Loading...
Loading...
VISÃO DO MUNDO PELA ESCRITALoading...
Fevereiro 2023Loading...
Auto da Barca do InfernoSéculo XXI
Loading...
Articulação entre Biblioteca Escolar e PortuguêsProfessoras Fátima Fradique e Sara Reis
Loading...
By 9.º ANOS1
CONTEXTUALIZAÇÃO
Gil Vicente é considerado o pai do teatro português. Com o teatro fez um retrato da sociedade portuguesa do século XVI, satirizando-a, Castigat ridendo mores. Era uma forma de intervenção social.
No "Auto da Barca do Inferno" fez desfilar em palco vários tipos sociais (Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Parvo, Judeu, Procurador, Corregedor, Alcoviteira, Frade, Enforcado e Quatro Cavaleiros), confrontou-os com os seus vícios e/ ou virtudes, julgando-os e fazendo-os rirem-se de si próprios.
Os alunos do 9.º ano, inspirando-se nos moldes vicentinos, olharam para a sociedade e identificaram os seus alvos, criando 8 cenas, onde desfilam um político, um médico, um traficante, um ladrão, um polícia, um banqueiro, um pedófilo e um agricultor.
No "Auto da Barca do Inferno" fez desfilar em palco vários tipos sociais (Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Parvo, Judeu, Procurador, Corregedor, Alcoviteira, Frade, Enforcado e Quatro Cavaleiros), confrontou-os com os seus vícios e/ ou virtudes, julgando-os e fazendo-os rirem-se de si próprios.
Os alunos do 9.º ano, inspirando-se nos moldes vicentinos, olharam para a sociedade e identificaram os seus alvos, criando 8 cenas, onde desfilam um político, um médico, um traficante, um ladrão, um polícia, um banqueiro, um pedófilo e um agricultor.
1
Gil Vicente é considerado o pai do teatro português. Com o teatro fez um retrato da sociedade portuguesa do século XVI, satirizando-a, Castigat ridendo mores. Era uma forma de intervenção social.
No "Auto da Barca do Inferno" fez desfilar em palco vários tipos sociais (Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Parvo, Judeu, Procurador, Corregedor, Alcoviteira, Frade, Enforcado e Quatro Cavaleiros), confrontou-os com os seus vícios e/ ou virtudes, julgando-os e fazendo-os rirem-se de si próprios.
Os alunos do 9.º ano, inspirando-se nos moldes vicentinos, olharam para a sociedade e identificaram os seus alvos, criando 8 cenas, onde desfilam um político, um médico, um traficante, um ladrão, um polícia, um banqueiro, um pedófilo e um agricultor.
No "Auto da Barca do Inferno" fez desfilar em palco vários tipos sociais (Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Parvo, Judeu, Procurador, Corregedor, Alcoviteira, Frade, Enforcado e Quatro Cavaleiros), confrontou-os com os seus vícios e/ ou virtudes, julgando-os e fazendo-os rirem-se de si próprios.
Os alunos do 9.º ano, inspirando-se nos moldes vicentinos, olharam para a sociedade e identificaram os seus alvos, criando 8 cenas, onde desfilam um político, um médico, um traficante, um ladrão, um polícia, um banqueiro, um pedófilo e um agricultor.
Cena 1
Cena 1
POLÍTICO
(Num cais encontra-se um barqueiro dentro de uma canoa. Chega um
político com um saco azul na mão)
BARQUEIRO - Saudações, senhor político! (sem ânimo)
POLÍTICO: Saudações!
BARQUEIRO - Uma moeda para a viagem, por favor!
POLÍTICO - Uma moeda? Pago, se eu quiser! Acha que eu queria morrer? (rindo-se maleficamente) Porque não me leva de volta à vida e aí eu pago-lhe com todo o gosto e muito mais.
BARQUEIRO - Não o posso fazer!... Uma moeda para a viagem, por favor!
(O político retira a moeda da boca, paga ao barqueiro e dirige-se à Barca do
Diabo)
DIABO - (animado) Ora viva, senhor político, venha cá, venha!
POLÍTICO - Para onde vai esta barca?
político com um saco azul na mão)
BARQUEIRO - Saudações, senhor político! (sem ânimo)
POLÍTICO: Saudações!
BARQUEIRO - Uma moeda para a viagem, por favor!
POLÍTICO - Uma moeda? Pago, se eu quiser! Acha que eu queria morrer? (rindo-se maleficamente) Porque não me leva de volta à vida e aí eu pago-lhe com todo o gosto e muito mais.
BARQUEIRO - Não o posso fazer!... Uma moeda para a viagem, por favor!
(O político retira a moeda da boca, paga ao barqueiro e dirige-se à Barca do
Diabo)
DIABO - (animado) Ora viva, senhor político, venha cá, venha!
POLÍTICO - Para onde vai esta barca?
Cena 1
(Num cais encontra-se um barqueiro dentro de uma canoa. Chega um
político com um saco azul na mão)
BARQUEIRO - Saudações, senhor político! (sem ânimo)
POLÍTICO: Saudações!
BARQUEIRO - Uma moeda para a viagem, por favor!
