Visão do Mundo pela Escrita
Dezembro 2022
9.º anos
Crónicas
Textos de opinião
Textos de opinião
Quotidiano
Articulação Biblioteca Escolar e Português
Professoras Fátima Fradique e Sara Reis
Professoras Fátima Fradique e Sara Reis
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CONTEXTUALIZAÇÃOLoading...
Os trabalhos produzidos resultam do estudo de tipologias textuais na disciplina de português em articulação com a Biblioteca Escolar, nomeadamente a crónica e o texto de opinião. Estas tipologias são fundamentais para o estimulo do espírito crítico e posicionamento perante os acontecimentos do quotidiano.Loading...
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04. AGRESSÕES DE RUAAfonso Fonseca, 9.º B
06. TEATRALOGAR
Alice Job, 9.º C
08. REGRESSO À FELICIDADE
Rodrigo Figueiredo | Zara Pereira, 9.º A
10. MAIS UM DIA NA MESMA CORRERIA
Alexiane Müller | Margarida Gabriel, 9.º C
12. MÚTUA FELICIDADE
Elian Azevedo | Matilde Santos, 9.ºA
14. TENHO UM AMIGO
Lua Afonso, 9.ºB
16. SARILHOS NO AUTOCARRO
Mariana Rodrigues, 9.ºB
18. O VERDADEIRO ESPÍRITO DE NATAL
Beatriz Moega, 9.ºB
20. SORRISO MILAGROSO
Henrique Correia | João Ribeiro, 9.º A
22. O SILÊNCIO DOS ADOLESCENTES
Rita Santos, 9.º B
24. DIA DE ESCOLA
Renata Almeida, 9.º C
26. SORRIR E SÓ SORRIR
Cláudia Geraldes | Rodrigo Leal, 9.º A
28. DESASTRE
Duarte Ribeiro, 9.º B
30. SORRIA
Isabela Neves | Tomás Morais, 9.º A
32. IDA AO SHOPPING
João Santos | Laura Almeida, 9.º B
34. PATINAGEM ARTÍSTICA
Mariana Maceiras, 9.º B
36. SEGURANÇA NO AUTOCARRO
Guilherme Salcedas, 9.º B
38. ENXAME DE ABELHAS
Bruna Miguel, 9.º C
40. ROTINA
Francisco Dionísio | João Lopes, 9.º A
42. UNIVERSO LITERÁRIO NOS DIAS DE HOJE
Zara Pereira, 9.º A
44. OS LIVROS NA MINHA VIDA
Matilde Santos, 9.º A
46. OS LIVROS PARA MIM
Tomás Morais, 9.º A
48. OS LIVROS SÃO IMPORTANTES
João Ribeiro, 9.º A
Crónica
AGRESSÕES DE RUA
Numa tarde de domingo, saio do metro, subo as escadas de um túnel cheio de touros.
Encontro-me perto de casa e vejo uma multidão em silêncio. Ouvem-se apenas os pombos nas janelas com as persianas fechadas e outros senhores a verem a situação. Começo a ouvir insultos, provenientes de um homem negro, robusto, mas frágil, ao mesmo tempo. Vejo também dois homens de polo azul, parecem seguros, porém descontentes.
De repente, já não oiço os pombos a fazer o seu som característico, o silêncio da multidão tornou-se num mar bravo de insultos, as janelas estão cheias de luzes brancas, parece que estão a apontar para algo específico. Finalmente, percebo o que está a acontecer, os dois homens de polo azul estão com um género de taco metálico, fino e poderoso, batem nas costas do negro várias e várias vezes, até que o homem robusto, mas frágil, torna-se apenas frágil! Os homens de azul levam-no para um carro e saem rapidamente. O silêncio nunca mais voltou.
Chego a casa, ligo a televisão e vejo um vídeo proveniente de uma daquelas janelas. Apenas mostra os homens a bater várias vezes no negro. Oiço críticas e mais críticas, oiço processos e módulos de força, e-mails e explicações.
