Book Creator

Caderno das Letras

by Maria da Luz Câmara

Cover

Loading...
Loading...
Agrupamento de Escolas Martim de Freitas
Loading...
#Grupo de Português
#Professores Titulares de Turma
#Biblioteca Escolar
Crescem as palavras...

Escrever é um ato individual ditado pela imaginação. Aprende-se a escrever, ouvindo, lendo, escrevendo.
Para se gostar de escrever é preciso que o ato da escrita resulte de uma escolha própria e não de uma imposição.
E, assim, timidamente, o texto nasce: começa por ser apenas algumas palavras, quase perdidas, meio tímidas nas mãos de uma criança. Depois, ganham confiança, crescem, maturam-se. De repente, já não são palavras soltas! Libertam-se do medo e desaguam tranquilamente em frases prenhes de sentido.
 Crescem as palavras e o menino escritor descobre a beleza de dar forma ao pensamento através delas e percebe o  poder e a força inimagináveis que estas têm em si e nos outros.

Biblioteca Escolar
O Livro

Era uma tarde de verão,
E a seca dominava,
Não me apetecia desenhar
Na tv não dava nada.

Fui contra uma estante,
Um livro caiu,
Como era tão velho
A capa saiu!

Abri o livro
E comecei a observar,
As imagens eram fixes
E a história espetacular!

Aquilo despertou-me a imaginação.
De repente estava numa aventura,
Num mundo muito estranho.
Era mesmo uma loucura!

O que não parecia importante,
Foi a melhor coisa de sempre,
Fui um pirata a navegar,
O livro abriu-me a mente!

Passei a tarde a lê-lo,
Aquilo foi do melhor,
Fui um herói fabuloso
E um bandido do pior!

Agora vou contra a estante,
Nunca sei o que escolher,
Só sei que me faz feliz,
Qualquer livro que vá ler.

Guilherme Faria, n.º9, 6.ºD
TEXTOS NARRATIVOS
A árvore da amizade


Numa aldeia pequena vivia-se o Natal. Dois irmãos esquilos, Vivo e Válter, decoravam a árvore das memórias com bolas brilhantes e estrelas douradas. A árvore das memórias significava muito para eles, pois cada ramo continha uma memória.
Eles sentiam-se sempre muito tristes porque a sua mãe tinha morrido. Era por isso que aquela árvore era especial.
Vivo é o irmão mais novo, gosta de ler e desenhar, é
pequenino e esperto. A sua cauda é enrolada e longa como a do seu pai e gosta muito de ajudar os seus amigos. Válter, embora sendo o mais velho, era mais frágil e sensível.
De repente, o pai chamou os irmãos para almoçar.
Valter e Vivo correram os dois a empurrarem-se um contra o outro para ver quem era mais rápido.
Comeram o almoço deliciados. Momentos depois, voltaram ao jardim… a árvore tinha desaparecido!
Vivo ficou zangado e Valter desanimado. Eles tinham de fazer alguma coisa! Vivo correu à procura da árvore e Valter foi atrás dele.
Entretanto, já estavam perdidos na floresta.
De repente… ouviram um grito fininho. Era um ratito que estava pendurado numa árvore.
Valter, preocupado, apressou-se a ajudá-lo. Quando já
estavam totalmente seguros, o ratito agradeceu:
- Obrigado por me ajudarem!
- De nada - respondeu Valter orgulhoso.
- Como é que ficaste pendurado? - perguntou Vivo
preocupado.
- Bem… o vento era tão forte, que me levou, e fiquei
pendurado num ramo respondeu o ratito assustado.
- Adeus! - disseram Valter e Vivo ao mesmo tempo.
A noite caía e fazia frio. Vivo procurava a árvore das memórias quando ouviu um estrondo. Vivo e Valter correram o mais depressa possível.
Assim que chegaram, viram uma casa caída no meio da neve gélida e transparente.
De repente… uma voz suave gritou:
- Ajuda! Ajuda!
- Vamos ajudar! - exclamou Vivo, apressando-se a tirar a tábua que estava em cima do animal.
- Obrigada! - agradeceu a raposa.
- Não voltes a cair! - avisou Valter.
Vivo e Valter voltaram para casa e, ao verem que a árvore das memórias estava lá, ficaram espantados, pois os irmãos nem adivinhavam que tinham sido aqueles dois animais que lhes tinham trazido de volta a árvore de Natal especial.
De repente, apareceram o ratito e a raposa, e festejaram aquele momento de partilha e de interajuda.
Então, Vivo e Valter perceberam que a amizade faz grandes coisas. Era o melhor presente de Natal que podiam ter, amigos.

Amélia Reis, n.º 2, 4.ºA  
Uma aventura de Natal

Era uma vez dois irmãos que se chamavam Guida e João. A Guida tinha os cabelos cacheados e dourados como o sol, olhos azuis como o céu e um doce e iluminado sorriso. O seu irmão, João, era um menino como se diz «com bichos carpinteiros», astuto e divertido.
Os dois irmãos andavam muito tristes, pois o Natal estava a chegar e a neve não pintava de branco a paisagem.
- O que estás a fazer? Não está a nevar! - perguntou o João intrigado.
- Estou a fazer um boneco de neve, mas com terra, ou seja, um boneco de terra! - exclamou a Guida, divertida.
Começaram os dois a fazer um boneco de terra, até que, de repente, a mãe chamou-os para irem lavar as mãos, porque o jantar estava pronto. Depois de jantarem, foram para a cama.
João ouvia barulhos estranhos e foi ver à janela, e o que viu foi um espanto. Foi chamar a irmã. Viram o seu boneco de terra a transformar se num boneco de neve que ganhou vida, e começou a nevar.
Lá no céu, aproximava-se o trenó do Pai Natal. O boneco de neve subiu para o trenó e o Pai Natal perguntou aos irmãos:
- Querem ajudar-me? Pois tenho muitas prendas, e já estou atrasado. Só deixei em  Espanha e aqui.
Os irmãos disseram logo que sim, e foram pôr as suas prendas debaixo da árvore. Foram ajudar o Pai Natal. Assim que acabaram, foram para casa, só dormiram mais duas horas, pois a mãe chamou-os para irem abrir as prendas.
Desde então, em todos os Natais, iam ajudar o Pai Natal e faziam um boneco de neve mesmo que não nevasse.

Inês Sanches Tapada, n.º 9, 4.ºA
PrevNext