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Escrita Criativa 9.º J

by Biblioteca AEAS

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Um mistério numa livraria

Era um dia comum de inverno, as árvores despidas, o ambiente escuro e triste, cascóis e casacos desconfortáveis e uma simples livraria, cheia. As pessoas entravam com um brilho nos olhos, um brilho inconfundível de vontade de ler.
Os leitores pegavam em livros por diferentes motivos. Muitas vezes era a capa cativante, ou o resumo na contracapa, mas a maioria das vezes era o preço acessível que determina a escolha.
A livraria ficou tão cheia que todos os livros tinham saído das estantes, todos  menos um livro de poesia. O livro estava novo, pois nunca tinha sido analisado. Tudo o que se limitava a receber eram olhares estranhos das pessoas que lá entravam. Até que entrou uma menina com o mesmo brilho nos olhos que todos os outros. Só restava aquele livro na estante, e quando viu a rapariga entrar, o livro já a imaginava a voltar por onde entrou, pois não iria querer lê-lo.


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No entanto, Maria, o nome da menina, não pensou duas vezes em pegar no livro. Parecia estar a adorá-lo, mas, de repente, leva o livro até à sua prateleira e sai do espaço, com um olhar triste no rosto. O livro ficou confuso e bastante dececionado, pois via uma esperança que acabou por desaparecer rapidamente.
Nessa noite, o alarme da livraria acordou a cidade inteira. O dono, com uma preocupação enorme, entra na livraria, mas logo a sua expressão de preocupação se transforma em confusão. O dinheiro estava todo na caixa, nada tinha sido vandalizado, apenas um livro tinha sido levado. O pequeno e coitado livro de poesia tinha desaparecido.
A polícia foi chamada, embora pouca importância tenha dado ao caso. O dono, no entanto, andava de casa em casa à procura do livro desaparecido, mas nada.
Não entendia. Nunca ninguém sequer olhou para o dito livro e agora tinha sido roubado!