Tradições e Invenções

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&nbsp;&nbsp;&nbsp;Depois pediu um pouco de toucinho, batatas, feijão, carne, enchidos, uns temperos… E por aí fora, até a panela estar cheia de coisas boas e a sopa cheirar cada vez melhor. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Quando o frade acabou de a confecionar, comeu-a. No fundo da panela, ficou apenas a pedra. A gente da casa que viu o frade confecionar a sopa perguntou-lhe por que ficara ali a pedra. A isto, o clérigo respondeu prontamente: “A pedra, agora lavo-a e levo-a comigo para outra vez”. &nbsp;&nbsp;&nbsp;E assim nasceu a lenda de uma das mais famosas especialidades de Almeirim! &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Afonso Pereira e Dinis

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Lenda dos Estremoços ou Estremoz &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Conta-se que há muitos séculos um homem, uma mulher e uma criança viajavam numa carruagem pela planície do Alentejo. Ódios políticos e falsos delitos tinham atirado esta família para a estrada sem fim, procuravam por isso um novo lar numa terra bem longínqua.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Depois de tão longa viagem, o&nbsp;calor apertava e a sede torturava-os. O pó punha-lhes a boca gretada e a língua áspera. Precisavam de descansar, fugir ao sol dessa planície imensa que ficava para além do rio Tejo. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;De súbito apareceu ao longe uma sombra larga, acolhedora, como um oásis no deserto, um tremoceiro, o único abrigo que encontraram no caminho. A família armou uma tenda e ali passou a noite. Na manhã seguinte, foram acordados pelo dono daquelas terras com os seus homens que reclamava da presença da família na sua propriedade sem a sua autorização. Ao ouvir que a família era perseguida, embora injustamente, por delitos que não tinham cometido, o velho proprietário mandou-os sair imediatamente. Sentindo-se insultados, mas de consciência tranquila, os forasteiros recusaram-se a abandonar o abrigo do tremoceiro.&nbsp;

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A Lenda de São Tiago &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Reza a lenda que há muitos anos, a terra de Chã de Ferreira sofreu um grande período de seca. Os campos encontravam-se secos, os animais não tinham como se alimentar, o rio estava praticamente seco. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Os pobres e humildes lavradores ao depararem com tal crise decidem fazer uma procissão a pedir chuva. Muito devotos de São Tiago pegaram no seu andor e entre cânticos e orações, levaram-no até ao rio da Levada Velha. É certo que no caminho de volta à Igreja de São Tiago de Modelos começou a chover. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O povo evoca ainda hoje esta lenda, como um dos milagres deste santo na terra. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O que poderá ser verídico nesta lenda? &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;As terras de Chã de Ferreira sofreram um longo período de seca, há já alguns anos, e após uma procissão em honra de São Tiago a pedir chuva, começou a chover. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Manuel Castelo e Manuel Paula

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Então, preparou uma surpresa à sua princesa, plantou as amendoeiras numa série de campos (que tentou manter escondidas da princesa durante algum tempo) e depois quando as flores abriram completamente chamou a princesa à janela… e ela ficou tão feliz de ver as árvores cobertas de branco que pensou mesmo que o seu príncipe tinha conseguido fazer neve no Algarve. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Pronto, e foi assim que surgiram as amendoeiras, por isso é que o Algarve tem tantas amendoeiras, e por isso também é que a flor de amendoeira é um dos símbolos do Algarve.

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5ºA 2021/22

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Introdução Portugal é um país extremamente rico em histórias e antigas lendas, que inspiram costumes e superstições. São às centenas as lendas portuguesas, contos, ditos e crenças populares que tornam a nossa cultura tão rica e interessante. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Contadas aos serões nos frios invernos pelos nossos antepassados revelam (…) terras e gentes de coragem, histórias de vingança, justiça, amores impossíveis e amores perfeitos, outras dizem respeito a acontecimentos verídicos mas com toques de imaginação, provavelmente para aumentar a carga dramática ou heroica do que realmente sucedeu. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Lendas contadas de forma um pouco diferente, consoante&nbsp;a região e quem as conta,&nbsp;mas com a mesma essência.

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&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Desde então, a companhia proprietária do carregamento passou a enviar anualmente grandes quantidades de vinho para envelhecer na Terra Nova. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Assim surgiu este celebrado porto e esta espantosa lenda perpetuada nos rótulos das garrafas dos portos Newman's. Leonor e Luciana

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A princesa acabou por aceitar a cruel decisão do pai, mas pediu-lhe que a deixasse encontrar-se mais uma vez com o pastor para se despedir. Um pedido que o rei aceitou. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Encontraram-se pela última vez nos campos verdes onde se tinham conhecido. Falaram, como de costume, sobre o seu amor e também da separação imposta pelo Rei. E choraram. Choraram muito. Tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma delas, com águas de cor&nbsp;azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos azuis da princesa. A outra, de cor&nbsp;verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos verdes do pastor. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Se os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas ficaram juntas para sempre e jamais se separaram.

