Castelos 5A

Esperei que amanhecesse, mas quando ia a sair da cabana, os guardas reais já estavam a vigiar a frente do castelo e viram-me com a minha amada ao colo. Fui preso inocentemente. A prisão era muito difícil, comia uma paparoca de milho e pão com água e para beber águas mal cheirosas. O julgamento correu-me muito mal, pois não tinha dinheiro para me defender. Tive um&nbsp;longo e difícil dia, mas não correu inteiramente mal pois descobri que o povo acreditava na minha inocência. Talvez amanhã escape ao enforcamento!&nbsp; Pedi aos guardas para comer a minha última refeição, serviram-me um banquete com vegetais, frutos, carnes, arroz e papas de aveia. Sim eu gostava de comer, não me julguem. Porque é que eles me deram a refeição? Os guardas que protegiam a cela eram meus amigos. Quando saí, vi o povo revoltado com o rei,&nbsp;mas espero que quando me cortarem a cabeça esteja a sorrir.

Trataram da ferida com vinagre e vinho e colocaram-lhe umas talas de madeira e rasgaram uma camisa fazendo ligaduras. Abandonaram a floresta e foram para o castelo onde um velho monge o tratou com mezinhas, óleos e chás para as dores. No outro dia, Nuno já se encontrava melhor,&nbsp;mas andava com a mão ao peito. Dois dias depois,&nbsp;Álvaro decidiu fazer um banquete num grande salão com a carne&nbsp;que tinha caçado, javalis e veados assados, caldeirada de faisão e de lebre e no fim doces de ovos, amêndoas e mel. A festa acabou com um baile entre cavaleiros e damas nobres.

Texto de Daniel Silva, David Duarte, Santiago Coelho

Desenhos realizados pelos alunos do 5.º ano e tratamento digital pelos alunos do 8.º ano

Numa bela manhã de primavera uma duquesa chamada Maria Vasques passeava na ponte do Castelo de Santa Maria da Feira. Ela tinha olhos azuis, cabelo longo e loiro e um belo vestido com laços. estava ela a passear no adarve quando encontrou um guarda real que se aproximou dela, para lhe devolver um lenço que lhe caíra. Ele tinha olhos castanhos e cabelo curto, era alto e elegante. Ficaram amigos e marcaram um encontro. O encontro era à tarde, mas teve que ser às escondidas do alcaide. No dia seguinte, cada um estava a passear sozinho. Estavam tão desatentos a olhar para a paisagem que até se esbarraram e deram um beijinho. O alcaide Pêro Gonçalves de Marnel viu-os a beijarem-se e não achou muito correto, porque namoravam sem ele saber.

Texto de Mariana, Margarida e Ana Sofia

A traição do irmão do rei mouro.

Há muito, muito tempo, no ano de 1160, numa tarde soalheira mas fria, o cozinheiro Alberto preparava a ceia para o seu senhor, na cozinha do Castelo de Marvão. O cozinheiro era baixinho e gorducho, tinha o cabelo curto e preto, os olhos castanhos e coxeava da perna direita. Nesse dia, o cozinheiro estava muito atarefado a fazer um rico guisado e um doce de ovos e mel delicioso. Já estavam no caldeirão as carnes de javali, as batatas e os legumes. Para o doce usou ovos, farinha, leite e mel. De repente, um mouro estranho entrou&nbsp;sorrateiramente na cozinha do castelo e deitou um líquido venenoso dentro do caldeirão. Mais tarde, já à noitinha, a refeição foi servida no salão, e o provador provou o guisado&nbsp;envenenado e desmaiou na sala.

Corria o ano de 1064. O dia estava frio e chuvoso. À luz dos candeeiros, o salão nobre do Castelo de Silves parecia tristonho, mas logo ficou bastante animado. O&nbsp;príncipe Almiro tinha acabado de chegar à entrada principal do castelo com o seu lindo cavalo branco. O príncipe vinha pedir a princesa Dulce em casamento. Ela ficou muito feliz com aquele pedido e aceitou, mas faltava o rei dar o seu consentimento. Eles foram ter com o rei e ela disse-lhe que Almiro a tinha pedido em casamento. O rei não concordou. Então eles foram ter com um alcaide, no qual a princesa confiava, para pedir ao rei a sua permissão. O alcaide era muito amigo do rei e foi falar com ele, que se encontrava no caminho da ronda e convenceu-o a deixar o príncipe e a princesa casarem e conseguiu.