Concluo que as pessoas só transmitem o que querem, todos nós somos manipulados, nada é puramente verdade, somos uma mentira.
Afonso Fonseca, 9.º B
Encontro-me perto de casa e vejo uma multidão em silêncio. Ouvem-se apenas os pombos nas janelas com as persianas fechadas e outros senhores a verem a situação. Começo a ouvir insultos, provenientes de um homem negro, robusto, mas frágil, ao mesmo tempo. Vejo também dois homens de polo azul, parecem seguros, porém descontentes.
De repente, já não oiço os pombos a fazer o seu som característico, o silêncio da multidão tornou-se num mar bravo de insultos, as janelas estão cheias de luzes brancas, parece que estão a apontar para algo específico. Finalmente, percebo o que está a acontecer, os dois homens de polo azul estão com um género de taco metálico, fino e poderoso, batem nas costas do negro várias e várias vezes, até que o homem robusto, mas frágil, torna-se apenas frágil! Os homens de azul levam-no para um carro e saem rapidamente. O silêncio nunca mais voltou.
Chego a casa, ligo a televisão e vejo um vídeo proveniente de uma daquelas janelas. Apenas mostra os homens a bater várias vezes no negro. Oiço críticas e mais críticas, oiço processos e módulos de força, e-mails e explicações.
Concluo que as pessoas só transmitem o que querem, todos nós somos manipulados, nada é puramente verdade, somos uma mentira.
Afonso Fonseca, 9.º B
TEATRALOGAR
Caminho pela rua solitária e triste que, de momento, se encontra como eu. Pelo caminho, encontro um mar de sorrisos e vozes alegres que parecem ecoar em mim, tento responder, mas algo me impede. Vozes que tento, mas não consigo ignorar…Vozes que dizem que não devo importunar a vida dos outros com a presença de alguém invisível aos olhos das pessoas comuns. Atravesso esse mar de suposta alegria, tentando não dar nas vistas, o que para mim não é difícil. Sigo em direção ao teatro, um local sagrado e acolhedor, um local onde existem diversos espetáculos ou, até mesmo, concertos. Um dos poucos locais onde gosto verdadeiramente de estar…
Desde pequena, gosto de ir ao teatro, gosto de ver os atores e as atrizes com diferentes roupas e adereços a cada instante, mas gosto, principalmente, da forma como estas pessoas dão vida às diferentes personagens que interpretam.
Após ver diversos espetáculos maravilhosos, comecei a imaginar qual seria a sensação de estar debaixo dos holofotes a dar vida a um personagem …. Descobrir a forma como ele vê o mundo, como ele sente as diversas emoções, por outras palavras, ser quem ele é! Isso seria como mudar de vida e poderia ensinar-nos a sermos melhores pessoas, a respeitar o outro e, de certa forma, a pormo-nos no lugar do outro, percebendo, assim, que não somos apenas nós que temos problemas (sermos egoístas).
Podem dizer que o teatro é algo disparatado que serve apenas para brincar ou entreter as pessoas, mas para mim representa muito mais… Para além dos exemplos dados anteriormente, posso dizer que o teatro e, mais especificamente, a representação podem ajudar a resolver determinados tipos de problemas, podem libertar os nossos pensamentos, ajudando-nos a descontrair, a dar asas à imaginação (como se costuma dizer), podem ajudar-nos a fazer uma reflexão sobre as nossas atitudes e valores e ajudar-nos a descobrir quem somos e até a compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Por todas estas razões e, mais algumas, considero que o teatro tem bastante importância para mim e gostaria de um dia poder atuar. Para terminar gostaria de acrescentar que a cidade da Covilhã está de parabéns pela remodelação da sala de espetáculos do Teatro Municipal da Covilhã.
Alice Job, 9.º C
Desde pequena, gosto de ir ao teatro, gosto de ver os atores e as atrizes com diferentes roupas e adereços a cada instante, mas gosto, principalmente, da forma como estas pessoas dão vida às diferentes personagens que interpretam.