The History of Jack o' Lanterns

O MOSTEIRO DE FERREIRA &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Na freguesia de Ferreira fica uma das joias do património das Terras de Sousa, o Mosteiro de Ferreira. Com uma forte influência, na Idade Média, no povoamento e desenvolvimento agríco­la e cultural da região, a Igreja Românica de S. Pedro de Ferreira que chegou aos nossos dias é um testemunho impressionante da arquitetura­ do século XII.&nbsp;

Lenda da Sopa da Pedra &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Reza a lenda que um frade pobre e faminto, que andava em peregrinação, chegou a Almeirim. Com o estômago a dar horas, bateu à porta da casa de uns aldeões. Porém, por ser demasiado orgulhoso para pedir uma refeição, pediu aos donos da casa que lhe emprestassem uma panela para preparar uma sopa deliciosa só com uma pedra. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Os que o recebiam, ansiosos por perceber como é que isso era possível, acederam ao seu pedido. O frade apanhou uma pedra do chão, sacudiu-a e entrou na casa. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O frade colocou a panela ao lume só com a pedra e um pouco de água. Questionado pela dona da casa sobre se não precisaria de mais alguma coisa, respondeu que era preciso temperar a sopa… A mulher deu-lhe o sal, mas ele sugeriu que para ficar melhor, devia levar um fiozinho de azeite.

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Ao chegar à ponte de Negrelos, o lavrador atirou o penedo para o rio Vizela e das suas águas tumultuosas ergueu-.se uma jovem encantadora que exclamou: &nbsp;– QUEBRASTE-ME O ENCANTO! HÁ MUITO QUE ISTO DEVERIA TER ACONTECIDO. ADEUS, QUE VOU PARA A MINHA TERRA. &nbsp;&nbsp;&nbsp;O calhau não voltou à serra, mas também ninguém soube mais notícias daquela jovem e bela moura encantada. Lara e Sofia&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Escola Básica de Paços de Ferreira

E para terminar, uma lenda de alguns países de língua inglesa...

O Cerco do Porto e o seu Dragão &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Em 1826 Pedro IV, rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, abdicou da coroa portuguesa a favor da sua filha Dona Maria. Sendo ela ainda criança, a regência do reino ficou entregue a Dom Miguel, irmão de Dom Pedro. Miguel acabou por usurpar o trono e começou uma guerra civil. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Em 1832, Dom Pedro desembarcou com 7500 homens próximo do Porto, para afrontar o irmão. Foi bem acolhido pela cidade, mas esta ficou cercada por mais de 40 mil homens de Dom Miguel. O Cerco do Porto durou mais de um ano, tendo a cidade sofrido ataques, fome e doenças mas o Porto resistiu, acabando por romper o cerco e assegurando o triunfo do Liberalismo. Dom Pedro jamais esqueceria o sacrifício da sua cidade: a sua “Invicta”.

&nbsp;&nbsp;&nbsp;No ano seguinte,&nbsp;na noite de 31 de Outubro, Jack estava a caminho de casa quando o Diabo apareceu. Jack, esperto como sempre, convenceu o Diabo a apanhar uma maçã de uma árvore. O diabo aceitou e quando subiu ao primeiro galho, Jack pegou num canivete e desenhou uma cruz no tronco. O Diabo, aflito, acabou por aceder a desaparecer para sempre, em troca de poder descer da árvore.&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Um ano mais tarde, Jack morre, e tenta entrar no céu. A sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno.&nbsp;Chegando lá, encontra o Diabo, que&nbsp;desconfiado e sentindo-se ainda humilhado, não o deixa entrar, e atira-lhe uma brasa para que Jack possa iluminar o seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e afasta-se deambulando. &nbsp;&nbsp;A sua alma penada passa a ser conhecida como&nbsp;Jack O'Lantern&nbsp;(Jack da Lanterna).

&nbsp;&nbsp;&nbsp;O juiz empurrou o prato para o lado e&nbsp;ignorou&nbsp;o&nbsp;apelo, mas quando o&nbsp;peregrino&nbsp;estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Passado algum tempo foi feito o Galo de Barcelos e dado como encerrado o caso. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o&nbsp;Cruzeiro do Senhor do Galo&nbsp;em louvor à&nbsp;Virgem Maria e a&nbsp;Santiago Maior, monumento que se encontra no&nbsp;Museu Arqueológico de Barcelos.