Projeto "Construir s@beres na Biblioteca Escolar"em articulação com Português, HGP e Educação Visual do 5.º ano e Artes e Tecnologias Digitais do 8.º ano. Escola Básica Mosteiro e Cávado 2018/19

-Desculpa, pai, eu ia dizer-te, só que não sabia qual era a melhor maneira - disse Maria. -Sim, mas não me escondas mais nada - respondeu-lhe o pai. -Prometo. O alcaide logo compreendeu,&nbsp;porque também já lhe tinha acontecido o mesmo na sua infância. Depois de alguns anos de namoro, o casamento aconteceu. O pai ficou feliz por a filha ter escolhido o marido certo, porque era muito amigo dela. Foram viver para o castelo, e depois de alguns anos tiveram filhos. E viveram felizes para sempre.

Corria o ano de 1143. Eu, Lemos, era um cavaleiro da classe nobre muito cobiçado pelo povo. Pedi a mão de D. Aurélia em segredo, pois ela foi deixada no Castelo de Tomar para ser educada pelos monges. Isso mesmo, no belo Castelo de Tomar,&nbsp;aquele que está rodeado por magníficas árvores. No dia da cerimónia, Aurélia foi raptada pelo seu antigo pretendente&nbsp;que se pensava morto. No dia do rapto, eu não queria pensar no pior. Fui para debaixo da janela para a chamar, mas ela não me respondeu. Informei os monges que ficaram preocupados e tiveram que arrombar a porta. Mal a abriram&nbsp;encontraram sangue espalhado pelo chão. Eu reparei em algo estranho no soalho, um casaco de peles escarlate que me parecia ser de um príncipe que iria casar com D. Aurélia. Daí, pensamos todos que ela, infelizmente, tinha morrido. No dia seguinte, fui passear por uma floresta perto do castelo e quando quis regressar estava perdido. Encontrei uma cabana para pernoitar. Maldita cabana! Porquê maldita? A minha amada estava morta lá dentro.

Texto de Anaísa Fernandes, Gabriel Pinto, Bruna Martins

A traição do irmão do rei mouro

Texto de Afonso Roriz, Luciana Oliveira, Matilde Queirós

Criou-se uma grande confusão na cozinha do castelo. O provador foi socorrido de&nbsp;imediato e conseguiram salvá-lo. Uns dias mais tarde, o rei mouro descobriu que o criminoso era o seu irmão que o queria matar para usurpar as riquezas existentes no castelo. Procuraram-no por todo o lado e encontraram-no escondido num poço agarrado a umas pedras. Ele foi levado até à presença do Rei e depois de muito se explicar, os irmãos entenderam-se e chegaram a um acordo. O Rei acolheu-o no castelo e daí em diante&nbsp;ambos governaram o Castelo de Marvão.

Havia vários criados a servir e no meio deles estava um ladrão disfarçado que queria roubar aquela pedra preciosa. Quando o rubi foi roubado, ouviu-se um som anormal vindo do trono do rei. Imediatamente todos os presentes olharam e perceberam que a pedra preciosa tinha desaparecido. Iniciou-se uma investigação e os soldados procuraram-na por todo o reino de Bragança, pois sem o rubi o reino&nbsp;estava desprotegido. Procuraram até que encontraram o ladrão a fugir numa carroça, mas conseguiram apanhá-lo&nbsp;e prenderam-no. O rubi voltou&nbsp;ao seu lugar e o reino estava de novo protegido. A princesa Leonor e o príncipe Afonso viveram felizes e mais tarde com quatro filhos.

Eles casaram no mês seguinte,&nbsp;mas aconteceu um desastre. No dia do casamento, apareceu um príncipe mouro que iniciou uma luta com o Almiro,&nbsp;porque também queria casar com ela. Quando as pessoas foram separá-los levaram alguns murros, mas nada de grave. O príncipe Almiro tirou a sua espada e matou-o. Depois disso retiraram o corpo, limparam-se e continuaram a festa.&nbsp; Eles colocaram as alianças, beijaram-se e viveram felizes para sempre. Até que, um dia,&nbsp;a princesa descobriu que estava a ser traída e separou-se de Almiro para sempre.

O casamento de D. Afonso Henriques e D. Mafalda

Texto de Dina Marques, Hugo Monteiro, Rafaela Faria

A fuga para o reino muçulmano Al-Andaluz

Quis fugir juntamente com as suas aias e irmã, mas o jovem suplicou-lhe que ficasse. Mafalda tremia e o jovem que se chamava Samir pegou-lhe nas mãos, beijou-as e segredou-lhe que no dia seguinte voltaria àquele lugar. A irmã mais nova contou ao pai o que&nbsp;acontecera naquela manhã. O pai, furioso, ordenou aos soldados e às aias que a vigiassem. Mafalda chorou amargamente, pois aquele Samir pareceu-lhe o homem dos seus sonhos. A velha aia Lídia, sua ama de leite, prometeu ajudá-la e levou os seus bilhetes ao amado. Samir propôs-lhe fugir. Mafalda, escondida com uma colcha da sua cama, fugiu de madrugada e foi ter ao rio. Samir recebeu-a no barco e ela vestiu trajes de camponesa. Chegaram à margem onde os esperavam dois belos cavalos brancos. Fugiram&nbsp;em direção ao reino muçulmano Al-Andaluz, onde foram bem recebidos. Casaram, foram felizes e aceitaram as suas diferenças.