Após ver diversos espetáculos maravilhosos, comecei a imaginar qual seria a sensação de estar debaixo dos holofotes a dar vida a um personagem …. Descobrir a forma como ele vê o mundo, como ele sente as diversas emoções, por outras palavras, ser quem ele é! Isso seria como mudar de vida e poderia ensinar-nos a sermos melhores pessoas, a respeitar o outro e, de certa forma, a pormo-nos no lugar do outro, percebendo, assim, que não somos apenas nós que temos problemas (sermos egoístas).
Podem dizer que o teatro é algo disparatado que serve apenas para brincar ou entreter as pessoas, mas para mim representa muito mais… Para além dos exemplos dados anteriormente, posso dizer que o teatro e, mais especificamente, a representação podem ajudar a resolver determinados tipos de problemas, podem libertar os nossos pensamentos, ajudando-nos a descontrair, a dar asas à imaginação (como se costuma dizer), podem ajudar-nos a fazer uma reflexão sobre as nossas atitudes e valores e ajudar-nos a descobrir quem somos e até a compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Por todas estas razões e, mais algumas, considero que o teatro tem bastante importância para mim e gostaria de um dia poder atuar. Para terminar gostaria de acrescentar que a cidade da Covilhã está de parabéns pela remodelação da sala de espetáculos do Teatro Municipal da Covilhã.
Alice Job, 9.º C
Caminho pela rua solitária e triste que, de momento, se encontra como eu. Pelo caminho, encontro um mar de sorrisos e vozes alegres que parecem ecoar em mim, tento responder, mas algo me impede. Vozes que tento, mas não consigo ignorar…Vozes que dizem que não devo importunar a vida dos outros com a presença de alguém invisível aos olhos das pessoas comuns. Atravesso esse mar de suposta alegria, tentando não dar nas vistas, o que para mim não é difícil. Sigo em direção ao teatro, um local sagrado e acolhedor, um local onde existem diversos espetáculos ou, até mesmo, concertos. Um dos poucos locais onde gosto verdadeiramente de estar…
Desde pequena, gosto de ir ao teatro, gosto de ver os atores e as atrizes com diferentes roupas e adereços a cada instante, mas gosto, principalmente, da forma como estas pessoas dão vida às diferentes personagens que interpretam.
Após ver diversos espetáculos maravilhosos, comecei a imaginar qual seria a sensação de estar debaixo dos holofotes a dar vida a um personagem …. Descobrir a forma como ele vê o mundo, como ele sente as diversas emoções, por outras palavras, ser quem ele é! Isso seria como mudar de vida e poderia ensinar-nos a sermos melhores pessoas, a respeitar o outro e, de certa forma, a pormo-nos no lugar do outro, percebendo, assim, que não somos apenas nós que temos problemas (sermos egoístas).
Podem dizer que o teatro é algo disparatado que serve apenas para brincar ou entreter as pessoas, mas para mim representa muito mais… Para além dos exemplos dados anteriormente, posso dizer que o teatro e, mais especificamente, a representação podem ajudar a resolver determinados tipos de problemas, podem libertar os nossos pensamentos, ajudando-nos a descontrair, a dar asas à imaginação (como se costuma dizer), podem ajudar-nos a fazer uma reflexão sobre as nossas atitudes e valores e ajudar-nos a descobrir quem somos e até a compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Por todas estas razões e, mais algumas, considero que o teatro tem bastante importância para mim e gostaria de um dia poder atuar. Para terminar gostaria de acrescentar que a cidade da Covilhã está de parabéns pela remodelação da sala de espetáculos do Teatro Municipal da Covilhã.
Alice Job, 9.º C
Desde pequena, gosto de ir ao teatro, gosto de ver os atores e as atrizes com diferentes roupas e adereços a cada instante, mas gosto, principalmente, da forma como estas pessoas dão vida às diferentes personagens que interpretam.
