Douradinha. Elas disseram-lhe e ele, com muito cuidado, pegou numa ponta do feto que estava no muro e levou-o muito confiante aos seus amigos. 

- Sobes o rio no sentido da nascente, vais passar pelo Parque de Vilela, onde tem aquela ponte romana, segues em direção ao Parque do Ameal e aí já consegues avistar a Mata de Vilar - explicou a Pérola.

Entregou-o à sua amiga Lusi, e ela, delicadamente, com a sua pele humedeceu a Douradinha e colocou na asa ferida do Trovão. O Trovão recuperou de forma bastante rápida e ficou muito agradecido com o empenho, a dedicação e o trabalho dos quatro amigos, e até prometeu que, sempre que regressasse ao Vale de Sousa, lhes faria uma visita.

Escola Básica Prof. Marnoco e Sousa - 5ºC Dinis Neto Duarte Neto Guilherme Rodrigues Mateus Carvalho Rafael Romão Rafael Leite Professora: Ana Marques Projeto: Histórias em Linha Vertical

flying atlantic records Sticker by Halestorm

Projeto HISTÓRIAS EM LINHA VERTICAL

Coordenadoras Emília Ferreira Isabel Guedes*

*Responsável pela edição e ilustração desta história.

Agrupamento de Escolas de Lousada Escola Básica Prof. Marnoco e Sousa Ano letivo 2023-2024

Name

Safari may block some audio or video from playing automatically and ‘read to me’ will skip these. You can configure this in Safari’s preferences.