POLÍTICO - Uma moeda? Pago, se eu quiser! Acha que eu queria morrer? (rindo-se maleficamente) Porque não me leva de volta à vida e aí eu pago-lhe com todo o gosto e muito mais.
BARQUEIRO - Não o posso fazer!... Uma moeda para a viagem, por favor!
(O político retira a moeda da boca, paga ao barqueiro e dirige-se à Barca do
Diabo)
DIABO - (animado) Ora viva, senhor político, venha cá, venha!
POLÍTICO - Para onde vai esta barca?
político com um saco azul na mão)
BARQUEIRO - Saudações, senhor político! (sem ânimo)
POLÍTICO: Saudações!
BARQUEIRO - Uma moeda para a viagem, por favor!
POLÍTICO - Uma moeda? Pago, se eu quiser! Acha que eu queria morrer? (rindo-se maleficamente) Porque não me leva de volta à vida e aí eu pago-lhe com todo o gosto e muito mais.
BARQUEIRO - Não o posso fazer!... Uma moeda para a viagem, por favor!
(O político retira a moeda da boca, paga ao barqueiro e dirige-se à Barca do
Diabo)
DIABO - (animado) Ora viva, senhor político, venha cá, venha!
POLÍTICO - Para onde vai esta barca?
DIABO - Para a Ilha Perdida, meu senhor, para o lugar que lhe convém! Seja bem-vindo!
POLÍTICO - Não entrarei nessa barca, não irei para essa ilha! Seria humilhante! Estou habituado a bons hotéis e a muito luxo!
DIABO - (explicando) Muito fino, o senhor! Será mais um para o nosso cais! E, claro, mais um para juntar ao bando dos hipócritas e arrogantes.
(O Político mostra-se desiludido.)
DIABO - Mereces ser condenado! Este cais é o teu lugar! A tua alma está em conformidade! Até depois da morte tentaste subornar o Barqueiro!
POLÍTICO - Eu estava a tentar voltar à vida, para encher este saco, pois ficou lá todo o fruto do meu trabalho!
DIABO - Voltar? Para cometeres os mesmos erros e voltares a cá parar?
Para isso, ficas já cá! Tu e o teu saco azul? A prova do pecado!
POLÍTICO - Mas aquele dinheiro é meu! Foi (gagueja) ganho com muito esforço!
DIABO - Claro, é teu, mas veio do bolso do povo!
POLÍTICO - Não entrarei nessa barca, não irei para essa ilha! Seria humilhante! Estou habituado a bons hotéis e a muito luxo!
DIABO - (explicando) Muito fino, o senhor! Será mais um para o nosso cais! E, claro, mais um para juntar ao bando dos hipócritas e arrogantes.
(O Político mostra-se desiludido.)
DIABO - Mereces ser condenado! Este cais é o teu lugar! A tua alma está em conformidade! Até depois da morte tentaste subornar o Barqueiro!
POLÍTICO - Eu estava a tentar voltar à vida, para encher este saco, pois ficou lá todo o fruto do meu trabalho!
DIABO - Voltar? Para cometeres os mesmos erros e voltares a cá parar?
Para isso, ficas já cá! Tu e o teu saco azul? A prova do pecado!
POLÍTICO - Mas aquele dinheiro é meu! Foi (gagueja) ganho com muito esforço!
DIABO - Claro, é teu, mas veio do bolso do povo!
POLÍTICO - Vou seguir caminho! Não tens nada para me oferecer!
(dirigindo-se à Barca do Anjo)
Ó da Barca!
ANJO - O que queres? Onde queres tu ir?
POLÍTICO - Para o meu destino!
ANJO - Destino? Com todos os teus pecados e esse saco tão vistoso vais para o Inferno, não és bem-vindo aqui. Esta barca não será a tua casa! Contudo, admiro a tua coragem ao tentares a tua sorte!
POLÍTICO - Aceito o meu destino, ao Inferno irei parar! Pensei que estava a fazer o bem, agora percebo que o fiz só por mim.
(O político volta à Barca do Inferno)
DIABO - Acordaste para a vida! (eufórico)
POLÍTICO - Não percamos tempo, quanto mais depressa melhor! Estar aqui é humilhante, lá dentro ninguém me vê.
DIABO - VÊ-TE A TUA ALMA!
Alunos: Elian Azevedo, João Ribeiro, Tomás Morais, Zara Pereira, 9.º A
(dirigindo-se à Barca do Anjo)
Ó da Barca!
ANJO - O que queres? Onde queres tu ir?
POLÍTICO - Para o meu destino!
ANJO - Destino? Com todos os teus pecados e esse saco tão vistoso vais para o Inferno, não és bem-vindo aqui. Esta barca não será a tua casa! Contudo, admiro a tua coragem ao tentares a tua sorte!
POLÍTICO - Aceito o meu destino, ao Inferno irei parar! Pensei que estava a fazer o bem, agora percebo que o fiz só por mim.
(O político volta à Barca do Inferno)
DIABO - Acordaste para a vida! (eufórico)
POLÍTICO - Não percamos tempo, quanto mais depressa melhor! Estar aqui é humilhante, lá dentro ninguém me vê.
DIABO - VÊ-TE A TUA ALMA!
Alunos: Elian Azevedo, João Ribeiro, Tomás Morais, Zara Pereira, 9.º A