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Sannazzaro Notícias

by Renata Gonçalves

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Sannazzaro Notícias
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Exclusivo
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Edição 1 - Agosto de 2022
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TURMAS DOS 5ºS ANOS A E B DA EMEB “PROFª SYLVIA      
TEIXEIRA DE CAMARGO SANNAZZARO", ENTREVISTAM INDÍGENA DA ETNIA XAVANTE 
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MARCOS GILDO TSOROPRE DA ETNIA XAVANTE
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Marcos Gildo Tsoropre
O indígena Marcos Gildo Tsoropre, de 34 anos, falou, com exclusividade, para o Sannazzaro Notícias, sobre a sua vida e cultura.
Nascido em Barra das Garças, no Mato Grosso, Marcos vive na Aldeia São Marcos.
De acordo com dados do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), do ano de 2003, a Aldeia contava com 2.433 indígenas.
Com o interesse de conhecer a cultura indígena, através da vivência dos próprios indígenas, nossos repórteres entrevistaram Marcos Gildo Tsoropre, da etnia Xavante.
Os Xavantes somavam, em 2020, cerca de 22.256 pessoas abrigadas em diversas Terras Indígenas (TI), que constituem parte do seu antigo território de ocupação tradicional há pelo menos 180 anos, na região compreendida pela Serra do Roncador e pelos vales dos rios das Mortes, Kuluene, Couto de Magalhães, Batovi e Garças, no leste matogrossense. 
Marcos afirma que é muito bom morar em sua aldeia. Os indígenas Xavante pertencem a família linguística Jê, do tronco linguístico Macro-Jê, que é constituído por doze famílias linguísticas: Jê, Kamakã, Maxakalí, Krenák, Purí, Karirí, Yatê, Karajá, Ofayé, Boróro, Guató e Rikbáktsa. 
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Direitos Indígenas
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A questão da demarcação das terras indígenas e os direitos da população indígena, é uma preocupação recorrente. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 231, diz: São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.Porém, para Marcos, os direitos indígenas não são respeitados no Brasil: “Tem sempre briga pela nossa terra”. SN 
Atualidades e Cultura
Cultura e Curiosidades
Arquitetura
A arquitetura na cultura Xavante é descrita pelo entrevistado como: casas de barro e ocas de palha, com preferência por formas arredondadas.

Rituais
Questionado sobre a comemoração de passagens, como aniversários, Marcos explicou que, na cultura da etnia Xavante, ocorre a festa de iniciação da vida adulta que tem luta, furação da orelha e corrida da tora.

Agricultura
Marcos explica que o principal cultivo agrícola na aldeia é de mandioca.
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Foto: TI São Marcos/Câmara Municipal de Barra do Garças) 
Futebol
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Foto: Núcleo de Produção Digital da UFMT/ Divulgação
O futebol é uma das brincadeiras muito praticadas pelos indígenas Xavante, inclusive, organizando torneios intra e inter comunitários.

Em março de 2022, os indígenas organizaram um torneio de futebol.