Jack o'Lantern Geralmente, no Halloween as pessoas encontram nas casas e jardins, uma abóbora acesa com uma vela, essas abóboras são chamadas de Jack o’ Lantern, lenda do folclore irlandês, que conta a história de um homem chamado Jack. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Conta a lenda que o&nbsp;Diabo&nbsp;veio buscar a alma de&nbsp;Jack, um alcoólico, num dia 31 de Outubro. Jack implorou por mais um copito a que o Diabo acedeu, mas sem dinheiro para este seu último trago, pediu ao Diabo que se transformasse numa moeda e o Diabo assim o fez. Assim que viu a moeda sobre a mesa, Jack guardou-a na sua carteira, que tinha um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implorou para sair mas&nbsp;Jack propôs-lhe um trato: &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;-&nbsp;Eu liberto-te,&nbsp;mas tens que me deixar ficar na Terra por mais um ano inteiro. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Sem opção, o Diabo concordou. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Feliz com a oportunidade, Jack resolveu mudar a sua forma de agir. Deixou de beber, começou a tratar bem a família, a ir à igreja e até a fazer caridade.

Doou-lhe o seu coração e o lendário dragão do seu brasão tornou-se parte do símbolo da cidade. O dragão está representado em vários monumentos, como numa das faces da torre da Casa dos 24, ao lado da Catedral, em fontanários, como o que se encontra nos jardins do Barão de Nova Sintra ou na estátua de D. Pedro IV na avenida dos Aliados. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Foi também o símbolo adotado pelo Futebol Clube do Porto.

O PENEDO REBOLÃO &nbsp;&nbsp;&nbsp;Houve em tempos, na Citânia, um enorme penedo, polido e redondo como um seixo e, algumas vezes, tão leve como um novelo de lã. Era o “Penedo Rebolão”. &nbsp;&nbsp;&nbsp;O penedo era a satisfação e o encanto dos rapazes que guardavam o gado nas encostas. Grande mistério estava escondido naquele calhau! Uma vez retirado do seu lugar, parecia ter o diabo consigo. Para onde quer que fosse, voltava ao sítio de onde o haviam retirado. Aquele penedo tinha um sítio próprio! &nbsp;&nbsp;&nbsp;E isto sucedia dia atrás de dia, até que numa bonita tarde de primavera, um lavrador de Negrelos agarrou o penedo, carregando-o para cima do carro. Os rapazes tristonhos, queriam que a pedra voltasse para trás, mas o carro de bois lá seguiu, descendo a serra, em direção ao rio.

Lenda das Amendoeiras em Flor &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Houve um rei muçulmano, quando o Algarve era uma parte desse grande reino muçulmano que existia no século VII, que casou com uma bela princesa nórdica, loura e de olhos azuis. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A princesa gostava muito do seu príncipe muçulmano mas começou a ficar cada vez mais triste, e chorava… e chorava… e o príncipe árabe também não sabia o que é que se passava com a sua amada, ficava também triste e não sabia o que é que lhe havia de fazer, então (se calhar) começou a pensar que se calhar ela não gostava dele, que não gostava de estar aqui no Algarve, que não gostava de outras coisas quaisquer, então decidiu ir-lhe perguntar o que é que se passava com ela… e ela dizia que tinha saudades, tinha saudades da sua terra, tinha saudades de ver a neve. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O príncipe pensou, pensou, pensou… e teve uma ideia, teve uma ideia que resultou no seguinte: Plantou uma série de amendoeiras e quando essas amendoeiras floriam (como as amendoeiras em flor parecem flocos de neve) todos os campos ficavam brancos.

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Lenda do Galo de Barcelos &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Segundo esta lenda, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou que o galego se dirigisse a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa, e que fosse ferveroso devoto de Santiago, S.Paulo e Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.&nbsp;

Lenda do Vinho do Porto &nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;No outono de 1679, um barco com um carregamento de vinho do porto largou a cidade do Porto com destino a Londres. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O que nessa época era frequente, a meio da viagem, foi atacado por umcorsário francês a custo do qual conseguiu escapar, navegando para o alto mar. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Acossado por violenta tempestade, afastou-se imenso da sua rota pelo que o capitão tomou a decisão de ir fundear em S. João da Terra Nova para reabastecimento e repouso da tripulação. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Impossibilitados de prosseguir viagem devido ao rigor do inverno, só na primavera seguinte se fizeram de novo ao mar. Finalmente, chegados a Londres, constataram, com natural espanto, que a prolongada estadia na Terra Nova tinha dado ao vinho um aroma e um sabor agradavelmente diferentes.