Num belo dia de outono em 1127, D. Teresa estava a conversar com o conde D. Peres de Trava sobre a dama que D. Teresa&nbsp;queria casar com o seu filho. Desconhecia que D. Afonso Henriques e D. Mafalda se tinham encontrado em França, quando ainda eram crianças, e mantinham uma relação por carta que veio dar em amor. D.Teresa não estava a favor desse romance, pois tinha intenção de casar o seu filho com Inês de Leão. Os apaixonados mantinham contacto por escrito e um dia encontraram-se às escondidas num prado próximo do castelo. Eram ajudados por Egas Moniz que tinha criado D. Afonso Henriques. O seu encontro terminou&nbsp;em lágrimas e juras de amor.

Um dia, D. Teresa preparou o casamento de D. Afonso Henriques e D.Inês [leonesa], na sala do trono. Enfeitou-a com grinaldas de flores, fitas decorativas, velas e candelabros. Nas paredes colocou tapeçarias de Flandres, mas o noivo não apareceu. Pegou no seu cavalo favorito, Gaudis e cavalgou sem parar. No dia seguinte, mandou um bilhete a Mafalda para um encontro secreto. Ela veio&nbsp;com as suas aias e a sua mãe. Reuniram-se no estábulo. O jovem conde pediu a um padre, seu amigo, para os casar. A rainha ficou furiosa com esta situação. D.Teresa e D. Afonso Henriques tiveram uma grande discussão, que culminou com a batalha de S. Mamede. E D. Teresa fugiu para Leão. Mais tarde houve um casamento real celebrado com pompa e onde estiveram&nbsp;muitos nobres e príncipes. D.Afonso Henriques e D.Mafalda viveram felizes para sempre.

Há muitos séculos, ainda no tempo da reconquista cristã, o Castelo de Almourol, que se situava em pleno rio Tejo, foi conquistado pelos exércitos de D. Afonso Henriques. Este entregou-o a um nobre de sua confiança chamado Tomé Álvares que foi para lá viver com a sua família e com o seu exército pessoal. Tomé Álvares tinha cinco filhos, três rapazes e duas raparigas. A filha do meio, de seu nome Mafalda, era uma jovem de grande beleza com cabelos castanhos e dourados, olhos azuis como safiras, lábios finos e pele clara e rosada como pétalas de flor. Ela gostava de ir para junto do rio bordar com as suas aias e a sua irmã. Numa manhã de primavera, ela avistou um barco com um jovem homem que se aproximou da margem do rio. Primeiro, ela assustou-se, pois o cavaleiro moreno de grandes olhos negros vestia trajes muçulmanos.

Texto de Mara Martins, Luana Carvalho, Sofia Mota

Texto de Bárbara Peixoto, Xavier Costa, Micael Almeida

Era um dia de Primavera, cheio de sol. A princesa Leonor estava a preparar-se para o seu casamento com o príncipe&nbsp;Afonso. Ela era linda, tinha cabelos loiros e brilhantes e os olhos azuis como o mar. O príncipe tinha cabelos e olhos castanhos. O casamento ia ser comemorado na capela do Castelo de Bragança, depois iriam para a sala dos banquetes, onde havia muitos convidados de reinos distantes. Em cima das mesas havia pão de trigo, vinho, carne de javali, queijo e fruta.&nbsp;O trono do rei era dourado, com pedras preciosas e no cimo havia um rubi que possuía uma força mágica que protegia o reino.

Álvaro, um jovem nobre filho de um alcaide do castelo de São Jorge,decidiu, num certo dia, fazer uma caçada com os amigos. Preparou tudo, armas, cavalos, cães, falcões e comida para o dia inteiro. No dia 26 de janeiro de 1150, uma quarta-feira, lá foram todos em direção da Serra de Sintra. A serra era maravilhosa, com castanheiros, carvalhos e pinheiros, havia também vegetação rasteira como urzes, medronheiros e giestas. Lançaram os cães e dispararam setas em direção aos veados, lebres, javalis e alguns faisões. Todos se divertiam até que um amigo de nome Nuno se magoou numa mão. Procuraram um local para o socorrer e encontraram uma velha cabana abandonada.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

A grande injustiça

Texto de Madalena, Vasco e Luana Maria

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