Os Xavante praticam vários esportes nas comunidades há muitos anos.
Arte & Cultura
A arte indígena é uma parte valiosa da cultura brasileira
Arte indígena brasileira
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Pintura
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Máscaras indígenas
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A arte indígena é um dos pilares a partir dos quais o nosso imaginário nacional se formou.
Considera-se arte indígena nacional aquela que foi produzida pelos povos nativos antes, durante e depois do processo de colonização. Algumas dessas manifestações artísticas são as mais antigas do nosso território, sendo conservadas até os dias de hoje.
No Brasil, esta cultura se manifesta principalmente através da cerâmica, das máscaras e das pinturas corporais, embora também seja visível através da tecelagem, da música, da dança e da própria mitologia.
Usadas em rituais, cerimônias e celebrações, as máscaras indígenas têm uma alta carga simbólica. Habitualmente elas estão reservadas para alguns momentos especiais, como comemorações e rituais sagrados, pela sua forte ligação ao mundo do sobrenatural.
Parte dos costumes e do folclore de cada população, seguem as tradições e representam entidades que estes indivíduos querem agradar ou acalmar.
Características da arte indígena
A pintura corporal é um dos principais elementos desta arte, podendo assumir diversas técnicas e padrões. Feita maioritariamente pelas mulheres, ela não tem um fim utilitário, mas carrega muitas mensagens e simbologias.
As tintas variam de tribo para tribo, sendo preparadas de diferentes formas a partir de recursos naturais distintos, principalmente plantas, árvores e frutos. As pinturas e as tonalidades também podem variar dentro de um mesmo grupo, devido a fatores como o gênero, a idade ou a função na comunidade.
Um dos traços mais marcantes da arte indígena é a sua dimensão coletiva. Aqui, o fazer artístico não se trata de uma atividade individual: pelo contrário, é algo partilhado.
Intimamente ligadas à vida em comunidade, às necessidades diárias, celebrações, cerimônias e rituais, estas formas artísticas estão alicerçadas nas tradições e são transmitidas de geração em geração.
Em traços gerais, podemos afirmar que embora as peças tenham preocupações estéticas, a maior parte possui um caráter utilitário, ou seja, tratam-se de objetos que podem ser (e são) usados no cotidiano.
Artigo de Destaque
O que diz a socióloga Fabíola Angarten
Sociologia
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Fabiola Angarten, socióloga, explica que, a cultura indígena pode ser diferente, mas deve ser respeitada. Na Aldeia São Marcos, Fabiola explica que o processo de aculturação ocorreu e se faz presente, por exemplo, a partir da religiosidade católica, como se observa no próprio nome da aldeia. Fabiola observa que: “A Igreja Católica está presente em tudo na aldeia, como, questões de saúde, educação, movimentos sociais, organização em geral. Dessa forma, nada mais na aldeia é originalmente indígena”. Percebe-se, assim, que o processo de miscigenação, ou seja, a mistura étnica e cultural, é uma realidade na Aldeia São Marcos. 
Curiosidades
Você sabia?
Que o nome da nossa cidade, Indaiatuba, é de orígem indígena?

Proveniente
do tronco linguístico Tupi, que conta com 7 famílias linguísticas, entre eles,
o Tupi Guarani.
Indaiatuba,
em Tupi-Guarani, significa "região coberta de Indaiás", sendo
"Indaiá" uma palmeira de pequeno porte.
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Palmeira Indaiá
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Município de Indaiatuba
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Culinária
Outros municípios da região com nomes de origem Indígena:


Atibaia(SP) – Nome em Tupi: a’tib’aia
Significado- a: fruta + tyb’aia: lugar de muita fruta.

Mairiporã (SP) é um nome de origem indígena, que significa ‘aldeia pitoresca
Você já experimentou alguma receita indígena?
A culinária indígena influenciou a nossa culinária.
Veja essa receita deliciosa do povo indígena Xavante:
Tsadaré 
É necessário para preparar: Milho Xavante debulhado,
água, folha de bananeira-brava e terra de cupinzeiro. Essa receita é de um bolo de milho tradicional.
Modo de fazer: Depois do milho ser pilado e peneirado para virar uma farinha, é adicionado água, para virar uma massa. Deve-se colocar essa massa nas folhas de bananeira-brava, em formato circular. Para montar o bolo, quebram os cupinzeiros e jogam em cima do fogo com madeira. A terra de cupinzeiro é usada, porque possui propriedades que permitem a absorção de uma grande quantidade de calor, sem queimar o alimento. Depois da montagem do bolo nas folhas de bananeira, eles são colocados sobre o fogo com a terra dos cupinzeiros e são cozidos por, aproximadamente, três horas. Depois, estão prontos. 
Redação Jornal Sannazzaro Notícias:

Alunos e alunas dos 5º anos A e B da EMEB "Profª Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro"
Professoras: Débora Zocca e Joyce Angarten

Agosto de 2022.
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