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Poesia Reinventada, by 9.º D

by Dulce Santos

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Poesia
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Reinventada
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By 9.º D
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Reinvenção da
Poesia


Fomos desafiados pela professora Dulce Santos a reinventar poemas.
Abrimos as páginas do nosso manual, escolhemos diferentes versos dos textos poéticos nele contidos e eis o resultado!
As palavras mais simples, mais comuns, 
As de trazer por casa e dar de troco, 
Em língua doutro mundo se convertem: 
Basta que, de sol, os olhos do poeta, 
Rasando, as iluminem. 


José Saramago, in "Os poemas possíveis", 3ª
ed., Lisboa: Editorial Caminho, 1981.
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Na minh'alma há um balouço,
De braços estendido
E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar.

Tão jovem! Que jovem era!
Na minha juventude antes de ter saído,
Chegava o mês de maio era tuto florido.

E tudo se passava numa outra vida
E havia para as coisas sempre uma saída,
Só sei que tinha o poder de uma criança.
Anderson Cabral, n.º 4
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Liberdade
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Vá, lancem-me no mar,

Quero ter asas para espreitar da janela.

 
Novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota.

Não precisa fazer lista de boas intenções,

Justiça entre os homens e as nações.

Liberdade com cheiro e direitos respeitados.

Tente, experimente, consciente,

É dentro de você!

 
Se aquelas nuvens no horizonte chegassem até mim …
Afonso Alves, n.º 1
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Quero ter asas,
Para te espreitar da janela.
És para mim como um sonho,
Temos amor no meio de nós.

Mas tudo se passava numa outra vida.
Ele para mim já não servia.

Ideia tão parva nunca tive,
Não preciso chorar arrependida.
Eu, porém, já não sou eu
Até que na estrada fique perdida...
Jéssica Canena, N.º 11
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Comic Panel 1
Começar, recomeçar, interminamente a sentir
A morna brisa que aquece e me faz esquecer,
O sopro azedo dos que não a querem sentir,
Sonhando com a possibilidade de vê-las florescer.

No verão: veio o calor que as fez enfraquecer
E é tão rápido o seu desfalecer,
Que num céu aberto
Sinto a saudade mais perto.

Brilhavam, incertas, mas brilhavam
Aqui no meio de nós,
Nos meus olhos tristes perscrutaram
Túlipas. Arte. Vida.

Quem as esparze -quanta flor! -pelo jardim,
Entre nós, colocando fim à solidão.
Matilde Lourenço, n.º 16
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