Passado algum tempo, pai e mãe deram por falta da filha. Esta tinha ido encontrar-se com o velho proprietário. Disse-lhe que os seus pais eram gente nobre e honesta com capacidade para fazer daquele local uma linda povoação. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Convencido pela inteligência,&nbsp;simplicidade&nbsp;e coragem da menina, o velho proprietário foi ter com os pais e aceitou a sua presença nas suas terras e ajuda. Anos mais tarde, a povoação de tão próspera, recebeu o foral do rei D. Afonso III. Foram tantas as sugestões de nome para a terra, que o velho proprietário resolveu deixar à criança a escolha. Em homenagem à árvore, deu-lhe o nome de Estremoços (nome dado aos tremoços naquela época). Hoje é conhecida por cidade de Estremoz e o tremoceiro está representado no brasão da cidade. &nbsp;

Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou! &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Já ninguém duvidou das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto foi mandado em paz. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Passados alguns anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor a Santiago e à Virgem. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Gabriel e Tomás

A Lenda do Galo de Barcelos &nbsp;A&nbsp;lenda do Galo de Barcelos&nbsp;narra a intervenção milagrosa de um galo morto na prova da inocência de um homem erradamente acusado.&nbsp;Está associada ao monumento seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico, situado no Paço dos Condes de Barcelos. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Um dia, os habitantes de Barcelos&nbsp;andavam alarmados com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um&nbsp;galego&nbsp;que se tornou suspeito. As autoridades&nbsp;resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de passagem em&nbsp;peregrinação&nbsp;a&nbsp;Santiago de Compostela,&nbsp;em cumprimento duma promessa... &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Condenado à morte na&nbsp;forca, o homem pediu que o levassem à presença do&nbsp;juiz&nbsp;que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do&nbsp;magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a&nbsp;incredulidade&nbsp;dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem!

A CHUVA DE SÃO TIAGO &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;As terras de Chã de Ferreira sofreram um longo período de seca, há já alguns anos. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Os campos ficaram ressequidos e as ribeiras ficaram com um fio de água. Os pobres e humildes lavradores já não sabiam o que fazer. Tinham de pagar o foro (renda) ao senhorio e não tinham com quê! Nem cheta! Até o próprio gado começou a passar fome. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Como aquelas gentes são muito devotas aos Santos, acreditando em milagres, pensaram fazer uma procissão a pedir chuva. Numa última tentativa desesperada, o povo pegou no andor do Santo (Tiago) e, entre cânticos e orações, levou-o até ao rio da Levada Velha. Certo é que quando a procissão regressou à igreja (Modelos) já chovia abundantemente! &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O povo, na sua fé, continua a eleger este acontecimento como sendo um dos muitos milagres de São Tiago de Modelos. &nbsp; Joana e Matilde

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Lenda da Lagoa das Sete Cidades &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Conta-se que há muitos, muitos anos, no lugar onde se situa a freguesia das Sete Cidades, existiu um grande reino. Nele viveu uma princesa de olhos azuis, muito bela e bondosa, de seu nome Antília. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A princesa gostava muito da vida campestre e de passear pelos campos, apreciando tudo o que a natureza tem de bom. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Um dia, durante um dos seus passeios, a jovem princesa passou por um prado onde pastava um rebanho. Ali perto, tomando conta do rebanho, estava um simpático pastor de olhos verdes, com quem a princesa decidiu conversar. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Daí em diante passaram a encontrar-se todos os dias para conversar. O tempo foi passando e os dois jovens tornaram-se cada vez mais próximos e apaixonados. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Quem não gostou de saber que a princesa e o pastor se andavam a encontrar foi o rei. Ele queria que a sua filha casasse com um príncipe de um dos reinos vizinhos e, por isso, proibiu-a de voltar a ver o pastor.

<a href="https://maemequer.sapo.pt/viagensemiudos/lendas-de-portugal/">https://maemequer.sapo.pt/viagensemiudos/lendas-de-portugal/</a> <a href="https://www.youtube.com/watch?v=pFZ9lHkNyfM">https://www.youtube.com/watch?v=pFZ9lHkNyfM</a> <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_do_Galo_de_Barcelos">https://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_do_Galo_de_Barcelos</a> <a href="https://www.cm-barcelos.pt/visitar/caminho-portugues-de-santiago/a-lenda-do-galo/">https://www.cm-barcelos.pt/visitar/caminho-portugues-de-santiago/a-lenda-do-galo/</a> <a href="https://historiaschistoria.blogspot.com/2020/08/13-lendas-famosas-portuguesas.html">https://historiaschistoria.blogspot.com/2020/08/13-lendas-famosas-portuguesas.html</a> <a href="https://byacores.com/lenda-das-sete-cidades/">https://byacores.com/lenda-das-sete-cidades/</a> <a href="https://lendarium.org/pt/apl/arvores/amendoeiras-em-flor-2361/">https://lendarium.org/pt/apl/arvores/amendoeiras-em-flor-2361/</a> <a href="https://becastanheiradepera.blogs.sapo.pt/tag/lenda">https://becastanheiradepera.blogs.sapo.pt/tag/lenda</a> <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_x51p-94DuU">https://www.youtube.com/watch?v=_x51p-94DuU</a> &nbsp;

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