Após ver diversos espetáculos maravilhosos, comecei a imaginar qual seria a sensação de estar debaixo dos holofotes a dar vida a um personagem …. Descobrir a forma como ele vê o mundo, como ele sente as diversas emoções, por outras palavras, ser quem ele é! Isso seria como mudar de vida e poderia ensinar-nos a sermos melhores pessoas, a respeitar o outro e, de certa forma, a pormo-nos no lugar do outro, percebendo, assim, que não somos apenas nós que temos problemas (sermos egoístas).
Podem dizer que o teatro é algo disparatado que serve apenas para brincar ou entreter as pessoas, mas para mim representa muito mais… Para além dos exemplos dados anteriormente, posso dizer que o teatro e, mais especificamente, a representação podem ajudar a resolver determinados tipos de problemas, podem libertar os nossos pensamentos, ajudando-nos a descontrair, a dar asas à imaginação (como se costuma dizer), podem ajudar-nos a fazer uma reflexão sobre as nossas atitudes e valores e ajudar-nos a descobrir quem somos e até a compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Por todas estas razões e, mais algumas, considero que o teatro tem bastante importância para mim e gostaria de um dia poder atuar. Para terminar gostaria de acrescentar que a cidade da Covilhã está de parabéns pela remodelação da sala de espetáculos do Teatro Municipal da Covilhã.
Alice Job, 9.º C
Crónica
REGRESSO À FELICIDADE
Subo as escadas da minha casa e a rotina é sempre a mesma, o pai e a mãe a discutirem na cozinha.
Entro no quarto e abro as gavetas uma a uma e procuro algo para vestir. Quero sair daqui. Saio e prefiro ir a pé, mesmo sabendo que vou demorar cerca de vinte minutos.
Ultimamente, tenho tido necessidade de sair de casa. Cá, as coisas não têm estado muito boas e também estou cansado de cá estar sempre a fazer o mesmo.
Paro e reparo num pequeno jardim. Caminho até lá e parece não estar ninguém. Sento-me num banco e abro o meu livro na página que tinha marcado da última vez.
Começo a pensar em deixar o jardim e caminhar até outro destino, mas alguém aparece. Uma rapariga que aparenta ter 14 anos, sentou-se no banco de jardim oposto ao meu. “Será que já cá veio mais vezes?”. O
seu cabelo é loiro e longo e os seus olhos azuis. Apercebi-me que estava
a olhar para ela há tempo demais, quando ela retribuiu o olhar. Fiquei envergonhado, mas ela sorriu. Ela sorriu!
Isto melhorou o meu dia. A vontade de sair do jardim desapareceu e, agora, só me apetecia ficar lá. Mas saí! Quero voltar a vê-la!
Rodrigo Figueiredo | Zara Pereira, 9.º A
Entro no quarto e abro as gavetas uma a uma e procuro algo para vestir. Quero sair daqui. Saio e prefiro ir a pé, mesmo sabendo que vou demorar cerca de vinte minutos.
Ultimamente, tenho tido necessidade de sair de casa. Cá, as coisas não têm estado muito boas e também estou cansado de cá estar sempre a fazer o mesmo.
Paro e reparo num pequeno jardim. Caminho até lá e parece não estar ninguém. Sento-me num banco e abro o meu livro na página que tinha marcado da última vez.
Começo a pensar em deixar o jardim e caminhar até outro destino, mas alguém aparece. Uma rapariga que aparenta ter 14 anos, sentou-se no banco de jardim oposto ao meu. “Será que já cá veio mais vezes?”. O
seu cabelo é loiro e longo e os seus olhos azuis. Apercebi-me que estava
a olhar para ela há tempo demais, quando ela retribuiu o olhar. Fiquei envergonhado, mas ela sorriu. Ela sorriu!
Isto melhorou o meu dia. A vontade de sair do jardim desapareceu e, agora, só me apetecia ficar lá. Mas saí! Quero voltar a vê-la!
Rodrigo Figueiredo | Zara Pereira, 9.º A