Livro "Viagem pelo Tempo Medieval"

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Enquanto me divertia a observar os nobres nem reparei que era noite... A Máquina do Tempo dizia-me que era tempo de voltar para o meu Tempo! Ainda muito curioso e feliz, pensei como é bom poder viver e descobrir outros tempos que fazem parte do nosso tempo e contam a nossa história. Até outro Tempo!

Era uma vez uma máquina. Uma máquina que não era igual às outras! Era especial e mágica! Uma máquina que viaja... no tempo dos tempos! Apresento-vos a minha Máquina do Tempo.

Decidi seguir caminho. Deparei-me com um conjunto de cavaleiros com grandes armaduras de ferro e espadas. Pareciam estar a lutar... Afastei-me e observei.

Era a nobreza. Estavam a treinar para a guerra!

A nobreza era um grupo social rico, descendiam de reis, famílias importantes e cavaleiros. Dedicavam-se à guerra e defesa da população. Grandes Homens, pensei!

-Quem viveria ali? Reparei que era uma comunidade formada por abades, monges, frades e todos obedeciam a uma regra religiosa. Pertenciam ao clero regular. No mosteiro desempenhavam várias funções: religiosas (rezavam), educativas (ensinavam, liam, copiavam livros), de saúde (tratavam os doentes, faziam remédios) e de assistência ( aos peregrinos e mendigos). Os monges e o povo trabalhavam os coutos e pagavam rendas e impostos. O clero secular constituído por bispos e párocos vivia junto das populações nas cidades ou aldeias.

-Que tempo interessante! Durante estes séculos, XIII e XIV a sociedade portuguesa estava organizada em 3 grupos sociais: Clero, Nobreza e o Povo. O rei estava no topo da pirâmide. Todos os grupos sociais lhe deviam fidelidade, obediência e auxílio.

Avistei com curiosidade ao meu redor: _Uau! Que mágico! castelos, mosteiros, igrejas, aldeias, camponeses, propriedades de cultivo, cavaleiros com armaduras e espadas, ... -Quem viveria ali? Tudo me parecia estranho e ao mesmo tempo aliciante!

Dirigi-me ao local onde viviam. Fiquei maravilhado! Uma robusta e gigante construção dominava a propriedade. Era um grande castelo que estava inserido no domínio senhorial ou senhorio, propriedade da nobreza. Esta propriedade era constituída por duas partes: a reserva que eram as terras exploradas diretamente pelo senhor e os  mansos que eram parcelas de terrenos cultivados por elementos do povo, camponeses, que não as podiam abandonar e tinham de pagar rendas e impostos ao senhor.

Desci o monte e entrei num grande domínio senhorial eclesiástico. Estava diante de um mosteiro. Era enorme! Um mosteiro com muitas divisões que estavam à volta do claustro. O Edifício mais importante do mosteiro era a igreja.

Nos tempos livres os nobres dedicavam-se à caça, administravam as suas propriedades, praticavam equitação e realizavam treinos de preparação para a guerra. À noite faziam grandes banquetes, realizavam jogos de salão tais como xadrez, damas, cartas e dados. Assistiam à atuação dos jograis e saltimbancos.

Só podia estar no tempo dos reis e das rainhas, nos séculos XIII/XIV. Parti para a descoberta! Neste tempo, Portugal era uma monarquia. Era governado pelo rei D. Dinis (de 1279 a 1325), sexto rei de Portugal, casado com D. Isabel de Aragão que ficou conhecida como a "Rainha Santa" pelo milagre das rosas.

Certo dia, enquanto viajava, parei no tempo de um tempo... Desci da máquina. A montanha era muito alta parecendo que o cume tocava no sol radiante e nas nuvens de algodão.

O clero e a nobreza eram os grupos sociais mais privilegiados porque tinham mais regalias. Recebiam propriedades do rei, os domínios senhoriais da nobreza, honras, e os domínios senhoriais do clero, coutos. Não pagavam impostos e ocupavam importantes cargos administrativos.

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